Quilombolas: diferenças entre revisões
→Educação escolar quilombola: Adicionando vídeo de entrevista da professora Maria de Lourdes Mina, coordenadora da Educação Quilombola do Morro da Queimada em Florianópolis. |
→Educação escolar quilombola: Acrescentando referência pois o parâmetro título de {{Quote}} parece não renderizar corretamente, não consegui arrumar. |
||
Linha 11: | Linha 11: | ||
== Educação escolar quilombola == |
== Educação escolar quilombola == |
||
[[Ficheiro:PGM 76 - Rede de Inclusão - Projeto Educação Quilombola - 19-01-22.webm|miniaturadaimagem|217x217px|Entrevista da professora [[Maria de Lourdes Mina]], coordenadora da Educação Quilombola da unidade do Morro da Queimada em [[Florianópolis]].]] |
[[Ficheiro:PGM 76 - Rede de Inclusão - Projeto Educação Quilombola - 19-01-22.webm|miniaturadaimagem|217x217px|Entrevista da professora [[Maria de Lourdes Mina]], coordenadora da Educação Quilombola da unidade do Morro da Queimada em [[Florianópolis]].]] |
||
Segundo o parecer CNE/CEB nº 16 de 2012<ref>{{Citar periódico |url=http://www.scielo.br/j/er/a/wMFtTxy85YmbvDmsHpqHGJK/?lang=pt |titulo=Educação escolar quilombola no Brasil: uma análise sobre os materiais didáticos produzidos pelos sistemas estaduais de ensino |data=2019-05-09 |acessodata=2022-01-27 |jornal=Educar em Revista |ultimo=Custódio |primeiro=Elivaldo Serrão |ultimo2=Foster |primeiro2=Eugénia da Luz Silva |paginas=193–211 |lingua=pt |doi=10.1590/0104-4060.62715 |issn=0104-4060}}</ref> |
|||
Segundo o parecer CNE/CEB nº 16 de 2012 |
|||
{{Quote|1=A Educação Escolar Quilombola é desenvolvida em unidades educacionais inscritas em suas terras e cultura, requerendo pedagogia própria em respeito à especificidade étnico-cultural de cada comunidade e formação específica de seu quadro docente, observados os princípios constitucionais, a base nacional comum e os princípios que orientam a Educação Básica brasileira. Na estruturação e no funcionamento das escolas quilombolas, deve ser reconhecida e valorizada sua diversidade cultural.| |
{{Quote|1=A Educação Escolar Quilombola é desenvolvida em unidades educacionais inscritas em suas terras e cultura, requerendo pedagogia própria em respeito à especificidade étnico-cultural de cada comunidade e formação específica de seu quadro docente, observados os princípios constitucionais, a base nacional comum e os princípios que orientam a Educação Básica brasileira. Na estruturação e no funcionamento das escolas quilombolas, deve ser reconhecida e valorizada sua diversidade cultural.|autor=[[Ministério da Educação (Brasil)]] | título= Parecer CNE/CEB nº 16 de 2012}} |
||
== Comunidades remanescentes quilombolas == |
== Comunidades remanescentes quilombolas == |
Revisão das 12h17min de 27 de janeiro de 2022
Quilombolas são habitantes de quilombos, um fenômeno típico das Américas. Enquanto no período da escravidão o termo referia-se a escravos africanos e afrodescendentes que fugiram dos engenhos de cana-de-açúcar, fazendas e pequenas propriedades para formar pequenos vilarejos chamados quilombos, contemporaneamente ele refere-se aos descendentes desses povos escravizados, que vivem em comunidades rurais, suburbanas e urbanas caracterizadas pela agricultura de subsistência e por manifestações culturais que têm forte vínculo com o passado africano[1].
Mais de quinze mil comunidades quilombolas espalhadas pelo território brasileiro mantêm-se vivas e atuantes, lutando pelo direito de propriedade de suas terras consagrado pela Constituição Federal desde 1988.[2] Tais comunidades estão dispersadas por boa parte do território brasileiro, sobretudo nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste.
Comunidades quilombolas, juntamente com outros movimentos sociais camponeses articulados, nas últimas décadas conquistaram o direito à educação básica do campo. Trata-se de uma educação com características diferenciadas do ensino escolar tradicional, particularmente em relação ao regime de alternância.
Etimologia
A etimologia do termo quilombola é controversa. Fontes apontam que ele pode ser derivado do tupi-guarani cañybó, que significa «aquele que foge muito»[3], ou dum termo bantu significando "acampamento guerreiro na floresta"[4].
Educação escolar quilombola
Segundo o parecer CNE/CEB nº 16 de 2012[5]
A Educação Escolar Quilombola é desenvolvida em unidades educacionais inscritas em suas terras e cultura, requerendo pedagogia própria em respeito à especificidade étnico-cultural de cada comunidade e formação específica de seu quadro docente, observados os princípios constitucionais, a base nacional comum e os princípios que orientam a Educação Básica brasileira. Na estruturação e no funcionamento das escolas quilombolas, deve ser reconhecida e valorizada sua diversidade cultural.
Comunidades remanescentes quilombolas
- 1.209 comunidades certificadas
- 143 áreas com terras já tituladas
- Estados com maior número de comunidades remanescentes quilombolas: Bahia (229), Maranhão (112), Minas Gerais (89) e Pará (81).[6]
Comunidades
Abaixo, as comunidades citadas no arquivo «Títulos Expedidos às Comunidades Quilombolas» da página virtual do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária:
- Abacatal-Aurá
- Abui
- Acapú
- Acaraqui
- África
- Água Fria
- Alto Ipixuna
- Alto Itacuruça
- Alto Pucurui
- Aningal
- Apui
- Araçá
- Aracuan de Baixo
- Aracuan de Cima
- Aracuan do Meio
- Arapapu
- Araquenbua
- Bacabal
- Bailique Beira
- Bailique Centro
- Baixinha
- Baixo Itacuruça
- Bananal
- Barra
- Barro Vermelho
- Bela Aurora
- Boa Vista
- Boa Vista do Cuminá
- Bom Remedio
- Caiana dos Crioulos
- Camiranga
- Campelo
- Campinho
- Campopema
- Carará
- Castainho
- Catanhaduba
- Conceição dad Crioulas
- Coração
- Costeiro
- Cuecê
- Cupu
- Curiaú
- Eira dos Coqueiros
- Espírito Santo
- Flexinha
- França
- Furnas da Boa Sorte
- Furnas do Dionísio
- Guarajá Miri
- Igarapé Preto
- Igarapé São João
- Igarapezinho
- Itacoã Miri
- Itamaoari
- Ivaporunduva
- Jarauacá
- Jauari
- Jenipapo
- Jenipaúba
- Jocojó
- Jurussaca
- Kalunga
- Laranjituba
- Mãe Cue
- Mangal
- Maria Ribeira
- Maria Rosa
- Mata
- Mata Cavalo
- Mocambo
- Mocorongo
- Nossa Senhora da Conceição
- Paca
- Pacoval
- Pancda
- Panpelônia
- Paraná do Abui
- Pedro Cubas
- Poção
- Porto Coris
- Porto dos Pilões
- Rio das Ras
- Rio Tauaré-Açu
- Sagrado
- Santa Fé
- Santa Maria de Mirindeua
- Santa Rita de Barreiras
- Santana
- Santo Antonio
- Santo Antonio dos Pretos
- Santo Cristo
- São Bernardo
- São José
- São Jose do Icatu
- São Pedro
- Serrinha
- Silêncio
- Tapagem
- Teófilo
- Terra Preta II
- Vale do Guaporé
- Varre Vento
- Varzinha
Outras comunidades (do Rio Grande do Sul)[7][8]:
- Algodão
- Alpes
- Areal – Guaranha
- Cambará
- Cantão das Lombas
- Caleira (São Gabriel - RS)
- Chácara Barreto
- Cerro do Ouro (São Gabriel - RS)
- Estância da Figueira
- Favila
- Moçambique
- Madeira
- Manoel Barbosa
- Monjolo (Serrinha)
- Morro Alto
- Mutuca
- Paredão
- Passo do Lourenço
- Passos do Brum
- Rincão do Santo Inácio
- Serrinha do Cristal
- Sítio Novo
- Várzea dos Baianos
- Vila do Torrão (Cantagalo)
- Von Bock (São Gabriel - RS)
Ver também
- Calunga
- Negro (pessoa)
- Afro-brasileiro
- Movimento negro no Brasil
- Zumbi dos Palmares
- Quilombo dos Palmares
- História da escravidão
- Tráfico negreiro
- Abolicionismo
- Abolicionismo no Brasil
- Lei Áurea
- Escravidão
- Escravidão por dívida
- Escravidão na África
- Lista de livros com tema afro-brasileiro
- Museu Afro-Brasileiro
- Terras quilombolas no Brasil
- Carivaldina Oliveira da Costa
Referências
- ↑ «Educação Quilombola». Consultado em 4 de setembro de 2018
- ↑ Adm. do sítio (2008). «Visões quilombolas». Koinonia.org.br. Consultado em 10 de fevereiro de 2014
- ↑ FFLCH — USP (2005). «Glossário Sertanejo» (PDF). Cursos de tupi antigo e lingua geral (Nheengatu). Consultado em 10 de fevereiro de 2014
- ↑ Leite, Ilka Boaventura (dezembro de 2008). «O projeto político quilombola: desafios, conquistas e impasses atuais». Revista Estudos Feministas. 16 (3): 965–977. ISSN 0104-026X. doi:10.1590/S0104-026X2008000300015. Consultado em 5 de abril de 2020
- ↑ Custódio, Elivaldo Serrão; Foster, Eugénia da Luz Silva (9 de maio de 2019). «Educação escolar quilombola no Brasil: uma análise sobre os materiais didáticos produzidos pelos sistemas estaduais de ensino». Educar em Revista: 193–211. ISSN 0104-4060. doi:10.1590/0104-4060.62715. Consultado em 27 de janeiro de 2022
- ↑ «Educação Quilombola». Consultado em 4 de setembro de 2018
- ↑ Bairros, Fernanda Souza de (2017). Oficinas Culinárias em COMUNIDADES QUILOMBOLAS do Rio Grande do Sul: INGREDIENTES E MODO DE FAZER (PDF). Porto Alegre: Universidade federal do Rio Grande do Sul. 60 páginas. Consultado em 22 de maio de 2019 line feed character character in
|título=
at position 35 (ajuda) - ↑ Bairros, Fernanda Souza de (2013). (IN)SEGURANÇA ALIMENTAR E ACESSO AOS PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME DE COMUNIDADES QUILOMBOLAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 137 páginas. Consultado em 22 de maio de 2019 line feed character character in
|título=
at position 37 (ajuda)
Ligações externas
- «2011 - ONU lança Ano Internacional para Afro-Descendentes». www.unmultimedia.org
- «Observatório Quilombola». www.koinonia.org.br
- «Programa Brasil Quilombola do governo federal». www.mda.gov.br
- «Fundação Cultural Palmares». www.palmares.gov.br
- «Comissão Pró-Índio do estado de São Paulo». www.cpisp.org.br
- «Cordel Quilombola». - tratando do tema em linguagem de cordel
- «Incra»