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Geologia da Chapada Diamantina: diferenças entre revisões

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Revisão das 23h34min de 16 de abril de 2023

A geologia da Chapada Diamantina procura explicar os processos geológicos que deram origem à Chapada Diamantina, formação orográfica situada na região central do estado brasileiro da Bahia.

A descrição geral do aspecto geológico do acidente geográfico, conforme Roseli Ganem e Maurício Viana, é: "Rochas mais antigas (granito-gnaisses e rochas vulcânicas), de até 3,5 bilhões de anos, ocorrem um pouco mais distantes da área do PNCD, a sudoeste (Brumado, Rio de Contas), ao sul (Tanhaçu) e a leste (após a cidade de Itaetê). Rochas um pouco mais jovens, com idades entre 0,6 e 0,9 bilhão de anos, formadas pela ação de geleiras (conglomerados, arenitos e siltitos), bem como as de origem química marinha (calcários, dolomitos), ocorrem nas proximidades das cidades de Lençóis e Andaraí (a leste delas), ao norte de Palmeiras, em Iraquara e em Itaitê. Há ainda sedimentos quaternários recentes na planície aluvionar dos principais cursos d'água, tais como a do rio Paraguaçu."[1]

Após o surgimento da vida a região teria passado por uma glaciação cerca de 850 milhões de anos atrás, após o que ali teria se formado o Mar Bambuí, voltando a vida com os primitivos estromatólitos até que, por volta de há 650 milhões de anos, a Serra do Espinhaço veio a surgir, coincidindo com o surgimento de vida mais complexa, e teve então início a formação do relevo tal como hoje se encontra.[2]

Orogenia

Dez por cento da área brasileira com área sedimentar e metassedimentar e baixo grau de rocha metamórfica é ocupada pela Chapada Diamantina, cuja formação data da metade da Era Proterozoica, e são exemplo da evolução da plataforma continental desde então, numa evolução que data de cerca de 1,7 bilhão de anos. Na época o terreno fazia parte do chamado Mar Espinhaço, que a seguir tornou-se o Deserto Tombador para em período subsequente voltar a ser um ambiente aquático, no Mar Caboclo.[2]

A formação do acidente geográfico deve-se a dois processos tectônicos: o primeiro, de soerguimento e abatimento que data de cerca de 1,2 bilhão de anos e duração de 700 milhões de anos, onde a bacia existente foi preenchida por sedimentos que formaram as rochas características; o segundo processo data de 600 milhões de anos, com a formação das montanhas num processo de orogênese chamado de Ciclo Brasiliano, com basculamento e falhamento que, junto a outros fatores externos, originou as atuais formações do relevo sedimentar: planaltos, chapadas tabulares, cuestas, etc.[3]

Assim, na área da Chapada a estratigrafia sugerida em 2010 apresenta-se compondo o chamado Supergrupo Espinhaço, que ali se divide em várias formações como a Ouricuri do Ouro, Mangabeira e a Guiné, esta última visível na base do Morro do Pai Inácio onde limita-se com arenito da Formação Tombador, perceptível também na Cachoeira da Fumaça.[2]

Como divisão do Supergrupo tem-se o Grupo Chapada Diamantina, que contém na sua ocorrência rochas das formações Caboclo, Morro do Chapéu e Tombador, que "é a mais visível nos principais atrativos turísticos" além do Pai Inácio como no Serrano, em Lençóis, em que a pedra conglomerada é exposta na superfície; a Formação Morro do Chapéu é exemplo da formação da rocha em "ambiente fluvial desértico" que sucedeu "ambientes de sedimentação do Mesoproterozoico".[2]

Referências

  1. Roseli Senna Ganem; Maurício Boratto Viana (2006). «História ambiental do Parque Nacional da Chapada Diamantina - Ba» (PDF). Câmara dos Deputados. Consultado em 26 de março de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 5 de março de 2022 
  2. a b c d Natália Augusta Rothmann Eschiletti (3 de julho de 2020). «O perfil do geoturista no território proposto para o Geoparque Serra do Sincorá – BA». UCS. Consultado em 16 de março de 2023. Cópia arquivada em 6 de março de 2023. PDF arquivado como html. 
  3. Jonatas Batista Mattos; Francisco Carlos Fernandes de Paula (2022). «Análise geoambiental de uma microbacia hidrográfica no município de Lençóis, Chapada Diamantina (Bahia), Brasil». Scielo (Sociedade & Natureza, vol. 1, n. 29). Consultado em 16 de abril de 2023. Cópia arquivada em 16 de abril de 2023 
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