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Corante alimentar: diferenças entre revisões

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Erick Pinheiro Ribeiro

Janaynna Henrique Ribeiro
[[Ficheiro:Food coloring.jpg|thumb|250px|Corante alimentar dissolvendo-se em um filete de [[água]].]]
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Revisão das 00h12min de 8 de agosto de 2014

Erick Pinheiro Ribeiro

Janaynna Henrique Ribeiro

Corante alimentar dissolvendo-se em um filete de água.

Um corante alimentar é qualquer substância adicionada ao alimento com a finalidade de modificar sua cor. Pode ser usado tanto industrialmente quanto na culinária, como é o caso do colorau, produzido a partir da semente de urucum.

Propósito da coloração alimentar

As pessoas associam certas cores com determinados sabores. Por causa disso, a cor do alimento tem a capacidade de influenciar na percepção do sabor em praticamente tudo, do doce ao vinho.[1] Por esta razão, as indústrias alimentícias adicionam a coloração em seus produtos. Às vezes o objetivo é simular uma cor que seria percebida pelo consumidor como se fosse natural, como a adição de corante vermelho a um glacê de cerejas (que na realidade teria a cor bege); mas a cor também é usada apenas para se buscar um efeito diferente no alimento, como por exemplo o corante utilizado na goma de mascar para deixar língua azul.

Enquanto a maioria dos consumidores já está ciente de que alimentos de cores brilhantes e pouco naturais geralmente contêm algum tipo de corante alimentar, pouquíssimas pessoas sabem que até mesmo alimentos "naturais" como a laranja e o salmão são também às vezes tingidos para mascarar a variação natural de suas cores.[2] A variação de cor nos alimentos durante as estações do ano e a conseqüência de seu processamento e armazenagem muitas vezes fazem a adição de cor algo comercialmente vantajoso no intuito de manter a cor esperada ou preferida pelo consumidor. Algumas das principais razões para isso incluem:

  • Compensar a perda de cor devida à luminosidade, ar, excesso de temperatura, umidade e condições de armazenagem;
  • Realçar cores naturalmente presentes;
  • Conferir identidade aos alimentos;
  • Proteger sabores e vitaminas dos danos causados pela luz;
  • Propósitos decorativos.

Regulação

A segurança no uso de corantes alimentares é testada em diversos órgãos ao redor do mundo e às vezes diferentes órgãos possuem diferentes pontos de vista sobre a segurança destes produtos. Nos Estados Unidos, são emitidos pela FFDCA (Federal Food, Drug, and Cosmetic Act) números aos corantes alimentares sintéticos aprovados e que não existem naturalmente, enquanto na União Europeia, o número E é utilizado para todos os aditivos aprovados para aplicação em alimentos. Nesse sistema de classificação, os corantes compreendem a faixa E100 até E199.

Quase todos os outros países têm suas próprias regulamentações e listas de corantes alimentares que podem ser empregados, incluindo quais os limites máximos diários de ingestão de cada substância.

Sementes de Urucu (Bixa orellana)

Corantes alimentares naturais

O corante caramelo (E150) é encontrado nos produtos à base de extrato de noz-de-cola. É produto da caramelização do açúcar. O colorau é um pó laranja-avermelhado extraído da semente do urucuzeiro, uma árvore natural de países da América tropical, como o Brasil. A Chlorella é verde, e deriva das algas. O carmim é um corante derivado da cochonilha (Dactylopius coccus), um inseto parente do pulgão. O suco de beterraba, a cúrcuma, o açafrão e as plantas do gênero Capsicum são também utilizados como corantes. O dióxido de titânio (E171), um pó que produz coloração branca nos alimentos, é encontrado naturalmente em minerais.

Problemas de saúde

O dióxido de titânio (E171), quando inalado, pode prejudicar a barreira hematoencefálica que protege o cérebro de elementos tóxicos, de acordo com o CFEA (Comissariado Francês de Energia Atômica). A exposição crônica a estas partículas poderia dar lugar a um acúmulo no cérebro, com risco de perturbação de certas funções cerebrais. Entretanto, ele não gera risco à saúde quando ingerido.[3]

A tartrazina (E102) é um derivado do creosoto mineral, e causa urticária em menos de 0,01% dos que se expõem a ela.[2] A eritrosina (E127) está ligada a tumores na tireóide de ratos.[4] Alguns alimentos coloridos artificialmente são suspeitos de causar reações que vão da hiperatividade à depressão e sintomas parecidos com a asma em indivíduos sensíveis.

A Noruega baniu todos os produtos contendo creosoto mineral e derivados em 1978. Uma nova legislação revogou esse banimento em 2001, depois de regulamentação da União Europeia. Similarmente, muitos corantes aprovados pela FFDCA foram banidos da UE.


Outros usos

Pela fato de geralmente serem mais seguros de se utilizar do que as tinturas e pigmentos habitualmente usados em pinturas, alguns artistas têm feito uso de corantes alimentares como forma de pintar, especialmente nas chamadas pinturas corporais.

Ver também

Referências

  1. Jeannine Delwiche (2004). «The impact of perceptual interactions on perceived flavor». Food Quality and Preference. 15: 137–146 
  2. a b «FDA/CFSAN Food Color Facts». Food and Drug Administration. Consultado em 7 de setembro de 2006 
  3. [1]
  4. Jpn J Cancer Res. 1988 Mar;79(3):314-9

Ligações externas

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