Saltar para o conteúdo

Enio Squeff: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
vida e obra do artista plástico brasileiro Enio Squeff
Etiquetas: Expressão problemática Inserção do elemento "nowiki", possivelmente errônea Possível conteúdo ofensivo Possível currículo Editor Visual
(Sem diferenças)

Revisão das 19h59min de 28 de fevereiro de 2020

Enio Squeff (Porto Alegre, 6 de junho de 1943), é um artista plástico, escritor e jornalista brasileiro.

É reconhecido internacionalmente pelas suas ilustrações de obras literárias, além do estilo pictórico que emprega na pintura para representar temas de relevância para a cultura brasileira, em especial suas paisagens urbanas da cidade de São Paulo[1].

Biografia

Filho de João Abdalla Squeff e de Angela Arizio Squeff, Enio Squeff é natural de Porto Alegre mas passou a infância na cidade Nova Prata, localizada na serra gaúcha. Instalou-se com a família na Porto Alegre definitivamente em 1954, onde completou os estudos no Colégio Anchieta em 1961.

Formou-se em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1965. Entre 1965 e 1968, atuou como crítico musical e diretor da Discoteca Pública do Rio Grande do Sul, além de secretário do Seminário Livre de Música, o qual ajudou a fundar, junto com o compositor Bruno Kiefer e o violinista José Kruel Gomes.

Mudou-se para São Paulo em 1968, para trabalhar como repórter na recém-criada revista Veja, a qual integrou a primeira equipe de jornalistas. Em 1970, começou a atuar como repórter especial para o jornal o Estado de S. Paulo, escrevendo para o suplemento literário. Publicou, na ocasião das comemorações do centenário do jornal em 1975, ensaio sobre Os Sertões, de Euclides da Cunha. Foi contratado como editorialista na Folha de S.Paulo em 1978. A convite de Otávio Frias de Oliveira, que o descobriu desenhando no escritório, começou a ilustrar a página de opinião do jornal. No ano de 1980, expôs seus trabalhos artísticos pela primeira vez, participando do 44° Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia em São Paulo.

Em 1982, escreveu junto com o compositor e ensaísta José Miguel Wisnik um volume sobre música popular para a coleção “O Nacional e o Popular na Cultura Brasileira” da Editora Brasiliense. No mesmo ano, foi Assessor Cultural da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, onde colaborou com a produção do periódico SP Cultura. Também recebeu um prêmio de estímulo a novos talentos no Salão Paulista de Belas Artes.

Esteve presente na fundação da revista Pau Brasil, publicação bimestral sobre ecologia e cultura do Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo. Atuando como editor chefe e ilustrador até o ano de 1987. No mesmo período, ilustrou as capas dos trinta volumes da coleção “Grandes Sucessos da Litura Internacional”, publicados pela Rio Gráfica, além de ilustrar alguns títulos para as publicações do Círculo do Livro.

Com a carreira de artista se consolidando, expôs seus desenhos na Pinacoteca de São Paulo em 1988, na Instituto de Cultura Brasil-Colômbia em 1989 e na Galeria Círculo, em Bogotá, em 1990. A Convite de Plínio Martins Filho, diretor da Editora da Universidade de São Paulo (EDUSP), ilustrou a Odisseia de Homero publicada pela universidade. Estas ilustrações fizeram parte de uma exposição individual na Galeria Aliança Francesa e no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), um ano depois.

No inicio dos anos 2000, publicou três livros: “Vila Madalena – Crônica histórica e sentimental"[2], pela editora Boitempo em 2002, parte da série “Trilhas”: Os volumes apresentam visões pessoais sobre bairros e regiões da capital, com o objetivo de reunir dos materiais diversos sobre a construção das imagens pluralistas, social e culturalmente da cidade. Em 2004, escreveu e ilustrou "Origem dos dos Municípios Paulistas"[3], junto com Helder Perri Ferreira e em parceria com a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo: um extenso trabalho de pesquisa história e criação artística, feito a partir de consultas a dicionários, autoridades em língua, velhos moradores e documentos de arquivos. Além da publicação do livro, o trabalho rendeu uma exposição itinerante pelo Estado de São Paulo, realizada pele Secretaria da Cultura do Estado em parceria com o Sistema Estadual de Museus (SISEM-SP)[4]. Por fim, em 2006, escreveu "Kislansky, o Eterno e o Moderno"[5], publicado pela Editora San Floro, tratando da obra artística do escultor Israel Kislansky.

Em 2004, na ocasião dos 450 anos da cidade de São Paulo, o artista montou um painel de 118 metros no SESC Itaquera, uma obra pública que contou com a participação de mais de cem pessoas da região, representando uma viagem cultural pela história da cidade[6]. Parte deste trabalho representando Paulo de Tarso, patrono da cidade de São Paulo, foi transformado em um vitral entronado na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da Universidade de São Paulo em 2019, onde está exposto de forma permanente.

Com uma carreira de sucesso como desenhista, ilustrou mais de cem obras ao longo dos anos, com destaque recente para “K – relato de uma busca"[7], de Bernardo Kucinski, publicado em 2011. O romance sobre a ditadura brasileira foi traduzido para mais de seis idiomas, sempre acompanhado das ilustrações de Enio Squeff[8].

Aprofundando seu interesse por cultura brasileira na sua pesquisa como artista, fez exposições sobre o imaginário do hino nacional, orixás, futebol e outros elementos simbólicos de uma ideia de brasilidade, além de produzir de forma engajada sobre questões sociais do Brasil[9]. Seu projeto de destaque mais recente é o “Memorial à Convivência Religiosa”, obra pública de caráter ecumênico a ser instalada em um parque da cidade de São Paulo, buscando um dialogo entre diferentes religiões através da arte[10].

Exposições[11]

"Desenhos”, Casa de Cultura Brasil, Bogotá, Colômbia.

Desenhos”, República Democrática Alemã (ex-DDR)

  • 1990: “Aquarelas”, Galeria Círculo, Bogotá, Colômbia.

7 Visiones sobre Papel”, Galeria Arte 19, Bogotá, Colômbia.

  • 1991: “Enio Squeff e Marcos Vasconcellos”, Galeria Acosta Valencia, Bogotá, Colômbia.
  • 1992: “Nocturnos: Paisaje Urbano”, Galeria Círculo em Bogotá, Colômbia.

Desenhos da Odisseia”, Galeria Alliance Française, São Paulo – SP, Brasil.

La Ciudad: Puntos de Vista - Enio Squeff e Arturo Alape”, Galeria Círculo, Bogotá, Colômbia.

  • 1995: “Enio Squeff: Pinturas, Galeria Iberê Camargo – Usina do Gasômetro, Porto Alegre – RS, Brasil.

"Caleidoscópio Brasileiro, Enio Squeff, Tomie Ohtake, Maria Isabel Piza Franco, Daisy Xavier, Paulino Aversa e Milton Sobreiro em exposição coletiva”, Galeria Espacio, Bogotá, Colômbia.

  • 1998: “Pinturas”, Galeria Múltipla de Arte, São Paulo – SP, Brasil
  • 2003: “Pinheiros: Palavras e Impressões - Conceição Cahú e Enio Squeff, Biblioteca Alceu Amoroso Lima, São Paulo – SP, Brasil.

Mostra do Circuito da 1ª Quadrienal Internacional de Aquarela, Faculdade Santa Marcelina (FASM), São Paulo – SP, Brasil.

Pinturas e Circunstâncias, Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo (MALG), Instituto de Letras e Artes - Universidade Federal Pelotas, Pelotas – RS, Brasil.

"De Saulo de Tarso a São Paulo”, SESC Itaquera, São Paulo – SP, Brasil.

Com a palavra, a ilustração, Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, Porto Alegre – RS, Brasil.

A Aquarela nos 450 anos de São Paulo”, Galeria Eugenie Villien - Faculdade Santa Marcelina, São Paulo – SP, Brasil.

  • 2006: “Dom Quixote de la Mancha por Enio Squeff, SESC Santo Amaro, São Paulo – SP, Brasil.
  • 2007: “Orixás”, Restaurante Soteropolitano, São Paulo – SP, Brasil.

Enio Squeff – desenhos e pintura”, Espaço Cultural Monte Bianco, São Paulo – SP, Brasil.

"Viva o Hino”, SESC Ipiranga, São Paulo – SP, Brasil.

  • 2008: “Enio Squeff e Gerd Bornheim: Dois Pensadores do Brasil, Galeria Municipal de Arte Gerd Bornheim, Caxias do Sul – RS, Brasil
  • 2009: “Um Certo Olhar, Casa Brasileira, São Sebastião - SP, Brasil.
  • 2010: “‘câmara’ de Enio Squeff”, Galeria PontoArt, São Paulo – SP, Brasil.
  • 2013: “Enio Squeff, o pictórico e o crítico, Galeria Pintura Brasileira, São Paulo – SP, Brasil.
  • 2014: “Futebol é arte”, Galeria PontoArt, São Paulo – SP, Brasil.
  • 2019: “Um Certo Olhar, Casa Brasileira - Instituto Mpumalanga, São Sebastião – SP, Brasil.

Referências

  1. «Imperdível: Enio Squeff apresenta 30 anos da sua arte». Revista Fórum. 4 de abril de 2013. Consultado em 28 de fevereiro de 2020 
  2. Squeff, Enio, 1943- (2002). Vila Madalena : crônica histórica e sentimental 1a. ed ed. São Paulo: Boitempo Editorial. ISBN 85-7559-019-7. OCLC 52228489 
  3. Squeff, Enio, 1943-; Ferreira, Helder Perri.; Fundação Prefeito Faria Lima. (2003). A origem dos nomes dos municípios paulistas. São Paulo: Fundação Prefeito Faria Lima-CEPAM, Centro de Estudios e Pesquisas de Administração Municipal. ISBN 85-7060-213-8. OCLC 57686654 
  4. «Exposição "A Origem dos Nomes dos Municípios Paulistas" em Ribeirão Pires – SISEM SP». www.sisemsp.org.br. Consultado em 28 de fevereiro de 2020 
  5. Squeff, Enio, 1943-; Kislansky, Israel. (2006). Kislansky : o eterno e o moderno 1a ed ed. São Paulo: San Floro Editora. ISBN 978-85-99713-01-3. OCLC 174504691 
  6. «Vitral de Enio Squeff que comemora São Paulo será entronizado na USP Leste». Revista Fórum. 26 de setembro de 2019. Consultado em 28 de fevereiro de 2020 
  7. Kucinski, Bernardo. (2016). Relato de uma busca. Sao Paulo: Campanhia das letras. ISBN 978-85-359-2763-4. OCLC 967307653 
  8. Russo, Vincenzo; Russo, Vincenzo (abril de 2017). «Pater, pátria e a memória como patrimônio: sobre K.: relato de uma busca, de Bernardo Kucinski». Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea (50): 35–46. ISSN 2316-4018. doi:10.1590/2316-4018503 
  9. «A pintura de Um Certo Olhar». mpumalanga.com.br. Consultado em 28 de fevereiro de 2020 
  10. «Enio Squeff e o Memorial à Convivência Religiosa – TVPUC-SP». Consultado em 28 de fevereiro de 2020 
  11. «Exposições». Enio Squeff. Consultado em 28 de fevereiro de 2020