Zenaide Zen: diferenças entre revisões
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{{Info/Biografia |
{{Info/Biografia |
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|nome = Zenaide Cecília Pereira da Silva |
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|imagem = Unknown_person.jpg |
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|imagem_legenda = Zenaide Zen |
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|nascimento_data = {{nowrap|{{dni|19|1|1956|si|lang=br}}}} |
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|nascimento_local = [[Campinas]], [[São Paulo (estado)|SP]] |
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|morte_data = {{nowrap|{{morte|17|9|2011|19|1|1956}}}} |
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|morte_local = [[Itaguaí]], RJ |
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|nacionalidade = {{BRAn|a}} |
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|ocupação = {{hlist|[[Encenador|Diretora de Teatro]]|[[Ator|Atriz]]|[[Apresentador de televisão|Apresentadora]]}} |
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|período_atividade = 1973–2011 |
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|principais_prêmios = [[#Premiações|Lista]] |
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'''Zenaide Cecília Pereira da Silva''' ([[Campinas]], 19 de janeiro de 1956 - [[Itaguaí]], 17 de setembro de 2011), mais conhecida como '''Zenaide Zen''', '''Zenaide Zenah''', '''Zenaide D'jadillê''' e '''Zenaide da Silva''', foi uma [[atriz]], [[Apresentador de televisão|apresentadora]], [[bailarina]], [[compositor|compositora]], [[coreógrafa]], [[professora]], [[escritora]], [[modelo]], [[poeta|poetisa]], [[tradutora]], [[ativista]] e [[Griô|griote]] brasileira.<ref>{{cite news|author=SUED, Ibrahim|title=Zenaide, da Bandeirantes, é uma artista completa|url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReaderMobile.aspx?bib=100439_12&PagFis=17230 | work= O Fluminense|location=Rio de Janeiro|page=7|date=4 de dezembro de 1981}}</ref> |
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==Biografia== |
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'''Zenaide Cecília Pereira da Silva''' ([[Campinas]], 19 de janeiro de 1956 - [[Itaguaí]], 17 de setembro de 2011), mais conhecida como '''Zenaide Zen''', '''Zenaide Zenah''', '''Zenaide D'jadillê''' e '''Zenaide da Silva''', foi uma atriz, apresentadora, bailarina, compositora, coreógrafa, escritora, modelo, poetisa, tradutora, ativista e [[Griô|griote]] brasileira.<ref>{{cite news|url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReaderMobile.aspx?bib=100439_12&PagFis=17230|title=Zenaide, da Bandeirantes, é uma artista completa|date=4 de dezembro de 1981|work=O Fluminense|author=SUED, Ibrahim|location=Rio de Janeiro|page=7}}</ref> |
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Nascida em uma favela de [[Campinas]], no interior do [[Estado de São Paulo]], Zenaide perdeu o pai aos dois anos. Passando por diculdades sua mãe, Doracy Moraes Pereira da Silva, entregou-a aos cuidados do orfanato e colégio de freiras próximo para que lá fosse educada. Mesmo frequentando a escola católica, Zenaide continuou seguindo a religião de matriz africana de sua mãe. Aos 14 anos já falava fluentemente o inglês. Em [[1973]] ingressou no '''Grupo de Teatro Evolução''' de Antônio Carlos Silva, Benedito Luiz Amauro (Lumumba), Jonas Lemos (TC) e Jorge Mateus. O grupo é um marco importante do movimento negro brasileiro dos anos [[1970]]. O repertório do '''Evolução''' era todo desenvolvido em um processo autoral de criação coletiva com uma estética original que exigia a presença de corpo inteiro dos atores no palco, com voz, expressão corporal, canto e dança. As peças, dentre elas ''História do Samba'', ''Sinfonia Negra'', ''O Príncipe Poeta'', ''Gangazumba'' e ''Encontro com Deus'', buscavam denunciar as condições de desigualdade, exclusão e preconceito sofridos pela população negra. O grupo apresentava-se em cidades do interior e do litoral do estado e, em sua trajetória, compreendida entre os anos de [[1973]] a [[1976]], e contribuiu para a criação de movimentos político-culturais nesses locais.<ref>{{cite journal|author=GIEBRECHT, Erica|year=2015|title=Entre os limites da pele negra: respostas corporizadas aos temores da essencialização.|url=https://journals.openedition.org/cadernosaa/981|journal=Cadernos de Arte e Antropologia|volume=4|issue=2|page=125-140}}</ref> Em [[1977]] Zenaide mudou-se para São Paulo buscando melhores oportunidades e, nos palcos paulistanos, destacou-se como atriz e dançarina em '''Escuta, Zé!''', uma adaptação do texto '''Zé Ninguém''' do psicanalista [[Wilhelm Reich]] |
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com a bailarina [[Marilena Ansaldi]] e com a direção de [[Celso Nunes]].<ref>{{cite encyclopedia|title=ESCUTA, Zé!| encyclopedia= ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira|location=São Paulo|publisher=Itaú Cultural|year=2023|url= http://enciclopedia.itaucultural.org.br/evento393617/escuta-ze|series=Verbete de Enciclopédia|isbn=978-85-7979-060-7}}</ref><ref>{{cite news | author= Suplemento de Turismo | title= Programa Rio - Teatro | url= https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19780113-31542-nac-0041-tur-5-not | work=O Estado de São Paulo | location= São Paulo | page= 5 | date=13 de janeiro de 1978}}</ref> Em uma peça exclusivamente de artistas brancos, Zenaide colaborou na criação dos monólogos para o seu personagem, reivindicando sua negritude: |
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== Biografia == |
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Zenaide Pereira da Silva nasceu em uma favela de Campinas, no interior de São Paulo. Em [[1973]] ingressou no '''''Grupo de Teatro Evolução''''' de Antônio Carlos Silva, Benedito Luiz Amauro (Lumumba), Jonas Lemos (TC) e Jorge Mateus. O grupo é um marco importante do movimento negro brasileiro dos anos [[1970]]. O repertório do '''''Evolução''''' era todo desenvolvido em um processo autoral de criação coletiva com uma estética original que exigia a presença de corpo inteiro do ator no palco, com voz, expressão corporal, canto e dança. As peças, dentre elas ''História do Samba'', ''Sinfonia Negra'', ''O Príncipe Poeta'', ''Gangazumba'' e ''Encontro com Deus'', buscavam denunciar as condições de desigualdade, exclusão e preconceito sofridos pela população negra. O grupo apresentou-se em diversas cidades do interior e do litoral do estado e, em sua trajetória, compreendida entre os anos de [[1973]] a [[1976]], contribuiu para a criação de movimentos político-culturais nesses locais.<ref>{{cite journal|author=GIEBRECHT, Erica|year=2015|title=Entre os limites da pele negra: respostas corporizadas aos temores da essencialização.|url=https://journals.openedition.org/cadernosaa/981|journal=Cadernos de Arte e Antropologia|volume=4|issue=2|page=125-140}}</ref> Em [[1977]] Zenaide mudou-se para São Paulo buscando melhores oportunidades e, nos palcos paulistanos, destacou-se como atriz e dançarina em '''''Escuta, Zé!''''', uma adaptação do texto ''Zé Ninguém'' do psicanalista [[Wilhelm Reich]] |
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com a bailarina [[Marilena Ansaldi]] e com a direção de [[Celso Nunes]].<ref>{{cite encyclopedia|title=ESCUTA, Zé!| encyclopedia= ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira|location=São Paulo|publisher=Itaú Cultural|year=2023|url= http://enciclopedia.itaucultural.org.br/evento393617/escuta-ze|series=Verbete de Enciclopédia|isbn=978-85-7979-060-7}}</ref><ref>{{cite news | author= Suplemento de Turismo | title= Programa Rio - Teatro | url= https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19780113-31542-nac-0041-tur-5-not | work=O Estado de São Paulo | location= São Paulo | page= 5 | date=13 de janeiro de 1978}}</ref>. Nessa época Zenaide já procurava criar um teatro negro de resistência. Em uma peça exclusivamente de artistas brancos, Zenaide colaborou na criação dos monólogos para o seu personagem, reivindicando sua negritude: |
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{{Blockquote|text='''''“Não sei por que eu sou negra.''''' |
{{Blockquote|text='''''“Não sei por que eu sou negra.''''' |
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'''''Não sei por que você é branco.''''' |
'''''Não sei por que você é branco.''''' |
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'''''Nem você, aposto!''''' |
'''''Nem você, aposto!''''' |
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'''''Mas, desta diferença, e da nossa ignorância, nascem mais desgraças do que felicidade. Há todo um desequilíbrio social, equilibrado em si mesmo, nascido destas raízes”.'''''|source=<font size="2">''Nós Racistas'', Trecho do monólogo</font>}} Em [[1978]] Zenaide |
'''''Mas, desta diferença, e da nossa ignorância, nascem mais desgraças do que felicidade. Há todo um desequilíbrio social, equilibrado em si mesmo, nascido destas raízes”.''''' |source=<font size="2">''Nós Racistas'', Trecho do monólogo</font>}} Em [[1978]], Zenaide ingressou no '''Grupo Pau-Brasil''' para atuar em '''[[Macunaíma]]''', de [[Antunes Filho]].<ref name=theaters80>{{cite book | author=MATE, Alexandre|year=2011|title=O Teatro Adulto na Cidade de São Paulo na Década de 1980|url=https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/113700/ISBN9788539302062.pdf|publisher=Editora Unesp|pages=519|location=São Paulo|isbn=978-85-3930-206-2}}</ref> Nessa época Zenaide já procurava um teatro negro de resistência e criou o '''Grupo de Pesquisa da Cultura Negra''', cujo objetivo era desenvolver os aspectos históricos-sociais e estéticos da cultura negra.<ref name=douxami>{{cite journal|author=DOUXAMI, C.|title=Teatro negro: a realidade de um sonho sem sono|journal=Afro-Ásia|publisher=UFBA|location=Salvador|volume= n. 25-26|year=2001|pages=313-363|issn=0002-0591|doi=10.9771/aa.v0i25-26.21016|url=https://periodicos.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/21016/13616}}</ref> Em novembro viajou em uma caravavana com [[Ismael Ivo]], entre outros, para participar, em [[Araraquara]] (SP), do '''FECONEZU''' (Festival Comunitário Negro Zumbi), que reuniu organizações negras de cidades de todo o [[estado de São Paulo]], e também, organizações provenientes de outros estados.<ref>{{cite journal|author=SOUZA, Sergio Luis de, et al|title=Narrativas da Negritude: As Experiências do Grupo de Cultura e Arte Negra Travessia e do Diretor Teatral Pedro Paulo Da Silva|journal=Anais do SILIAFRO|url=http://www.ileel.ufu.br/anaisdosiliafro/wp-content/uploads/2014/03/artigo_SILIAFRO_55.pdf| volume=Número 1|publisher=EDUFU|year=2012|page=593-611}}</ref> Dado o enorme sucesso da montagem de [[Antunes Filho]], o grupo Pau-Brasil é convidado a participar, de última hora, do '''Festival Teatro nas Américas''', trazendo para Zenaide a oportunidade de conhecer os [[Estados Unidos]] e o Movimento Negro Americano mais de perto.<ref>{{cite news|author=SHIRLEY, Don|year=1979|title='Macunaíma'|url=https://www.washingtonpost.com/archive/lifestyle/1979/06/08/macunaima/2f5c5554-fad1-4704-be81-042b261ad79a/| publisher=Washington Post|location=Washington, D.C.|date=8 de junho de 1979}}</ref><ref>{{cite news|author=EDER, Richard|year=1979|title=Theater: Americas Festival Opens|url=https://www.nytimes.com/1979/06/18/archives/theater-americas-festival-opens-nassau-forum-to-assist-artists.html| publisher=New York Times|location=Nova Iorque|date=18 de junho de 1979|volume=Section C|page=16}}</ref>De volta ao país, o Grupo Pau-Brasil foi apresentar-se no Rio de Janeiro,<ref>{{cite news| author=MICHALSKI, Yan|title=Macunaíma um espetáculo revolucionário|publisher=Jornal do Brasil|volume=Caderno B|location=Rio de Janeiro|page=10|date=9 de outubro de 1979}}</ref> porém no fim da temporada carioca, quando [[Antunes Filho]] e o Grupo Pau-Brasil partem para uma turnê pela Europa, Zenaide permanece no Brasil despedindo-se definitivamente do grupo.<ref>{{cite interview |last=ZEN |first=Zenaide|interviewer=[[Dom Filó|Don Filó]] |title=Radial Filó com Zenaide Zen |url=https://m.youtube.com/watch?v=kGtLOPKxy1o|work=Radial Filó |publisher=TV Rio |location=Rio de Janeiro |year=1998}}</ref> |
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Na Televisão atuou na novela “Os Adolescentes” na [[Rede Bandeirantes]], em [[1981]], e no ano seguinte esteve na minissérie “O Tronco do Ipê” na [[TV Cultura]]. Também em [[1982]], apresentou o programa ''Outras Palavras'', na [[Rede Bandeirantes]], dirigido por Walter Salles Júnior. Esteve na minissérie ''Anarquistas, Graças a Deus'', em [[1984]], e no ano seguinte foi a Iabá Dorotéia na minissérie “Tenda dos Milagres“, ambas na [[Rede Globo]]. |
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Nos cinemas Zenaide aparece pela primeira vez em ''Os Trapalhões na Serra Pelada'', de [[1982]]. No ano seguinte aparece nas películas ''A Próxima Vítima'' e ''Rio Babilônia''. Atuou em ''Chico Rei'', de [[1985]], no papel de ''Tali'' e também em ''Ópera do Malandro'' de [[1986]]. Neste mesmo ano foi aos [[Estados Unidos|Estados Unidos da América]] estudar Direção de Teatro, Dança, Cinema e Televisão na [[Universidade Howard| Howard University]] em [[Washington, D.C.]], pelo [[Programa Fulbright]]. Na universidade, Zenaide teve a oportunidade de conhecer [[Kwame Ture]] e o pan-africanismo.<ref>{{cite news|url=https://dh.howard.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1161&context=hilltop_198090|title=Ture promotes struggle for Pan-Africanism|date=7 de novembro de 1986|work=The Hilltop|publisher=Howard University|author=LOONEY, Linda J.|location=Washington, D.C.|page=4|volume=70|issue=Number 11}}</ref> Em [[1988]] Zenaide declarou se reconhecer apenas como Zenaide Zen, refutando seus sobrenomes judaico-portugueses que representam a escravização, e aceitando o nome dado por sua mãe que descobriu ser de origem etíope. Acrescentou o sobrenome [[Zen]] por acreditar nos princípios básicos desta tradição.<ref>{{cite news|url=https://dh.howard.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1193&context=hilltop_198090|title=Brazilian performer attends HU for year|date=4 de março de 1988|work=The Hilltop|publisher=Howard University|author=ALEXANDER, Keith|location=Washington, D.C.|page=6|volume=71|issue=Number 19}}</ref> |
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Em [[1994]], no Rio de Janeiro (RJ) fundou, em parceria com [[Carmen Luz]], a [[Companhia Étnica]], um espaço idealizado para a pesquisa, criação e desenvolvimento de novas linguagens na dança contemporânea e para gestão de projetos alinhando desenvolvimento social, cultural, artístico e profissional de crianças, jovens e adultos periféricos.<ref>{{cite thesis|author=SOBRAL, Cristiane Correa Jesus|title=Teatros Negros e suas Estéticas na Cena Teatral Brasileira|url=https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/21400/1/2016_CristianeSobralCorreaJesus.pdf|date=2016|publisher=PPG-Arte/UnB|type=Mestrado}}</ref> |
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Na Televisão atuou na novela ''[[Os Adolescentes]]'' na [[Rede Bandeirantes]], em [[1981]], e, no ano seguinte, na minissérie ''[[O Tronco do Ipê (1982)|O Tronco do Ipê]]'', na [[TV Cultura]]. Também em [[1982]], apresentou o programa ''Outras Palavras'', dirigido por [[Walter Salles|Walter Salles Júnior]], na [[Rede Bandeirantes]]. Esteve na minissérie ''[[Anarquistas, Graças a Deus (minissérie)|Anarquistas, Graças a Deus]]'', em [[1984]]<ref>{{cite news|author1=GATTAI, Zélia (Autora) |author2=DURST, Walter George (Adaptação)|author3=AVANCINI, Walter (Direção)|title=Anarquistas, graças a Deus|year=1984|url=https://memoriaglobo.globo.com/entretenimento/minisseries/anarquistas-gracas-a-deus/noticia/anarquistas-gracas-a-deus.ghtml|publisher=Rede Globo|location=Rio de Janeiro}}</ref>, e no ano seguinte foi a ''Iabá Dorotéia'' na minissérie ''[[Tenda dos Milagres]]'', ambas na [[Rede Globo]]. |
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== Filmografia == |
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Nos cinemas apareceu pela primeira vez em ''[[Os Trapalhões na Serra Pelada]]'', de [[1982]]. No ano seguinte apareceu nas películas ''[[A Próxima Vítima (filme)|A Próxima Vítima]]'' e ''[[Rio Babilônia]]''. Em [[1984]] Zenaide, [[Zezé Mota]], [[Antônio Pompêo]] e Ademir Ferreira fundam o '''Centro Brasileiro de Informação e Documentação do Artista Negro (CIDAN)''', uma organização não governamental com o objetivo de promover e inserir artistas negros no mercado de trabalho, além de promover cursos para preparação de profissionais sem experiência.<ref>{{cite web|author=65ª Reunião Extraordinária da Comissão Permanente de Direitos Humanos e Legislação Participativa, da 3ª Sessão Legislativa Ordinária da 54ª Legislatura|title=25 anos da Fundação Palmares em defesa dos direitos humanos e 10 anos da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial|publisher=|website=Senado Federal|location=Brasília|url=https://www25.senado.leg.br/web/atividade/notas-taquigraficas/-/notas/r/2117|date=25 de novembro de 2013}}</ref> Zenaide fez o papel de ''Tali'' em ''[[Chico Rei (filme)|Chico Rei]]'' que estreou em [[1985]] e também atuou também em ''[[Ópera do Malandro (filme)|Ópera do Malandro]]'', [[1985]]. No final desse mesmo ano, Zenaide foi para os [[Estados Unidos|Estados Unidos da América]] estudar Direção de Teatro, Dança, Cinema e Televisão na [[Universidade Howard | Howard University]] em [[Washington, D.C.]], pelo [[Programa Fulbright]]. Na universidade, Zenaide teve a oportunidade de conhecer [[Kwame Ture]] e o [[pan-africanismo]].<ref>{{cite news |author=LOONEY, Linda J. |date=7 de novembro de 1986 |title= Ture promotes struggle for Pan-Africanism |url=https://dh.howard.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1161&context=hilltop_198090 |work=The Hilltop | publisher=Howard University | volume=70|issue=Number 11 |location=Washington, D.C. | page=4 }}</ref> Em [[1988]] Zenaide declarou se reconhecer apenas como Zenaide Zen, refutando seus sobrenomes 'judaico-portugueses' que para ela representavam seus escravisadores, aceitando o nome dado por sua mãe por afeição e que acabou descobrindo ser de origem etíope. Acrescentou o sobrenome [[Zen]] por acreditar e seguir os princípios básicos do zen-budismo.<ref>{{cite news |author=ALEXANDER, Keith |date=4 de março de 1988 |title=Brazilian performer attends HU for year |url=https://dh.howard.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1193&context=hilltop_198090 |work=The Hilltop | publisher=Howard University | volume=71|issue=Number 19 |location=Washington, D.C. | page=6 }}</ref> |
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De volta ao Brasil, fundou, em [[1991]], o '''Grupo Ori-Gen Ilê de Criação''', com outras 16 mulheres negras. Influenciada pelo movimento de reivindicação étnica dos [[Estados Unidos]], Zenaide voltou com uma visão diferente do papel da arte na luta contra o racismo. A valorização da cultura negra interessava mais que a valorização da cor da pele. Zenaide adaptou o clássico de [[William Shakespeare]], ''[[A Tempestade]]'' para apresentá-lo com o grupo na '''Jornada SESC de Teatro Experimental'''. A presença dos corpos negros na peça antes bastaria para identificá-la como parte de um teatro negro, porém mais que isso, Zenaide procurou assimilar a cultura afro-brasileira à trágica história da personagem ''Caliban''. Quando estranhos chegam à ilha deserta, ''Caliban'' é tirado de sua solidão e colonizado, e abandonado quando eles partem. O paralelo entre a situação de ''Caliban'' e a dos afro-brasileiros é desenvolvido durante toda a peça, como a adaptação das danças dos [[orixá|orixás]], com música oriental em vez do som tradicional dos atabaques, contextualizando ainda mais esse [[William Shakespeare |
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|Shakespeare]] afro-brasileiro. O espetáculo recebeu críticas positivas, viajou pelo Brasil |
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e foi convidado para participar do '''Festival Internacional de Teatro de Londres (LIFT)''', porém devido a um desentendimento entre os componentes do grupo a companhia se desfez.<ref>{{cite journal|author=TERRA, T. J.|year=2023|title=Quando a Cultura é Política: Teatros Negros e Políticas Culturais no final do século XX e início do século XXI |url=https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/202290/190248|journal=Revista de Antropologia|publisher=USP|volume=66|doi=10.11606/1678-9857.ra.2023.202290}}</ref> No final de [[1993]], Zenaide em conjunto com outros jovens atores negros, como Luis Antônio Pilar, Carmen Luz, Cida Moreno, Iléa Ferraz e Naira Fernandes criou, no [[Rio de Janeiro]], a '''Companhia Black e Preto'''. O grupo organizou, no início de [[1994]], o projeto ''Ciclo de Leituras Dramáticas'' no [[Museu da Imagem e do Som (Rio de Janeiro)|MIS-RJ]], que era composto de dois módulos. O primeiro módulo buscava mostrar o quanto os textos das obras de [[Nelson Rodrigues]] ([[Os Sete Gatinhos]], [[A Falecida]], [[O Beijo no Asfalto]], [[Toda Nudez Será Castigada]]) eram compatíveis, como qualquer texto de qualquer autor, com atores negros em seus papéis. Sem perder a essência do texto, colocavam um contraponto afro-brasileiro, por exemplo, usando as cores dos [[orixá|orixás]] conforme a personalidade dos protagonistas. O segundo módulo celebrava os 50 anos do '''[[Teatro Experimental do Negro]]''', com palestras e encontros com ex-participantes do [[Teatro Experimental do Negro|'''TEN''']] e leitura de peças teatrais de sua antologia. Ainda em [[1994]], após um desentendimento entre os membros do grupo, Zenaide Silva e Carmen Luz fundam a '''Companhia Étnica de Dança e Teatro''', um espaço idealizado para a pesquisa, criação e desenvolvimento de novas linguagens na dança contemporânea e para gestão de projetos alinhando desenvolvimento social, cultural, artístico e profissional de crianças, jovens e adultos periféricos no [[Andaraí (bairro)|Andaraí]], [[Rio de Janeiro]].<ref name=douxami/><ref>{{cite thesis|author=SOBRAL, Cristiane Correa Jesus|title=Teatros Negros e suas Estéticas na Cena Teatral Brasileira|url=https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/21400/1/2016_CristianeSobralCorreaJesus.pdf|date=2016|publisher=PPG-Arte/UnB|type=Mestrado}}</ref> Em [[2000]], Zenaide recebe pela segunda vez uma bolsa [[Programa Fulbright|Fulbright]] e vai aos [[Estados Unidos]] fazer seu mestrado na [[Universidade da Pensilvânia]].<ref>{{cite thesis| title=I am a Cosmic Rainbow|trans-title=Eu sou um arco-íris cósmico|url=https://fulbrightscholars.org/grantee/zenaide-silva|date=2001|publisher=UPenn|degree=Mestrado|location=Filadélfia|lang=en}}</ref> Durante a gestão de [[Benedita da Silva]] no Governo do [[Estado do Rio de Janeiro]] foi convidada a assumir a direção do '''Teatro Armando Gonzaga'''.<ref>[[cite web| author=FUNARJ|date=2022|title= Teatro Armando Gonzaga | url= https://www.funarj.rj.gov.br/node/144 | website=Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa | publisher= Governo do Estado do Rio de Janeiro|access-date=1 de maio de 2023}}</ref> Em 2003, quando [[Miguel Falabella]] aceitou o convite do Prefeito [[César Maia]] para gerir teatros e lonas culturais da rede municipal, Zenaide foi convidada pelo ator/diretor para assumir a direção do '''Teatro Arthur Azevedo'''. |
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==Filmografia== |
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=== Cinema === |
=== Cinema === |
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!Ficha Técnica |
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!Personagem |
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|[[1982]] |
|[[1982]] |
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|''[[Os Trapalhões na Serra Pelada]]'' |
|'''[[Os Trapalhões na Serra Pelada]]'''. '''''Direção:''''' [[J. B. Tanko]]. '''''Gênero:''''' Comédia. '''''Duração:''''' 88 minutos. '''''País:''''' Brasil |
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|– |
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|[[J. B. Tanko]] |
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| rowspan="2" |[[1983]] |
| rowspan="2" |[[1983]] |
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|'''[[Rio Babilônia]]'''. '''''Direção:''''' [[Neville de Almeida]]. '''''Gênero:''''' Drama, Policial, Erótico. '''''Duração:''''' 115 minutos. '''''País:''''' Brasil |
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|''[[Rio Babilônia]]'' |
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|Mara "A Deusa de Ébano" |
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|[[Neville de Almeida]] |
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|'''[[A Próxima Vítima]]'''. '''''Direção:''''' [[João Batista de Andrade]]. '''''Gênero:''''' Drama, Policial. '''''Duração:''''' 98 minutos. '''''País:''''' Brasil |
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|''[[A Próxima Vítima]]'' |
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|Silvia |
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|[[João Batista de Andrade]] |
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| rowspan="2" |[[1985]] |
| rowspan="2" |[[1985]] |
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|'''[[Chico Rei]]'''. '''''Direção:''''' [[Walter Lima Jr.|Walter Lima Júnior]]. '''''Gênero:''''' Drama, Histórico. '''''Duração:''''' 115 minutos. '''''País:''''' Brasil |
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|''[[Chico Rei]]'' |
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|Tali |
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|[[Walter Lima Jr.]] |
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|''[[Ópera do Malandro (filme)| Ópera do Malandro]]'' |
|'''[[Ópera do Malandro (filme) | Ópera do Malandro]]'''. '''''Direção:''''' [[Ruy Guerra]]. '''''Gênero:''''' Drama, Musical. '''''Duração:''''' 100 minutos. '''''País:''''' Brasil/França |
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|Dorinha Tubão |
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|[[Ruy Guerra]] |
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|[[1989]] |
|[[1989]] |
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|''As Divas Negras do Cinema Brasileiro'' |
|'''As Divas Negras do Cinema Brasileiro'''. '''''Direção:''''' Vik Birkbeck. '''''Gênero:''''' Documentário. '''''Duração:''''' 57 minutos. '''''País:''''' Brasil |
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|Zenaide Zen |
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|[[Vik Birkbeck]] |
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|} |
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=== Televisão === |
=== Televisão === |
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|[[1981]] |
|[[1981]] |
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|''[[Os Adolescentes]]'' <ref>{{cite news|url=https://m.imdb.com/title/tt0209525/|title=Os Adolescentes |
|'''[[Os Adolescentes]]'''. '''''Autor:''''' [[Ivani Ribeiro]], Jorge Andrade. '''''Direção:''''' [[Antônio Abujamra]], [[Atílio Riccó]]. '''''Gênero:''''' Novela. '''''Produção:''''' [[Rede Bandeirantes]]. <ref>{{cite news |url=https://m.imdb.com/title/tt0209525/ |title=Os Adolescentes|author1=RIBEIRO, Ivani (Autor) |author2=ANDRADE, Jorge (Autor)|author3=RICCÓ, Atílio (Diretor) |network=Rede Bandeirantes |data= 28 de setembro de 1981 – 2 de abril de 1982|series=125 episódios}}</ref> |
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|Diná |
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|[[Rede Bandeirantes]] |
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| rowspan="2" |[[1982]] |
| rowspan="2" | [[1982]] |
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|''[[O Tronco do Ipê (1982)| O Tronco do Ipê]]'' <ref>{{cite news|url=https://m.imdb.com/title/tt0209825/|title=O Tronco do Ipê |
|'''[[O Tronco do Ipê (1982) | O Tronco do Ipê]]'''. '''''Autor:''''' [[José de Alencar]]. '''''Adaptação:''''' [[Edmara Barbosa]]. '''''Direção:''''' Edmara Barbosa. '''''Produção:''''' [[TV Cultura]]. '''''Gênero:''''' Novela<ref>{{cite news | url= https://m.imdb.com/title/tt0209825/ |title=O Tronco do Ipê|author1=ALENCAR, José de (Autor) |author2=BARBOSA, Edmara (Adaptação) |network=TV Cultura |date= 26 de abril – 21 de maio de 1982|series=20 episódios}}</ref> |
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|'''[[Anarquistas, Graças a Deus (minissérie)|Anarquistas, Graças a Deus]]'''. '''''Autor:''''' [[Zélia Gattai]]. '''''Adaptação:''''' [[Walter George Durst]]. '''''Direção:''''' [[Walter Avancini]]. '''''Produção:''''' [[Rede Globo]]. '''''Gênero:''''' Minissérie |
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|''[[Tenda dos Milagres]]''<ref>{{cite news|url=https://m.imdb.com/title/tt0229173/|title=Tenda dos Milagres |
|'''[[Tenda dos Milagres]]'''. '''''Autor:''''' [[Jorge Amado]]. '''''Adaptação:''''' [[Regina Braga]], [[Aguinaldo Silva]]. '''''Direção:''''' [[Paulo José]], Walter Campos, [[Denise Saraceni]]. '''''Produção:''''' [[Rede Globo]]. '''''Gênero:''''' Minissérie <ref>{{cite news |url= https://m.imdb.com/title/tt0229173/ |title=Tenda dos Milagres|author1=AMADO, Jorge (Autor) |author2=BRAGA, Regina (Adaptação) |author3=SILVA, Aguinaldo (Adaptação) |work=Rede Globo |date= 29 de julho – 6 de setembro de 1985| series=30 episódios}}</ref> |
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|Iabá Dorotéia |
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|[[Rede Globo]] |
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==Espetáculos== |
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=== Teatro <ref name=theaters80/>=== |
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|'''Casa Grande e Senzala'''. '''''Autor:''''' [[Gilberto Freire]]. '''''Adaptação:''''' José Carlos Cavalcanti Braga, Miroel Silveira. '''''Direção:''''' Miroel Silveira. '''''Cenografia e Figurinos:''''' Campello Neto. '''''Música:''''' Nélson de Jesus e Miroel Silveira |
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|'''Nosso Senhor da Lama'''. '''''Autor:''''' [[Carolina Maria de Jesus]]. '''''Adaptação, direção, trilha sonora, iluminação e cenografia:''''' Stéphane Dosse. ''Obra criada a partir de um trecho de "Quarto de Despejo".'' '''''Aderecista:''''' Rosento Martins (Neneco) |
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|'''O Peru'''. '''''Autor:''''' [[Georges Feydeau]]. '''''Adaptação:''''' [[Juca de Oliveira]]. '''''Direção:''''' José Renato. '''''Música:''''' Paulo Herculano. '''''Cenografia e figurinos:''''' Flávio Phebo. '''''Coreografia:''''' Umberto da Silva |
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|[[1991]] |
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|''A Tempestade'' <ref>{{cite thesis|author=PAULA, Franciane Salgado de|title=Evocações e Presenças Negras na Dança Contemporânea Paulistana (2000-2015)|url=https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/152696/paula_fs_me_ia.pdf|date=2017|publisher=Instituto de Artes - Unesp|type=Mestrado}}</ref> |
|'''A Tempestade'''. <ref>{{cite thesis|author= PAULA, Franciane Salgado de|title=Evocações e Presenças Negras na Dança Contemporânea Paulistana (2000-2015)|url=https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/152696/paula_fs_me_ia.pdf|date=2017|publisher=Instituto de Artes - Unesp|type=Mestrado}}</ref> '''''Autor:''''' William Shakespeare. '''''Adaptação:''''' Zenaide Silva e grupo Ori-Gen Ilê de Criação. '''''Direção:''''' Zenaide Silva |
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|Zenaide Zen |
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|''Dorotéia, Uma Farsa Irresponsável'' |
|'''Dorotéia, Uma Farsa Irresponsável'''. '''''Autor:''''' [[Nelson Rodrigues]]. '''''Direção:''''' Luis Antonio Pilar. '''''Cenografia e Figurino:''''' Iléa Ferraz |
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|[[1988]] |
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|'''Sem Título'''<ref>{{cite news|title=III Encontro Internacional de Artes Negras - Kizomba|work= Caderno 2|publisher=O Estado de São Paulo|date=13 de novembro de 1988|url=https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19881113-34885-nac-0083-cd2-11-clas/busca/Zenaide+Silva|page=11|location=São Paulo}}</ref><br/>''III Encontro Internacional de Artes Negras - Kizomba''<br/>''Centenário da Abolição da Escravatura''<br/>Teatro Copan - São Paulo |
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|[[1991]] |
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|'''[[A Tempestade]]''' <ref>{{cite thesis|author=Salgado de Paula, Franciane|title=Evocações e Presenças Negras na Dança Contemporânea Paulistana (2000-2015)|url=https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/152696/paula_fs_me_ia.pdf|date=2017|publisher=Instituto de Artes - Unesp|type=Mestrado}}</ref><br/>''Jornada Sesc de Teatro Experimental''<br/>Sesc Vila Nova - São Paulo |
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|[[1995]] |
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|'''Phantasia'''<ref>{{cite news|author=|title=Poemas que dançam com as mulheres|url=|work=Caderno B|publisher=Jornal do Brasil|date=15 de agosto de 1995|page=5|location=Rio de Janeiro}}</ref><br/>''Tricentenário do Nascimento de Zumbi''<br/>Casa da Gávea - Rio de Janeiro |
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|[[1996]] |
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|'''Parangolice'''<br/>'''Ethiopia Kazou'''<ref>{{cite magazine|author=OLIVEIRA, Roberta|title=Bom Gingado |url=|magazine=Programa|publisher=Jornal do Brasil|date=19 de julho de 1996|issue=Ano 12 - N. 15|page=50|location=Rio de Janeiro}}</ref><br/>''5° Panorama de Dança Contemporânea''<br/>Espaço Cultural Sérgio Porto - Rio de Janeiro |
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|[[2000]] |
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|''Cobertores''<ref>{{cite book | author=RODRIGUES, Lia|title=Programa do 9° Panorama RioArte de Dança|year=2000|url=https://issuu.com/festival.panorama/docs/2000/1|publisher=Secretaria Municipal de Cultura, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro|page=34|location=Rio de Janeiro}}</ref><ref>{{cite news|author=DUNDER, Karla|title=Panorama amplia o debate em dança|url=https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/20001009-39073-spo-0033-cd2-d3-not/|date=9 de outubro de 2000 |work=O Estado de São Paulo|volume=Caderno 2|page=D3}}</ref> |
|'''Cobertores'''<ref>{{cite book | author=RODRIGUES, Lia|title=Programa do 9° Panorama RioArte de Dança|year=2000|url=https://issuu.com/festival.panorama/docs/2000/1|publisher=Secretaria Municipal de Cultura, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro|page=34|location=Rio de Janeiro}}</ref><ref>{{cite news|author=DUNDER, Karla|title=Panorama amplia o debate em dança|url=https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/20001009-39073-spo-0033-cd2-d3-not/|date=9 de outubro de 2000 |work=O Estado de São Paulo|volume=Caderno 2|page=D3}}</ref><br/>''9° Panorama RioArte de Dança''<br/>Cia. Étnica de Dança e Teatro<br/>Teatro Carlos Gomes - Rio de Janeiro |
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|Cia. Étnica de Dança e Teatro |
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==Morte== |
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== Morte == |
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Zenaide Silva faleceu em 17 de setembro de 2011, em Itaguaí, no Rio de Janeiro, vitimada por um AVC, aos 55 anos de idade. |
Zenaide Silva faleceu em 17 de setembro de 2011, em Itaguaí, no Rio de Janeiro, vitimada por um AVC, aos 55 anos de idade. |
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==Links Externos== |
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*[https://open.spotify.com/episode/6p41GzsoMNLL1G6tQXEHjM?si=sZlgmg-CQPmEfWu_4dW3DQ&context=spotify%3Ashow%3A1KR4Sekl049QDmWm2SHw9f/ Podcast em formato documentário, com o registro histórico das memórias das mulheres que protagonizaram o espetáculo "A Tempestade" apresentado durante a ''Jornada Sesc de Teatro Experimental'', em 1991.] |
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{{Referências}} |
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Revisão das 02h54min de 14 de maio de 2023
| Zenaide Cecília Pereira da Silva | |
|---|---|
 | |
| Nascimento | 19 de janeiro de 1956 Campinas, SP |
| Morte | 17 de setembro de 2011 (55 anos) Itaguaí, RJ |
| Nacionalidade | brasileira |
| Ocupação | |
| Período de atividade | 1973–2011 |
| Prêmios | Lista |
Zenaide Cecília Pereira da Silva (Campinas, 19 de janeiro de 1956 - Itaguaí, 17 de setembro de 2011), mais conhecida como Zenaide Zen, Zenaide Zenah, Zenaide D'jadillê e Zenaide da Silva, foi uma atriz, apresentadora, bailarina, compositora, coreógrafa, professora, escritora, modelo, poetisa, tradutora, ativista e griote brasileira.[1]
Biografia
Nascida em uma favela de Campinas, no interior do Estado de São Paulo, Zenaide perdeu o pai aos dois anos. Passando por diculdades sua mãe, Doracy Moraes Pereira da Silva, entregou-a aos cuidados do orfanato e colégio de freiras próximo para que lá fosse educada. Mesmo frequentando a escola católica, Zenaide continuou seguindo a religião de matriz africana de sua mãe. Aos 14 anos já falava fluentemente o inglês. Em 1973 ingressou no Grupo de Teatro Evolução de Antônio Carlos Silva, Benedito Luiz Amauro (Lumumba), Jonas Lemos (TC) e Jorge Mateus. O grupo é um marco importante do movimento negro brasileiro dos anos 1970. O repertório do Evolução era todo desenvolvido em um processo autoral de criação coletiva com uma estética original que exigia a presença de corpo inteiro dos atores no palco, com voz, expressão corporal, canto e dança. As peças, dentre elas História do Samba, Sinfonia Negra, O Príncipe Poeta, Gangazumba e Encontro com Deus, buscavam denunciar as condições de desigualdade, exclusão e preconceito sofridos pela população negra. O grupo apresentava-se em cidades do interior e do litoral do estado e, em sua trajetória, compreendida entre os anos de 1973 a 1976, e contribuiu para a criação de movimentos político-culturais nesses locais.[2] Em 1977 Zenaide mudou-se para São Paulo buscando melhores oportunidades e, nos palcos paulistanos, destacou-se como atriz e dançarina em Escuta, Zé!, uma adaptação do texto Zé Ninguém do psicanalista Wilhelm Reich com a bailarina Marilena Ansaldi e com a direção de Celso Nunes.[3][4] Em uma peça exclusivamente de artistas brancos, Zenaide colaborou na criação dos monólogos para o seu personagem, reivindicando sua negritude:
“Não sei por que eu sou negra.Não sei por que você é branco. Nem você, aposto!
Mas, desta diferença, e da nossa ignorância, nascem mais desgraças do que felicidade. Há todo um desequilíbrio social, equilibrado em si mesmo, nascido destas raízes”.Nós Racistas, Trecho do monólogo
Em 1978, Zenaide ingressou no Grupo Pau-Brasil para atuar em Macunaíma, de Antunes Filho.[5] Nessa época Zenaide já procurava um teatro negro de resistência e criou o Grupo de Pesquisa da Cultura Negra, cujo objetivo era desenvolver os aspectos históricos-sociais e estéticos da cultura negra.[6] Em novembro viajou em uma caravavana com Ismael Ivo, entre outros, para participar, em Araraquara (SP), do FECONEZU (Festival Comunitário Negro Zumbi), que reuniu organizações negras de cidades de todo o estado de São Paulo, e também, organizações provenientes de outros estados.[7] Dado o enorme sucesso da montagem de Antunes Filho, o grupo Pau-Brasil é convidado a participar, de última hora, do Festival Teatro nas Américas, trazendo para Zenaide a oportunidade de conhecer os Estados Unidos e o Movimento Negro Americano mais de perto.[8][9]De volta ao país, o Grupo Pau-Brasil foi apresentar-se no Rio de Janeiro,[10] porém no fim da temporada carioca, quando Antunes Filho e o Grupo Pau-Brasil partem para uma turnê pela Europa, Zenaide permanece no Brasil despedindo-se definitivamente do grupo.[11]
Na Televisão atuou na novela Os Adolescentes na Rede Bandeirantes, em 1981, e, no ano seguinte, na minissérie O Tronco do Ipê, na TV Cultura. Também em 1982, apresentou o programa Outras Palavras, dirigido por Walter Salles Júnior, na Rede Bandeirantes. Esteve na minissérie Anarquistas, Graças a Deus, em 1984[12], e no ano seguinte foi a Iabá Dorotéia na minissérie Tenda dos Milagres, ambas na Rede Globo.
Nos cinemas apareceu pela primeira vez em Os Trapalhões na Serra Pelada, de 1982. No ano seguinte apareceu nas películas A Próxima Vítima e Rio Babilônia. Em 1984 Zenaide, Zezé Mota, Antônio Pompêo e Ademir Ferreira fundam o Centro Brasileiro de Informação e Documentação do Artista Negro (CIDAN), uma organização não governamental com o objetivo de promover e inserir artistas negros no mercado de trabalho, além de promover cursos para preparação de profissionais sem experiência.[13] Zenaide fez o papel de Tali em Chico Rei que estreou em 1985 e também atuou também em Ópera do Malandro, 1985. No final desse mesmo ano, Zenaide foi para os Estados Unidos da América estudar Direção de Teatro, Dança, Cinema e Televisão na Howard University em Washington, D.C., pelo Programa Fulbright. Na universidade, Zenaide teve a oportunidade de conhecer Kwame Ture e o pan-africanismo.[14] Em 1988 Zenaide declarou se reconhecer apenas como Zenaide Zen, refutando seus sobrenomes 'judaico-portugueses' que para ela representavam seus escravisadores, aceitando o nome dado por sua mãe por afeição e que acabou descobrindo ser de origem etíope. Acrescentou o sobrenome Zen por acreditar e seguir os princípios básicos do zen-budismo.[15] De volta ao Brasil, fundou, em 1991, o Grupo Ori-Gen Ilê de Criação, com outras 16 mulheres negras. Influenciada pelo movimento de reivindicação étnica dos Estados Unidos, Zenaide voltou com uma visão diferente do papel da arte na luta contra o racismo. A valorização da cultura negra interessava mais que a valorização da cor da pele. Zenaide adaptou o clássico de William Shakespeare, A Tempestade para apresentá-lo com o grupo na Jornada SESC de Teatro Experimental. A presença dos corpos negros na peça antes bastaria para identificá-la como parte de um teatro negro, porém mais que isso, Zenaide procurou assimilar a cultura afro-brasileira à trágica história da personagem Caliban. Quando estranhos chegam à ilha deserta, Caliban é tirado de sua solidão e colonizado, e abandonado quando eles partem. O paralelo entre a situação de Caliban e a dos afro-brasileiros é desenvolvido durante toda a peça, como a adaptação das danças dos orixás, com música oriental em vez do som tradicional dos atabaques, contextualizando ainda mais esse [[William Shakespeare |Shakespeare]] afro-brasileiro. O espetáculo recebeu críticas positivas, viajou pelo Brasil e foi convidado para participar do Festival Internacional de Teatro de Londres (LIFT), porém devido a um desentendimento entre os componentes do grupo a companhia se desfez.[16] No final de 1993, Zenaide em conjunto com outros jovens atores negros, como Luis Antônio Pilar, Carmen Luz, Cida Moreno, Iléa Ferraz e Naira Fernandes criou, no Rio de Janeiro, a Companhia Black e Preto. O grupo organizou, no início de 1994, o projeto Ciclo de Leituras Dramáticas no MIS-RJ, que era composto de dois módulos. O primeiro módulo buscava mostrar o quanto os textos das obras de Nelson Rodrigues (Os Sete Gatinhos, A Falecida, O Beijo no Asfalto, Toda Nudez Será Castigada) eram compatíveis, como qualquer texto de qualquer autor, com atores negros em seus papéis. Sem perder a essência do texto, colocavam um contraponto afro-brasileiro, por exemplo, usando as cores dos orixás conforme a personalidade dos protagonistas. O segundo módulo celebrava os 50 anos do Teatro Experimental do Negro, com palestras e encontros com ex-participantes do TEN e leitura de peças teatrais de sua antologia. Ainda em 1994, após um desentendimento entre os membros do grupo, Zenaide Silva e Carmen Luz fundam a Companhia Étnica de Dança e Teatro, um espaço idealizado para a pesquisa, criação e desenvolvimento de novas linguagens na dança contemporânea e para gestão de projetos alinhando desenvolvimento social, cultural, artístico e profissional de crianças, jovens e adultos periféricos no Andaraí, Rio de Janeiro.[6][17] Em 2000, Zenaide recebe pela segunda vez uma bolsa Fulbright e vai aos Estados Unidos fazer seu mestrado na Universidade da Pensilvânia.[18] Durante a gestão de Benedita da Silva no Governo do Estado do Rio de Janeiro foi convidada a assumir a direção do Teatro Armando Gonzaga.[19] Em 2003, quando Miguel Falabella aceitou o convite do Prefeito César Maia para gerir teatros e lonas culturais da rede municipal, Zenaide foi convidada pelo ator/diretor para assumir a direção do Teatro Arthur Azevedo.
Filmografia
Cinema
| Ano | Ficha Técnica |
|---|---|
| 1982 | Os Trapalhões na Serra Pelada. Direção: J. B. Tanko. Gênero: Comédia. Duração: 88 minutos. País: Brasil |
| 1983 | Rio Babilônia. Direção: Neville de Almeida. Gênero: Drama, Policial, Erótico. Duração: 115 minutos. País: Brasil |
| A Próxima Vítima. Direção: João Batista de Andrade. Gênero: Drama, Policial. Duração: 98 minutos. País: Brasil | |
| 1985 | Chico Rei. Direção: Walter Lima Júnior. Gênero: Drama, Histórico. Duração: 115 minutos. País: Brasil |
| Ópera do Malandro. Direção: Ruy Guerra. Gênero: Drama, Musical. Duração: 100 minutos. País: Brasil/França | |
| 1989 | As Divas Negras do Cinema Brasileiro. Direção: Vik Birkbeck. Gênero: Documentário. Duração: 57 minutos. País: Brasil |
Televisão
| Ano | Ficha Técnica |
|---|---|
| 1981 | Os Adolescentes. Autor: Ivani Ribeiro, Jorge Andrade. Direção: Antônio Abujamra, Atílio Riccó. Gênero: Novela. Produção: Rede Bandeirantes. [20] |
| 1982 | O Tronco do Ipê. Autor: José de Alencar. Adaptação: Edmara Barbosa. Direção: Edmara Barbosa. Produção: TV Cultura. Gênero: Novela[21] |
| Outras Palavras. Produção/Direção: Walter Salles Júnior. Produção: Rede Bandeirantes Gênero: Variedades | |
| 1984 | Anarquistas, Graças a Deus. Autor: Zélia Gattai. Adaptação: Walter George Durst. Direção: Walter Avancini. Produção: Rede Globo. Gênero: Minissérie |
| 1985 | Tenda dos Milagres. Autor: Jorge Amado. Adaptação: Regina Braga, Aguinaldo Silva. Direção: Paulo José, Walter Campos, Denise Saraceni. Produção: Rede Globo. Gênero: Minissérie [22] |
Espetáculos
Teatro [5]
| Ano | Ficha Técnica |
|---|---|
| 1977 | Escuta, Zé!. Autor: Wilhelm Reich. Adaptação: Marilena Ansaldi. Direção: Celso Nunes. Cenografia e figurino: Márcio Tadeu |
| 1978 | Macunaíma. Autor: Mário de Andrade. Adaptação: Jacques Thieriot e Grupo Pau-Brasil. Direção: Antunes Filho. Cenografia e figurinos: Naum Alves de Souza. Aderecistas: Rosento Martins (Neneco) e Rui Pereira de Carvalho |
| 1980 | Casa Grande e Senzala. Autor: Gilberto Freire. Adaptação: José Carlos Cavalcanti Braga, Miroel Silveira. Direção: Miroel Silveira. Cenografia e Figurinos: Campello Neto. Música: Nélson de Jesus e Miroel Silveira |
| 1982 | O Hamleto. Autor: Giovanni Testori. Tradução: Ana Maria Seabra. Direção: Antonio Abujamra |
| Mural Mulher. Texto, direção, iluminação e trilha sonora: João das Neves. Obra criada a partir da junção de fragmentos de vários textos. Espaço cênico: Germano Blum e João das Neves | |
| 1984 | Nosso Senhor da Lama. Autor: Carolina Maria de Jesus. Adaptação, direção, trilha sonora, iluminação e cenografia: Stéphane Dosse. Obra criada a partir de um trecho de "Quarto de Despejo". Aderecista: Rosento Martins (Neneco) |
| O Peru. Autor: Georges Feydeau. Adaptação: Juca de Oliveira. Direção: José Renato. Música: Paulo Herculano. Cenografia e figurinos: Flávio Phebo. Coreografia: Umberto da Silva | |
| 1991 | A Tempestade. [23] Autor: William Shakespeare. Adaptação: Zenaide Silva e grupo Ori-Gen Ilê de Criação. Direção: Zenaide Silva |
| 1994 | Dorotéia, Uma Farsa Irresponsável. Autor: Nelson Rodrigues. Direção: Luis Antonio Pilar. Cenografia e Figurino: Iléa Ferraz |
Performances
| Ano | Evento |
|---|---|
| 1988 | Sem Título[24] III Encontro Internacional de Artes Negras - Kizomba Centenário da Abolição da Escravatura Teatro Copan - São Paulo |
| 1991 | A Tempestade [25] Jornada Sesc de Teatro Experimental Sesc Vila Nova - São Paulo |
| 1995 | Phantasia[26] Tricentenário do Nascimento de Zumbi Casa da Gávea - Rio de Janeiro |
| 1996 | Parangolice Ethiopia Kazou[27] 5° Panorama de Dança Contemporânea Espaço Cultural Sérgio Porto - Rio de Janeiro |
| 2000 | Cobertores[28][29] 9° Panorama RioArte de Dança Cia. Étnica de Dança e Teatro Teatro Carlos Gomes - Rio de Janeiro |
Morte
Zenaide Silva faleceu em 17 de setembro de 2011, em Itaguaí, no Rio de Janeiro, vitimada por um AVC, aos 55 anos de idade.
Links Externos
Referências
- ↑ SUED, Ibrahim (4 de dezembro de 1981). «Zenaide, da Bandeirantes, é uma artista completa». O Fluminense. Rio de Janeiro. p. 7
- ↑ GIEBRECHT, Erica (2015). «Entre os limites da pele negra: respostas corporizadas aos temores da essencialização.». Cadernos de Arte e Antropologia. 4 (2): 125-140
- ↑ «ESCUTA, Zé!». ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. Verbete de Enciclopédia. São Paulo: Itaú Cultural. 2023. ISBN 978-85-7979-060-7
- ↑ Suplemento de Turismo (13 de janeiro de 1978). «Programa Rio - Teatro». O Estado de São Paulo. São Paulo. p. 5
- ↑ a b MATE, Alexandre (2011). O Teatro Adulto na Cidade de São Paulo na Década de 1980 (PDF). São Paulo: Editora Unesp. 519 páginas. ISBN 978-85-3930-206-2
- ↑ a b DOUXAMI, C. (2001). «Teatro negro: a realidade de um sonho sem sono». Salvador: UFBA. Afro-Ásia. n. 25-26: 313-363. ISSN 0002-0591. doi:10.9771/aa.v0i25-26.21016
- ↑ SOUZA, Sergio Luis de; et al. (2012). «Narrativas da Negritude: As Experiências do Grupo de Cultura e Arte Negra Travessia e do Diretor Teatral Pedro Paulo Da Silva» (PDF). EDUFU. Anais do SILIAFRO. Número 1: 593-611
- ↑ SHIRLEY, Don (8 de junho de 1979). «'Macunaíma'». Washington, D.C.: Washington Post
- ↑ EDER, Richard (18 de junho de 1979). «Theater: Americas Festival Opens». Section C. Nova Iorque: New York Times. p. 16
- ↑ MICHALSKI, Yan (9 de outubro de 1979). «Macunaíma um espetáculo revolucionário». Caderno B. Rio de Janeiro: Jornal do Brasil. p. 10
- ↑ ZEN, Zenaide (1998). «Radial Filó com Zenaide Zen». Radial Filó (entrevista). Don Filó. Rio de Janeiro: TV Rio
- ↑ GATTAI, Zélia (Autora); DURST, Walter George (Adaptação); AVANCINI, Walter (Direção) (1984). «Anarquistas, graças a Deus». Rio de Janeiro: Rede Globo
- ↑ 65ª Reunião Extraordinária da Comissão Permanente de Direitos Humanos e Legislação Participativa, da 3ª Sessão Legislativa Ordinária da 54ª Legislatura (25 de novembro de 2013). «25 anos da Fundação Palmares em defesa dos direitos humanos e 10 anos da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial». Senado Federal. Brasília
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