Companhia de Navegação a Vapor do Parnaíba

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A Companhia de Navegação a Vapor do Parnaíba (CNVP) foi fundada em 4 de outubro de 1858, no governo de João José de Oliveira Junqueira Júnior (1857-1858), tendo sido aprovados os seus estatutos pelo Decreto Imperial no. 2.974, de 16 de setembro de 1862.[1] Porém, antes mesmo dessa aprovação, em 24 de novembro de 1861, o governo da Província do Piauí já havia contratado, para os primeiros 18 meses de seu funcionamento, o serviço regular de navegação a vapor no Rio Parnaíba, entre as cidades de Teresina (Capital) e de Parnaíba, que se iniciou com o vapor S.S. Uruçuí, com paradas em União e Repartição (Luzilândia)[2][3].

Em 1908, a CNVP fazia quatro viagens regulares mensais entre Teresina e Parnaíba (nos dias 5, 12, 20 e 28), duas viagens entre Teresina e Floriano (nos dias 7 e 22), além de viagens entre Parnaíba e Tutóia, em combinação com as da Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro naquele porto maranhense[3].

A empresa possuiu diversos vapores, lanchas e barcos, entre eles: S.S. Uruçuí (o primeiro a compor a frota), S.S. Teresinense (que em 14 de julho de 1906 conduziu o Presidente da República Afonso Augusto Moreira Pena de Teresina a Tutóia), S.S. Parnaíba, S.S. Piauhy, S.S. Igaraçu, S.S. Santo Estevão, S.S. Amarante, S.S. Conselheiro Junqueira, S.S. Conselheiro Paranaguá; a lancha Poti; as barcas Boa Esperança, Canavieiras, União, Leviatã e Tutóia[3].

Em 1914, faziam parte da frota os seguintes vapores: S.S. Barão de Uruçuí, T.S.S. Christino Cruz[4] (o único da frota, até então, a vir navegando pelo Oceano Atlântico da Inglaterra, onde foi fabricado, para o Brasil), S.S. Igaraçu, S.S. João Castro, S.S. Piauhy, S.S. Teresinense, S.S. Marquês de Paranaguá e S.S. Senador Cruz[5]. A companhia tinha, então, como sócio-proprietário e diretor, o empresário exportador José Mentor Guilherme de Mello, cujas exportações contribuíram de forma significativa, nesse período, para que o estado do Piauí alcançasse a sétima posição entre os estados brasileiros, em valores exportados[5].

Referências

  1. «Collecção de Leis de 1862 - Parte 2. Atos do Poder Executivo de 1862.» (PDF)  Portal da Câmara dos Deputados. (acesso em 03/01/2016)
  2. Gandara, G. S. (2008). Rio Parnaíba... Cidades-beira (PDF) (Tese de doutorado apresentada ao Departamento de Pós-Graduação em História (PPHGHIS) da Universidade de Brasília (UnB)). Brasília. pp. 159–161. Consultado em 10 de julho de 2010 – via Repositório Institucional da Universidade de Brasília 
  3. a b c «Renato Neves Marques. "Subsídios sobre a navegação em Parnaíba".»  Publicado no Portal Delta, 11/07/2008. (página visitada em 06/07/2010)
  4. Farlex. «T.S.S. = "Turbine Steam Ship" (Navio com Turbina a Vapor)». The Free Dictionary (em inglês) 
  5. a b «Dias, C. C. Rio Parnaíba. Navegabilidade.» (PDF). Consultado em 10 de julho de 2010. Arquivado do original (PDF) em 6 de julho de 2011  Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), 2009. (acesso em 08/05/2011)

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