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Arruda dos Vinhos: diferenças entre revisões

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Revisão das 14h51min de 4 de outubro de 2012

Arruda dos Vinhos

Igreja Matriz de Arruda dos Vinhos

Brasão de Arruda dos Vinhos Bandeira de Arruda dos Vinhos

Localização de Arruda dos Vinhos

Gentílico Arrudense
Área 77,71 km²
População 13 391 hab. (2011[1])
Densidade populacional 172,3  hab./km²
N.º de freguesias 4
Fundação do município
(ou foral)
1172 (foral de D. Afonso Henriques)
Região (NUTS II) Centro
Sub-região (NUTS III) Oeste
Distrito Lisboa
Província Estremadura
Feriado municipal Quinta-feira de Ascensão
Código postal 2630 Arruda dos Vinhos
Sítio oficial www.cm-arruda.pt
Município de Portugal

Arruda dos Vinhos é uma vila portuguesa no Distrito de Lisboa, região Centro e sub-região do Oeste, com cerca de 8 600 habitantes.

É sede de um pequeno município com 77,71 km² de área e 13 391 habitantes (2011) [1], subdividido em 4 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Alenquer, a sueste por Vila Franca de Xira, a sul por Loures, a oeste por Mafra e a noroeste por Sobral de Monte Agraço.

População do concelho de Arruda dos Vinhos (1801 – 2011)
1801 1849 1900 1930 1960 1981 1991 2001 2011
2 789 4 339 5 547 7 670 8 021 8 875 9 364 10 350 13 391

Subdivisões

As freguesias de Arruda dos Vinhos são as seguintes:

História

Arruda dos Vinhos situa-se num vale ameno, com solos fértéis e cursos de água. Formou-se a partir de materiais sedimentares depositados na era Cenozóica e Jurássica e pertenceu à faixa continental onde existiu actividade vulcânica até ao final do Cretácico superior, há 70 milhões de anos.

A ocupação humana surgiu desde muito cedo nas margens do Rio Grande da Pipa. A fertilidade dos solos e a presença de cursos de água tornou o local apetecível para a fixação de comunidades humanas. Provas desta ocupação são as Antas da Povoação de Antas, escavadas e documentadas por José Leite de Vasconcelos em 1898, (entretanto destruídas nos anos 70), e o Castro do Sítio do Castelo, descoberto por Joaquim Gonçalves em 1987.

Na época da conquista Romana a área onde se situa Arruda dos Vinhos era dominada pela tribo dos Túrdulos. Em 61 BC, o actual território Português já era Romano e assim permaneceu até à queda do império, em 476. Seguiram-se as invasões dos povos bárbaros e até 711 o território de Arruda permaneceu Visigótico. A conquista muçulmana pôs fim a este domínio e manteve-se até à conquista de Lisboa em 1147 por D. Afonso Henriques.

Durante a ocupação romana muitas “villae” foram estabelecidas próximo das margens do Rio Grande da Pipa. Os terrenos férteis assim o proporcionaram e ainda hoje muitas das quintas existentes correspondem às “villas” originais. Da rede viária restam apenas caminhos antigos cuja identificação se tornou impossível devido ao uso continuado durante séculos. Existem ainda algumas fontes de mergulho designadas como Romanas pela tradição oral assim com uma velha ponte na freguesia de Cardosas designada por Romana, e uma outra ponte de origem Romana no centro de Arruda, (entretanto destruída por uma cheia), e da qual ainda são visíveis os arranques nas margens. Na recente construção da A10 foi descoberto um forno Romano, com uma localização próxima da área onde se situavam as antas atrás referidas. É muito provável que a povoação de Arruda ds Vinhos tenha sido fundada, ou pelo menos, tenha ganho dimensão durante a conquista muçulmana, pois resta-nos uma rua com o nome "Rua da Costa do Castelo", na zona mais alta da vila, o que pode evidenciar a existência de um castelo ou forte senhorial. Em 1172 a vila foi doada à Ordem Religiosa e Militar de Santiago. Foi esta ordem que construiu um convento no Sítio do Vilar, sensivelmente a 4 km do centro da vila. No séc XIII a Igreja de Nossa Senhora da Salvação, também no centro da vila, foi igualmente doada a esta ordem, que por sua vez a reconstruiu. Com o avanço da reconquista, a Ordem de Santiago mudou-se para a zona de Santos, em Lisboa, e no século XV encontramos referências a um Frei João Velho, monge do convento de Arruda, ou Mosteiro da Mata, no qual Frei Álvaro seria o prior. É provável que o referido mosteiro seja o mesmo que albergou a ordem de Santiago, mas desconhece-se porque razão o Sítio do Vilar se passou a chamar Lugar da Mata.

No século XVIII, em 1789, seguindo a política Pombalina de abastecimento de água às populações, é construído o Chafariz Pombalino, com o respectivo aqueduto de abastecimento, cujo percurso tem início na encosta junto ao Lugar da Mata, para captação da água da nascente da Arca d'Água, e do qual restam alguns vestígios preservados. No final do século XVIII surgem as invasões Francesas. Com particular destaque para 1810, data da 3ª invasão, em que são construídas as 3 linhas de defesa de Lisboa. Arruda situava-se junto da 3ª linha e por isso sofreu a política de terra queimada com todas as suas consequências. Dessa época ficaram os fortes da Carvalha, do Cego e do Passo, actualmente preservados na sequência do 2º centenário das invasões Francesas.

Na actualidade a vila caracteriza-se por uma actividade marcadamente agrícola, em particular na área vitivinícola, mas já conta com algumas indústrias de expressão, como a metalúrgica Luso-Italiana, a Ar-Líquido, o grupo Vendap, a Movex, entre outras.

Lendas

A mais famosa bruxa portuguesa é ainda hoje conhecida pelo nome de «Bruxa da Arruda». Não foi apenas uma mas sim toda uma sucessão de várias mulheres da mesma família que ao longo de várias gerações foram passando o seu secreto saber (e possivelmente também alguns bens) de mães para filhas. Não se sabe a que época remonta a primeira Bruxa da Arruda, mas supõe-se que terá herdado os seu conhecimentos de algumas Comendadeiras de Ordem de Santiago que ficaram em Arruda dos Vinhos. As primeiras terão sido analfabetas, a partir de certa altura terão passado a utilizar o Livro de S. Cipriano. Consta que existem ainda algumas descendentes destas senhoras que exercem a sua actividade nos arredores de Lisboa.

Sabe-se que existiu no século passado uma bruxa (curandeira?) de nome Ana Lérias na Aldeia das Neves, a primeira cujo nome ficou conhecido. Uma neta sua, Adelina da Piedade Louro, terá conseguido salvar uma rapariga de Setúbal. A rapariga terá sido posta num quarto, sem nada para comer para além de sementes de abóbora, e apenas com um alguidar com leite junto dela. Consta que passados dois dias deitou uma cobra pela boca.

A rapariga estaria provavelmente atacada de lombrigas, que podem chegar a ter trinta centímetros de comprimento, podendo ser confundidas com pequenas cobras, e que, molestadas pelas sementes de abóboras, que hoje sabemos que contêm um poderoso vermicida, e procurando comida, lhe terão subido até à garganta atraídas pelo cheiro do leite.

Fonte: http://www.comunidade-espiritual.com/groups/?id=252&link=view_topic&topic_id=16831&group_id=252

Política

O município de Arruda dos Vinhos é administrado por uma câmara municipal composta por 5 vereadores. Existe uma assembleia municipal, que é o órgão legislativo do município, constituída por 19 deputados (dos quais 15 eleitos diretamente).

O cargo de Presidente da Câmara Municipal é atualmente ocupado por Carlos Manuel Cruz Lourenço, eleito nas eleições autárquicas de 2009 pelo Partido Social Democrata, tendo maioria absoluta de vereadores na câmara (3). Existem ainda dois vereadores eleitos pelo PS. Na Assembleia Municipal o partido mais representado é novamente o Partido Social Democrata com 8 deputados eleitos e 3 presidentes de Juntas de Freguesia (maioria absoluta), seguindo-se o PS (6; 1) e a CDU (1; 0). O Presidente da Assembleia Municipal é Luís Manuel Gonçalves Rodrigues do PSD.

Eleições de 2009
Órgão PSD PS PCP-PEV
Câmara Municipal 3 2 0
Assembleia Municipal 11 7 1
dos quais: eleitos directamente 8 6 1


Geminações

A vila de Arruda dos Vinhos é geminado com:[2]

Ligações externas

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Arruda dos Vinhos

Referências

  1. a b «Instituto Nacional de Estatística] dados de 2011.» 🔗 
  2. http://www.anmp.pt/anmp/pro/mun1/gem101l0.php?cod_ent=M2630

Predefinição:ConcelhosLisboa