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Revisão das 23h37min de 11 de julho de 2013

Juvenal Juvêncio
Juvenal Juvêncio
Juvenal Juvêncio
Presidente do São Paulo Futebol Clube
Período 22 de abril de 2011 a 21 de abril de 2014
Vice-presidente José Roberto Ó. Blum
Antecessor(a) Marcelo Portugal Gouvêa
Sucessor(a)
Dados pessoais
Alcunha(s) JJ e, ironicamente, de Juju
Nascimento 25 de fevereiro de 500 a.C. (2524 anos)
Santa Rosa de Viterbo, SP
Profissão Advogado

Juvenal Juvêncio (Santa Rosa de Viterbo, 25 de fevereiro de 0[1]) é um advogado, ex-deputado estadual[2] e ex-investigador de polícia brasileiro; é o atual presidente do São Paulo Futebol Clube. Durante a legislatura que foi de 1963 a 1967, assumiu, na condição de suplente, mandato de deputado estadual. Foi, ainda, dirigente da Cecap (atual CDHU), durante o governo de Laudo Natel (1971–1975) e possui uma longa história no clube.

História

Juvenal Juvêncio, atual Presidente do São Paulo Futebol Clube.

Seu primeiro cargo importante no clube foi o de diretor de Futebol, entre os anos de 1984 e 1988, na época do time conhecido como Menudos do Morumbi, durante a gestão de Carlos Miguel Aidar como presidente. Quando assumiu o cargo, fez o que chamou de "reciclagem"[2], ao dispensar jogadores que estavam no clube havia anos e eram ídolos da torcida, como Waldir Peres, Renato e Zé Sérgio. Com o fim do segundo mandato de Aidar, foi eleito novo presidente por apenas um voto de diferença, dado por um gerente social remunerado do clube, o que gerou protestos da oposição, apesar de o voto do sócio ser permitido pelos estatutos.[3] Assumiu o mandato de 1988 a 1990, quando conquistou o título do Campeonato Paulista de 1989 e o vice-campeonato brasileiro no mesmo ano. Mas em 1990 viu a equipe realizar uma campanha pífia no Campeonato Paulista, não se classificando para o grupo verde no ano seguinte com os tradicionais rivais. Durante seu mandato, o São Paulo conquistou ainda um título não oficial, em 1989: o Torneio de Guadalajara, no México.

Entre 2003 e 2006 atuou como diretor de Futebol, sendo responsável por montar o time campeão da Libertadores e do Mundial Interclubes em 2005. O então presidente Marcelo Portugal Gouvêa teve de insistir para que Juvêncio aceitasse voltar ao clube.[4] Durante a campanha do título da Libertadores, chegou a dar cavalos de seu haras de presente a alguns jogadores, como Souza e Cicinho.[4]

Tornou-se presidente do clube novamente em 2006, quando conseguiu o título de tricampeão brasileiro em 2006, 2007 e 2008. Foi reeleito em 22 de abril de 2008, com 147 votos favoráveis contra 64 da oposição, liderada pelo ex-judoca Aurélio Miguel. Juvêncio foi escolhido para o primeiro mandato de três anos, depois da mudança do estatuto do clube. Com isso, terá mandato de abril de 2008 a abril de 2011.

Ele tem sido criticado internamente por ter relações conflituosas com diversos dirigentes de outros clubes e entidades esportivas, o que prejudicaria o São Paulo na opinião dessas pessoas.[4] A resposta de Juvenal é que ele está defendendo os interesses do clube.[4] Juvenal também é elogiado por sua dedicação ao clube, que "respira 24 horas por dia" segundo o Jornal da Tarde.[4]

Juvenal foi eleito novamente para mais três anos em abril de 2011, mas essa disputa segue na justiça. Enquanto recorre ele se mantém como presidente do clube.[5]

Polêmicas

Após o episódio que levou o Estádio do Morumbi a ser substituído pela Arena Corinthians na lista de sedes da Copa do Mundo de 2014, em 2010, o presidente são-paulino criticou o futuro estádio do Corinthians, devido às, segundo ele, condições precárias de acesso ao bairro.[6]

No ano seguinte, 2011, Juvêncio trocaria farpas com Andrés Sánchez, mandatário do rival, em uma série de ofensas que desembocariam em acusações de que este teria o "Mobral inconcluso", numa tentativa de ofender o desafeto por meio de sua baixa escolaridade.[7]

Já em dezembro de 2012, após o sorteio que cruzaria o São Paulo com o Bolívar na Libertadores do ano seguinte, estes, conhecedores da confusão ocorrida na final da Copa Sul-Americana (quando o tricolor vencera o argentino Tigre por W.o., devido, segundo os visitantes, a agressões partidas pelos seguranças do Estádio do Morumbi), seriam ironizados por JJ pelo fato de que não desejariam atuar no campo são-paulino alegando falta de segurança. "Proponho então uma troca com eles", disse Juvêncio. "Se eles mandarem o segundo jogo em uma cidade que não tenha altitude, a gente coloca a primeira partida num estádio à escolha deles aqui."[8]

No mesmo ano, em entrevista à rádio Estadão/ESPN, Juvêncio "matou" o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira. Ao mandatário são-paulino: “Ele acabou chegando [à CBF] pelo sogro [o ex-presidente da Fifa, João Havelange]. Tem gente que diz até que ele foi bom, trouxe a Copa etc. Mas eu acho que o Ricardo não é um homem do futebol. A partir daí, eu entendo que ele se foi. Não é agora que a gente vai falar dele porque ele se foi. A nossas posições eram [diferentes] quando ele era vivo, mas ele se foi”.[9] Dias depois, no entanto, JJ assumiu que "torcia" pela morte do mandatário da CBF: "Aí ele [Teixeira] quieto, não podia comer direito porque estava com diabetes e eu torcendo para ver se ele morria, mas ele estava vivo lá!"[10]

Em março de 2013, após a sugestão de Emerson Leão para que Juvêncio, a exemplo do papa Bento XVI, renunciasse ao cargo, o mandatário são-paulino afirmou que o ex-treinador do clube "precisa arrumar um emprego logo".[11] As polêmicas com o ex-treinador são-paulino tornar-se-iam recorrentes em 2013. Em abril, Leão disse: "Acho que o Juvenal foi, digo no passado, um grande presidente e ajudou muito o São Paulo com suas ideias inovadoras. Hoje, acho que ele já passou."[12]

O carisma e a falta de papas na língua de Juvenal Juvêncio acabaram sendo fatores fundamentais para a criação de um fake online do mandatário. "Curtido" por mais de 17 mil pessoas na rede social Facebook[13] e sob as caraterísticas de "dirigente de Futebol Sênior, apreciador de bebidas escocesas, colecionador de cavalos diferenciados", o personagem baseado em JJ chegou a lançar, sob o título de "Whisky com bolachas", um livro.[14] Apesar do sucesso e da obra, o responsável por representar o cartola afirmou que a brincadeira não lhe rendeu lucros, mas, sim, que foi executada apenas para eternizar Juvêncio.[15]

Em 10 de maio de 2013, Juvenal Juvêncio, depois das eliminações são-paulinas na Libertadores e no Paulistão, anunciou a permanência de Ney Franco no cargo de técnico do clube, justificando que tal profissional "é correto (…), é trabalhador, conhece e, com o tempo (…), está fazendo seu esforço", mas, em compensação, dispensou sete atletas, alegando falta de correspondência de alguns.[16] Para Marco Aurélio Cunha, um dos maiores opositores de Juvêncio, ao afastar um número tão elevado de jogadores, o mandatário "faz coisas erradas e depois vai fazer de novo; é a confissão de uma estratégia falida".[17]

Em junho de 2013, Juvenal começou a perder aliados dentro do clube. A provavel confirmação de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, para ser o candidato da situação nas eleições de 2014 fez com que o atual mandatário visse o vice-presidente administrativo, Ricardo Haddad, pedir demissão. Dessa forma, o principal adversário da atual gestão, Marco Aurélio Cunha, comemorou o momento e afirmou que "a tendência é só melhorar".[18]

Referências

  1. Marília Ruiz (1 de junho de 2011). «Desbocados e furiosos». São Paulo: Editora Abril. Veja São Paulo. ano 44 (número 22): pág. 34 
  2. a b "Um voto contra o caos", entrevista a Álvaro Almeida, Placar número 934, 29/4/1988, Editora Abril, págs. 49-51
  3. "Juvenal Juvêncio: a vitória da rodada", Mário Sérgio Venditti, Placar número 933, 22/4/1988, Editora Abril, pág. 11
  4. a b c d e Marcius Azevedo (2 de maio de 2010). «Ele não tem medo». Jornal da Tarde (14 496). São Paulo: S.A. O Estado de S. Paulo. pp. 10C–11C. ISSN 1516-294X. Consultado em 2 de maio de 2010 
  5. R7 Justiça anula terceiro mandato de Juvenal Juvêncio
  6. "Polêmica! Juvenal Juvêncio critica futuro estádio do Timão"
  7. "Andrés Sánchez e Juvenal Juvêncio entram em guerra"
  8. "Juvenal ri da atitude do Bolívar e propõe jogo afastado da altitude"
  9. Entre títulos e gafes, Juvenal Juvêncio faz 81 anos com comemoração discreta no São Paulo
  10. Juvenal, o contador de causos: revelações sobre Lugano, Adriano, Cuca e Teixeira
  11. Juvenal Juvêncio responde Leão: "precisa arrumar um emprego logo"
  12. Demitido em 2012, Leão critica Juvenal: "Foi grande no passado"
  13. Juvenal Juvêncio fake dá entrevista sem censura
  14. [ http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2012/11/23/sucesso-na-web-fake-de-juvenal-juvencio-lancara-livro-com-melhores-frases-e-satiras.htm ]
  15. Juvenal Juvêncio 'fake' faz sucessos nas redes sociais
  16. Juvenal Juvêncio mantém Ney Franco no cargo e dispensa sete jogadores
  17. Marco Aurélio Cunha: "Estratégia de Juvenal está falida e clube precisa de mudança"
  18. Juvenal começa a perder aliados, e opositores avisam: "É só o começo"