Origem da água na Terra: diferenças entre revisões

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A '''origem da água na terra''' é estudada por campos como a [[planetologia]], [[astronomia]] e [[astrobiologia]]. A [[Terra]] é única entre os [[Planeta telúrico|planetas rochosos]] pois possui [[Oceano|oceanos]] de [[água]] líquida em sua superfície.<ref>{{Citar web|ultimo=|primeiro=|url=https://oceanservice.noaa.gov/facts/et-oceans.html|titulo=Are there oceans on other planets?|acessodata=2023-08-25|website=National Oceanic and Atmospheric Administration|lingua=EN-US|arquivourl=https://web.archive.org/web/20230825170205/https://oceanservice.noaa.gov/facts/et-oceans.html|arquivodata=2023-08-25}}</ref> Água líquida, que é necessária para todas as formas de [[vida]], continua a existir na superfície terrestre pois o planeta está longe o suficiente do [[Sol]] (na chamada [[zona habitável]]) para que ela não se perca, mas não tão longe para que toda a água se congele.
A '''origem da água na terra''' é estudada por campos como a [[planetologia]], [[astronomia]] e [[astrobiologia]]. A [[Terra]] é única entre os [[Planeta telúrico|planetas rochosos]] pois possui [[Oceano|oceanos]] de [[água]] líquida em sua superfície.<ref>{{Citar web|ultimo=|primeiro=|url=https://oceanservice.noaa.gov/facts/et-oceans.html|titulo=Are there oceans on other planets?|acessodata=2023-08-25|website=National Oceanic and Atmospheric Administration|lingua=EN-US|arquivourl=https://web.archive.org/web/20230825170205/https://oceanservice.noaa.gov/facts/et-oceans.html|arquivodata=2023-08-25}}</ref> Água líquida, que é necessária para todas as formas de [[vida]], continua a existir na superfície terrestre pois o planeta está longe o suficiente do [[Sol]] (na chamada [[zona habitável]]) para que ela não se perca, mas não tão longe para que toda a água se congele.


Achava-se que a água na Terra não tenha se originado na região do [[disco protoplanetário]]. Foi hipotetizado que a água e outros [[materiais voláteis]] tenham chegado à Terra através de [[Asteroide|asteroides]] vindos do sistema solar exterior. Porém, pesquisas recentes indicam que o [[Hidrogénio|hidrogênio]] dentro da Terra exerceu um papel na formação dos oceanos.<ref>{{Citar web|ultimo=|primeiro=|url=https://www.astronomy.com/science/where-did-earths-water-come-from/|titulo=Where did Earths water come from|data=2019-04-01|acessodata=2023-08-25|website=Astronomy Magazine|autor=Nola Taylor Redd|lingua=en-US|arquivourl=https://web.archive.org/web/20230825175035/https://www.astronomy.com/science/where-did-earths-water-come-from/|arquivodata=2023-08-25}}</ref> As duas hipóteses não são mutualmente excludentes. Há evidência que a água chegou à Terra através de [[Planetesimal|planetesimais]] com composição similar ao de asteroides vindos dos pontos mais distantes do [[Cintura de asteroides|cinturão de asteroides]].<ref name=":1">{{Citar periódico |url=https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/001910359190036S |título=On the origin and early evolution of terrestrial planet atmospheres and meteoritic volatiles |data=1991-07-01 |acessodata=2023-08-25 |periódico=Icarus |número=1 |ultimo=Pepin |primeiro=Robert O. |paginas=2–79 |doi=10.1016/0019-1035(91)90036-S |issn=0019-1035}}</ref>
Achava-se que a água na Terra não tenha se originado na região do [[disco protoplanetário]]. Foi hipotetizado que a água e outros [[materiais voláteis]] tenham chegado à Terra através de [[Asteroide|asteroides]] vindos do sistema solar exterior. Porém, pesquisas recentes indicam que o [[Hidrogénio|hidrogênio]] dentro da Terra exerceu um papel na formação dos oceanos.<ref>{{Citar web|ultimo=|primeiro=|url=https://www.astronomy.com/science/where-did-earths-water-come-from/|titulo=Where did Earths water come from|data=2019-04-01|acessodata=2023-08-25|website=Astronomy Magazine|autor=Nola Taylor Redd|lingua=en-US|arquivourl=https://web.archive.org/web/20230825175035/https://www.astronomy.com/science/where-did-earths-water-come-from/|arquivodata=2023-08-25}}</ref> As duas hipóteses não são mutualmente excludentes. Há evidência que a água chegou à Terra através de [[Planetesimal|planetesimais]] com composição similar ao de asteroides vindos dos pontos mais distantes do [[Cintura de asteroides|cinturão de asteroides]].<ref name=":1">{{Citar periódico |url=https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/001910359190036S |título=On the origin and early evolution of terrestrial planet atmospheres and meteoritic volatiles |data=1991-07-01 |acessodata=2023-08-25 |periódico=Icarus |número=1 |ultimo=Pepin |primeiro=Robert O. |paginas=2–79 |lingua=en |doi=10.1016/0019-1035(91)90036-S |issn=0019-1035}}</ref>


== História da água na Terra ==
== História da água na Terra ==
Um dos fatores que é importante para estimar quando foi que a água surgiu na Terra é que ela escapa constantemente para o espaço. As moléculas de H<sub>2</sub>O na atmosfera são quebradas por [[fotólise]], fazendo que, por vezes, as moléculas de [[Hidrogénio|hidrogênio]] resultantes [[Escape atmosférico|escapem]] da força gravitacional terrestre. A água era perdida mais facilmente quando a Terra ainda era jovem e menos [[Massa|maciça]]. É esperado que elementos mais leves, como o hidrogênio e o [[hélio]], escapem da atmosfera continuamente, mas a [[Abundância natural|razão isótopa]] de [[Gás nobre|gases nobres]] na atmosfera atual sugere que até mesmo os elementos mais pesados sofreram perdas significativas.<ref name=":1" /> O [[xenônio]] em particular é útil para o cálculo de perda de água pelo tempo. Ele é um gás nobre (e, portanto, não escapa da atmosfera através de reações químicas com outros elementos), e comparações com seus nove isótopos estáveis na atmosfera atual mostram que a Terra perdeu ao menos um oceano de água durante sua formação, durante os [[Éon geológico|éons]] [[hadeano]] e [[arqueano]].<ref>{{Citar periódico |url=https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0016703718305349 |título=Strange messenger: A new history of hydrogen on Earth, as told by Xenon |data=2019-01-01 |acessodata=2023-08-31 |periódico=Geochimica et Cosmochimica Acta |ultimo=Zahnle |primeiro=Kevin J. |ultimo2=Gacesa |primeiro2=Marko |paginas=56–85 |doi=10.1016/j.gca.2018.09.017 |issn=0016-7037 |ultimo3=Catling |primeiro3=David C.}}</ref>
Um dos fatores que é importante para estimar quando foi que a água surgiu na Terra é que ela escapa constantemente para o espaço. As moléculas de H<sub>2</sub>O na atmosfera são quebradas por [[fotólise]], fazendo que, por vezes, as moléculas de [[Hidrogénio|hidrogênio]] resultantes [[Escape atmosférico|escapem]] da força gravitacional terrestre. A água era perdida mais facilmente quando a Terra ainda era jovem e menos [[Massa|maciça]]. É esperado que elementos mais leves, como o hidrogênio e o [[hélio]], escapem da atmosfera continuamente, mas a [[Abundância natural|razão isótopa]] de [[Gás nobre|gases nobres]] na atmosfera atual sugere que até mesmo os elementos mais pesados sofreram perdas significativas.<ref name=":1" /> O [[xenônio]] em particular é útil para o cálculo de perda de água pelo tempo. Ele é um gás nobre (e, portanto, não escapa da atmosfera através de reações químicas com outros elementos), e comparações com seus nove isótopos estáveis na atmosfera atual mostram que a Terra perdeu ao menos um oceano de água durante sua formação, durante os [[Éon geológico|éons]] [[hadeano]] e [[arqueano]].<ref>{{Citar periódico |url=https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0016703718305349 |título=Strange messenger: A new history of hydrogen on Earth, as told by Xenon |data=2019-01-01 |acessodata=2023-08-31 |periódico=Geochimica et Cosmochimica Acta |ultimo=Zahnle |primeiro=Kevin J. |ultimo2=Gacesa |primeiro2=Marko |paginas=56–85 |lingua=en |doi=10.1016/j.gca.2018.09.017 |issn=0016-7037 |ultimo3=Catling |primeiro3=David C.}}</ref>


Qualquer água que tenha surgido antes do arqueano provavelmente foi perdida pelo [[Hipótese do grande impacto|impacto que formou a Lua]] (~4.5 bilhões de anos atrás), que foi responsável pela vaporização da [[Crosta terrestre|crosta]] e [[Manto|manto superior]] terrestres, criando assim uma atmosfera feita de vapores de rochas quando o planeta era jovem.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.nature.com/articles/35089010 |título=Origin of the Moon in a giant impact near the end of the Earth's formation |data=2001-08 |acessodata=2023-08-31 |periódico=Nature |número=6848 |ultimo=Canup |primeiro=Robin M. |ultimo2=Asphaug |primeiro2=Erik |paginas=708–712 |lingua=en |doi=10.1038/35089010 |issn=1476-4687}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://www.sciencemag.org/lookup/doi/10.1126/science.1225542 |título=Making the Moon from a Fast-Spinning Earth: A Giant Impact Followed by Resonant Despinning |data=2012-11-23 |acessodata=2023-08-31 |periódico=Science |número=6110 |ultimo=Cuk |primeiro=M. |ultimo2=Stewart |primeiro2=S. T. |paginas=1047–1052 |lingua=en |doi=10.1126/science.1225542 |issn=0036-8075}}</ref> O vapor teria condensado em dois mil anos, deixando para trás voláteis quentes que provavelmente resultaram na maior parte do [[dióxido de carbono]] da atmosfera, hidrogênio e [[Vapor de água|vapor d'água]]. Apesar da temperatura da superfície terrestre ser de 230 °C, os oceanos líquidos podem ter se formado por causa da pressão atmosférica do CO<sub>2</sub>. Com o processo de resfriamento terrestre, o dióxido de carbono escapou da atmosfera através da [[Subducção|subdução]] e dissolução nos oceanos, mas seus níveis oscilaram amplamente por causa da aparição de uma nova superfície e do início dos ciclos da manta.<ref>{{citar periódico |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC31109/ |título=Initiation of clement surface conditions on the earliest Earth |data=2001-03-27 |acessodata=2023-08-31 |periódico=Proceedings of the National Academy of Science |número=244 |ultimo=Sleep |primeiro=N. H. |ultimo2=Zahnle |primeiro2=K. |pagina=56-85 |doi=10.1073/pnas.071045698 |ultimo3=Neuhoff |primeiro3=P. S.}}</ref>
Qualquer água que tenha surgido antes do arqueano provavelmente foi perdida pelo [[Hipótese do grande impacto|impacto que formou a Lua]] (~4.5 bilhões de anos atrás), que foi responsável pela vaporização da [[Crosta terrestre|crosta]] e [[Manto|manto superior]] terrestres, criando assim uma atmosfera feita de vapores de rochas quando o planeta era jovem.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.nature.com/articles/35089010 |título=Origin of the Moon in a giant impact near the end of the Earth's formation |data=2001-08 |acessodata=2023-08-31 |periódico=Nature |número=6848 |ultimo=Canup |primeiro=Robin M. |ultimo2=Asphaug |primeiro2=Erik |paginas=708–712 |lingua=en |doi=10.1038/35089010 |issn=1476-4687}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://www.sciencemag.org/lookup/doi/10.1126/science.1225542 |título=Making the Moon from a Fast-Spinning Earth: A Giant Impact Followed by Resonant Despinning |data=2012-11-23 |acessodata=2023-08-31 |periódico=Science |número=6110 |ultimo=Cuk |primeiro=M. |ultimo2=Stewart |primeiro2=S. T. |paginas=1047–1052 |lingua=en |doi=10.1126/science.1225542 |issn=0036-8075}}</ref> O vapor teria condensado em dois mil anos, deixando para trás voláteis quentes que provavelmente resultaram na maior parte do [[dióxido de carbono]] da atmosfera, hidrogênio e [[Vapor de água|vapor d'água]]. Apesar da temperatura da superfície terrestre ser de 230 °C, os oceanos líquidos podem ter se formado por causa da pressão atmosférica do CO<sub>2</sub>. Com o processo de resfriamento terrestre, o dióxido de carbono escapou da atmosfera através da [[Subducção|subdução]] e dissolução nos oceanos, mas seus níveis oscilaram amplamente por causa da aparição de uma nova superfície e do início dos ciclos da manta.<ref>{{citar periódico |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC31109/ |título=Initiation of clement surface conditions on the earliest Earth |data=2001-03-27 |acessodata=2023-08-31 |periódico=Proceedings of the National Academy of Science |número=244 |ultimo=Sleep |primeiro=N. H. |ultimo2=Zahnle |primeiro2=K. |pagina=56-85 |lingua=en |doi=10.1073/pnas.071045698 |ultimo3=Neuhoff |primeiro3=P. S.}}</ref>


Evidências geológicas ajudam a restringir o tempo em que a água surgiu na Terra. Uma amostra de [[Lava em almofada|basalto em almofada]] retirada do [[Cinturão de rochas verdes de Isua|Cinturão de Rochas Verdes de Isua]] provê evidência que havia água na Terra 3,8 bilhões de anos atrás.<ref name=":2">{{Citar periódico |url=https://doi.org/10.1007/978-3-642-27833-4_1098-4 |título=Oceans, Origin of |data=2014 |acessodata=2023-09-02 |publicado=Springer |ultimo=Pinti |primeiro=Daniele L. |ultimo2=Arndt |primeiro2=Nicholas |editor-sobrenome=Amils |editor-nome=Ricardo |local=Berlin, Heidelberg |paginas=1–5 |lingua=en |doi=10.1007/978-3-642-27833-4_1098-4 |isbn=978-3-642-27833-4 |editor-sobrenome2=Gargaud |editor-nome2=Muriel |editor-sobrenome3=Cernicharo Quintanilla |editor-nome3=José |editor-sobrenome4=Cleaves |editor-nome4=Henderson James |editor-sobrenome5=Irvine |editor-nome5=William M. |editor-sobrenome6=Pinti |editor-nome6=Daniele |editor-sobrenome7=Viso |editor-nome7=Michel}}</ref> No [[Cinturão de Rochas Verdes Nuvvuagittuq]], rochas datadas de 3,8 bilhões de anos em um estudo<ref>{{Citar periódico |url=https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0012821X0600851X |título=Pre-3750 Ma supracrustal rocks from the Nuvvuagittuq supracrustal belt, northern Québec |data=2007-03-15 |acessodata=2023-09-02 |periódico=Earth and Planetary Science Letters |número=1 |ultimo=Cates |primeiro=N. L. |ultimo2=Mojzsis |primeiro2=S. J. |paginas=9–21 |lingua=en |doi=10.1016/j.epsl.2006.11.034 |issn=0012-821X}}</ref> e 4,28 bilhões de anos em outro<ref>{{Citar periódico |url=https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0301926812001921 |título=Formation age and metamorphic history of the Nuvvuagittuq Greenstone Belt |data=2012-11-01 |acessodata=2023-09-02 |periódico=Precambrian Research |ultimo=O’Neil |primeiro=Jonathan |ultimo2=Carlson |primeiro2=Richard W. |paginas=23–44 |lingua=en |doi=10.1016/j.precamres.2012.07.009 |issn=0301-9268 |ultimo3=Paquette |primeiro3=Jean-Louis |ultimo4=Francis |primeiro4=Don}}</ref> provê evidência que existia água em sua data de formação.<ref name=":2" /> Se havia oceanos anteriormente, as evidências geológicas ainda estão para ser descobertas, pois as possíveis evidências podem ter sido destruídas por processos como a [[reciclagem da crosta]]. Em agosto de 2020, pesquisadores anunciaram que é possível que o volume de água necessário para encher os oceanos pode estar na Terra desde sua formação.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.science.org/doi/10.1126/science.aba1948 |título=Earth’s water may have been inherited from material similar to enstatite chondrite meteorites |data=2020-08-28 |acessodata=2023-09-02 |periódico=Science |número=6507 |ultimo=Piani |primeiro=Laurette |ultimo2=Marrocchi |primeiro2=Yves |paginas=1110–1113 |lingua=en |doi=10.1126/science.aba1948 |issn=0036-8075 |ultimo3=Rigaudier |primeiro3=Thomas |ultimo4=Vacher |primeiro4=Lionel G. |ultimo5=Thomassin |primeiro5=Dorian |ultimo6=Marty |primeiro6=Bernard}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.eurekalert.org/news-releases/800546|titulo=Meteorite study suggests Earth may have been wet since it formed|data=2020-08-27|acessodata=2023-09-02|website=EurekAlert!|lingua=en|arquivourl=https://web.archive.org/web/20230902010249/https://www.eurekalert.org/news-releases/800546|arquivodata=2023-09-02}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.eurekalert.org/news-releases/716256|titulo=Unexpected abundance of hydrogen in meteorites reveals the origin of Earth's water|data=2020-08-27|acessodata=2023-09-02|website=EurekAlert!|lingua=en|arquivourl=https://web.archive.org/web/20230902010418/https://www.eurekalert.org/news-releases/716256|arquivodata=2023-09-02}}</ref>
Uma quantidade considerável de água estaria no material que formou a Terra.<ref>{{cite web|url=http://www.ingentaconnect.com/content/arizona/maps/2005/00000040/00000004/art00003;jsessionid=7ibpocfkopqql.alice |title=IngentaConnect Origin of water in the terrestrial planets |publisher=Ingentaconnect.com |date= |accessdate=2009-08-20}}</ref>


Diferente de rochas, o [[Zirconita|zircão]], mineral que é altamente resistente ao clima e processos geológicos, é usado para entender a formação da Terra primordial. Evidência mineralógica de zircões mostra que água líquida e atmosfera existiam 4,404 ± 0,008 bilhões de anos atrás, muito próximo da formação da Terra.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.nature.com/articles/35051550 |título=Evidence from detrital zircons for the existence of continental crust and oceans on the Earth 4.4 Gyr ago |data=2001-01 |acessodata=2023-09-02 |periódico=Nature |número=6817 |ultimo=Wilde |primeiro=Simon A. |ultimo2=Valley |primeiro2=John W. |paginas=175–178 |lingua=en |doi=10.1038/35051550 |issn=1476-4687 |ultimo3=Peck |primeiro3=William H. |ultimo4=Graham |primeiro4=Colin M.}}</ref><ref>{{citar web|url=http://wwwrses.anu.edu.au/admin/index.php?p=harrison|titulo=Hell's milder side|data=2006-02-22|acessodata=2023-09-02|website=The Australian National University|lingua=en-AU|arquivourl=https://archive.md/20060621100255/http://wwwrses.anu.edu.au/admin/index.php?p=harrison#selection-743.0-743.18|arquivodata=2006-06-21|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{citar web|url=http://info.anu.edu.au/mac/Media/Media_Releases/_2005/_November/_181105harrisoncontinents.asp|titulo=There was no such thing as hell on Earth|data=2005-11-18|acessodata=2023-09-02|website=The Australian National University|lingua=en-AU|arquivourl=https://web.archive.org/web/20060208070557/http://info.anu.edu.au/mac/Media/Media_Releases/_2005/_November/_181105harrisoncontinents.asp|arquivodata=2006-02-08|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{citar periódico |url=http://www.geology.wisc.edu/~valley/zircons/cool_early/cool_early_home.html |título=A Cool Early Earth |data=2002 |acessodata=2023-09-02 |periódico=Geology |publicado=Universidade de Wisconsin–Madison |número=4 |ultimo=Valley |primeiro=John W. |ultimo2=Peck |primeiro2=William H. |pagina=351-254 |doi=10.1130/0091-7613(2002)030<0351:ACEE>2.0.CO;2 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130616213221/http://www.geology.wisc.edu/~valley/zircons/cool_early/cool_early_home.html |arquivodata=2013-06-16 |urlmorta=sim |ultimo3=King |primeiro3=Elizabeth M. |ultimo4=Wilde |primeiro4=Simon A. |volume=30}}</ref> A evidência cria um paradoxo, já que a hipótese da Terra primordial fria sugere que as temperaturas eram frias o suficiente para congelar a água entre 4,4 e 4,0 bilhões de anos atrás. Se realmente houve água durante a formação da Terra, a superfície terrestre seria muito parecida com a atual, ao invés da superfície ser quente e [[Fusão|fundida]] com uma atmosfera cheia de dióxido de carbono. De acordo com a hipótese, a atividade das placas tectônicas aprisionariam grandes quantidades de CO<sub>2</sub>, processo que reduz o [[efeito estufa]]. Assim, a temperatura terrestre seria muito mais fria, capaz de formar rochas sólidas e água líquida.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.nytimes.com/2008/12/02/science/02eart.html |título=A New Picture of the Early Earth |data=2008-12-01 |acessodata=2023-09-02 |periódico=The New York Times |ultimo=Chang |primeiro=Kenneth |lingua=en-US |issn=0362-4331 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20230902012857/https://www.nytimes.com/2008/12/02/science/02eart.html?8dpc |arquivodata=2023-09-02}}</ref>
Teoriza-se que parte do planeta jovem tenha sido atingido por um outro planeta do tamanho de [[Marte (planeta)|Marte]] denominado [[Theia]] oque causou a criação da [[Lua]], que deveria ter causado o derretimento de uma ou duas grandes áreas. A composição atual não corresponde à fusão completa e é difícil derreter completamente e misturar grandes massas rochosas.<ref>{{cite web|url=http://solarsystem.nasa.gov/scitech/display.cfm?ST_ID=446 |title=Solar System Exploration: Science & Technology: Science Features: View Feature |publisher=Solarsystem.nasa.gov |date=2004-04-26 |accessdate=2009-08-20}}</ref>

No entanto, uma boa fração do material deveria ter sido vaporizada por esse impacto, criando uma atmosfera de vapor de rocha ao redor do jovem planeta. O vapor de rocha teria condensado dentro de dois mil anos, deixando para trás voláteis quentes que provavelmente resultaram em uma atmosfera pesada de [[dióxido de carbono]] com hidrogênio e vapor de água. Os oceanos de água líquida existiam apesar da temperatura da superfície de 230 °C por causa da pressão atmosférica da atmosfera pesada de CO 2. À medida que o resfriamento continuava, a dissolução na água do oceano removeu a maior parte do CO 2 da atmosfera, mas os níveis oscilavam descontroladamente à medida que apareciam novas superfícies e ciclos de manto.<ref>{{cite web|author=N. H. Sleep*,†, K. Zahnle‡, and P. S. Neuhoff§ |url=http://www.pnas.org/cgi/content/full/98/7/3666 |title=Inaugural Article: Initiation of clement surface conditions on the earliest Earth - Sleep et al. 98 (7): 3666 - Proceedings of the National Academy of Sciences |publisher=Pnas.org |date= |accessdate=2009-08-20}}</ref>

Estudo de [[zircão]] descobriram que a água líquida deve ter existido há tanto tempo quanto 4,4 G[[Annum|a]], logo após a formação da Terra.<ref>{{cite web|url=http://wwwrses.anu.edu.au/admin/index.php?p=harrison |title=ANU - Research School of Earth Sciences - ANU College of Science - Harrison |publisher=Ses.anu.edu.au |date= |accessdate=2009-08-20}}</ref><ref>{{cite web|url=http://info.anu.edu.au/mac/Media/Media_Releases/_2005/_November/_181105harrisoncontinents.asp |title=ANU - OVC - MEDIA - MEDIA RELEASES - 2005 - NOVEMBER - 181105HARRISONCONTINENTS |publisher=Info.anu.edu.au |date= |accessdate=2009-08-20}}</ref><ref>{{cite web|url=http://www.geology.wisc.edu/%7Evalley/zircons/cool_early/cool_early_home.html |title=A Cool Early Earth |publisher=Geology.wisc.edu |date= |accessdate=2009-08-20}}</ref>

De fato, estudos recentes de zircões (no outono de 2008) encontrados na rocha [[Hadeano|hadeana]] australiana contêm minerais que apontam para a existência de placas tectônicas já em 4 bilhões de anos atrás. Se isso for verdade, as crenças anteriores sobre o período [[Hadeano]] estão longe de estar corretas. Ou seja, em vez de uma superfície quente e derretida e uma atmosfera cheia de dióxido de carbono, a superfície da Terra seria muito parecida com a de hoje. A ação das placas tectônicas retém grandes quantidades de dióxido de carbono, eliminando os efeitos de estufa e levando a uma temperatura superficial muito mais baixa e à formação de rochas sólidas, e possivelmente até à vida.<ref>{{cite news| url=http://www.nytimes.com/2008/12/02/science/02eart.html?8dpc | work=The New York Times | title=A New Picture of the Early Earth | first=Kenneth | last=Chang | date=2008-12-02 | accessdate=2010-05-20}}</ref>


== Fontes extraterrestres ==
== Fontes extraterrestres ==

Revisão das 01h29min de 2 de setembro de 2023

A água cobre cerca de 70,9% da superfície terrestre.[1]

A origem da água na terra é estudada por campos como a planetologia, astronomia e astrobiologia. A Terra é única entre os planetas rochosos pois possui oceanos de água líquida em sua superfície.[2] Água líquida, que é necessária para todas as formas de vida, continua a existir na superfície terrestre pois o planeta está longe o suficiente do Sol (na chamada zona habitável) para que ela não se perca, mas não tão longe para que toda a água se congele.

Achava-se que a água na Terra não tenha se originado na região do disco protoplanetário. Foi hipotetizado que a água e outros materiais voláteis tenham chegado à Terra através de asteroides vindos do sistema solar exterior. Porém, pesquisas recentes indicam que o hidrogênio dentro da Terra exerceu um papel na formação dos oceanos.[3] As duas hipóteses não são mutualmente excludentes. Há evidência que a água chegou à Terra através de planetesimais com composição similar ao de asteroides vindos dos pontos mais distantes do cinturão de asteroides.[4]

História da água na Terra

Um dos fatores que é importante para estimar quando foi que a água surgiu na Terra é que ela escapa constantemente para o espaço. As moléculas de H2O na atmosfera são quebradas por fotólise, fazendo que, por vezes, as moléculas de hidrogênio resultantes escapem da força gravitacional terrestre. A água era perdida mais facilmente quando a Terra ainda era jovem e menos maciça. É esperado que elementos mais leves, como o hidrogênio e o hélio, escapem da atmosfera continuamente, mas a razão isótopa de gases nobres na atmosfera atual sugere que até mesmo os elementos mais pesados sofreram perdas significativas.[4] O xenônio em particular é útil para o cálculo de perda de água pelo tempo. Ele é um gás nobre (e, portanto, não escapa da atmosfera através de reações químicas com outros elementos), e comparações com seus nove isótopos estáveis na atmosfera atual mostram que a Terra perdeu ao menos um oceano de água durante sua formação, durante os éons hadeano e arqueano.[5]

Qualquer água que tenha surgido antes do arqueano provavelmente foi perdida pelo impacto que formou a Lua (~4.5 bilhões de anos atrás), que foi responsável pela vaporização da crosta e manto superior terrestres, criando assim uma atmosfera feita de vapores de rochas quando o planeta era jovem.[6][7] O vapor teria condensado em dois mil anos, deixando para trás voláteis quentes que provavelmente resultaram na maior parte do dióxido de carbono da atmosfera, hidrogênio e vapor d'água. Apesar da temperatura da superfície terrestre ser de 230 °C, os oceanos líquidos podem ter se formado por causa da pressão atmosférica do CO2. Com o processo de resfriamento terrestre, o dióxido de carbono escapou da atmosfera através da subdução e dissolução nos oceanos, mas seus níveis oscilaram amplamente por causa da aparição de uma nova superfície e do início dos ciclos da manta.[8]

Evidências geológicas ajudam a restringir o tempo em que a água surgiu na Terra. Uma amostra de basalto em almofada retirada do Cinturão de Rochas Verdes de Isua provê evidência que havia água na Terra 3,8 bilhões de anos atrás.[9] No Cinturão de Rochas Verdes Nuvvuagittuq, rochas datadas de 3,8 bilhões de anos em um estudo[10] e 4,28 bilhões de anos em outro[11] provê evidência que existia água em sua data de formação.[9] Se havia oceanos anteriormente, as evidências geológicas ainda estão para ser descobertas, pois as possíveis evidências podem ter sido destruídas por processos como a reciclagem da crosta. Em agosto de 2020, pesquisadores anunciaram que é possível que o volume de água necessário para encher os oceanos pode estar na Terra desde sua formação.[12][13][14]

Diferente de rochas, o zircão, mineral que é altamente resistente ao clima e processos geológicos, é usado para entender a formação da Terra primordial. Evidência mineralógica de zircões mostra que água líquida e atmosfera existiam 4,404 ± 0,008 bilhões de anos atrás, muito próximo da formação da Terra.[15][16][17][18] A evidência cria um paradoxo, já que a hipótese da Terra primordial fria sugere que as temperaturas eram frias o suficiente para congelar a água entre 4,4 e 4,0 bilhões de anos atrás. Se realmente houve água durante a formação da Terra, a superfície terrestre seria muito parecida com a atual, ao invés da superfície ser quente e fundida com uma atmosfera cheia de dióxido de carbono. De acordo com a hipótese, a atividade das placas tectônicas aprisionariam grandes quantidades de CO2, processo que reduz o efeito estufa. Assim, a temperatura terrestre seria muito mais fria, capaz de formar rochas sólidas e água líquida.[19]

Fontes extraterrestres

Há a teoria de que parte da água existente atualmente na Terra tenha origem extratrerrestre, tendo sua origem em função do bombardeio de asteroides e cometas que atingiu nosso planeta em seus primórdios[20]. O acúmulo do liquido ocorreu com o passar do tempo, após repetidas sequências desses episódios[20].

Não obstante, há correntes científicas que afirmam ser improvável que toda a água da Terra tenha se originado desse bombardeio de corpos espaciais. Tendo por base o resultado de medições das razões isotópicas de hidrogênio nos três cometas Halley, Hyakutake e Hale-Bopp, avaliou-se que a proporção de deutério para protium (razão D / H) dos cometas é aproximadamente o dobro do encontrado na água oceânica. Contudo, não está claro se esses cometas são representativos, pois não se pode afirmar que todos os corpos do do Cinturão de Kuiper apresentem a mesma composição.

De acordo com A. Morbidelli[21] a maior parte da água de hoje vem de protoplanetas formados no cinturão de asteroides externos que mergulharam em direção à Terra, conforme indicado pelas proporções D / H em condritos ricos em carbono. A água em condritos ricos em carbono aponta para uma proporção D / H semelhante à da água oceânica. No entanto, mecanismos foram propostos[22] para sugerir que a proporção D / H da água oceânica pode ter aumentado significativamente ao longo da história da Terra. Essa proposta é consistente com a possibilidade de que uma quantidade significativa de água na Terra já estivesse presente durante a evolução inicial do planeta.

Referências

  1. «The Physical World» (PDF). World Factbook (em inglês). Outubro de 2022. Consultado em 25 de agosto de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 25 de agosto de 2023 
  2. «Are there oceans on other planets?». National Oceanic and Atmospheric Administration (em inglês). Consultado em 25 de agosto de 2023. Cópia arquivada em 25 de agosto de 2023 
  3. Nola Taylor Redd (1 de abril de 2019). «Where did Earths water come from». Astronomy Magazine (em inglês). Consultado em 25 de agosto de 2023. Cópia arquivada em 25 de agosto de 2023 
  4. a b Pepin, Robert O. (1 de julho de 1991). «On the origin and early evolution of terrestrial planet atmospheres and meteoritic volatiles». Icarus (em inglês) (1): 2–79. ISSN 0019-1035. doi:10.1016/0019-1035(91)90036-S. Consultado em 25 de agosto de 2023 
  5. Zahnle, Kevin J.; Gacesa, Marko; Catling, David C. (1 de janeiro de 2019). «Strange messenger: A new history of hydrogen on Earth, as told by Xenon». Geochimica et Cosmochimica Acta (em inglês): 56–85. ISSN 0016-7037. doi:10.1016/j.gca.2018.09.017. Consultado em 31 de agosto de 2023 
  6. Canup, Robin M.; Asphaug, Erik (agosto de 2001). «Origin of the Moon in a giant impact near the end of the Earth's formation». Nature (em inglês) (6848): 708–712. ISSN 1476-4687. doi:10.1038/35089010. Consultado em 31 de agosto de 2023 
  7. Cuk, M.; Stewart, S. T. (23 de novembro de 2012). «Making the Moon from a Fast-Spinning Earth: A Giant Impact Followed by Resonant Despinning». Science (em inglês) (6110): 1047–1052. ISSN 0036-8075. doi:10.1126/science.1225542. Consultado em 31 de agosto de 2023 
  8. Sleep, N. H.; Zahnle, K.; Neuhoff, P. S. (27 de março de 2001). «Initiation of clement surface conditions on the earliest Earth». Proceedings of the National Academy of Science (em inglês) (244): 56-85. doi:10.1073/pnas.071045698. Consultado em 31 de agosto de 2023 
  9. a b Pinti, Daniele L.; Arndt, Nicholas (2014). Amils, Ricardo; Gargaud, Muriel; Cernicharo Quintanilla, José; Cleaves, Henderson James; Irvine, William M.; Pinti, Daniele; Viso, Michel, eds. «Oceans, Origin of». Berlin, Heidelberg: Springer (em inglês): 1–5. ISBN 978-3-642-27833-4. doi:10.1007/978-3-642-27833-4_1098-4. Consultado em 2 de setembro de 2023 
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  19. Chang, Kenneth (1 de dezembro de 2008). «A New Picture of the Early Earth». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 2 de setembro de 2023. Cópia arquivada em 2 de setembro de 2023 
  20. a b «Como surgiu a água na Terra?». Nova Escola. Revista Nova Escola. 1 de novembro de 2012. Consultado em 23 de julho de 2020 
  21. A. Morbidelli et al. Meteoritics & Planetary Science 35, 2000, S. 1309–1329
  22. H. Genda, M. Ikoma, Origin of the Ocean on the Earth: Early Evolution of Water D/H in a Hydrogen-rich Atmosphere. Accessible at http://arxiv.org/abs/0709.2025
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