Fiat G.2

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
G.2
Avião
Fiat G.2
Descrição
Tipo / Missão Avião comercial
País de origem Reino da Itália (1861–1946) Reino de Itália
Fabricante Fiat
Primeiro voo em 1932 (92 anos)
Tripulação 1
Passageiros 6
Especificações
Dimensões
Comprimento 11,89 m (39,0 ft)
Envergadura 18,01 m (59,1 ft)
Altura 3,51 m (11,5 ft)
Área das asas 39  (420 ft²)
Alongamento 8.3
Peso(s)
Peso vazio 1 630 kg (3 590 lb)
Peso carregado 2 500 kg (5 510 lb)
Propulsão
Motor(es) 3x Fiat A.60
Potência (por motor) 135 hp (101 kW)
Performance
Velocidade máxima 235 km/h (127 kn)
Alcance (MTOW) 700 km (435 mi)
Teto máximo 4 200 m (13 800 ft)
Notas
Fonte: The Illustrated Encyclopedia of Aircraft[1]

O Fiat G.2 foi um avião comercial monoplano trimotor italiano com capacidade para transporte de seis passageiros, projetado por Giuseppe Gabrielli e construído pela Fiat.

Projeto e desenvolvimento[editar | editar código-fonte]

O G.2 nasceu a partir da necessidade de equipar a empresa aérea Avio Lines Italiane (ALI), de propriedade do grupo FIAT, com uma aeronave especialmente projetada. O projeto foi confiado ao engenheiro Giuseppe Gabrielli, que construiu a primeira de uma longa série de aeronaves para a empresa de Turim. O G.2 foi também o primeiro avião em estilo moderno que, abandonando a configuração biplano adotada até então, marcaria um ponto de virada na produção aeronáutica.[1]

Apesar de ter sido demonstrado interesse pelo projeto à época, o G.2 não alcançou o sucesso esperado, mesmo após uma série de voos de demonstração realizados em países da Europa.[2]

Histórico operacional[editar | editar código-fonte]

O G.2 inicialmente serviu na Avio Linee Italiane (ALI) na rota de Turim a Milão.

Posteriormente, a brasileira Varig, com a intenção de substituir seu Junkers Ju 52 de matrícula PP-VAL perdido em um acidente em fevereiro de 1942, decidiu contatar o governo italiano para adquirir o G.2. A aeronave, matriculada PP-VAM, foi usada para inaugurar a rota internacional conectando o Brasil a Montevidéu, capital do Uruguai, sendo a primeira rota da Varig fora do estado do Rio Grande do Sul. Subsequentemente, foi novamente vendido para a Aerovias Minas Gerais, matriculado PP-LAH e usado como avião de correio até janeiro de 1946 quando foi perdida em um acidente em Pedra Azul, município de Minas Gerais.[3]

Operadores[editar | editar código-fonte]

 Brasil
 Reino de Itália (1861–1946)

Descrição[editar | editar código-fonte]

O G.2, cujo protótipo voou pela primeira vez em 1932, era um monoplano de asa baixa, com três motores e construído inteiramente de metal, com exceção das superfícies de comando que eram cobertas com madeira compensada. A fuselagem integrava a cabine de pilotagem em uma posição superior a cabine de passageiros, que possuía seis assentos e um compartimento para bagagens. Os motores, posicionados um no nariz e os outros dois na asa, eram inicialmente o motor de quatro cilindros em linha Fiat A.60, subsequentemente substituído por outros modelos ao longo dos anos.

O trem de pouso era fixo, em uma configuração convencional, caracterizado pela grande estrutura na parte dianteira suportada por uma pequena roda sob a cauda.

Variantes[editar | editar código-fonte]

G.2
Motorizado com três motores em linha Fiat A.60 de 135 hp (101 kW).
G.2/2
Motorizado com três motores Alfa Romeo 110-1.
G.2/3
Motorizado com três de Havilland Gipsy Major de 120 hp (89,5 kW).
G.2/4
Motorizado com três motores radiais Fiat A.54.

Referências

  1. a b The Illustrated Encyclopedia of Aircraft (Part Work 1982-1985) (em inglês). [S.l.]: Orbis Publishing. 1985. p. 1796 
  2. Apostolo, Giorgio (1981). Fiat G.2, in Guida agli Aeroplani d'Italia dalle origini ad oggi (em italiano). Milão: Arnoldo Mondadori Editore. p. 111 
  3. Ed Coates. «PP-VAM Fiat G.2» (em inglês) 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Foto de um FIAT G.2 na pintura da VARIG de 1940 em serviço comercial (em inglês)