Templo de Juno Lucina

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Templo de Juno Lucina
Tipo Templo
Construção 1 de março de 375 a.C.
Geografia
País Itália
Cidade Roma
Localização V Região - Esquílias
Coordenadas 41° 53' 45.2" N 12° 29' 51" E
Templo de Juno Lucina está localizado em: Roma
Templo de Juno Lucina
Templo de Juno Lucina

Templo de Juno Lucina (em latim: Aedes Iunonis Lucinae) era um templo da Roma Antiga dedicado à deusa Juno Lucina, protetora das parturientes, e localizado no monte Esquilino. Nele se celebrava a Matronália no dia 1 de março, dia de sua inauguração[1].

História[editar | editar código-fonte]

Antes da construção do templo no Esquilino, o culto de Juno Lucina já era realizado num bosque sagrado (em latim: lucus, provavelmente a origem do epíteto "Lucina"[1]). Varrão atribui a introdução deste culto em Roma a Tito Tácio, rei dos sabinos[2]. O templo em si foi dedicado em 1 de março de 375 a.C.[1].

Os historiadores romanos antigos relatam, de forma anacrônica, que o rei Sérvio Túlio (que é muito anterior à data da inauguração do templo) promulgou uma lei que obrigava o depósito de uma moeda no templo pelos pais por ocasião do nascimento de um filho para que se pudesse fazer uma estatística dos nascimentos[1][3].

Em 190 a.C., o templo foi atingido por um raio, que danificou o frontão e as portas[4]. Em 41 a.C., o questor Quinto Pédio construiu ou restaurou um muro que provavelmente cercava ou o templo ou o bosque sagrado[5][6].

Algumas inscrições testemunham que o templo ainda existia no período imperial[6].

Localização[editar | editar código-fonte]

Do templo em si não resta nenhum vestígio. Das fontes literárias, sabe-se que ele ficava na encosta setentrional do Esquilino, no interior do bosque sagrado no qual a deusa já era venerada[1]. Plínio, o Velho, relata que na área do templo havia um antigo bosque de flores de lótus que seria anterior à construção do templo[7].

Varrão afirma que o templo ficava num dos cumes do Esquilino, o Císpio, perto do sexto santuário dos argeus[8]. Provavelmente ficava ligeiramente a oeste da moderna basílica de Santa Prassede, a nordeste da Torre dei Graziani (ou Torre Canterelli), em cujo entorno foram recuperadas inscrições relativas ao culto da Juno Lucina[6][9]. Provavelmente a área sagrada se estendia até o limite meridional da colina[6].

Referências

  1. a b c d e Georges Dumézil, La religione romana arcaica. Miti, leggende, realtà, III ed., Rizzoli, Milano, 2011, ISBN 978-88-17-86637-8, pagg.263-270.
  2. Varrão, De Lingua Latina V.49, 74.
  3. Dionísio de Halicarnasso, Antiguidades Romanas IV.15
  4. Lívio, Ab Urbe Condita XXXVII.3.2
  5. CIL VI, 358
  6. a b c d Samuel Ball Platner (completato e rivisto da Thomas Ashby), Aedes Junonis Lucinae, in A Topographical Dictionary of Ancient Rome, Londra, Oxford University Press, 1929, pagg. 288-289 (articolo disponibile on-line su LacusCurtius)
  7. Plínio, História Natural 16, 235 (LXXXV)
  8. Varrão, De Lingua Latina V.50
  9. CIL VI, 356, CIL VI, 357, CIL VI, 358, CIL VI, 359, CIL VI, 360, CIL VI, 361, CIL VI, 3694, CIL VI, 3695, CIL VI, 30199.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]