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Erva-cidreira

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 Nota: Para outros significados, veja Cidreira.

Erva-cidreira
Classificação científica edit
Reino: Plantae
Clado: Tracheophyta
Clado: Angiospermae
Clado: Eudicotyledoneae
Clado: Asterídeas
Ordem: Lamiales
Família: Lamiaceae
Gênero: Melissa
Espécies:
M. officinalis
Nome binomial
Melissa officinalis

A erva-cidreira (nome científico: Melissa officinalis), também conhecida popularmente como erva-cidreira verdadeira, ou apenas por melissa, é uma planta perene herbácea da família da menta /hortelã e do boldo (Lamiaceae), nativa da Europa meridional. O seu sabor e aroma característicos, frutado, de limão, principalmente nas folhas, deriva do seu óleo essencial do grupo dos terpenos (principalmente monoterpenos: carvacrol, p-cimeno, citralgeraniol e nerolcânfora, etc).

As folhas são maiores e mais claras que as da hortelã, ovadas a romboidais ou oblongas e com a margem crenada.

Floresce no final do verão. As flores são de pequenas dimensões, de cor esbranquiçada ou róseas e atraem especialmente as abelhas, como se indica já no nome do seu género botânico (Melissa provém do grego e significa "abelha"). Nas regiões temperadas, os caules secam durante o Inverno, voltando a reverdecer na primavera. Os frutos são aquénios oblongos, de cor parda e lisos.

É uma planta muito utilizada na medicina tradicional, como erva aromática e em aromaterapia. É utilizada como antiespasmódica, antinevrálgica e como calmante. Acredita-se que ajude a conciliar o sono.

A Melissa officinalis é largamente confundida com a popularmente chamada erva cidreira de folha (Lippia alba), que possui flores lilases e amareladas em logos galhos quebradiços. Tais espécies aparentemente possuem as mesmas propriedades medicinais que a Melissa officinalis e também com o capim cidreira (Cymbopogon citratus) contudo, apesar da semelhança nas propriedades organolépticas, há diferenças na composição dos respectivos óleos essenciais[1][2]

Esta planta é usada para atrair abelhas melíferas. É também cultivada e comercializada como planta ornamental. O óleo essencial é usado como ingrediente em perfumes,[3] mas tem outros usos culinários e medicinais. É por vezes utilizada em pastas de dentes.[4]

A erva-cidreira é utilizada como saborizante[3] em gelados e tisanas, tanto quentes como geladas, frequentemente combinada com outras ervas como a hortelã. É uma adição comum ao chá de menta.

A erva-cidreira é também emparelhada com pratos de frutas e rebuçados. Adicionalmente, pode ser usada em pratos de peixe e é o ingrediente principal no pesto de erva-cidreira.[5] O seu aroma deve-se a uma mistura de citronelal, citronelol, citral, geranial, ocimeno e cariofileno, entre outros.[6]

Identificação: folhas e flores

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Medicina tradicional

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Óleo essencial de M. officinalis

A Melissa officinalis L., é uma planta medicinal bem conhecida há pelo menos 2000 anos, as folhas perfumadas desta planta têm sido amplamente usadas tanto na culinária como para o tratamento de doenças mentais e do sistema nervoso (agitação, insônia, etc.) problemas cardiovasculares e respiratórios, etc. Suas propriedades medicinais foram descritas formalmente pela primeira vez por Dioscórides (40 - 90 dC), desde então, suas propriedades medicinais foram mencionadas em muitos outros livros médicos de referência, incluindo Cânone da Medicina de Avicenna (980-1037), e "Al-Hawi" (A moderação - "Continens"), de Rasis (854-925/935), entre outros. Seu uso ou incorporação à medicina tradicional foram registrados principalmente em países europeus, Região do Mediterrâneo e países do Oriente Médio.[7]

Na medicina tradicional austríaca, as folhas de M. officinalis são prescritas para uso interno — na forma de tisana — ou para aplicação externa — na forma de óleo essencial — para tratamento de distúrbios do tracto intestinal, sistema nervoso, fígado e bílis.[8] A erva cidreira é o ingrediente principal da Águas das Carmelitas, a qual pode ser encontrada à venda nas farmácias alemãs.[9]

Segundo estudo de revisão bibliográfica a Melissa officinalis é uma planta cultivada em algumas partes do Irã e suas folhas são usadas na medicina popular iraniana por suas propriedades digestivas, carminativas, antiespasmódicas, sedativas, analgésicas, tônicas e diuréticas, bem como por distúrbios gastrointestinais funcionais. Esta mesma pesquisa indica que muitos estudos confirmaram os efeitos antioxidantes de preparados dessa planta, portanto, seu efeito na prevenção e tratamento de doenças relacionadas ao estresse oxidativo pode ser confiável.[10]

Na medicina alternativa é usada como auxiliar do sono e da digestão.[11] O óleo essencial é popular em aromaterapia.[12]

Referências

  1. EZLER, Caroline N. et al . Lippia alba morphotypes cidreira and melissa exhibit significant differences in leaf characteristics and essential oil profile. Rev. bras. farmacogn., Curitiba , v. 23, n. 2, p. 217-223, Apr. 2013 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-695X2013000200004&lng=en&nrm=iso>. access on 10 Mar. 2020. Epub Feb 01, 2013. https://doi.org/10.1590/S0102-695X2013005000008.
  2. FERREIRA, José Luiz Pinto. Contribuição à avaliação farmacognóstica das principais ervas cidreiras utilizadas no Brasil. (Tese (doutorado – Programa de Pósgraduação em Química de Produtos Naturais com Rio de Janeiro: UFRJ/NPPN, 2008.
  3. a b «Taxon: Melissa officinalis L.». USDA: U.S. National Plant Germplasm System. Consultado em 8 de outubro de 2016 
  4. Dousti, Mashta,; et al. (2012). «Evidence-based Traditional Persian Medicine». In: Rastogi, Sanjeev; Chiappelli, Francesco; Ramchandani, Manisha Harish; Singh, Ram Harsh. Evidence-based practice in complementary and alternative medicine : perspectives, protocols, problems, and potential in Ayurveda. Berlin: Springer. p. 88. ISBN 9783642245640 
  5. Herb Society of America. 2007 Lemon Balm: An Herb Society of America Guide Arquivado em 2015-02-18 no Wayback Machine
  6. «Comparative analysis of the aroma chemicals of Melissa officinalis using hydrodistillation and HS-SPME techniques». Arabian Journal of Chemistry. 10 (2): S2485-S2490. doi:10.1016/j.arabjc.2013.09.015. Consultado em 21 de outubro de 2017 
  7. Shakeri, A., Sahebkar, A., & Javadi, B. (2016). Melissa officinalis L. – A review of its traditional uses, phytochemistry and pharmacology. Journal of Ethnopharmacology, 188, 204–228. doi:10.1016/j.jep.2016.05.010
  8. Vogl, S; Picker, P; Mihaly-Bison, J; Fakhrudin, N; Atanasov, AG; Heiss, EH; Wawrosch, C; Reznicek, G; et al. (2013). «Ethnopharmacological in vitro studies on Austria's folk medicine-An unexplored lore in vitro anti-inflammatory activities of 71 Austrian traditional herbal drugs». Journal of Ethnopharmacology. 149 (3): 750–71. PMC 3791396Acessível livremente. PMID 23770053. doi:10.1016/j.jep.2013.06.007 
  9. Hiller, Sabine (6 de setembro de 2010). «FOOD Using lemon balm in the kitchen». The Mayo News. Consultado em 2 de maio de 2012 
  10. Miraj S, Rafieian-Kopaei, Kiani S. Melissa officinalis L: A Review Study With an Antioxidant Prospective. J Evid Based Complementary Altern Med. 2017;22(3):385–394. doi:10.1177/2156587216663433
  11. «Monograph: Lemon Balm». Health Canada. 17 de março de 2008. Consultado em 8 de outubro de 2016 
  12. Masters, Susanne (22 de fevereiro de 2013). «The benefits of lemon balm». The Guardian 
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