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Gravidez é o período de cerca de nove meses de gestação nos seres humanos, contado a partir da fecundação e implantação de um óvulo no útero da mãe até ao nascimento. Durante este período, o óvulo fecundado torna-se um embrião e é alimentado pela mãe através da placenta. A fecundação pode dar-se através de relações sexuais ou ser medicamente assistida. Após a fecundação, o óvulo fecundado desloca-se ao longo de uma das trompas de Falópio e implanta-se na parede do útero, onde forma o embrião e a placenta. O desenvolvimento do embrião tem início com a divisão do ovo em múltiplas células e é nesta fase que se começam a formar a maior parte dos órgãos, muitos deles funcionais.[1] A partir do terceiro mês, o embrião passa a ser designado feto e apresenta já a forma humana que se desenvolverá continuamente até ao nascimento. O parto ocorre em média cerca de 38 semanas após a fecundação o que, em mulheres com ciclo menstrual de quatro semanas, corresponde a aproximadamente 40 semanas após o início do último período menstrual. Uma gravidez múltipla é a gravidez em que existe mais do que um embrião ou feto, como é o caso dos gémeos.

Os primeiros sinais que indicam uma possível gravidez são a ausência de menstruação, sensibilidade nas mamas, náuseas, vómitos e aumento da frequência urinária. Uma gravidez pode ser confirmada com um teste de gravidez disponível em farmácias. A gravidez é convencionalmente dividida em três trimestres, de forma a simplificar a referência às diferentes fases do desenvolvimento pré-natal. O primeiro trimestre tem início com a fecundação e termina às doze semanas de idade gestacional, durante o qual existe risco acrescido de aborto espontâneo (morte natural do embrião ou do feto). Durante o segundo trimestre, o risco de aborto espontâneo diminui acentuadamente, a mãe começa a sentir o bebé, são visíveis os primeiros sinais exteriores da gravidez e o seu desenvolvimento é mais facilmente monitorizado. O terceiro trimestre é marcado pelo desenvolvimento completo do feto.[2] O ponto de viabilidade fetal, ou o momento a partir do qual é o feto é capaz de sobreviver fora do útero, geralmente coincide com o fim do segundo trimestre ou início do terceiro, embora os nascimentos prematuros apresentem maior risco de doenças e de morte.[3]

Os cuidados de saúde e os exames pré-natais apresentam uma série de benefícios para a saúde da grávida e do bebé. Entre os cuidados de saúde essenciais estão a suplementação com ácido fólico, a restrição do consumo de tabaco, álcool e drogas, a prática de exercício físico adequado à gravidez, a comparência às consultas de acompanhamento e a realização dos exames médicos recomendados.[4] Entre as complicações mais comuns estão, entre outras, a hipertensão, diabetes gestacional, anemia ferropriva e náuseas e vómitos graves.[5] O termo da gravidez ocorre entre as 37 e as 41 semanas. Os bebés que nascem antes das 37 semanas são considerados pré-termo e depois das 41 semanas pós-termo. Os bebés prematuros apresentam risco acrescido de problemas de saúde. Recomenda-se que o parto não seja iniciado de forma artificial com indução ou cesariana antes das 39 semanas, a não ser que exista uma justificação médica.[6]

Em 2012 ocorreram 213 milhões de gravidezes, das quais 190 milhões em países em vias de desenvolvimento e 23 milhões em países desenvolvidos. Isto corresponde a 133 gravidezes por cada 1000 mulheres entre os 15 e 44 anos de idade.[7] Carce de 10 a 15% das gravidezes diagnosticadas terminam em aborto.[8] Em 2013, as complicações da gravidez causaram a morte a 230 000 pessoas, uma diminuição em relação às 377 000 em 1990. Entre as causas mais comuns estão as hemorragias maternas, complicações do aborto, hipertensão arterial, infeções, e complicações do parto.[9] Cerca de 40% das gravidezes em todo o mundo não são planeadas, das quais metade resultam em aborto.[7]

  1. Infopédia, enciclopédia de língua portuguesa da Porto Editora. «Gravidez». Consultado em 4 de julho de 2014 
  2. «Trimester definition». MedicineNet. 27 de abril de 2011 
  3. The American College of Obstetricians and Gynecologists (Setembro de 2002). «ACOG Practice Bulletin: Clinical Management Guidelines for Obstetrcian-Gynecologists: Perinatal care at the threshold of viability». Obstet Gynecol. 100: 617–24. PMID 12220792  Parâmetro desconhecido |inúmero= ignorado (ajuda)
  4. «What is prenatal care and why is it important?». http://www.nichd.nih.gov/. July 12, 2013. Consultado em 14 March 2015  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  5. «What are some common complications of pregnancy?». http://www.nichd.nih.gov/. July 12, 2013. Consultado em 14 March 2015  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  6. World Health Organization (November 2014). «Preterm birth Fact sheet N°363». who.int. Consultado em 6 Mar 2015  Verifique data em: |data= (ajuda)
  7. a b Sedgh, G; Singh, S; Hussain, R (2014). «Intended and unintended pregnancies worldwide in 2012 and recent trends.». Studies in family planning. 45 (3): 301–14. PMID 25207494. doi:10.1111/j.1728-4465.2014.00393.x 
  8. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome John2012
  9. GBD 2013 Mortality and Causes of Death (17 December 2014). «Global, regional, and national age-sex specific all-cause and cause-specific mortality for 240 causes of death, 1990-2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2013.». Lancet. 385: 117–171. PMC 4340604Acessível livremente. PMID 25530442. doi:10.1016/S0140-6736(14)61682-2  Verifique data em: |data= (ajuda)