Júlia Lopes de Almeida: diferenças entre revisões

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'''Júlia Valentim da Silveira Lopes de Almeida''' ([[Rio de Janeiro]], [[24 de setembro]] de [[1862]] — [[Rio de Janeiro]], [[30 de maio]] de [[1934]]) foi uma [[escritor]]a, [[cronista]], [[teatro|teatróloga]] e [[Abolicionismo|abolicionista]] [[brasileira]].<ref>GUIMARÃES, Alex dos Santos. [http://anpuhba.org/wp-content/uploads/2013/12/ALEX.pdf Júlia Lopes de Almeida e o Cânone Literário: Memória e Exclusão]. Anais Eletrônicos - VI Encontro Estadual de História - ANPUHBA, 2013</ref><ref>[http://www.multirio.rj.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1266&Itemid=118 Júlia Lopes de Almeida, a primeira escritora profissional do Brasil]. MultiRio, 26 de agosto de 2014</ref> Foi uma das idealizadoras da [[Academia Brasileira de Letras]].<ref name=Itau>{{Citar web |url=http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa443758/julia-lopes-de-almeida |título=Júlia Lopes de Almeida |publicado=Itaú Cultural |editor=Itaú Cultural |acessadoem=9 de agosto de 2017}}</ref><ref name=blogueiras>{{Citar web |url=http://blogueirasfeministas.com/2013/03/julia-lopes-de-almeida-uma-mulher-que-a-patria-desconhece/ |título=Julia Lopes de Almeida: uma mulher que a pátria desconhece |publicado=Blogueiras Feministas |editor=Adriana Mattoso |acessadoem=9 de agosto de 2017}}</ref> Tem uma produção grande e importante para a literatura brasileira, de literatura infantil a romances, crônicas, peças de teatro e matérias jornalísticas.<ref name=Mendonça/><ref name=USP>{{Citar web |url=http://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-humanas/escritora-mais-publicada-da-primeira-republica-foi-vetada-na-abl/ |título=Escritora mais publicada da Primeira República foi vetada na ABL |publicado=Jornal da USP |editor=Ivanir Ferreira |acessadoem=9 de agosto de 2017}}</ref> Foi casada com o [[poeta]] [[Portugal|português]] [[Filinto de Almeida]], e mãe dos também escritores [[Afonso Lopes de Almeida]], [[Albano Lopes de Almeida]] e [[Margarida Lopes de Almeida]].<ref name=USP/><ref>[https://www2.camara.leg.br/a-camara/visiteacamara/cultura-na-camara/arquivos/.lixeira/as-mensageiras-primeiras-escritoras-do-brasil Série Histórias Não Contadas - "As Mensageiras" - Primeiras Escritoras do Brasil] Câmara dos Deputados - acessado em 6 de março de 2021</ref>
'''Júlia Valentim da Silveira Lopes de Almeida''' ([[Rio de Janeiro]], [[24 de setembro]] de [[1862]] — [[Rio de Janeiro]], [[30 de maio]] de [[1934]]) foi uma [[escritor]]a, [[cronista]], [[teatro|teatróloga]] e [[Abolicionismo|abolicionista]] [[brasileira]].<ref>GUIMARÃES, Alex dos Santos. [http://anpuhba.org/wp-content/uploads/2013/12/ALEX.pdf Júlia Lopes de Almeida e o Cânone Literário: Memória e Exclusão]. [[Associação Nacional de História]], 2013.</ref><ref>[http://www.multirio.rj.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1266&Itemid=118 Júlia Lopes de Almeida, a primeira escritora profissional do Brasil]. MultiRio, 26 de agosto de 2014</ref> Foi uma das idealizadoras da [[Academia Brasileira de Letras]] (ABL).<ref name="Itau">{{Citar web |url=http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa443758/julia-lopes-de-almeida |título=Júlia Lopes de Almeida |acessadoem=9 de agosto de 2017 |publicado=Itaú Cultural |editor=[[Itaú Cultural]]}}</ref><ref name="blogueiras">{{Citar web |url=http://blogueirasfeministas.com/2013/03/julia-lopes-de-almeida-uma-mulher-que-a-patria-desconhece/ |título=Julia Lopes de Almeida: uma mulher que a pátria desconhece |publicado=Blogueiras Feministas |editor=Adriana Mattoso |acessadoem=9 de agosto de 2017}}</ref> Tem uma produção grande e importante para a literatura brasileira, de literatura infantil a romances, crônicas, peças de teatro e matérias jornalísticas.<ref name="Mendonça" /><ref name="USP">{{Citar web |url=http://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-humanas/escritora-mais-publicada-da-primeira-republica-foi-vetada-na-abl/ |título=Escritora mais publicada da Primeira República foi vetada na ABL |data=03/08/2017 |acessadoem=9 de agosto de 2017 |publicado=[[Jornal da USP]] |editor=Ivanir Ferreira}}</ref> Foi casada com o [[poeta]] [[Portugal|português]] [[Filinto de Almeida]], e mãe dos também escritores [[Afonso Lopes de Almeida]], [[Albano Lopes de Almeida]] e [[Margarida Lopes de Almeida]].<ref name=USP/><ref>[https://www2.camara.leg.br/a-camara/visiteacamara/cultura-na-camara/arquivos/.lixeira/as-mensageiras-primeiras-escritoras-do-brasil Série Histórias Não Contadas - "As Mensageiras" - Primeiras Escritoras do Brasil] Câmara dos Deputados - acessado em 6 de março de 2021</ref>


==Biografia==
==Biografia==
===Vida pessoal===
===Vida pessoal===
Nascida na cidade do Rio de Janeiro em 1862, era filha do médico [[Valentim José da Silveira Lopes]], mais tarde Visconde de São Valentim, e de Adelina Pereira Lopes, ambos portugueses emigrados para o Brasil. Mudou-se ainda na infância para a cidade de [[Campinas]],<ref name=Itau/> no estado de [[São Paulo (estado)|São Paulo]], onde, em 1881, publicou seus primeiros textos na ''[[Gazeta de Campinas]]'', apesar de na época a literatura não ser vista como uma atividade própria para [[mulher]]es. Numa entrevista concedida a [[João do Rio]] entre 1904 e 1905, confessou que adorava escrever [[Poesia|versos]], mas o fazia às escondidas.<ref name=Mendonça>{{Citar web |url=http://www.letras.ufpr.br/documentos/pdf_revistas/mendonca.pdf |título=Júlia Lopes de Almeida: A Busca da Liberação Feminina pela Palavra |publicado=Revista Letras |editor=Cátia Toledo Mendonça |acessadoem=9 de dezembro de 2014}}</ref> Três anos depois, em 1884, começa a escrever também para o jornal carioca ''O País'', trabalho que durou mais de três décadas.
Nascida na cidade do [[Rio de Janeiro]] em 1862, era filha do médico [[Valentim José da Silveira Lopes]], mais tarde Visconde de São Valentim, e de Adelina Pereira Lopes, ambos portugueses emigrados para o Brasil. Mudou-se ainda na infância para a cidade de [[Campinas]],<ref name=Itau/> no estado de [[São Paulo (estado)|São Paulo]], onde, em 1881, publicou seus primeiros textos na ''[[Gazeta de Campinas]]'', apesar de na época a literatura não ser vista como uma atividade própria para [[mulher]]es.<ref>{{Citar periódico |url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0020-38742018000300095&lng=en&nrm=iso&tlng=pt |titulo=Júlia Lopes de Almeida on the scene: outlines of the writer’s personal archive and unpublished theater |data=2018-09 |acessodata=2021-05-15 |jornal=Revista do Instituto de Estudos Brasileiros |número=71 |ultimo=Fanini |primeiro=Michele Asmar |ultimo2=Fanini |primeiro2=Michele Asmar |paginas=95–114 |doi=10.11606/issn.2316-901x.v0i71p95-114 |issn=0020-3874}}</ref> Numa entrevista concedida a [[João do Rio]] entre 1904 e 1905, confessou que adorava escrever [[Poesia|versos]], mas o fazia às escondidas.<ref name=Mendonça>{{Citar web |url=http://www.letras.ufpr.br/documentos/pdf_revistas/mendonca.pdf |título=Júlia Lopes de Almeida: A Busca da Liberação Feminina pela Palavra |publicado=Revista Letras |editor=Cátia Toledo Mendonça |acessadoem=9 de dezembro de 2014}}</ref> Três anos depois, em 1884, começa a escrever também para o jornal carioca ''O País'', trabalho que durou mais de três décadas.


===Carreira===
===Carreira===
Em 1886, mudou-se para [[Lisboa]], onde se lança como escritora e junto de sua irmã publica ''Contos Infantis'', em 1887. Em 28 de novembro de 1887 casou-se com Filinto de Almeida, à época diretor da revista ''[[A Semana Ilustrada]]'', editada no Rio de Janeiro. Passou a ser colaboradora sistemática da publicação. Também escreveu para a revista ''[[Brasil-Portugal (revista)|Brasil-Portugal]]''<ref>{{Citar web |autor=Rita Correia |título=Ficha histórica: Brasil-Portugal : revista quinzenal illustrada (1899-1914). |url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/BrasilPortugal.pdf |formato=pdf |publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |data=29 de Abril de 2009 |acessodata=26 de Junho de 2014}}</ref> (1899-1914). Júlia retornou ao Brasil em 1888, onde publica seu primeiro romance, ''Memórias de Marta'', que sai em folhetins em O País.<ref name=Itau/> Seu textos em jornais da época tratam sempre de temas pertinentes como a República, a abolição e direitos civis.<ref name=blogueiras/><ref name=USP/><ref name=Itau/>
Em 1886, mudou-se para [[Lisboa]], onde se lança como escritora e junto de sua irmã publica ''Contos Infantis'', em 1887.<ref>{{Citar web |ultimo=Fangueiro |primeiro=Maria |url=http://bndigital.bn.gov.br/dossies/periodicos-literatura/personagens-periodicos-literatura/julia-lopes-de-almeida/ |titulo=Júlia Lopes de Almeida |acessodata=2021-05-15 |website=[[Biblioteca Nacional do Brasil]] |lingua=pt-BR}}</ref> Em 28 de novembro de 1887 casou-se com Filinto de Almeida, à época diretor da revista ''[[A Semana Ilustrada]]'', editada no Rio de Janeiro.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books/about/A_ilustra%C3%A7%C3%A3o_1884_1892.html?id=I8ltDwAAQBAJ&source=kp_book_description|título=A ilustração [1884-1892]: Circulação de textos e imagens entre Paris, Lisboa e Rio de Janeiro|ultimo=Luca|primeiro=Tania Regina de|data=2018-09-10|editora=SciELO - Editora UNESP|lingua=en}}</ref> Passou a ser colaboradora sistemática da publicação. Também escreveu para a revista ''[[Brasil-Portugal (revista)|Brasil-Portugal]]'' (1899-1914).<ref>{{Citar web |url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/BrasilPortugal.pdf |título=Ficha histórica: Brasil-Portugal : revista quinzenal illustrada (1899-1914). |data=29 de Abril de 2009 |acessodata=26 de Junho de 2014 |publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |autor=Rita Correia |formato=pdf}}</ref> Júlia retornou ao Brasil em 1888, onde publica seu primeiro romance, ''Memórias de Marta'', que sai em folhetins em O País.<ref name=Itau/> Seu textos em jornais da época tratam sempre de temas pertinentes como a República, a abolição e direitos civis.<ref name=blogueiras/><ref name=USP/><ref name=Itau/>


Pioneira da [[literatura infantil]] no Brasil, seu primeiro livro, ''Contos Infantis'' (1886), foi uma reunião de 33 textos em verso e 27 em prosa destinados às crianças, escrito em parceria com sua irmã, [[Adelina Lopes Vieira]].<ref name=Mendonça/> Um ano depois, publicou ''Traços e Iluminuras'', o primeiro dos seus 10 romances.<ref name=Silva>{{Citar tese |nome= Marcelo Medeiros da |sobrenome=SILVA|título=Júlia Lopes de Almeida e Carolina Nabuco: uma escrita bem-comportada?|url=http://tede.biblioteca.ufpb.br:8080/handle/tede/6159 |local=Paraíba |universidade=[[Universidade Federal da Paraíba]] |acessodata=9 de agosto de 2017 |ano=2011}}</ref>
Pioneira da [[literatura infantil]] no Brasil, seu primeiro livro, ''Contos Infantis'' (1886), foi uma reunião de 33 textos em verso e 27 em prosa destinados às crianças, escrito em parceria com sua irmã, [[Adelina Lopes Vieira]].<ref name=Mendonça/> Um ano depois, publicou ''Traços e Iluminuras'', o primeiro dos seus 10 romances.<ref name=Silva>{{Citar tese |nome= Marcelo Medeiros da |sobrenome=SILVA|título=Júlia Lopes de Almeida e Carolina Nabuco: uma escrita bem-comportada?|url=http://tede.biblioteca.ufpb.br:8080/handle/tede/6159 |local=Paraíba |universidade=[[Universidade Federal da Paraíba]] |acessodata=9 de agosto de 2017 |ano=2011}}</ref>


Escreveu também para teatro, com dois volumes publicados e cerca de 10 textos inéditos.<ref>FANINI, Michele Asnar. [http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2013000300019&lng=pt&nrm=iso Júlia Lopes de Almeida teatróloga: apontamentos sobre a peça inédita "O Caminho do Bem"]. Rev. Estud. Fem. vol.21 no.3 Florianópolis set./dez. 2013</ref>
Escreveu também para teatro, com dois volumes publicados e cerca de 10 textos inéditos.<ref>{{Citar periódico |url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0104-026X2013000300019&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt |titulo=Júlia Lopes de Almeida teatróloga: apontamentos sobre a peça inédita "O Caminho do Bem" |data=2013-12 |acessodata=2021-05-15 |jornal=Revista Estudos Feministas |número=3 |ultimo=Fanini |primeiro=Michele Asmar |paginas=1099–1119 |lingua=pt |doi=10.1590/S0104-026X2013000300019 |issn=0104-026X}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=http://dx.doi.org/10.11606/t.8.2010.tde-08102010-163035 |titulo=Escrita e experiência na obra de Júlia Lopes de Almeida (1862-1934) |acessodata=2021-05-15 |ultimo=Amed |primeiro=Jussara Parada}}</ref>


Foi presidente honorária da [[Legião da Mulher Brasileira]], sociedade criada em 1919. Sua coletânea de contos ''Ânsia Eterna'', 1903, sofreu influência de [[Guy de Maupassant]] e uma das suas crônicas veio a inspirar [[Artur Azevedo]] ao escrever a peça ''O dote''. Em colaboração com o marido, escreveu, em folhetim do ''[[Jornal do Commercio]]'', seu último romance, ''A Casa Verde'', em 1932.<ref name=Silva/><ref name=Itau/>
Foi presidente honorária da [[Legião da Mulher Brasileira]], sociedade criada em 1919.<ref>{{Citar periódico |url=http://dx.doi.org/10.11606/t.8.2010.tde-08102010-163035 |titulo=Escrita e experiência na obra de Júlia Lopes de Almeida (1862-1934) |acessodata=2021-05-15 |ultimo=Amed |primeiro=Jussara Parada}}</ref><ref name=":0">{{citar web |ultimo=Ruy |primeiro=José |url=https://vermelho.org.br/2016/03/08/o-brilho-permanente-da-escrita-feminina/ |titulo=O brilho permanente da escrita feminina |data=08/03/2016 |acessodata=15/05/2021 |publicado=[[Vermelho (internet)|Vermelho]]}}</ref><ref>{{citar web |ultimo=Bispo |primeiro=Antônio |url=http://revista.brasil-europa.eu/156/Legiao_da_Mulher_Brasileira.html |titulo=A Legião da Mulher Brasileira e a direita social-nacionalista e católico-restaurativa na música Concepções estético-musicais de Júlia Lopes de Almeida (1862-1934) |data=2010 |acessodata=15/05/2021 |publicado=Revista Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira}}</ref> Sua coletânea de contos ''Ânsia Eterna'', 1903, sofreu influência de [[Guy de Maupassant]] e uma das suas crônicas veio a inspirar [[Artur Azevedo]] ao escrever a peça ''O dote''.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books/about/%C3%82nsia_Eterna.html?id=LnvkDwAAQBAJ&source=kp_book_description|título=Ânsia Eterna|ultimo=Almeida|primeiro=Júlia Lopes de|data=2021-03-24|editora=Vermelho Marinho|lingua=pt-BR}}</ref> Em colaboração com o marido, escreveu, em folhetim do ''[[Jornal do Commercio]]'', seu último romance, ''A Casa Verde'', em 1932.<ref name=Silva/><ref name=Itau/>


===Grêmio Júlia Lopes===
===Grêmio Júlia Lopes===
Instituição cultural feminina fundada em 26 de novembro de 1916 por um grupo de intelectuais cuiabanas. A escolha de Júlia Lopes como patrona foi proposta pela professora [[Maria Dimpina Lobo Duarte]] após a leitura do "Livro das Noivas". O Grêmio Júlia Lopes se dedicava principalmente a produção literária através da revista A Violeta, proposta da professora [[Maria da Glória Figueiredo]], e que seria dirigida por vinte anos anos pela professora [[Bernardina Maria Elvira Rich]]. O periódico contava com a contribuição da própria Júlia Lopes, e dentre várias outras intelectuais cuiabanas, de modo mais constante com Maria Dimpina, Bernardina Rich e a professora [[Maria de Arruda Müller]]. A revista A Violeta circulou mensalmente de 1916 até 1950, e sempre foi laborado apenas por mulheres.<ref> SOUZA DA COSTA, Laís Dias (paper) - Factos e Cousas nas crônicas da revista mato-grossense A Violeta (2013) http://www.uel.br/pos/letras/EL/vagao/EL11-Art14.pdf </ref>
Instituição cultural feminina fundada em 26 de novembro de 1916 por um grupo de intelectuais cuiabanas.<ref name=":1">{{Citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://barranews.com.br/durante-40-anos-mulheres-editaram-revista-feminina-em-mato-grosso/ |titulo=Durante 40 anos mulheres editaram revista feminina em Mato Grosso |data=24 de março de 2019 |acessodata=2021-05-15 |lingua=pt-BR}}</ref> A escolha de Júlia Lopes como patrona foi proposta pela professora [[Maria Dimpina Lobo Duarte]] após a leitura do "Livro das Noivas".<ref name=":1" /> O Grêmio Júlia Lopes se dedicava principalmente a produção literária através da revista ''A Violeta,'' proposta da professora [[Maria da Glória Figueiredo]], e que seria dirigida por vinte anos anos pela professora [[Bernardina Maria Elvira Rich]].<ref name=":2">{{citar web |ultimo=Costa |primeiro=Laís |url=http://www.uel.br/pos/letras/EL/vagao/EL11-Art14.pdf |titulo=FACTOS E COUSAS NAS CRÔNICAS DA REVISTA MATOGROSSENSE A VIOLETA |data=2013 |acessodata=15/05/2021 |publicado=Revista Estação Literária ([[Universidade Estadual de Londrina]])}}</ref> O periódico contava com a contribuição da própria Júlia Lopes, e dentre várias outras intelectuais cuiabanas, de modo mais constante com Maria Dimpina, Bernardina Rich e a professora [[Maria de Arruda Müller]].<ref name=":2" /> A revista A Violeta circulou mensalmente de 1916 até 1950, e sempre foi laborado apenas por mulheres.<ref name=":2" />


===Fundação da ABL===
===Fundação da ABL===
Júlia Lopes de Almeida integrava o grupo de escritores e intelectuais que planejou a criação da [[Academia Brasileira de Letras]]. Seu nome constava da primeira lista dos 40 "imortais" que fundariam a entidade, elaborada por [[Lúcio de Mendonça]].<ref name=Fanini>{{Citar web |url=http://seer.fclar.unesp.br/estudos/article/view/1941/1579 |título=Júlia Lopes de Al meida: entre o salão literário e a antessala da Academia Brasileira de Letras|publicado=Revista Estudos de Sociologia |editor=Michele Asnar Fanini |acessadoem=9 de agosto de 2017}}</ref>
Júlia Lopes de Almeida integrava o grupo de escritores e intelectuais que planejou a criação da [[Academia Brasileira de Letras]] (ABL).<ref name=":0" /> Seu nome constava da primeira lista dos 40 "imortais" que fundariam a entidade, elaborada por [[Lúcio de Mendonça]].<ref name=Fanini>{{Citar web |url=http://seer.fclar.unesp.br/estudos/article/view/1941/1579 |título=Júlia Lopes de Al meida: entre o salão literário e a antessala da Academia Brasileira de Letras|publicado=Revista Estudos de Sociologia |editor=Michele Asnar Fanini |acessadoem=9 de agosto de 2017}}</ref>


Na primeira reunião da ABL, porém, seu nome foi excluído. Os fundadores optaram por manter a Academia exclusivamente masculina, da mesma forma que a [[Academia Francesa]], que lhes servia de modelo. No lugar de Júlia Lopes entrou justamente o seu marido, Filinto de Almeida, que chegou a ser chamado de "acadêmico consorte".<ref>FANINI, Michele Asnar. [http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-83332013000200012&script=sci_arttext Júlia Lopes de Almeida em "retrato e prosa": a propósito dos diálogos entre as imagens da escritora e sua produção literária]. Cad. Pagu no.41 Campinas July/Dec. 2013</ref>
Na primeira reunião da ABL, porém, seu nome foi excluído.<ref name="Fanini" /> Os fundadores optaram por manter a Academia exclusivamente masculina, da mesma forma que a [[Academia Francesa]], que lhes servia de modelo.<ref>{{Citar web |url=https://super.abril.com.br/cultura/academia-francesa-de-letras-inspirou-a-brasileira/ |titulo=Academia francesa de letras inspirou a brasileira |data=31 de janeiro de 1996 |acessodata=2021-05-15 |website=[[Superinteressante]] |publicado=[[Editora Abril]] |lingua=pt-BR}}</ref> No lugar de Júlia Lopes entrou justamente o seu marido, Filinto de Almeida, que chegou a ser chamado de "acadêmico consorte".<ref>FANINI, Michele Asnar. [http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-83332013000200012&script=sci_arttext Júlia Lopes de Almeida em "retrato e prosa": a propósito dos diálogos entre as imagens da escritora e sua produção literária]. Cad. Pagu no.41 Campinas July/Dec. 2013</ref>


O veto à participação de mulheres só terminou em 1977, com a eleição de [[Rachel de Queiroz]] para a cadeira nº 5.<ref name=Itau/><ref name=USP/>
O veto à participação de mulheres só terminou em 1977, com a eleição de [[Rachel de Queiroz]] para a cadeira nº 5.<ref name=Itau/><ref name=USP/><ref>{{citar web |url=https://www.academia.org.br/academicos/rachel-de-queiroz |titulo=Rachel de Queiroz |acessodata=15/05/2021 |publicado=[[Academia Brasileira de Letras]]}}</ref>


==Morte==
==Morte==
Júlia Lopes de Almeida morreu em 30 de maio de 1934, na cidade do Rio de Janeiro, por complicações renais e linfáticas decorrentes da [[febre amarela]]. Ela foi sepultada no [[Cemitério de São Francisco Xavier (Rio de Janeiro)|cemitério São Francisco Xavier]]. Postumamente, no mesmo ano, foi publicado seu último romance, ''Pássaro Tonto''.<ref name=Silva/><ref name=Itau/>
Almeida morreu em 30 de maio de 1934, na cidade do Rio de Janeiro, por complicações renais e linfáticas decorrentes da [[febre amarela]].<ref>{{citar web |ultimo=Nascimento |primeiro=Patrícia |url=https://blog.bbm.usp.br/2020/julia-lopes-de-almeida-uma-ilustre-mortal/ |titulo=JÚLIA LOPES DE ALMEIDA, UMA ILUSTRE MORTAL |data=29/10/2020 |acessodata=15/05/2021 |publicado=[[Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin]]}}</ref><ref>{{citar web |ultimo=Trevisan |primeiro=Gabriela |url=http://repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/341901/1/Trevisan_GabrielaSimonetti_M.pdf |titulo=A ESCRITA FEMINISTA DE JÚLIA LOPES DE ALMEIDA |data=[[2020]] |acessodata=15/05/2021 |publicado=[[Universidade Estadual de Campinas]]}}</ref> Foi sepultada no [[Cemitério de São Francisco Xavier (Rio de Janeiro)|cemitério São Francisco Xavier]], no bairro do [[Caju (Rio de Janeiro)|Caju]], Zona norte do Rio.<ref>{{citar web |ultimo=Luca |primeiro=Leonora |url=https://ieg.ufsc.br/public/storage/articles/October2020/Pagu/1999(12)/Luca.pdf |titulo=O “feminismo possível” de Júlia Lopes de Almeida (1862-1934) |acessodata=15/05/2021 |publicado=[[Universidade Federal de Santa Catarina]]}}</ref>

Postumamente, no mesmo ano, foi publicado seu último romance, ''Pássaro Tonto''.<ref name="Silva" /><ref name="Itau" />


==Obras publicadas==
==Obras publicadas==
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Revisão das 19h04min de 15 de maio de 2021

Júlia Lopes de Almeida
Júlia Lopes de Almeida
Nome completo Júlia Valentim da Silveira Lopes de Almeida
Nascimento 24 de setembro de 1862
Rio de Janeiro, Brasil
Morte 30 de maio de 1934 (71 anos)
Rio de Janeiro, Brasil
Nacionalidade brasileira
Cônjuge Filinto de Almeida
Ocupação escritora e abolicionista
Magnum opus Livro das noivas

Júlia Valentim da Silveira Lopes de Almeida (Rio de Janeiro, 24 de setembro de 1862Rio de Janeiro, 30 de maio de 1934) foi uma escritora, cronista, teatróloga e abolicionista brasileira.[1][2] Foi uma das idealizadoras da Academia Brasileira de Letras (ABL).[3][4] Tem uma produção grande e importante para a literatura brasileira, de literatura infantil a romances, crônicas, peças de teatro e matérias jornalísticas.[5][6] Foi casada com o poeta português Filinto de Almeida, e mãe dos também escritores Afonso Lopes de Almeida, Albano Lopes de Almeida e Margarida Lopes de Almeida.[6][7]

Biografia

Vida pessoal

Nascida na cidade do Rio de Janeiro em 1862, era filha do médico Valentim José da Silveira Lopes, mais tarde Visconde de São Valentim, e de Adelina Pereira Lopes, ambos portugueses emigrados para o Brasil. Mudou-se ainda na infância para a cidade de Campinas,[3] no estado de São Paulo, onde, em 1881, publicou seus primeiros textos na Gazeta de Campinas, apesar de na época a literatura não ser vista como uma atividade própria para mulheres.[8] Numa entrevista concedida a João do Rio entre 1904 e 1905, confessou que adorava escrever versos, mas o fazia às escondidas.[5] Três anos depois, em 1884, começa a escrever também para o jornal carioca O País, trabalho que durou mais de três décadas.

Carreira

Em 1886, mudou-se para Lisboa, onde se lança como escritora e junto de sua irmã publica Contos Infantis, em 1887.[9] Em 28 de novembro de 1887 casou-se com Filinto de Almeida, à época diretor da revista A Semana Ilustrada, editada no Rio de Janeiro.[10] Passou a ser colaboradora sistemática da publicação. Também escreveu para a revista Brasil-Portugal (1899-1914).[11] Júlia retornou ao Brasil em 1888, onde publica seu primeiro romance, Memórias de Marta, que sai em folhetins em O País.[3] Seu textos em jornais da época tratam sempre de temas pertinentes como a República, a abolição e direitos civis.[4][6][3]

Pioneira da literatura infantil no Brasil, seu primeiro livro, Contos Infantis (1886), foi uma reunião de 33 textos em verso e 27 em prosa destinados às crianças, escrito em parceria com sua irmã, Adelina Lopes Vieira.[5] Um ano depois, publicou Traços e Iluminuras, o primeiro dos seus 10 romances.[12]

Escreveu também para teatro, com dois volumes publicados e cerca de 10 textos inéditos.[13][14]

Foi presidente honorária da Legião da Mulher Brasileira, sociedade criada em 1919.[15][16][17] Sua coletânea de contos Ânsia Eterna, 1903, sofreu influência de Guy de Maupassant e uma das suas crônicas veio a inspirar Artur Azevedo ao escrever a peça O dote.[18] Em colaboração com o marido, escreveu, em folhetim do Jornal do Commercio, seu último romance, A Casa Verde, em 1932.[12][3]

Grêmio Júlia Lopes

Instituição cultural feminina fundada em 26 de novembro de 1916 por um grupo de intelectuais cuiabanas.[19] A escolha de Júlia Lopes como patrona foi proposta pela professora Maria Dimpina Lobo Duarte após a leitura do "Livro das Noivas".[19] O Grêmio Júlia Lopes se dedicava principalmente a produção literária através da revista A Violeta, proposta da professora Maria da Glória Figueiredo, e que seria dirigida por vinte anos anos pela professora Bernardina Maria Elvira Rich.[20] O periódico contava com a contribuição da própria Júlia Lopes, e dentre várias outras intelectuais cuiabanas, de modo mais constante com Maria Dimpina, Bernardina Rich e a professora Maria de Arruda Müller.[20] A revista A Violeta circulou mensalmente de 1916 até 1950, e sempre foi laborado apenas por mulheres.[20]

Fundação da ABL

Júlia Lopes de Almeida integrava o grupo de escritores e intelectuais que planejou a criação da Academia Brasileira de Letras (ABL).[16] Seu nome constava da primeira lista dos 40 "imortais" que fundariam a entidade, elaborada por Lúcio de Mendonça.[21]

Na primeira reunião da ABL, porém, seu nome foi excluído.[21] Os fundadores optaram por manter a Academia exclusivamente masculina, da mesma forma que a Academia Francesa, que lhes servia de modelo.[22] No lugar de Júlia Lopes entrou justamente o seu marido, Filinto de Almeida, que chegou a ser chamado de "acadêmico consorte".[23]

O veto à participação de mulheres só terminou em 1977, com a eleição de Rachel de Queiroz para a cadeira nº 5.[3][6][24]

Morte

Almeida morreu em 30 de maio de 1934, na cidade do Rio de Janeiro, por complicações renais e linfáticas decorrentes da febre amarela.[25][26] Foi sepultada no cemitério São Francisco Xavier, no bairro do Caju, Zona norte do Rio.[27]

Postumamente, no mesmo ano, foi publicado seu último romance, Pássaro Tonto.[12][3]

Obras publicadas

Wikisource
Wikisource

Romances

  • A Família Medeiros
  • Memórias de Marta
  • A Viúva Simões
  • A Falência
  • Cruel Amor
  • A Intrusa
  • A Silveirinha
  • A Casa Verde (com Felinto de Almeida)
  • Pássaro Tonto
  • O Funil do Diabo

Novelas e contos

  • Traços e Iluminuras
  • Ânsia Eterna
  • Era uma vez…
  • A Isca (quatro novelas)
  • A caolha

Teatro

  • 1909 - A Herança (peça em um ato)
  • 1917 - Teatro
  • O caminho do céu
  • A última entrevista
  • A senhora marquesa
  • O dinheiro dos outros
  • Vai raiar o sol
  • Laura

Diversos

  • Livro das Noivas
  • Livro das Donas e Donzelas
  • Correio da Roça
  • Jardim Florido
  • Jornadas no Meu País
  • Eles e Elas
  • Oração a Santa Dorotéia
  • Maternidade (obra pacifista)
  • Brasil (conferência)

Escolares

Referências

  1. GUIMARÃES, Alex dos Santos. Júlia Lopes de Almeida e o Cânone Literário: Memória e Exclusão. Associação Nacional de História, 2013.
  2. Júlia Lopes de Almeida, a primeira escritora profissional do Brasil. MultiRio, 26 de agosto de 2014
  3. a b c d e f g Itaú Cultural (ed.). «Júlia Lopes de Almeida». Itaú Cultural. Consultado em 9 de agosto de 2017 
  4. a b Adriana Mattoso (ed.). «Julia Lopes de Almeida: uma mulher que a pátria desconhece». Blogueiras Feministas. Consultado em 9 de agosto de 2017 
  5. a b c Cátia Toledo Mendonça (ed.). «Júlia Lopes de Almeida: A Busca da Liberação Feminina pela Palavra» (PDF). Revista Letras. Consultado em 9 de dezembro de 2014 
  6. a b c d Ivanir Ferreira, ed. (3 de agosto de 2017). «Escritora mais publicada da Primeira República foi vetada na ABL». Jornal da USP. Consultado em 9 de agosto de 2017 
  7. Série Histórias Não Contadas - "As Mensageiras" - Primeiras Escritoras do Brasil Câmara dos Deputados - acessado em 6 de março de 2021
  8. Fanini, Michele Asmar; Fanini, Michele Asmar (setembro de 2018). «Júlia Lopes de Almeida on the scene: outlines of the writer's personal archive and unpublished theater». Revista do Instituto de Estudos Brasileiros (71): 95–114. ISSN 0020-3874. doi:10.11606/issn.2316-901x.v0i71p95-114. Consultado em 15 de maio de 2021 
  9. Fangueiro, Maria. «Júlia Lopes de Almeida». Biblioteca Nacional do Brasil. Consultado em 15 de maio de 2021 
  10. Luca, Tania Regina de (10 de setembro de 2018). A ilustração [1884-1892]: Circulação de textos e imagens entre Paris, Lisboa e Rio de Janeiro (em inglês). [S.l.]: SciELO - Editora UNESP 
  11. Rita Correia (29 de Abril de 2009). «Ficha histórica: Brasil-Portugal : revista quinzenal illustrada (1899-1914).» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 26 de Junho de 2014 
  12. a b c SILVA, Marcelo Medeiros da (2011). Júlia Lopes de Almeida e Carolina Nabuco: uma escrita bem-comportada? (Tese). Paraíba: Universidade Federal da Paraíba. Consultado em 9 de agosto de 2017 
  13. Fanini, Michele Asmar (dezembro de 2013). «Júlia Lopes de Almeida teatróloga: apontamentos sobre a peça inédita "O Caminho do Bem"». Revista Estudos Feministas (3): 1099–1119. ISSN 0104-026X. doi:10.1590/S0104-026X2013000300019. Consultado em 15 de maio de 2021 
  14. Amed, Jussara Parada. «Escrita e experiência na obra de Júlia Lopes de Almeida (1862-1934)». Consultado em 15 de maio de 2021 
  15. Amed, Jussara Parada. «Escrita e experiência na obra de Júlia Lopes de Almeida (1862-1934)». Consultado em 15 de maio de 2021 
  16. a b Ruy, José (8 de março de 2016). «O brilho permanente da escrita feminina». Vermelho. Consultado em 15 de maio de 2021 
  17. Bispo, Antônio (2010). «A Legião da Mulher Brasileira e a direita social-nacionalista e católico-restaurativa na música Concepções estético-musicais de Júlia Lopes de Almeida (1862-1934)». Revista Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira. Consultado em 15 de maio de 2021 
  18. Almeida, Júlia Lopes de (24 de março de 2021). Ânsia Eterna. [S.l.]: Vermelho Marinho 
  19. a b «Durante 40 anos mulheres editaram revista feminina em Mato Grosso». 24 de março de 2019. Consultado em 15 de maio de 2021 
  20. a b c Costa, Laís (2013). «FACTOS E COUSAS NAS CRÔNICAS DA REVISTA MATOGROSSENSE A VIOLETA» (PDF). Revista Estação Literária (Universidade Estadual de Londrina). Consultado em 15 de maio de 2021 
  21. a b Michele Asnar Fanini (ed.). «Júlia Lopes de Al meida: entre o salão literário e a antessala da Academia Brasileira de Letras». Revista Estudos de Sociologia. Consultado em 9 de agosto de 2017 
  22. «Academia francesa de letras inspirou a brasileira». Superinteressante. Editora Abril. 31 de janeiro de 1996. Consultado em 15 de maio de 2021 
  23. FANINI, Michele Asnar. Júlia Lopes de Almeida em "retrato e prosa": a propósito dos diálogos entre as imagens da escritora e sua produção literária. Cad. Pagu no.41 Campinas July/Dec. 2013
  24. «Rachel de Queiroz». Academia Brasileira de Letras. Consultado em 15 de maio de 2021 
  25. Nascimento, Patrícia (29 de outubro de 2020). «JÚLIA LOPES DE ALMEIDA, UMA ILUSTRE MORTAL». Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin. Consultado em 15 de maio de 2021 
  26. Trevisan, Gabriela (2020). «A ESCRITA FEMINISTA DE JÚLIA LOPES DE ALMEIDA» (PDF). Universidade Estadual de Campinas. Consultado em 15 de maio de 2021 
  27. Luca, Leonora. «O "feminismo possível" de Júlia Lopes de Almeida (1862-1934)» (PDF). Universidade Federal de Santa Catarina. Consultado em 15 de maio de 2021