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Quilombolas: diferenças entre revisões

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== Educação escolar quilombola ==
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Segundo o parecer CNE/CEB nº 16 de 2012


{{Quote|1=A Educação Escolar Quilombola é desenvolvida em unidades educacionais inscritas em suas terras e cultura, requerendo pedagogia própria em respeito à especificidade étnico-cultural de cada comunidade e formação específica de seu quadro docente, observados os princípios constitucionais, a base nacional comum e os princípios que orientam a Educação Básica brasileira. Na estruturação e no funcionamento das escolas quilombolas, deve ser reconhecida e valorizada sua diversidade cultural.|título=Conselho Nacional de Educação. Resolução 08, de 20 de novembro de 2012. Parecer CNE/CEB nº 16 de 2012. Define diretrizes curriculares nacionais para educação escolar quilombola na educação básica.|autor= [[Ministério da Educação (Brasil)]]}}
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== Comunidades remanescentes quilombolas ==
== Comunidades remanescentes quilombolas ==

Revisão das 12h17min de 27 de janeiro de 2022

Quilombolas são habitantes de quilombos, um fenômeno típico das Américas. Enquanto no período da escravidão o termo referia-se a escravos africanos e afrodescendentes que fugiram dos engenhos de cana-de-açúcar, fazendas e pequenas propriedades para formar pequenos vilarejos chamados quilombos, contemporaneamente ele refere-se aos descendentes desses povos escravizados, que vivem em comunidades rurais, suburbanas e urbanas caracterizadas pela agricultura de subsistência e por manifestações culturais que têm forte vínculo com o passado africano[1].

Mais de quinze mil comunidades quilombolas espalhadas pelo território brasileiro mantêm-se vivas e atuantes, lutando pelo direito de propriedade de suas terras consagrado pela Constituição Federal desde 1988.[2] Tais comunidades estão dispersadas por boa parte do território brasileiro, sobretudo nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste.

Comunidades quilombolas, juntamente com outros movimentos sociais camponeses articulados, nas últimas décadas conquistaram o direito à educação básica do campo. Trata-se de uma educação com características diferenciadas do ensino escolar tradicional, particularmente em relação ao regime de alternância.

Etimologia

A etimologia do termo quilombola é controversa. Fontes apontam que ele pode ser derivado do tupi-guarani cañybó, que significa «aquele que foge muito»[3], ou dum termo bantu significando "acampamento guerreiro na floresta"[4].

Educação escolar quilombola

Entrevista da professora Maria de Lourdes Mina, coordenadora da Educação Quilombola da unidade do Morro da Queimada em Florianópolis.

Segundo o parecer CNE/CEB nº 16 de 2012[5]

A Educação Escolar Quilombola é desenvolvida em unidades educacionais inscritas em suas terras e cultura, requerendo pedagogia própria em respeito à especificidade étnico-cultural de cada comunidade e formação específica de seu quadro docente, observados os princípios constitucionais, a base nacional comum e os princípios que orientam a Educação Básica brasileira. Na estruturação e no funcionamento das escolas quilombolas, deve ser reconhecida e valorizada sua diversidade cultural.

Comunidades remanescentes quilombolas

  • 1.209 comunidades certificadas
  • 143 áreas com terras já tituladas
  • Estados com maior número de comunidades remanescentes quilombolas: Bahia (229), Maranhão (112), Minas Gerais (89) e Pará (81).[6]

Comunidades

Abaixo, as comunidades citadas no arquivo «Títulos Expedidos às Comunidades Quilombolas» da página virtual do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária:

  • Abacatal-Aurá
  • Abui
  • Acapú
  • Acaraqui
  • África
  • Água Fria
  • Alto Ipixuna
  • Alto Itacuruça
  • Alto Pucurui
  • Aningal
  • Apui
  • Araçá
  • Aracuan de Baixo
  • Aracuan de Cima
  • Aracuan do Meio
  • Arapapu
  • Araquenbua
  • Bacabal
  • Bailique Beira
  • Bailique Centro
  • Baixinha
  • Baixo Itacuruça
  • Bananal
  • Barra
  • Barro Vermelho
  • Bela Aurora
  • Boa Vista
  • Boa Vista do Cuminá
  • Bom Remedio
  • Caiana dos Crioulos
  • Camiranga
  • Campelo
  • Campinho
  • Campopema
  • Carará
  • Castainho
  • Catanhaduba
  • Conceição dad Crioulas
  • Coração
  • Costeiro
  • Cuecê
  • Cupu
  • Curiaú
  • Eira dos Coqueiros
  • Espírito Santo
  • Flexinha
  • França
  • Furnas da Boa Sorte
  • Furnas do Dionísio
  • Guarajá Miri
  • Igarapé Preto
  • Igarapé São João
  • Igarapezinho
  • Itacoã Miri
  • Itamaoari
  • Ivaporunduva
  • Jarauacá
  • Jauari
  • Jenipapo
  • Jenipaúba
  • Jocojó
  • Jurussaca
  • Kalunga
  • Laranjituba
  • Mãe Cue
  • Mangal
  • Maria Ribeira
  • Maria Rosa
  • Mata
  • Mata Cavalo
  • Mocambo
  • Mocorongo
  • Nossa Senhora da Conceição
  • Paca
  • Pacoval
  • Pancda
  • Panpelônia
  • Paraná do Abui
  • Pedro Cubas
  • Poção
  • Porto Coris
  • Porto dos Pilões
  • Rio das Ras
  • Rio Tauaré-Açu
  • Sagrado
  • Santa Fé
  • Santa Maria de Mirindeua
  • Santa Rita de Barreiras
  • Santana
  • Santo Antonio
  • Santo Antonio dos Pretos
  • Santo Cristo
  • São Bernardo
  • São José
  • São Jose do Icatu
  • São Pedro
  • Serrinha
  • Silêncio
  • Tapagem
  • Teófilo
  • Terra Preta II
  • Vale do Guaporé
  • Varre Vento
  • Varzinha

Outras comunidades (do Rio Grande do Sul)[7][8]:

  • Algodão
  • Alpes
  • Areal – Guaranha
  • Cambará
  • Cantão das Lombas
  • Caleira (São Gabriel - RS)
  • Chácara Barreto
  • Cerro do Ouro (São Gabriel - RS)
  • Estância da Figueira
  • Favila
  • Moçambique
  • Madeira
  • Manoel Barbosa
  • Monjolo (Serrinha)
  • Morro Alto
  • Mutuca
  • Paredão
  • Passo do Lourenço
  • Passos do Brum
  • Rincão do Santo Inácio
  • Serrinha do Cristal
  • Sítio Novo
  • Várzea dos Baianos
  • Vila do Torrão (Cantagalo)  
  • Von Bock (São Gabriel - RS)

Ver também

Wikcionário
Wikcionário
O Wikcionário tem o verbete quilombola.

Referências

  1. «Educação Quilombola». Consultado em 4 de setembro de 2018 
  2. Adm. do sítio (2008). «Visões quilombolas». Koinonia.org.br. Consultado em 10 de fevereiro de 2014 
  3. FFLCH — USP (2005). «Glossário Sertanejo» (PDF). Cursos de tupi antigo e lingua geral (Nheengatu). Consultado em 10 de fevereiro de 2014 
  4. Leite, Ilka Boaventura (dezembro de 2008). «O projeto político quilombola: desafios, conquistas e impasses atuais». Revista Estudos Feministas. 16 (3): 965–977. ISSN 0104-026X. doi:10.1590/S0104-026X2008000300015. Consultado em 5 de abril de 2020 
  5. Custódio, Elivaldo Serrão; Foster, Eugénia da Luz Silva (9 de maio de 2019). «Educação escolar quilombola no Brasil: uma análise sobre os materiais didáticos produzidos pelos sistemas estaduais de ensino». Educar em Revista: 193–211. ISSN 0104-4060. doi:10.1590/0104-4060.62715. Consultado em 27 de janeiro de 2022 
  6. «Educação Quilombola». Consultado em 4 de setembro de 2018 
  7. Bairros, Fernanda Souza de (2017). Oficinas Culinárias em COMUNIDADES QUILOMBOLAS do Rio Grande do Sul: INGREDIENTES E MODO DE FAZER (PDF). Porto Alegre: Universidade federal do Rio Grande do Sul. 60 páginas. Consultado em 22 de maio de 2019  line feed character character in |título= at position 35 (ajuda)
  8. Bairros, Fernanda Souza de (2013). (IN)SEGURANÇA ALIMENTAR E ACESSO AOS PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME DE COMUNIDADES QUILOMBOLAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 137 páginas. Consultado em 22 de maio de 2019  line feed character character in |título= at position 37 (ajuda)

Ligações externas