Contexto da Guerra Russo-Georgiana

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Mapa detalhado da região do Cáucaso (1994), incluindo locais de recursos energéticos e minerais economicamente importantes: a Ossétia do Sul possui reservas de chumbo e zinco, a Abecásia possui carvão, e a Geórgia possui petróleo, ouro, cobre, manganês e carvão.

Este artigo descreve o contexto da Guerra Russo-Georgiana.

Participantes e seus interesses[editar | editar código-fonte]

Geórgia[editar | editar código-fonte]

No século IX, o principado da Abecásia expandiu-se sobre a Geórgia ocidental, tornando-se o Reino da Abecásia, cuja capital estava em Kutaisi. O grego, língua original do território, foi rapidamente substituído pelo idioma georgiano. A Geórgia é definida, no século X, como o conjunto das terras onde o serviço religioso era realizado em georgiano. O reino abecásio adotou uma política expansionista e em breve ampliou seu domínio para leste. Em 978, o reino abecásio e o Reino da Geórgia unificaram-se por sucessão dinástica. A unificação da Geórgia foi concluída quando o Emirado de Tbilisi foi incorporado à Geórgia, tornando-se sua capital em 1122. No entanto, após as invasões mongóis, a Geórgia acabou por se dividir em vários principados. Em 1801, o reino georgiano oriental foi anexado pelo Império Russo e tornou-se a Gubernia de Tíflis. As regiões da Geórgia ocidental (incluindo a Abcásia) foram incorporadas ao Gubernia de Kutaisi. Após a Revolução Russa de 1917, a Geórgia declarou a sua independência em 26 de maio de 1918. Embora a sua independência tenha sido reconhecida pela Rússia em maio de 1920, é invadida pelos bolcheviques russos em 1921.[1]

Durante a época soviética, a Geórgia concedeu autonomia a três dos seus territórios autónomos: a Abecásia, Adjara e a Ossétia do Sul. Em Adjara, em consequência da forte presença de georgianos muçulmanos, em contraste com o cristianismo da restante população georgiana, apesar de compartilharem muitos elementos comuns de identidade. Isso parece ter sido um fator na prevenção da escalada do conflito entre Tbilisi (capital da Geórgia) e Batumi (capital de Adjara). Por outro lado, os ossetas do sul e a maioria dos abecásios são cristãos ortodoxos, mas outros determinantes da identidade étnica que os separavam dos georgianos originou conflitos graves e violentos entre o governo central georgiano e esses territórios.[2]

Ossétia do Sul[editar | editar código-fonte]

Os ossetas são um grupo étnico indo-europeu descendente dos alanos, uma das tribos sármatas, e falam a língua osseta, que é uma língua iraniana semelhante à língua pachto falada no Afeganistão. O momento da chegada dos ossetas ao Cáucaso do Sul é debatido. Uma teoria recente sugere que estes aí se estabeleceram durante os séculos XIII e XIV d.C., após serem expulsos por invasores mongóis e pelos exércitos de Tamerlão.[3]

Historicamente, os ossetas e os georgianos viveram juntos mais ou menos pacificamente, havendo mesmo alguma miscigenação. Aquando do contato inicial dos ossetas com a Rússia czarista, a geografia e a religião favoreceu entre estes uma orientação pró-russa. Os ossetas juntaram-se maciçamente tanto aos exércitos czarista como soviético e há o orgulho generalizado de terem produzido mais heróis da União Soviética por habitante do que qualquer outro povo soviético.[4]

O governo soviético da Geórgia, estabelecido após a Invasão soviética da Geórgia em 1921, criou a Oblast Autónoma da Ossétia do Sul em abril de 1922 sob pressão do Kavburo (Bureau do Cáucaso do Comité Central do Partido Comunista Russo).[5] Alguns historiadores acreditam que a autonomia foi concedida aos ossetas pelos bolcheviques em troca de sua assistência na luta contra a Geórgia independente, uma vez que esse território nunca foi uma entidade separada.[6] Os ossetas mudaram-se em grande número para Tskhinvali, que costumava ter uma população maior de judeus e arménios do que de ossetas. As regiões norte e sul da Ossétia foram conectadas pela primeira vez apenas em 1985, quando o Túnel de Roki foi aberto.[7]

Ossetas e georgianos viveram lado a lado por séculos sem atritos extensos. No entanto, durante o período soviético, a região preferia interagir com a liderança soviética em Moscovo e não mantinha laços pessoais com a liderança georgiana.[8] Dentro da Ossétia do Sul, as aldeias georgianas e ossetas eram misturadas. Cerca de 65 mil ossetas viviam na Ossétia do Sul, enquanto 100 mil viviam na Geórgia propriamente dita. Os ossetas que viviam na Geórgia eram mais fluentes na língua georgiana que outras minorias.[4] A Ossétia do Sul tinha uma minoria étnica georgiana de cerca de 28 500 pessoas, do total de 98 500 em 1989.[9]

Abecásia[editar | editar código-fonte]

Os abecásios são um grupo étnico relacionado aos grupos circássios do norte do Cáucaso.[10] Após a Revolução Russa de 1917, a Abecásia alternou entre o controle bolchevique e menchevique antes de finalmente ser conquistada pelo Exército Vermelho controlado pelos bolcheviques em 1921. Em 1922, os bolcheviques concordaram em designar a Abecásia como uma "república de tratado" dentro da República Socialista Federativa Soviética Transcaucasiana, concedendo à região considerável autonomia. No entanto, em 1931, a Abecásia foi rebaixada ao estatuto de república autónoma integrada na Geórgia. Após 1936, uma severa política de georgianização, aparentemente por capricho de Joseph Stalin, foi promulgada. A maioria dos cargos políticos foi dada aos georgianos, e seguiu-se uma imigração em massa de povos não abecásios, diluindo a comunidade abecásia para uns magros 18% da população total da Abecásia em 1939.[11]

A inclusão da Abecásia como uma República Autónoma Socialista dentro da Geórgia soviética em 1931 foi vista por muitos abecásios como um ato ilegal realizado pelo "Estaline georgiano". No entanto, a República Autónoma Abecásia não foi a única entidade desse tipo assim rebaixada. A instituição de uma República Socialista Autónoma Abecásia teria sido, de facto, uma anomalia na teoria soviética das nacionalidades, principalmente porque o estatuto de República era concedido apenas a nações de tamanho substancial com um grau significativo de identidade nacional. No entanto, segundo o ponto de vista de Moscovo na época, a manutenção do estatuto de República da Abecásia seria prejudicial, a menos que o mesmo estatuto fosse concedido às minorias nacionais do Norte do Cáucaso. Embora o Kremlin possa ter desejado enfraquecer a Geórgia com tal medida, isso teria potencialmente graves consequências para a própria Rússia.[12]

A relativa riqueza da Abecásia permitiu ao povo abecásio obter consideráveis concessões do governo soviético. Embora os soviéticos repetidamente se tenham recusado a conceder à Abecásia a separação da Geórgia, concederam-lhes maior autonomia e créditos económicos para melhorar as suas infraestruturas. Durante a década de 1970 os abecásios ganharam controle crescente da administração da Abecásia, enquanto o controle dos georgianos diminuía. Na década de 1980, os abecásios ocupavam 67% dos cargos ministeriais do governo e 71% dos cargos de chefia do comité oblast. Considerando que a minoria abecásia dentro da Abecásia tinha caído para apenas 17,9% em 1989, isso indicaria que os abecásios detinham uma parcela desproporcional da administração de alto nível.[13]

A crescente proeminência do povo abecásio não foi bem aceite pelos georgianos que viviam na Abecásia, alegando que lhes estavam a ser negados privilégios a que se julgavam ter direito. Essa divisão precipitou as chamadas "batalhas étnicas" das décadas de 1970 e 1980, que, embora travadas entre diferentes grupos étnicos, eram em grande parte de natureza económica. Os abecásios viam os georgianos como potenciais desertores da União Soviética, enquanto os georgianos criticavam os abecásios por apoiarem a União Soviética. Os outros grupos étnicos que viviam na Abecásia tendiam a preferir a manutenção do status quo, e assim, tacitamente, apoiavam as facções abecásias.[14]

Rússia[editar | editar código-fonte]

O Cáucaso é, historicamente, uma área de disputa entre impérios. Tanto tem servido de ponte quanto de barreira para os contatos entre o norte e o sul, e entre o leste e o oeste. A sua localização geopolítica crucial - entre as potências regionais: Rússia, Irão e Turquia - é uma "bênção mista".[15] O Cáucaso do Sul forma uma "zona tampão" entre o Cáucaso do Norte e o Médio Oriente ao sul, fazendo fronteira com a Turquia e o Irão. Esta é uma região onde a Rússia se sente "vulnerável". O Cáucaso do Sul é também uma zona de importantes interesses económicos. Com o Cáucaso do Sul sob controle da Rússia, Moscovo conseguirá controlar a intensidade da influência ocidental na crucial e geopolítica Ásia Central.[16] A Rússia travou duas guerras na Chechénia para defender a sua fronteira.

A Geórgia possuía duas características estratégicas vistas como insubstituíveis em Moscovo: a fronteira com a Turquia e a localização no Mar Negro. A Rússia está mais preocupada com a influência turca do que com a influência iraniana no Cáucaso, e percebe a Turquia como uma ameaça nos campos político, económico e militar.[17] As elites governantes russas já se focavam na Geórgia desde os dias da presidência de Eduard Shevardnadze, a quem culpavam, juntamente com o líder soviético Mikhail Gorbachev, Secretário-Geral do Partido Comunista da União Soviética, e Alexander Yakovlev, Secretário do Comité Central do Partido Comunista da União Soviética, pela dissolução da União Soviética e a perda da sua esfera de influência. Institutos de segurança russos pós-soviéticos também viam a costa abecásia e as oportunidades comerciais ilícitas proporcionadas pelas desreguladas Abecásia e Ossétia do Sul como incentivos adicionais para um envolvimento profundo na Geórgia.[18] Das duas regiões, Abecásia e Ossétia do Sul, a primeira é estratégica e economicamente mais significativa para a Rússia. Na década de 1990, a liderança russa observou que seu peso estratégico no Mar Negro dependia da presença de tropas russas na costa do Mar Negro do Cáucaso.[19] A Rússia esperava usar inicialmente a Ossétia do Sul para manter a Geórgia dentro da União Soviética e mais tarde numa esfera de influência russa.[20]

Outros atores[editar | editar código-fonte]

Estados Unidos[editar | editar código-fonte]

O Embaixador dos EUA John Tefft dirige-se aos formandos georgianos do SSOP em junho de 2007.

O estabelecimento de laços políticos estreitos com a Geórgia, no lugar do confronto desta última com a Rússia, deu aos Estados Unidos a oportunidade de criar um contrapeso à dominação russa no Cáucaso.[21] A Geórgia manteve uma relação próxima com a administração de G.W. Bush.[22][23] Em 2002, os EUA iniciaram o Programa de Treino e Equipamento da Geórgia para armar e treinar o exército georgiano,[24] e, em 2005, um Programa de Operações de Sustentação e Estabilidade da Geórgia, para ampliar as capacidades das forças armadas georgianas, de modo a sustentar a sua contribuição na Guerra Global contra o Terrorismo.[25][26]

Rotas de energia[editar | editar código-fonte]

Embora a Geórgia não tenha reservas significativas de petróleo ou gás, o seu território inclui uma parte da importante rota de trânsito do oleoduto Baku–Tbilisi–Ceyhan que abastece a Europa, transportando um milhão de barris de petróleo por dia.[27] Rússia, Irão e países do Golfo Pérsico sempre se manifestaram contra a construção do oleoduto BTC.[28] As operações do oleoduto começaram primeiro no Azerbaijão, com o início do enchimento da linha na estação de bombeamento principal no terminal de Sangachal em 10 de maio de 2005.[29] Este foi um fator-chave para o apoio dos Estados Unidos à Geórgia, permitindo ao Ocidente reduzir a sua dependência do petróleo do Oriente Médio, contornando a Rússia e o Irão.[30]

Interesses dos EUA/Israel no Irão[editar | editar código-fonte]

O embaixador russo na NAto, Dmitry Rogozin, afirmou que os Estados Unidos teriam planos para usar aeródromos georgianos com o intuito lançar ataques aéreos contra as instalações nucleares do Irão. Segundo Rogozin, a inteligência russa teria obtido informações de que Washington planeava usar a infraestrutura militar georgiana para uma guerra no Irão, afirmando que os EUA já tinham iniciado "preparações militares ativas no território da Geórgia" para o ataque e que a "razão pela qual Washington valoriza tanto o regime de Saakashvili" se deve ao facto de este ter dado permissão aos EUA para usar as suas pistas de pouso.

História[editar | editar código-fonte]

Eventos na Ossétia do Sul[editar | editar código-fonte]

Durante o colapso da URSS, surgiu o primeiro líder pós-soviético da Geórgia, Zviad Gamsakhurdia.[31] Num contexto de crescentes tensões étnicas, a guerra irrompeu quando as forças georgianas entraram na capital da Ossétia do Sul, Tskhinvali.[32] O conflito militar começou em janeiro de 1991, e a guerra urbana em Tskhinvali durou até junho de 1992.[33] Acredita-se que mais de 2 000 pessoas foram mortas neste conflito.[34] Os separatistas foram ajudados por unidades militares soviéticas, agora sob o comando russo.[35] Aproximadamente 100 000 ossétios fugiram da Geórgia propriamente dita e da Ossétia do Sul, enquanto 23 000 georgianos deixaram a Ossétia do Sul.[36] Um acordo de cessar-fogo (Acordo de Sochi) foi assinado em 24 de junho de 1992. Embora tenha encerrado a guerra, não resolveu o estatuto da Ossétia do Sul. Uma Comissão de Controle Conjunta para a Resolução do Conflito Georgiano-Ossétio e uma força de paz, composta por tropas russas, georgianas e ossétias, foram então estabelecidas. O governo de facto ossétio controlava a região de forma independente a partir de Tbilisi.[37] As atividades da CCJ estavam principalmente concentradas na Zona de Conflito, que incluía uma área dentro de um raio de 15 km de Tskhinvali.[38] Os separatistas mantiveram o controle sobre os distritos de Tskhinvali, Java, Znauri e partes de Akhalgori. O governo central da Geórgia controlava o restante de Akhalgori e as aldeias georgianas no distrito de Tskhinvali.[33]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Cornell 2001, pp. 131-135.
  2. Cornell 2001, p. 41.
  3. Julie 2009, pp. 97-99.
  4. a b de Waal 2010, pp. 136-138.
  5. ОСЕТИНСКИЙ ВОПРОС [Questão Ossétia] (em russo). Tbilisi: [s.n.] 1994. pp. 154–161. Consultado em 19 de fevereiro de 2019. Cópia arquivada em 21 de junho de 2014 
  6. Peter Roudik. «Federação Russa: Aspectos Legais da Guerra na Geórgia». Library of Congress. Cópia arquivada em 16 de julho de 2014 
  7. de Waal 2010, p. 137.
  8. Julie 2009, p. 105.
  9. «Conflitos Regionais Reloaded». 16 de novembro de 2008. Cópia arquivada em 16 de julho de 2011 
  10. de Waal 2010, p. 8.
  11. de Waal 2010, pp. 150-151.
  12. Cornell 2001, p. 136.
  13. Julie 2009, pp. 104-105.
  14. de Waal 2010, pp. 152.
  15. Cornell 2001, p. 2.
  16. Cornell 2001, pp. 331-332.
  17. Cornell 2001, p. 334.
  18. Dr. Ariel Cohen; Colonel Robert E. Hamilton (9 de junho de 2011). «The Russian Military and the Georgia War: Lessons and Implications». Strategic Studies Institute. p. vii. Consultado em 9 de agosto de 2014. Cópia arquivada em 15 de junho de 2011 
  19. Roy Allison (2008). «Russia resurgent? Moscow's campaign to 'coerce Georgia to peace'» (PDF). International Affairs. 84 (6): 1145–1171. doi:10.1111/j.1468-2346.2008.00762.x. Cópia arquivada (PDF) em 29 de janeiro de 2011 
  20. Lieven, Anatol (11 de agosto de 2008). «Analysis: roots of the conflict between Georgia, South Ossetia and Russia». The Times. Cópia arquivada em 12 de agosto de 2008 
  21. Narine Ghazaryan (2007). «The Study of the European Neighbourhood Policy: Methodological, Theoretical and Empirical Challenges» (PDF). A Universidade de Nottingham. Consultado em 20 de março de 2014. Cópia arquivada (PDF) em 31 de março de 2012 
  22. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome bbcfaq
  23. «'Terrible Losses Overnight': Cables Track US Diplomatic Efforts to Avert Russian-Georgian Conflict». Der Spiegel. 1 de dezembro de 2010. Consultado em 16 de abril de 2014. Cópia arquivada em 16 de abril de 2014 
  24. «Ajudando a Geórgia?». Instituto de Estudos de Conflito, Ideologia e Política. Universidade de Boston. Março–abril de 2002. Consultado em 20 de março de 2014. Cópia arquivada em 7 de setembro de 2006 
  25. Marine Staff Sgt. Jonathan Moor (1 de setembro de 2005). «República da Geórgia coloca seu melhor na luta no Iraque». Comando Europeu dos Estados Unidos. Cópia arquivada em 23 de março de 2012 
  26. Rutland, Peter (12 de agosto de 2008). «A Green Light for Russia» (PDF). Cópia arquivada (PDF) em 24 de março de 2009 
  27. Pagnamenta, Robin (8 de agosto de 2008). «Análise: oleoduto de energia que abastece o Ocidente ameaçado pelo conflito na Geórgia». The Times. Cópia arquivada em 3 de setembro de 2008 
  28. «Revolutions in the Pipeline». Kommersant. 25 de maio de 2005. Cópia arquivada em 7 de setembro de 2008 
  29. «Operações». Cópia arquivada em 14 de outubro de 2006 
  30. «O oleoduto da Geórgia é crucial para o apoio dos EUA». SFGate.com. 9 de agosto de 2008. Consultado em 1 de abril de 2022. Cópia arquivada em 26 de março de 2012 
  31. «Queda da União Soviética Desvendou Enclave na Geórgia». The New York Times. 6 de setembro de 2008. Consultado em 21 de fevereiro de 2017. Cópia arquivada em 14 de novembro de 2018 
  32. «Capítulo 4 de "O Conflito Geórgia - Ossétia do Sul"». Caucasus.dk. Cópia arquivada em 30 de abril de 2009 
  33. a b Grupo Internacional de Crise (7 de junho de 2007). «Conflito na Ossétia do Sul da Geórgia: Faça Devagar» (PDF). Cópia arquivada (PDF) em 13 de junho de 2007 
  34. Walker, Shaun (9 de agosto de 2008). «Estamos em guerra com a Rússia, declara líder georgiano». The Independent. Cópia arquivada em 12 de agosto de 2008 
  35. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome king_fivedaywar
  36. «CONFLITO INGLÊS-OSSETIANO NA REGIÃO DE PRIGORODNYI». Human Rights Watch. Maio de 1996. Consultado em 4 de dezembro de 2016. Cópia arquivada em 7 de fevereiro de 2017 
  37. Coene 2010, p. 153.
  38. «Ossétia do Sul: Mapeando Cenários». Civil.Ge. 5 de fevereiro de 2006. Consultado em 16 de abril de 2014. Cópia arquivada em 4 de setembro de 2008