Odete Fátima Machado da Silveira
Odete Fátima Machado da Silveira | |
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Conhecido(a) por |
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Nascimento | 28 de julho de 1953 Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil |
Morte | 1 de julho de 2013 (59 anos) Belém, Pará, Brasil |
Residência | Brasil |
Nacionalidade | brasileira |
Cônjuge | José Francisco Berredo Reis e Silva |
Alma mater | |
Orientador(es)(as) | Luis Ercílio do Carmo Faria Júnior |
Instituições | Universidade Federal do Pará |
Campo(s) | Geologia |
Tese | A Planície Costeira do Amapá:Dinâmica de ambiente costeiro influenciado por grandes fontes fluviais quaternárias (1998)[1] |
Odete Fátima Machado da Silveira (Caxias do Sul, 28 de julho de 1953 – Belém, 1 de julho de 2013) foi uma geóloga brasileira. Pioneira nos estudos geológicos e geofísicos da região norte do Brasil, uma das primeiras mulheres cientistas da região norte a participar de comitês científicos da região e nos ministérios da Ciência e Tecnologia e do Meio Ambiente, uma das primeiras mulheres a embarcar em um cruzeiro científico para o Alasca, uma das primeiras especialistas em Geologia e Geofísica Marinha do Brasil.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Odete nasceu na cidade de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, em 1953, em uma família italiana.[2] Ingressou no ensino superior na Universidade do Vale do Rio dos Sinos, mas em 1982 se transferiu para o curso de Geologia da Universidade Federal do Pará (UFPA). Lutou por melhorias nas condições de estudo dos estudantes, tanto no Rio Grande do Sul quanto no Pará.[2]
Em 1985, concluiu o curso de geologia e se casou com o namorado da faculdade, José Francisco Berredo Reis e Silva, e ingressou na especialização em Geologia e Geofísica Marinha pela Universidade Federal Fluminense. No ano seguinte, ingressou no mestrado em geologia pela Universidade Federal do Pará, obtendo o título em 1989.[2] Junto dos pesquisadores Jurgen Bischoff, Paulo Sucasas e Luis Ercílio Faria Jr., neste período, Odete ajudou a idealizou uma linha de pesquisa Geologia e Geofísica Marinha para a UFPA. Lá se instalou o Programa de Pesquisa e Ensino em Ciências do Mar-PROMAR, programa que gerou muitos dados e estudos sobre a zona costeira amazônica.[2]
Em 1992, ingressou no doutorado, pela Universidade Federal do Pará, com colaboração com o Marine Science Research Center, da Stony Brook University, onde estagiou entre os anos de 1994 a 1996.[1] Sua tese A Planície Costeira do Amapá:Dinâmica de ambiente costeiro influenciado por grandes fontes fluviais quaternárias[3] foi a primeira tese a estudar a zona costeira do Amapá.[1][2]
Sem conseguir implantar a linha de pesquisa na UFPA, Odete ingressou na Universidade Federal do Amapá como professora visitante, onde tentou implantar estudos costeiros na instituição. Sem conseguir a implantação do programa, Odete ingressou no Programa de Gerenciamento Costeiro do Estado do Amapá (GERCO)[4] em 1998, onde foi sua coordenadora até 2002. Seu trabalho de pesquisa gerou um vários dados e estudos geológicos e geofísicos na zona costeira amapaense.[1][2] Seu trabalho ajudou na implantação do atual Núcleo de Pesquisas Arqueológicas e na Rede Clima e Tempo, que resultou na implantação do Núcleo de Hidrometeorologia e Energia Renováveis.[2]
Problemas no Amapá a fizeram ingressar na Universidade Federal do Pará como professora adjunta na Faculdade de Oceanografia. Foi a responsável por diversas melhorias no curso, tendo sido também diretora da instituição. Foi a responsável pela implantação da linha de geofísica marinha, de oceanografia geológica e pela criação e implantação do Laboratório de Oceanografia Geológica e Geofísica. Em 2012, começou as atividades no Curso de Pós-Graduação em Geofísica na formação de mestres e doutores, além de auxiliar na implantação do laboratório de radiocarbono da instituição[5], que também leva seu nome.[2]
Morte[editar | editar código-fonte]
Sua saúde começou a se deteriorar em 2007, quando precisou trocar três válvulas no coração. Com a saúde ainda fragilizada, ela morreu em 1 de julho de 2013, aos 59 anos, em Belém.[2] Seu corpo foi cremado no Complexo Crematório Max Domini, em Marituba. Suas cinzas foram lançadas na foz do rio Amazonas, atendendo a um pedido seu.[2]
Referências
- ↑ a b c d CNPQ (ed.). «Odete Fátima Machado da Silveira Currículo Lattes». Plataforma Lattes. Consultado em 30 de julho de 2019
- ↑ a b c d e f g h i j CNPq (ed.). «Odete Fátima Machado da Silveira (1953 - 2013)». Pioneiras da Ciência. Consultado em 30 de julho de 2019
- ↑ Odete Fátima Machado da Silveira (ed.). «A Planície Costeira do Amapá:Dinâmica de ambiente costeiro influenciado por grandes fontes fluviais quaternárias». Repositório de Teses UFPA. Consultado em 30 de julho de 2019
- ↑ «Gerco Amapá». Ministério do Meio Ambiente. Consultado em 30 de julho de 2019
- ↑ «Atas ordinárias da Congregação do Instituto de Geociências» (PDF). Universidade Federal do Pará. Consultado em 30 de julho de 2019