Transamérica Recife

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Transamérica Recife
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Transamérica Recife
Rádio Transamérica de Recife Ltda.
País Brasil
Frequência(s) FM 92,7 MHz
Sede Recife, PE
Slogan A sua rádio onde você estiver
Fundação 21 de agosto de 1976 (47 anos)
Fundador Aloysio de Andrade Faria
Pertence a Rede Transamérica de Comunicação
Antigo(s) proprietário(s) Aloysio de Andrade Faria (1976-2020)
Formato comercial
Gênero Música e esporte
Afiliações Rede Transamérica
Afiliações anteriores Transamérica FM (1990-2000)
Transamérica Pop (2000-2019)
Idioma português
Prefixo ZYD 245
Prefixo(s) anterior(es) ZYB 216
Nome(s) anterior(es) Transamérica FM Recife (1976-2000)
Transamérica Pop Recife (2000-2019)
Cobertura Região Metropolitana do Recife
Agência reguladora ANATEL
Informação de licença
CDB
PDF

Transamérica Recife é uma emissora de rádio brasileira sediada em Recife, capital do estado de Pernambuco. Opera no dial FM na frequência 92,7 MHz e é uma filial da Rede Transamérica. Seus estúdios ficam situados no bairro do Espinheiro e seus transmissores estão no Morro do Peludo, no bairro do Ouro Preto, em Olinda.

A emissora foi inaugurada em 21 de agosto de 1976, sendo a primeira rádio em frequência modulada da cidade e a primeira da região Nordeste do país em FM Stereo.[1]

História[editar | editar código-fonte]

Como parte da formação da Rede Transamérica, a primeira estação da Transamérica FM foi inaugurada em Recife no dia 21 de agosto de 1976 (com outorga assinada em 22 de janeiro de 1975 inicialmente para a Rádio Transamérica de Recife S.A.[2]), data que marcou o lançamento da primeira estação de rádio em frequência modulada na cidade (e a primeira da região Nordeste).[3][4][5] Tal qual as demais filiais, a programação inicial da Transamérica FM era essencialmente musical, segmentada ao formato adulto-contemporâneo (MPB, jazz, blues e música instrumental) voltado as classes A e B[6], trazendo também pequenos boletins informativos. Todos os módulos eram gravados em fitas de rolo em São Paulo e enviados para a filial.

A programação foi inicialmente bem aceita, mas posteriormente foram registradas diversas reclamações de ouvintes em cartas para o jornal Diário de Pernambuco por diversos fatores: repetição dos módulos musicais, erros nas inserções das gravações[7] e falta de identidade local (refletidas nos blocos informativos que traziam material direcionado aos ouvintes paulistanos). Outra reclamação era para o pouco espaço para a música nacional, onde 60% das canções executadas eram internacionais e 40% nacionais[8], diminuindo gradativamente a partir de 1979 quando a rede passa a aderir cada vez mais ao sucessos da música disco e eletrônica, que dominaram as FMs do país a partir dessa época.[9][10][11]

A chegada da Transamérica FM aqueceu o mercado de venda de receptores de rádio AM/FM, sendo que em 1979 estimavam-se que existiam em Recife apenas 80 mil receptores.[12] Em outubro de 1980, a primeira pesquisa divulgada pelo Ibope medindo as 4 FMs existentes no dial apresentou a Transamérica na terceira colocação com 20 pontos de audiência, sendo a líder a Caetés FM (lançada no mesmo ano).[13] A pesquisa seguinte colocou a emissora na vice-liderança com 51 pontos de audiência[14], encerrando o mês na mesma colocação acumulando 139 pontos de audiência.[15] A década de 1980 foi marcada por investimentos no público jovem como forma de atrair audiência pra rede, que vinha perdendo força com o crescimento do mercado.[16][17] Em outubro de 1981, a Transamérica FM lança um novo transmissor importado dos Estados Unidos com potência de 50 mil watts.[18] Posteriormente, renova a programação musical e lança blocos musicais de MPB, que trouxeram reação aos índices de audiência.[19] Em 1982, a Transamérica FM passa a ser uma empresa sociedade limitada.[20] Em setembro de 1983, forma a sua primeira equipe de jornalismo local.[21] A estreia ao vivo ocorreu no dia 1.º de dezembro.[22]

A partir da década de 1990, passa a receber o sinal da Transamérica FM de São Paulo via satélite tal qual como as demais filiais e afiliadas.[23] Com a divisão das portadoras da rede, a Transamérica FM Recife passa a se chamar Transamérica Pop a partir do ano 2000.[17] A emissora também passa a aderir ao projeto Transamérica Esportes, iniciado em 2001, contando com equipe de esportes local.[24]

Em 2019, com a mudança de formato da Rede Transamérica e a unificação de suas portadoras (Pop, Light e Hits) a Transamérica passou a adotar o formato jovem/adulto, com foco no Pop e no Rock nacional e internacional com o objetivo de atrair um público entre 25 e 49 anos.[25] Com isso, a até então Transamérica Pop Recife passa a se chamar Transamérica Recife.

Referências

  1. ↑ OLIVEIRA, Sheila Borges de (2011). «O rádio na Região Metropolitana do Recife: do jornalismo à evangelização» (PDF). Recife. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (em português brasileiro): 1-14. Consultado em 13 de maio de 2017 
  2. ↑ «Ministro autoriza criação de mais 6 emissoras de rádio e TV». Diário de Pernambuco. 23 de janeiro de 1975. p. 1. Consultado em 20 de julho de 2019 
  3. ↑ João Alberto (11 de julho de 1976). «Spotlight». Diário de Pernambuco. p. 3. Consultado em 19 de julho de 2019 
  4. ↑ «ANTÔNIO Lira [...]». Diário de Pernambuco. 15 de agosto de 1976. p. 13. Consultado em 19 de julho de 2019 
  5. ↑ «Rádio é inaugurada por Quandt». Diário de Pernambuco. 22 de agosto de 1976. p. 1. Consultado em 19 de julho de 2019 
  6. ↑ «Transamérica». Diário de Pernambuco. 23 de julho de 1981. p. B5. Consultado em 20 de julho de 2019 
  7. ↑ Paulo Fernando Craveiro (17 de junho de 1979). «Perigo». Diário de Pernambuco. p. A6. Consultado em 19 de julho de 2019 
  8. ↑ Paulo Fernando Craveiro (3 de maio de 1979). «No tempo de Nassau / FM (2)». Diário de Pernambuco. p. A6. Consultado em 19 de julho de 2019 
  9. ↑ Paulo Fernando Craveiro (22 de maio de 1979). «Meia hora». Diário de Pernambuco. p. A6. Consultado em 19 de julho de 2019 
  10. ↑ «O som estrangeiro (Cartas à Redação)». Diário de Pernambuco. 26 de julho de 1979. p. A6. Consultado em 19 de julho de 2019 
  11. ↑ «E a nossa música? (Cartas à Redação)». Diário de Pernambuco. 27 de julho de 1979. p. A10. Consultado em 19 de julho de 2019 
  12. ↑ Paulo Fernando Craveiro (13 de abril de 1979). «Barba de referência / Nível de audiência». Diário de Pernambuco. p. A6. Consultado em 19 de julho de 2019 
  13. ↑ «Caetés confirma liderança». Diário de Pernambuco. 18 de outubro de 1980. p. B2. Consultado em 19 de julho de 2019 
  14. ↑ «Caetés: líder de audiência». Diário de Pernambuco. 28 de outubro de 1980. p. B3. Consultado em 20 de julho de 2019 
  15. ↑ «Caetés lidera no mês de outubro». Diário de Pernambuco. 9 de novembro de 1980. p. C5. Consultado em 20 de julho de 2019 
  16. ↑ «Rádio Recife». Diário de Pernambuco. 4 de fevereiro de 1983. p. B2. Consultado em 20 de julho de 2019 
  17. ↑ a b Carlos Massaro (20 de agosto de 2018). «Transamérica chega aos 45 anos no Recife». Tudo Rádio. Consultado em 20 de julho de 2019 
  18. ↑ «Potência FM». Diário de Pernambuco. 9 de outubro de 1981. p. C5. Consultado em 20 de julho de 2019 
  19. ↑ «MPB especial». Diário de Pernambuco. 25 de maio de 1983. p. B2. Consultado em 20 de julho de 2019 
  20. ↑ «Junta Comercial do Estado de Pernambuco (Informativo - 41597)». Diário de Pernambuco. 29 de maio de 1982. p. C7. Consultado em 20 de julho de 2019 
  21. ↑ «Jornal FM». Diário de Pernambuco. 22 de setembro de 1983. p. B6. Consultado em 20 de julho de 2019 
  22. ↑ «Noticiário FM». Diário de Pernambuco. 24 de novembro de 1983. p. B6. Consultado em 20 de julho de 2019 
  23. ↑ Morais; Maria Luiza Nóbrega de; Lima, André Luiz de; Marques, Bárbara (2004). «ANOTAÇÕES PARA A HISTÓRIA DO RÁDIO EM PERNAMBUCO» (PDF). Florianópolis. II Encontro Nacional da Rede Alfredo de Carvalho (em português brasileiro): 1-14. Consultado em 20 de julho de 2019 
  24. ↑ Carlos Massaro (8 de abril de 2016). «Transamérica lança campanha para comemorar os 15 anos da "Transamérica Esportes"». Tudo Rádio. Consultado em 23 de janeiro de 2017 
  25. ↑ Daniel Starck (23 de julho de 2019). «Em comunicado, Transamérica confirma unificação gradativa das portadoras Pop e Hits». Tudo Rádio. Consultado em 24 de dezembro de 2019 

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