Espada

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O "Conceito de Comando", de Sun Tzu (Arte da Guerra)

Uma montante suíça, do século XV ou XVI.

A palavra espada é comumente usada para se referir a uma série de "armas brancas" longas, formadas por uma lamina de dois gumes e uma empunhadura para as duas mãos; abrangendo, por extensão, objetos como o sabre (empunhadura para duas mãos e lamina de um corte), o floret (empunhadura para uma mão e lamina em agulha), o gládio (empunhadura para uma mão e dois gumes), o espadim (empunhadura para uma mão e menor que a espada) e a katana (empunhadura para duas mãos e lamina de um corte), dentre outros.[1] A espada, na verdade, é formada por uma lâmina comprida, normalmente reta e pontiaguda, de metal, com gume num ou nos dois lados, dependendo do tipo.[2] Arma antiga e de porte e insígnia de commando military (de andar em mil a mais de mil soldados), Segundo Sun Tzu, unificador da China Continental e Insular, fundador de uma dinastia de imperadores chineses.

Etimologia

A palavra é derivada do latim e grego (Esparta) "spatha", um modelo de espada em cruz de Leão ou de Cristo, essa foi usada no fim do império romano e por um longo período da idade media nas Cruzadas (modelo da Montante Suíça ao lado, porém, com lamina mais larga usada pelos Cruzados e Ricardo III, o Coração de Leão no Comando).

Características

Diagrama de uma espada típica e sua bainha.

A espada é formada basicamente por uma lâmina de metal, com gumes em ambos ou num dos dois lados, e uma ponta. Essa lâmina é fixada a um cabo, feito de metal ou madeira. Outrora, mestres forjadores europeus, árabes e orientais estabeleceram as regras principais da lâmina: concisa, formato variável, tenaz, resistente ao combate. Diversos materiais e forjaduras deram forma às espadas, do bambu ao titânio. Inicialmente utilizava-se uma espada curta e direta. Porém, ao longo da história existiram muitos outros tipos de espada com diferentes características variando desde o seu material até ao seu formato, tamanho e o próprio processo de forjadura.

Estas variações conferiram-lhes várias diferenças em relação à resistência, durabilidade, manuseio e forma. Por exemplo, uma espada larga teria maior poder de ataque, mas seria mais lenta do que uma espada mais fina e leve. Uma katana seria bastante boa para cortar e teria uma vasta combinação de ataques, devido à sua lâmina reta de um gume, no entanto, não é boa para estocar. Um florete é bom para estocadas, porém só é possível atacar horizontalmente. Uma espada longa como uma espada montante seria boa para atacar a grande distância, mas é pouco ágil e bastante pesada, além de ser de difícil manuseio. Uma espada curva com a ponta pesada (cimitarra) é boa para atacar um oponente com cortes longitudinais, mas é tembém muito lenta. Já o punhal é bastante ágil, porém tem um curto alcance.

História

Durante muito tempo, a espada foi a principal arma para combate corpo-a-corpo, sendo usada tanto pela Infantaria quanto pela Cavalaria. Mesmo com o advento das armas de fogo, continuou a ser usada como instrumento bélico.

Seu significado permanece forte na História Antiga e Moderna. Apesar de algumas unidades de polícia montada ainda adotarem a espada (inclusive para praças), atualmente ela é principalmente um elemento simbólico em celebrações militares. Representa a justiça e autoridade do oficial nas Forças Armadas. Em algumas artes marciais como o kenjutsu, a prática do manejo da espada é um veículo para o desenvolvimento espiritual.

Finalmente, há também o lado desportivo, representado por disciplinas como a Esgrima e o Kendo.

Na esgrima

Designa especificamente uma das armas usadas, não sendo neste caso sinónimo de florete ou sabre, as outras disciplinas da modalidade.

  • Peso máximo: 770g
  • Comprimento máximo da lâmina: 90 cm
  • Comprimento máximo total: 110 cm

No mundo

Estátua de Pier Gerlofs Donia, guerreiro lendário, segurando sua espada, cujo comprimento era de 213 cm.

Dependendo do país, as espadas podem ter formatos e tamanhos diferentes. No Japão, ela é conhecida como katana; as espadas japonesas são feitas artesanalmente e podem levar até um ano para ficarem prontas, contudo seu corte e peso são precisos para que seja possível manejá-las com facilidade.

Talvez devido à influência da cultura de massa, em especial dos filmes de artes marciais e videogames japoneses, alimentou-se o mito de que as espadas ocidentais, de dois gumes e lâmina reta, eram pesadas e de difícil manejo, em comparação com a katana e outras armas orientais. A comparação entre peças históricas do Ocidente e do Oriente mostra precisamente o contrário, no entanto. A espada foi popularizada, principalmente, pelos livros de histórias medievais.

A espada na Idade Média

A espada era o instrumento bélico favorito na Idade Média (seguido pelo arco e pela lança). É uma arma de curto alcance e, pelos conceitos da época, bem perigosa.

A espada era utilizada em grande escala nessa época, nas Guerras Santas, nas batalhas contra os mouros etc.

Entre 1300 e 1550, durante o Renascimento, a espada era um instrumento bastante utilizado nos conflitos ocorridos na época, assim, novos projetos quanto à forma da lâmina foram desenvolvidos a um ritmo bastante rápido comparativamente com a Idade Antiga. Uma das mais significantes mudança foi o aumento do cabo, permitindo o uso ambidestro, e, consequentemente, uma maior lâmina. Este tipo de espada, designada Langes Schwert (espada longa / montante) ou Spadone, era relativamente frequente entre 1350 d.C. e 1550 d.C.

Esta variante era uma espada especializada para perfurar as armaduras. O montante ou espada longa foi popularizado pela capacidade de circunscrever uma grande distância, de corte e de pressão, para além de permitir golpear o adversário do alto.

No século XVI, houve uma tendência significante no aumento do tamanho das espadas e na diminuição da armadura, visto que a força em conciliação com a rapidez seriam fulcrais para determinação da vida ou da morte.[3]

Outra espada utilizada nesse periodo da história foi a Tizona. Com uma lâmina comprida e estreita, esta espada foi popular desde o período Medieval até à Renascença, sendo a arma mais comum daquela época, principalmente em Itália, Portugal, Espanha e França nos séculos XVI e XVII.

Esta arma era ideal para golpes de perfurações, possuindo uma proteção guarda-mão. Apesar da sua finura, esta tinha a largura suficiente para cortar a golpe, no entanto o seu poder encontra-se na habilidade de perfuração. Estas características distinguem-nas das mais antigas espadas europeias de um punho como é exemplo o gládio. Este era diferente tanto no seu curto tamanho, como na espessura e capacidade de perfuração. A Tizona podia atingir 1,5 metros de comprimento só de lâmina, e apenas 2,5cm a 3cm de largura. O seu desenvolvimento começou em meados de 1500 nas cortes reais da Espanha, evoluindo para uma forma mais delgada, onde os guarda-mãos com filetes de metal extensivos de proteção da mão, com anéis que se estendiam do guarda-mão pela lâmina, sofrem uma pequena alteração. Esses mesmos anéis foram cobertos com chapas e eventualmente evoluíram para os punhos de copo da Rapieiras do século XVII.

Contudo, foi na renascença que as armas de fogo tiveram o seu lugar. Estas foram introduzidas para combatentes individuais, tal como o arcabuz, o bacamarte e o canhão de mão, o que determinou o destino da espada em todo o mundo.[4]

Tipos de espada

Cimitarra

Ver artigo principal: Cimitarra

A cimitarra (scimitar em inglês, saif em árabe, shamshir no Irã, kilij na Turquia, pulwar no Afeganistão, talwar ou tulwar na Índia e Paquistão) é uma espada de lâmina curva mais larga na extremidade livre, com gume no lado convexo, utilizada por certos povos orientais, tais como árabes, turcos e persas, especialmente pelos guerreiros muçulmanos. É a espada mais típica do Oriente Médio e da Índia muçulmana.

Originária da Pérsia, foi adotada pelos árabes e espalhou-se por todo o mundo islâmico até o século XIV. É originalmente uma espada de cavaleiros e cameleiros: em muitos desses países, espadas retas continuaram a ser preferidas para guerreiros a pé ou para fins cerimoniais.

Comparável à katana japonesa, a cimitarra é também uma espada curva de um só gume extremamente cortante e ágil, feita com aço da melhor qualidade. e também usada por piratas.

Uma cimitarra típica tem de 90 cm a 1 metro de comprimento total e pesa de 1,0 kg a 1,5 kg.

Alfange

Ver artigo principal: Alfange

A gadanha, gadanho ou alfange é uma ferramenta utilizada na agricultura para ceifar cereais ou para o corte de erva. Consiste de uma lâmina na extremidade de um cabo de madeira ou metálico de aproximadamente 170 cm, com uma pega perpendicular no extremo oposto e outra pega no meio para fornecer controle sobre a posição da lâmina. A lâmina tem aproximadamente 70 cm, com formato curvilíneo e fica perpendicular ao cabo principal, no outro extremo deste. O manuseio da gadanha consiste de segurar os dois cabos menores de forma a deixar a lâmina paralela ao chão. Assim, o agricultor desloca-se oscilando a gadanha de um lado para o outro, ceifando cereais ou erva com facilidade. Entretanto, a gadanha requer muita experiência e cuidado para ser manuseada.

A gadanha surgiu na Europa entre os séculos XII e XIII, sendo utilizada inicialmente para o corte de erva.

Nos tempos atuais, foi substituída pelas ceifadoras mecânicas, mas ainda é indispensável em alguns países subdesenvolvidos ou em terrenos montanhosos.

Wakizashi

Ver artigo principal: Wakizashi

A wakizashi (também conhecida como Oo-wakizashi ou Naga-wakizashi) é uma espada curta japonesa, usada em conjunto com a katana pelos samurais.

Era usada principalmente em combates de curta distancia onde havia tinha menos tempo para desembainhar uma arma, possibilitando assim um rápido ataque ao oponente, geralmente no joelho ou outras articulações no intuito de imobilizá-lo. Essa arma era utilizada também para seppuku.

Montante

Ver artigo principal: Montante

Uma montante é uma espada enorme que mede entre um metro e vinte (1,20 m) e dois metros (2 m) e pesa entre 1,5 e 3 kg. Foram utilizadas durante a Idade Média principalmente por guerreiros germânicos e escoceses. É manejada com ambas as mãos, com intento de golpear o adversário pelo alto ou de perfurar as armaduras pesadas da época. De forma geral eram, por motivos óbvios, carregadas em bainha presa às costas ou ao cavalo, conforme mostram diversas gravuras e quadros da época.

Rapieira

Ver artigo principal: Rapieira

Florete

Ver artigo principal: Florete

Sabre

Ver artigo principal: Sabre

Katana

Ver artigo principal: Katana

Nodachi

Ver artigo principal: Nodachi22

Ninja-tō

Ver artigo principal: Ninja-tō

Gládio

Ver artigo principal: Gládio

Claymore

Ver artigo principal: Claymore

Ver também

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Referências

  1. Grebe, Paul, J. (1963). Duden Etymologie (Duden 7): Das Herkunftswörterbuch. Etymologie. In: Dudenredaktion (Hrsg.). Mannheim: Bibliographisches Institut, Mannheim. ISBN 3-411-00907-1 
  2. Gerhard Seifert, Glossário de Especialização de Armas Brancas: dt. Abc der europäischen blanken Trutzwaffen; (cortando, choques, impactos e armas de mão lançada), Seifert Verlag, 1981
  3. [1]
  4. [2]

Ligações externas

  • Vasconcellos, J. S. e J.S. Princípios de Defesa Militar (em Inglês e Português) Editora Biblioteca das Academias de Marinha e Exército do Brasil, 1936.
  • Cultura Japonesa - katana
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