Wikipédia:Artigos destacados/arquivo/Implantação da República Portuguesa

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A Implantação da República Portuguesa foi o resultado de um golpe de estado organizado pelo Partido Republicano Português que, no dia 5 de outubro de 1910, destituiu a monarquia constitucional e implantou um regime republicano em Portugal.

A subjugação do país aos interesses coloniais britânicos, os gastos da família real, o poder da igreja, a instabilidade política e social, o sistema de alternância de dois partidos no poder (os progressistas e os regeneradores), a ditadura de João Franco, a aparente incapacidade de acompanhar a evolução dos tempos e se adaptar à modernidade — tudo contribuiu para um inexorável processo de erosão da monarquia portuguesa do qual os defensores da república, particularmente o Partido Republicano, souberam tirar o melhor proveito.

Após a relutância do exército em combater os cerca de dois mil soldados e marinheiros revoltosos, entre 3 e 4 de outubro de 1910, a República foi proclamada às 9 horas da manhã do dia seguinte da varanda dos Paços do Concelho de Lisboa. Após a revolução, um governo provisório chefiado por Teófilo Braga dirigiu os destinos do país até à aprovação da Constituição de 1911 que deu início à Primeira República. Entre outras mudanças, com a implantação da república, extinguiram-se os títulos nobiliárquicos, foram encerrados os conventos e expulsas as ordens religiosas, foi institucionalizado o divórcio e a igualdade de direitos no casamento entre homem e mulher, foram reformuladas as leis da imprensa, foi concedida autonomia administrativa às províncias ultramarinas, foram alterados os símbolos nacionais — a bandeira e o hino —, foi adotada uma nova unidade monetária — o escudo — e até a ortografia da língua portuguesa foi simplificada e legalmente regulamentada. (leia mais...)