Usuário(a):Edsonialopes/Testes/Ghassan Kanafani

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ghassan Kanafani
غسان كنفاني
Nascimento 9 de abril de 1936
Acre, Israel
Morte 8 de julho de 1972 (36 anos)
Beirute, Líbano
Nacionalidade Estado da Palestina Palestino
Ocupação Escritor e ativista político
Prêmios
  • Prêmio de Literatura Amigos do Líbano (pela novela ما تبقّى لكم) (1966)
  • Prêmio Lotus Associação de Escritores Afro-Asiáticos (1975)
Página oficial
http://www.ghassankanafani.com/indexen.html

Ghassan Kanafani, em árabe: غسان كنفاني (Acre, Palestina, 9 de Abril de 1936Beirute, Líbano, 8 de Julho de 1972), foi um escritor e ativista político palestino, cofundador da Frente Popular para a Libertação da Palestina. Escreveu romances, peças de teatro, contos e ensaios políticos. Em 1972 foi assassinado pelo serviço secreto israelense.[1][2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Ghassan Fayiz Kanafani nasceu na cidade de Acre, durante o Mandato Britânico na Palestina, em 9 de abril de 1936. Era o terceiro filho de Muhammad Fayiz Abd al Razzag, um advogado que atuava no movimento nacional e se opunha à ocupação britânica.[3] Kanafani recebeu sua educação inicial em uma escola missionária católica francesa em Jaffa.[4] Ainda jovem, mudou-se com a família para Haifa. Em 1948, exilaram-se ao sul do Líbano e, mais tarde, instalaram-se permanentemente em Damasco, na Síria.

Em Damasco, completou o ensino secundário e estudou Literatura na Universidade de Damasco. Em 1952, obteve o título de professor da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA). Foi professor de arte para cerca de 1.200 crianças palestinas deslocadas em um campo de refugiados, onde começou a escrever histórias curtas para ajudar seus alunos a entender sua situação.[5]

No mesmo ano, ingressou no Departamento de Filologia Árabe da Universidade de Damasco, onde, sob a supervisão do Dr. George Habash, escreveu sua tese "Raça e religião na literatura sionista", base para o estudo de 1967 "Literatura sionista".[6] Sob a influência de Habash iniciou suas atividades políticas, envolvendo-se no Movimento Nacionalista Árabe (MNA). Em 1955, como consequência de suas atividades políticas, foi expulso da universidade e estabeleceu-se no Kuwait, onde trabalhou como professor[7] até 1960.

Durante sua permanência no Kuwait, consolidou seu compromisso político ao se tornar editor do jornal jordaniano Al Ra'i (رأي,A Opinião), afiliado ao MNA. Em 1960, Habash o convence a se mudar para Beirute e juntar-se à equipe do jornal al-Hurriyya (حرية, Liberdade). Foi nesse período que Kanafani começou a se interessar pelo marxismo.[2]

Em 1961, conheceu Anni Høver, uma dinamarquesa, educadora e ativista dos direitos das crianças, com quem ele teve dois filhos.

Assumiu o cargo de editor do jornal nasserista al-Muḥarrir (محرر, O Libertador) e da revista de domingo Filistīn (فلسطين, Palestina) em 1963.[6] No mesmo ano, escreveu sua primeira e mais aclamada novela Riŷāl fī-š-šams (رجال في الشمس, Homens ao Sol).

Em 1967, tornou-se editor do jornal Al Anwar (A iluminação), também nasserista, escrevendo ensaios sob o pseudônimo de Faris Faris.[8] No mesmo ano, ele se juntou à Frente Popular para a Libertação da Palestina, uma clivagem marxista-leninista do MNA, e em 1969, renunciou ao Al-Anwar para editar a revista semanal da Frente Popular, al-Hadaf (الهدف, O alvo), marcando seu afastamento do nacionalismo pan-árabe para a luta palestina revolucionária.[9]

Em 8 de julho de 1972, Kanafani então com 36 anos, foi assassinado em Beirute ao ligar de seu Austin 1100, detonando uma granada e em seguida uma bomba de plástico de 3 quilos plantada na barra do para-choques de seu carro.[10] Kanafani foi incinerado, juntamente com sua sobrinha de dezessete anos, Lamees Najim. [2][11][12] O Mossad, serviço secreto israelense, reivindicou a responsabilidade pelo assassinato.[13][14]

O assassinato foi tratado como uma resposta ao massacre do aeroporto de Lod, realizado por três membros do exército vermelho japonês. Na época, Kanafani era o porta-voz da Frente Popular para a Libertação da Palestina, e o grupo reivindicou a responsabilidade pelo ataque.[15]

O obituário de Kanafani no jornal The Daily Star, do Líbano, escreveu: "Ele era um comando que nunca atirou uma arma, sua arma era uma caneta esferográfica e sua arena nas páginas do jornal".[16][17] Na ocasião de sua morte, vários romances incompletos foram encontrados, um data de 1966.[18]

Em 1975, foi o vencedor póstumo do Prêmio Lótus para Literatura da Conferência dos Escritores Afro-Asiáticos.[19][20] Sua memória foi celebrada por meio da criação da Fundação Cultural Ghassan Kanafani, que desde seu início estabeleceu oito jardins de infância para os filhos de refugiados palestinos.[21]

Obra literaria[editar | editar código-fonte]

A pesar de haber muerto a la edad de 36 años, Kanafani fue un autor prolífico. Escribió cuatro novelas completas (y tres inacabadas), cincuenta y siete relatos breves (recogidos en cuatro recopilaciones) tres obras de teatro completas (y una incompleta) tres ensayos literarios y una multitud de artículos periodísticos. La temática de la obra de Kanafani plantea (e intenta dar respuestas) a cuestiones como la identidad palestina, la patria (y la tierra) perdida, la situación de los refugiados o la toma de conciencia individual y colectiva. Sin embargo, la obra de Kanafani excede los límites de la situación palestina planteando temas universales como la felicidad pasada, el drama de la inmigración o la relación entre tiempo y memoria.

Pero si un tema destaca entre todos los demás, éste es la construcción de la nación Palestina a través de la narración. La obra de Kanafani no sólo es una crónica de su tiempo o una forma de denunciar la situación del pueblo palestino. La obra de Kanafani responde a la necesidad de construir (textualmente) una nación que, hasta el desastre de 1948, no había tenido la necesidad de hacerlo. En su obra, la nación palestina es una narración que se construye mediante diferentes herramientas textuales (la idea nación-narración se define ampliamente en la obra de K. Bhabha Nation and Narration[22]).Kanafani utiliza diferentes recursos estilísticos como el simbolismo, el diálogo interior, el recuerdo o las impresiones sensoriales para, tal y como Yahya Hassan y Noritah Omar sugieren, crear una tierra, una nación y crearse un espacio para él y su gente.[23]

Literary output[editar | editar código-fonte]

Though prominent as a political thinker, militant, and journalist, Kanafani is on record as stating that literature was the shaping spirit behind his politics.[24] Kanafani's literary style has been described as "lucid and straightforward";[25] his modernist narrative technnique—using flashback effects and a wide range of narrative voices—represents a distinct advance in Arabic fiction.[26] Ihab Shalback and Faisal Darraj sees a trajectory in Kanafani's writings from the simplistic dualism depicting an evil Zionist aggressor to a good Palestinian victim, to a moral affirmation of the justness of the Palestinian cause where however good and evil are not absolutes, until, dissatisfied by both, he began to appreciate that self-knowledge required understanding of the Other, and that only by unifying both distinct narratives could one grasp the deeper dynamics of the conflict.[27][28]

In many of his fictions he portrays the complex dilemmas Palestinians of various backgrounds must face. Kanafani was the first to deploy the notion of resistance literature ("adab al-muqawama") with regard to Palestinian writing;[29][30] in two works, published respectively in 1966 and 1968,[31] one critic, Orit Bashkin, has noted that his novels repeat a certain fetishistic worship of arms, and that he appears to depict military means as the only way to resolve the Palestinian tragedy.[32][33] Ghassan Kanafani began writing short stories when he was working in the refugee camps. Often told as seen through the eyes of children, the stories manifested out of his political views and belief that his students' education had to relate to their immediate surroundings. While in Kuwait, he spent much time reading Russian literature and socialist theory, refining many of the short stories he wrote, winning a Kuwaiti prize.[34]

Citations[editar | editar código-fonte]

  1. Harlow, Barbara (1986). «Return to Haifa: "Opening the Borders" in Palestinian Literature». Social Text: pp. 3–23 
  2. a b c Mattar, Philipp (2000). Philp Mattar, ed. Encyclopedia of Palestinians. [S.l.]: Facts on File. 514 páginas. ISBN 0-8160-5764-8 
  3. Zalman 2004, p. 683.
  4. Zalman 2004, p. 683.
  5. Zalman 2004, p. 685.
  6. a b Rabbani 2005, p. 275.
  7. Zalman 2004, p. 685.
  8. Zalman 2004, p. 688.
  9. Rabbani 2005, p. 275.
  10. Pedahzur 2009, pp. 39–40.
  11. La Vanguardia. «Edición del domingo, 9 de julio de 1972, página 14» (em español). Consultado em 10 de junho de 2012 
  12. RILEY, Karen (2000). “A Biographical Essay”. In: KANAFANI. Ghassan. Palestine's Children: Returning to Haifa and Other Stories. Boulder: Lynne Rienner Publishers, Inc., 2000. [S.l.: s.n.] ISBN 9780894108907 
  13. Harlow 1994, p. 181.
  14. Zalman 2006, p. 48.
  15. Pedahzur 2009, pp. 39–40
  16. Harlow 1996, p. 179.
  17. Abraham 2014, p. 101.
  18. Rabbani 2005, p. 276.
  19. Rabbani 2005, pp. 275–276.
  20. Reigeluth 2008, p. 308.
  21. Abu Saba 1999, p. 250.
  22. K. Bhabha, Homi (1990). Homi K. Bhabha, ed. Nation and Narration. [S.l.: s.n.] 333 páginas. ISBN 0-415-01483-2 
  23. Al Wadhaf, Yahya Hassan; Noritah Omar. «Narrating the Nation and its Ohter: The Emergence of Palestina in the Postcolonial Arabic Novel». The southeast Asian Joiurnal of English Language Studies. 17: 109-1198 
  24. Zalman 2006, p. 48.
  25. Zalman 2004, p. 688.
  26. Saloul 2012, p. 107.
  27. Shalback 2010, p. 78.
  28. Mendelson-Maoz 2014, p. 46.
  29. Rabbani 2005, p. 275.
  30. Harlow 1996, p. 179.
  31. Rabbani 2005, p. 275.
  32. Bashkin 2010, p. 96.
  33. Rabbani 2005, p. 275.
  34. Zalman 2004, p. 688.


Referências[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Edsonialopes/Testes/Ghassan Kanafani