José Quintino Dias

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José Quintino Dias
Nascimento 26 de agosto de 1792
Tavira
Morte 13 de novembro de 1881 (89 anos)
Lisboa
Cidadania Reino de Portugal
Ocupação oficial
Título barão

José Quintino Dias (Tavira, 26 de agosto de 1792Lisboa, 13 de novembro de 1881), primeiro e único barão de Monte Brasil, foi um militar do Exército Português, onde atingiu o posto de general-de-divisão, que se distinguiu durante a Guerra Civil Portuguesa.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu em Tavira, filho de José Quintino Dias e de sua mulher Teresa Dionísia Mascarenhas. Casou em 1817 com Maria Sebastiana Álvares Botelho (morreu em 1875), filha de Francisco Álvares Botelho e de sua mulher Maria Leocádia do Carmo.[2][3]

Foi comandante do Batalhão de Caçadores n.º 5 e governador da Fortaleza de São João Baptista da Ilha Terceira de 1828 a 1829. Nesta qualidade, chefiou a reacção dos liberais terceirenses à proclamação de Miguel I de Portugal como rei absoluto.

Um golpe militar por ele liderado depôs o 9.º capitão-general dos Açores, Manuel Vieira de Albuquerque Touvar, e obrigou a reunir a Câmara Municipal de Angra e e proclamar-se fiel a D. Maria II de Portugal, reinstaurando vigência da Carta Constitucional portuguesa de 1826.

Em consequência do golpe foi nomeado um Governo Interino de acordo com a lei pombalina que instituíra a Capitania-Geral dos Açores. Este governo fez expulsar os miguelistas da Terceira.

Recebeu o título de barão do Monte Brasil por decreto de 4 de agosto de 1862 do rei Luís I de Portugal em reconhecimento pela sua acção em 1828. Foi o primeiro e único barão do Monte Brasil, tendo o seu filho, José Maria Álvares Quintino, recebido o título de visconde do Monte Brasil.

O título foi concedido por decreto de 4 de Agosto de 1862, invocando a sua acção na Terceira em prol do liberalismo, em 1828.

Quintino Dias é autor de algumas memórias sobre os acontecimentos de 22 de junho de 1828 em Angra que iniciaram a Guerra Civil.

Obras publicadas[editar | editar código-fonte]

  • Documentos para a história da restauração do governo legítimo e constitucional da Ilha Terceira em 22 de Junho de 1828; publicadas pelo major José Quintino Dias. Paris, Typ. H. Dupuy, 1832.
  • Exposição dos actos arbitrarios ... practicados pela Regencia da Terceira contra o Major J. Quintino Dias. Paris, 1832.

Notas

  1. "Dias, José Quintino" na Enciclopédia Açoriana.
  2. A nobreza de Portugal (1961). Lisboa, Ed. Enciclopédia, VIII:27-28.
  3. Barão do Monte Brasil na Enciclopédia Açoriana.