Sniper (filme)

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Sniper
Beckett - O Atirador[1] (PRT)
Sniper: O Atirador[2] (BRA)
Sniper (filme)
 Estados Unidos
 Peru
1993 •  cor •  98 min 
Género ação
suspense
Direção Luis Llosa
Produção Robert L. Rosen
Roteiro Muchael Frost Beckner
Crash Leyland
Elenco Tom Berenger
Billy Zane
Música Gary Chang
Cinematografia Bill Butler
Edição M. Scott Smith
Companhia(s) produtora(s) Baltimore Pictures
Iguana Producciones
Sniper Productions
Distribuição TriStar Pictures
Odyssey Entertainment
Lançamento 29 de janeiro de 1993
Idioma inglês
Receita US$ 19 milhões
Cronologia
Sniper 2

Sniper (bra: Sniper: O Atirador; prt: Beckett - O Atirador) é um filme peruano-estadunidense de ação, de 1993, dirigido por Luis Llosa.[3] A história se passa nas selvas do Panamá, com as filmagens ocorrendo em Queensland, na Austrália. O filme estreou em segundo lugar nos Estados Unidos e teve uma bilheteria de 19 milhões de dólares.[4][5] O Sargento Thomas Beckett é um sniper veterano com 74 abates confirmados, e o seu lema é "One shit. One kill" ("Um tiro. Uma morte.").[4]

Sniper conta a história de dois atiradores de elite em missão e demonstra várias técnicas do tiro especial. É a primeira parte da série de filmes Sniper e foi seguida por nove sequências lançadas diretamente em vídeo, as quais, apesar de criticadas, dominaram a Netflix.[6]

Sinopse[editar | editar código-fonte]

O Sargento Thomas Beckett é um franco-atirador fuzileiro naval com anos de serviço nas selvas do Panamá. Durante uma missão para matar o general panamenho Miguel Alvarez, líder carismático de um movimento terrorista financiado pelo cartel de drogas colombiano e que prepara um golpe de Estado, o veterano atirador americano Beckett perde seu parceiro, Doug Papich. Encarregado de eliminar dois importantes líderes rebeldes, ele vê-se obrigado a trabalhar em conjunto com Richard Miller, um inexperiente atirador olímpico da SWAT; que lhe é superior em posto mas que não tem experiência na área, colocando os dois homens em desacordo. Jogados na selva, a dupla tem uma semana para encontrar e matar Alvarez.[7][8]

Elenco[editar | editar código-fonte]

  • Tom Berenger: Master Gunnery Sergeant Thomas "Tom" Beckett
  • Billy Zane: Agente NSC Richard Miller
  • J. T. Walsh: Coronel Chester Van Damme
  • Aden Young: Cabo Doug Papich
  • Ken Radley: "El Cirujano", ex-agente da CIA cujo apelido em espanhol significa cirurgião
  • Reynaldo Arenas: Cacique, o chefe índio panamenho
  • Don Battee: Soldado na base americana no Panamá
  • Loury Cortez: Padre Ruiz, passa informações para Beckett
  • Gary Swanson: Oficial NSC em Washington
  • Hank Garrett: Almirante em Washington
  • Rex Linn: Coronel Weymuth (não-creditado)
  • Frederick Miragliotta: General Miguel Alvarez
  • Vanessa Steele: Srta. Alvarez
  • Carlos Álvarez: Raul Ochoa
  • Roy Edmunds: Capitão Cabrera, o capitão rebelde morto na cena de abertura
  • Edward Wiley: Desilva, o sniper mercenário treinado por Beckett

Lançamento[editar | editar código-fonte]

O lançamento foi adiado de 1992 para o ano seguinte, estreando em segundo lugar nas bilheterias em 29 de janeiro de 1993, em 1551 cinemas e arrecadando 18 994 653 dólares nos Estados Unidos.[9][10] Na França, o filme totalizou 205 650 ingressos.[5]

Billy Zane foi escalado depois que seu papel principal em Dead Calm, onde contracenou com Sam Neill e Nicole Kidman, e que aumentou seu perfil em Hollywood. O diretor Luis Llosa, peruano que cresceu assistindo filmes americanos, chamou os filmes modernos de "desenhos animados e anti-sépticos" em sua representação da violência; ele disse que queria trazer de volta uma sensação de impacto ao matar.[11]

A Columbia TriStar Home Video lançou Sniper em VHS em agosto de 1993, em LaserDisc em setembro de 1993, e em DVD em outubro de 1998.[12][13][14]

Recepção[editar | editar código-fonte]

Sniper teve recepção mista, sendo criticado pela crítica especializada por questões políticas e elogiado pela audiência pela ação e suspense; com ambos elogiando a ambientação na selva. No site Rotten Tomatoes, o Tomatometer deu 35% com base em 13 resenhas, enquanto a avaliação dos espectadores é mais positiva e deu ao filme 55% de aprovação.[8] O Metacritic tem uma avaliação "Mista ou Média", com a nota 45 baseada em 19 críticas distribuídas em 32% positivas, 42% mistas e 26% negativas.[15] Roger Ebert, do Chicago Sun-Times, avaliou-o com 3/4 estrelas e escreveu:[16]

"Sniper expressa uma competência interessante que é um prazer assistir. Não é um filme particularmente original, mas o que faz, faz bem."

O laconismo dos personagens gerou críticas mistas, com a introspecção e o diálogo recebendo interpretações díspares. A Variety o chamou de "um thriller psicológico habilmente dirigido, mas insatisfatório", que é "prejudicado por personagens subdesenvolvidos e diálogos pedestres", afetando a "direção de ação de primeira linha".[17] A questão do "male bonding" também recebeu diferentes reações. Michael Wilmington, do Los Angeles Times, chamou-o de um filme superficial que não explora os temas sugeridos pelo roteiro e, em vez disso, se transforma em um videogame machista e sem derramamento de sangue. O sua crítica revolve em desqualificar o filme como um produto da revista Soldier of Fortune, "uma saga superficial de ritos de masculinidade de 90 minutos".[18] A atuação de Tom Berenger foi elogiada como o sniper com 74 abates confirmados e o lema "One shit. One kill" ("Um tiro. Uma morte.").[4][19] Sniper foi elogiado como um thriller de ação de guerra tenso, embora previsível, direção competente e bem atuado, com os protagonistas trabalhando em conjunto de forma eficiente.[20]

Avaliações mais contemporâneas elogiam a história voltada em uma equipe sniper solitária de dois homens nas profundezas das selvas do Panamá, e especialmente sobre a precisão técnica dos atiradores especiais.[21] Um sniper americano elogiou o filme, tendo este sido uma das razões pela qual ele se tornou um atirador de elite. Segundo ele, o filme demonstra bem o binômio atirador e observador, a camuflagem, o traje ghillie e técnicas de tiro de caçador. Uma sugestão é que colocassem um objeto macio embaixo do fuzil para absorver o recuo e preservar a harmonia do movimento do fuzil. O atirador entrevistado pretendia avaliar o filme com 8/10 mas baixou para 7 em razão das lunetas serem irrealistas.[21]

Sequências[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Sniper (série de filmes)

Sniper gerou uma franquia de filmes com nove sequências até o momento. O filho de Tom Beckett é agora um dos protagonistas, interpretado por Chad Michael Collins e que também é um sargento sniper do USMC. Estes filmes B são mais voltados para a ação, o mais recente Sniper: G.R.I.T. - Global Response & Intelligence Team, de 2023, com o original de 1993 permanecendo o mais realista e melhor avaliado.[22]

Referências

  1. «Beckett - O Atirador». no CineCartaz (Portugal) 
  2. O Atirador no CinePlayers (Brasil)
  3. «Sniper (1993)». MUBI (em inglês). Consultado em 15 de janeiro de 2024 
  4. a b c Fonseca, Rodrigo (29 de junho de 2020). «'Sniper': Tom Berenger, o 'Platoon' solitário». Estadão. Consultado em 10 de janeiro de 2024 
  5. a b «Sniper». Box Office Mojo. Consultado em 11 de janeiro de 2024 
  6. Chakraborty, Debiparna (7 de janeiro de 2024). «The terrible sniper movies everyone's watching on Netflix». Best of Netflix (em inglês). Consultado em 11 de janeiro de 2024 
  7. «Sniper: Tireur d'élite». Télé-Loisirs (em francês). Consultado em 11 de janeiro de 2024 
  8. a b «Sniper». Rotten Tomatoes (em inglês). 16 de abril de 2012. Consultado em 11 de janeiro de 2024 
  9. Frook, John Evan (6 de janeiro de 1993). «B.O. year: First among sequels». Variety (em inglês). Consultado em 11 de janeiro de 2024 
  10. Welkos, Robert W. (2 de fevereiro de 1993). «Weekend Box Office : 'Sniper' Takes Aim at 'Aladdin'». Los Angeles Times (em inglês). Consultado em 11 de janeiro de 2024 
  11. Koltnow, Barry (31 de janeiro de 1993). «'Psycho hunk' gets a new role». Toledo Blade. Knight Ridder News Service (em inglês): H2. Consultado em 11 de janeiro de 2024 
  12. «New Releases». Reading Eagle (em inglês): W17. 30 de julho de 1993. Consultado em 11 de janeiro de 2024 
  13. Saltzman, Barbara (10 de setembro de 1993). «A Compelling Look at Bruce, Brandon Lee». Los Angeles Times (em inglês). Consultado em 11 de janeiro de 2024 
  14. Olson, Karen Torme (22 de outubro de 1998). «Oct. 27 Releases (dates Subject To Change)». Chicago Tribune (em inglês). Consultado em 11 de janeiro de 2024 
  15. «Sniper». Metacritic (em inglês). Consultado em 11 de janeiro de 2024 
  16. Ebert, Roger (29 de janeiro de 1993). «Sniper movie review & film summary (1993)». RogerEbert.com (em inglês). Chicago Sun-Times. Consultado em 11 de janeiro de 2024 
  17. Equipe Variety (1 de janeiro de 1993). «Sniper». Variety (em inglês). Consultado em 11 de janeiro de 2024 
  18. Wilmington, Michael (29 de janeiro de 1993). «MOVIE REVIEW : 'Sniper' Is Too Quick on the Trigger». Los Angeles Times (em inglês). Consultado em 11 de janeiro de 2024 
  19. Hicks, Chris (9 de fevereiro de 1993). «Film review: Sniper». Deseret News (em inglês). Consultado em 11 de janeiro de 2024 
  20. Winnert, Derek (5 de junho de 2021). «Sniper *** (1993, Tom Berenger, Billy Zane, J T Walsh) – Classic Movie Review 11,272». Derek Winnert (em inglês). Consultado em 11 de janeiro de 2024 
  21. a b Zinski, Dan (6 de outubro de 2023). «Critically Panned 30-Year-Old Action Movie Praised By Sniper Expert». ScreenRant (em inglês). Consultado em 11 de janeiro de 2024 
  22. Bigelow, Nicholas (30 de dezembro de 2023). «All 10 Sniper Movies, Ranked Worst To Best». ScreenRant (em inglês). Consultado em 11 de janeiro de 2024 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]