Antirromance

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O antirromance é um tipo de romance vanguardista que se distancia dos elementos considerados tradicionais do gênero romanesco, como o argumento, o diálogo e a individualização das personagens.[1][2]

Origem e história[editar | editar código-fonte]

Embora o termo tenha sido introduzido ao discurso literário contemporâneo por Jean-Paul Sartre, no prólogo que escreveu para Portrait d’un inconnu (1948), de Nathalie Sarraute,[3] os antecedentes se remontam ao livro de Charles Sorel Le Berger extravagant (1633), intitulado "Antiroman",[4] [5] que descreve a natureza paródica da ficção; Tristam Shandy (1759), de Laurence Sterne; e Jacques le Fataliste et son maître (1778), de Denis Diderot.

Aspectos[editar | editar código-fonte]

Este gênero normalmente fragmenta e distorce a experiência de seus personagens, apresentando eventos fora do tempo linear, desmaterializando a ideia unificada e estável de personalidade; algumas características principais incluem a falta de um enredo óbvio, mínimo desenvolvimento de personagem, variações na sequência cronológica, experimentos com sintaxe e vocabulário e fins alternativos.[6][6]

Entre alguns dos escritores cujas obras tendem ao antirromance, estão: Claude Simon, Nathalie Sarraute, Uwe Johnson, Pablo Palacio, Alain Robbe-Grillet, Julio Cortázar.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Encyclopædia Britannica. Anti-novel (em inglés) 
  2. Cuddon, J.A. (1998). The Penguin dictionary of literary terms and literary theory 4. ed. London [u.a.]: Penguin Books. pp. 44–45. ISBN 0140513639 
  3. "New Novel." Encyclopædia Britannica. Encyclopædia Britannica Online Academic Edition. Encyclopædia Britannica Inc., 2012. Web. 31 Aug. 2012.
  4. Dionne U, Gingras F. L'USURE ORIGINELLE DU ROMAN: ROMAN ET ANTIROMAN DU MOYEN AGE A LA REVOLUTION. (French). Études Françaises. April 2006;42(1):5-12. Accessed August 31, 2012.
  5. Hodgson R. "The Parody of Traditional Narrative Structures in the French Anti-Novel from Charles Sorel to Diderot". Neophilologus. July 1982;66(3):340-348. 31 de agosto de 2012.
  6. a b Cuddon, J.A. (1998). The Penguin dictionary of literary terms and literary theory 4. ed. London [u.a.]: Penguin Books. pp. 44–45. ISBN 0140513639