Classe Scorpène

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Scorpène
Classe Scorpène
O Tunku Abdul Rahman, da Marinha Real da Malásia em teste.
Visão geral
Nome Classe Scorpène
Planejados India: 9
Brasil: 4
Ativos Brasil: 2
Chile: 2
India: 5
Malasia: 2
Características gerais
Deslocamento 1 668 Ton.[1]
Comprimento 66,4 m, diametro 6,2 m
Calado 5,5 m
Propulsão Motor a Diesel - 4 x Motor a Diesel MTU 16V 396 SE84 (2990cv/hp), 1 x Motor eléctrico Jeumont Schneider (2.8MW)
Velocidade 20 nós (máxima)
Autonomia 50 dias no mar, 11 700Km a 8 nós.
Profundidade 300 m(máxima)
Armamento 18 torpedos de 533 mm; 6 tubos lançadores
8 mísseis Exocet SM 39
Tripulação 31

A Classe Scorpène identifica uma classe de submarinos de ataque desenvolvidos e fabricados na França pela empresa Naval Group (anteriormente DCNS), em cooperação com a espanhola Navantia, mas sendo a primeira a autora do projeto.

Possui propulsão diesel-elétrica e alguns modelos contam também com propulsão independente de ar (AIP). Destinada à exportação, foi adquirida por Chile, Malásia, Índia[2] e Brasil, nos dois últimos com transferência de tecnologia. No Brasil serviu de modelo para a fabricação de uma embarcação derivada, denominada Classe Riachuelo.[3][4]

Descrição[editar | editar código-fonte]

A família Scorpène 2000 é composta por quatro derivações:[5]

  • CA-2000, "Compacto" – adequado para águas costeiras, é particularmente discreto graças à utilização do sistema de propulsão independente de ar (AIP) chamado MESMA, como principal modo de propulsão. Comprimento de 59,4 metros.
  • CM-2000, "Básico" – submarino multimissão com comprimento de 61,7 metros e propulsão convencional diesel-elétrica, porém sem AIP.
  • AM-2000 – um submarino equipado com AIP MESMA e comprimento de 70 metros.
  • S-BR – submarino multimissão derivado do CM-2000, sem AIP, mas com comprimento ampliado para 71,62 metros a fim de acomodar mais baterias. Encomendado pelo Brasil (Classe Riachuelo).

Eles são compostos por casco de aço 80 HLES,[6] sistema de combate francês integrado e sistema de controle de plataforma centralizado totalmente automatizado, que permite uma redução no número de tripulantes, mantendo um alto nível de segurança no mergulho.

Propulsão Independente de Ar[editar | editar código-fonte]

O sistema francês Module d'Energie Sous-Marine Autonome (MESMA), que pode ser traduzido como "Módulo de Energia Submarina Autônomo", é oferecido pelo estaleiro francês Naval Group para os submarinos da classe Scorpène. É essencialmente uma versão modificada do seu sistema de propulsão nuclear, mas com calor gerado por etanol e oxigênio. A combustão do etanol e do oxigênio armazenado, a uma pressão de 60 atm (6,1 MPa), gera vapor que alimenta uma usina elétrica com turbina convencional. Esta queima sob pressão permite que o dióxido de carbono da exaustão seja expelido no mar, em qualquer profundidade, sem um compressor de exaustão.[7]

Cada sistema MESMA custa cerca de 50 a 60 milhões de dólares. A sua instalação nos Scorpènes requer a adição de uma nova seção de casco de 8,3 metros e 305 toneladas, e permite que um submarino opere por mais de 21 dias debaixo d'água, dependendo da velocidade.

O Naval Group também está desenvolvendo módulos AIP de células de combustível de hidrogênio de segunda geração para futuros modelos Scorpène.

Operadores[editar | editar código-fonte]

Submarinos[editar | editar código-fonte]

Imagem gráfica do submarino Scorpène.
Numeral Nome País Base naval
SS-23 General O'Higgins  Chile Talcahuano
SS-22 General Carrera  Chile Talcahuano
KD Tunku Abdul Rahman  Malásia Sepanggar
KD Tun Razak  Malásia Sepanggar
S21 INS Kalvari  Índia Visakhapatnam / Bombaim
S22 INS Khanderi  Índia Visakhapatnam / Bombaim
S23 INS Karanj  Índia Visakhapatnam / Bombaim
S24 INS Vela  Índia Visakhapatnam / Bombaim
S25 INS Vagir  Índia Visakhapatnam / Bombaim
S26 INS Vagsheer  Índia Visakhapatnam / Bombaim
S40 S Riachuelo (S-40)  Brasil Sepetiba
S41 S Humaitá (S-41)  Brasil Sepetiba
S42 S Tonelero (S-42)  Brasil Sepetiba
S43 S Angostura (S-43)  Brasil Sepetiba

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Submarino de ataque (SSK) classe O Higgins (tipo Scorpene)». Consultado em 17 de julho de 2011 .
  2. en:Kalvari-class submarine (2015)
  3. Roberto Godoy (2 de maio de 2010). «Submarinos brasileiros começam a sair do papel». O Estado de S. Paulo, Caderno Nacional A12. Consultado em 23 de maio de 2010 .
  4. «Marinha se surpreende com o custo operacional dos submarinos classe 'Riachuelo'». Poder Naval - A informação naval comentada e discutida. 2 de maio de 2021. Consultado em 17 de julho de 2021 .
  5. «SSK Scorpene-class Attack Submarine, France». Naval Technology. 16 de julho de 2020. Consultado em 13 de janeiro de 2023 .
  6. Guilherme Poggio (12 de junho de 2018). «Prosub – aço do casco de pressão». Poder Naval. Consultado em 13 de janeiro de 2024 .
  7. Henry Gasther. «Sous-marins anaerobies». Zone Sous-marins. Consultado em 14 de janeiro de 2024 .
  8. «DefesaNet - PROSUB S40 - Cerimônia de Lançamento do Submarino Riachuelo». DefesaNet. Consultado em 14 de dezembro de 2018 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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