Companhia Riograndense de Saneamento

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CORSAN
Companhia Riograndense de Saneamento
Razão social Companhia Riograndense de Saneamento
Empresa privada
Slogan Evoluir nos define.
Atividade Saneamento Básico
Fundação 21 de dezembro de 1965 (58 anos)
Sede Porto Alegre, Rio Grande do Sul,  Brasil
Área(s) servida(s)  Rio Grande do Sul
Locais Porto Alegre e outras cidades gaúchas
Proprietário(s) Aegea
Presidente Samanta Takimi
Empregados Aumento 5 725 (2021)[1]
Serviços
Ativos Aumento R$ 7,84 bilhões (2021)[1]
Lucro Baixa R$ 350 milhões (2021)[1]
LAJIR Baixa R$ 630 milhões (2021)[1]
Faturamento Aumento R$ 3,10 bilhões (2021)[1]
Significado da sigla Companhia Riograndense de Saneamento
Antecessora(s) Diretoria de Saneamento e Urbanismo da Secretaria das Obras Públicas
Website oficial www.corsan.com.br

A Companhia Riograndense de Saneamento - CORSAN é uma empresa criada em 1965 com o objetivo de prestar serviços de saneamento no estado do Rio Grande do Sul. Foi uma empresa estatal de economia mista do Governo do Estado do Rio Grande do Sul até ser privatizada em 2023.[2]

História[editar | editar código-fonte]

Tratamento de águas no Rio Grande do Sul pré-Corsan[editar | editar código-fonte]

Os primeiros sistemas públicos de abastecimento de água do Rio Grande do Sul surgiram na segunda metade do século 19. É a fase precursora do saneamento, iniciando-se por Porto Alegre (1864) e Rio Grande (1877) e Pelotas (1913). Nova etapa seria marcada com a entrada do Estado no equacionamento dos problemas sanitários por meio da criação, em 1917, da Comissão de Saneamento vinculada à Secretaria das Obras Públicas. A sua finalidade era orientar, coordenar e fiscalizar a implantação de sistemas de água e esgotos pelos municípios. Destaca-se a contratação de diversos projetos junto ao sanitarista Saturnino de Brito, que realizou os estudos para o abastecimento de água e dos sistemas de esgotos sanitários de Dom Pedrito, Santa Maria, Uruguaiana, Alegrete, Itaqui, Jaguarão, Cachoeira do Sul e São Leopoldo.[2]

Em 1936, a antiga Comissão de Saneamento foi transformada em Diretoria de Saneamento e Urbanismo da Secretaria das Obras Públicas. Pela primeira vez, as prefeituras, através de convênios, concediam ao órgão estadual a responsabilidade direta pela ampliação dos sistemas existentes ou a implantação do serviço. Como consequência, teve início o planejamento do saneamento em nível estadual com a determinação de prioridades, resolvendo, desta forma, muitos problemas críticos de falta de água.[2]

Nessa época, municípios que haviam contraído empréstimos para a implantação dos seus sistemas de água e esgotos, repassaram a atribuição ao governo do Estado, que absorveu também o ônus dos financiamentos. Foi o caso, por exemplo, de Passo Fundo, Santa Maria, Cachoeira do Sul e Cruz Alta.

Criação da CORSAN[editar | editar código-fonte]

O desenvolvimento do Estado e o crescimento das cidades, com o consequente aumento da demanda por saneamento, levaram o Governo do Estado a optar pela criação de uma empresa estatal para essa área.

A Companhia Riograndense de Saneamento foi criada em 21 de dezembro de 1965 e oficialmente instalada em 28 de março de 1966, sendo esta a data oficial de sua fundação. O desafio de proporcionar ao Rio Grande do Sul e a sua população melhor qualidade de vida foi enfrentado pela empresa que surgia.[2] E a imagem do aguadeiro, que precariamente abastecia as populações no início do século, ficou definitivamente na história.[3]

Privatização[editar | editar código-fonte]

Em 20 de Dezembro de 2022, o Grupo Aegea Saneamentos arrematou a Corsan com um lance de 4,15 bilhões de reais, em leilão de privatização promovido pelo governo gaúcho na sede da B3, em São Paulo.[4]

No entanto, a transferência das ações está temporariamente impedida por decisão judicial, em razão de uma medida cautelar concedida pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) em 16 de dezembro de 2022, impedindo a assinatura do contrato. Em 7 de julho de 2023, nova decisão liminar liberou a assinatura do contrato.[4][5]

No dia 7 de julho de 2023, o contrato de venda é assinado e ocorre a transferência da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) para o grupo Aegea. A assinatura conclui o processo de privatização da companhia, arrematada em leilão em dezembro de 2022 por R$ 4,151 bilhões.[6]

Áreas de atuação[editar | editar código-fonte]

Em 2022, a Corsan atuava em serviços de abastecimento de água e coleta de esgotos em 317 dos 497 municípios do Rio Grande do Sul.[2] A empresa possuía 96,7% de universalização na disponibilidade de água potável nas áreas urbanas administradas e 19% de universalização em esgoto.[2] Atendendo cerca de 6,5 milhões de gaúchos, o que representava 2/3 da população do Estado.[7]

De acordo com os rankings do Trata Brasil, a CORSAN é responsável pelo fornecimento de água e tratamento de esgoto em cidades que estão entre as 100 maiores cidades do País como Santa Maria em 2021[8] e 2022[9]; e Canoas e Gravataí em 2021[8], 2022[9] e 2023[10].

Administração[editar | editar código-fonte]

Alguns Diretores-presidentes da Corsan foram Telmo Kirst (2006-2007)[11] e Roberto Barbuti (2019-2023)[12]. Atualmente, em 2024, a presidência é ocupada por Samanta Popow Takimi (2023-atual 2024), funcionária de carreira desde 2012 e a primeira mulher a comandar a companhia.[13]

Tratamento de Água[editar | editar código-fonte]

Tratamento de Efluentes[editar | editar código-fonte]

  • Sistema Integrado de Tratamento de Efluentes Líquidos do Polo Petroquímico, em Triunfo.[15][16]

Referências

  1. a b c d e «Release de Resultados 2021». Corsan RI. 22 de março de 2022. Consultado em 21 de dezembro de 2022 
  2. a b c d e f «Histórico da Corsan». Corsan RI. Consultado em 21 de dezembro de 2022 
  3. «História». CORSAN. 24 de novembro de 2020. Consultado em 10 de maio de 2024 
  4. a b «Corsan é vendida para o Consórcio Aegea com lance único de R$ 4,15 bilhões». G1. Consultado em 22 de janeiro de 2023 
  5. Jr, Geraldo Campos (19 de julho de 2023). «TCE valida leilão de privatização da Corsan no Rio Grande do Sul». Poder360. Consultado em 17 de agosto de 2023 
  6. «Estado assina contrato de venda e conclui a privatização da Corsan». CORSAN. 7 de julho de 2023. Consultado em 17 de agosto de 2023 
  7. «Quem somos». CORSAN. 25 de abril de 2022. Consultado em 10 de maio de 2024 
  8. a b «Ranking do Saneamento 2021 (SNIS 2019)». Trata Brasil. Março de 2021. Consultado em 10 de junho de 2023 
  9. a b «Ranking do Saneamento 2022 (SNIS 2020)». Trata Brasil. 1 de abril de 2022. Consultado em 10 de junho de 2023 
  10. «Ranking do Saneamento 2023 (SNIS 2021)». Trata Brasil. 20 de março de 2023. Consultado em 10 de junho de 2023 
  11. «Telmo Kirst assume presidência da Corsan». Portal do Estado do Rio Grande do Sul. 12 de abril de 2006. Consultado em 10 de maio de 2024 
  12. «Corsan anuncia saída de diretor-presidente». CORSAN. 29 de maio de 2023. Consultado em 10 de maio de 2024 
  13. «Samanta Takimi é a primeira mulher a presidir a Corsan». CORSAN. 13 de junho de 2023. Consultado em 10 de maio de 2024 
  14. «ETA POLO PETROQUÍMICO». CORSAN. 24 de abril de 2018. Consultado em 10 de maio de 2024 
  15. «SITEL». CORSAN. 23 de abril de 2018. Consultado em 10 de maio de 2024 
  16. «SITEL». CORSAN. 1 de fevereiro de 2023. Consultado em 10 de maio de 2024 

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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