Saltar para o conteúdo

António Segadães Tavares: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Correcções e Completamentos
Linha 19: Linha 19:
|website =
|website =
}}
}}
'''António Madeira Segadães Tavares''' ([[Vila Teixeira de Sousa]], [[1944]]) é um [[engenheiro civil]] [[português]].
'''António Madeira Segadães Tavares''' ([[Vila Teixeira de Sousa]], [[1944]]) é um [[engenheiro civil]] de nacionalidade angolana e portuguesa.


Figura incontornável da [[engenharia]] em [[Portugal]], terminou o ensino liceal em [[Nova Lisboa]] e matriculou-se em [[engenharia electrotécnica]], no [[Instituto Superior Técnico]], em [[1961]]. A sua chegada à metrópole faz com que não fique indiferente ao movimento associativo contra a [[Salazarismo|ditadura]], envolvendo-se nas greves de [[1962]], quando foi decretado o luto académico. Um ano depois muda de curso e de cidade, primeiro para [[Coimbra]], depois para o [[Porto]], onde conclui finalmente a licenciatura em [[engenharia civil]], em [[1968]]. Recebe na ocasião o Prémio da Fundação Eng.º António de Almeida<ref>[http://www.rtp.pt/gdesport/?article=596&visual=3&topic=1 Os Grandes Portugueses]</ref> e é convidado para assistente no [[Instituto Superior Técnico]], onde lecionou até [[1973]]. Ao mesmo tempo colaborou com o [[Laboratório Nacional de Engenharia Civil]], ente [[1969]] e [[1975]], que lhe editou o livro ''Análise Matricial de Estruturas'', em [[1972]].
Figura incontornável da [[engenharia]] em [[Portugal]], terminou o ensino liceal em [[Nova Lisboa]] e matriculou-se em [[engenharia electrotécnica]], no [[Instituto Superior Técnico]], em [[1961]]. A sua chegada à metrópole faz com que não fique indiferente ao movimento associativo contra a [[Salazarismo|ditadura]], envolvendo-se nas greves de [[1962]], quando foi decretado o luto académico. Um ano depois muda de curso e de cidade, primeiro para [[Coimbra]], depois para o [[Porto]], onde conclui finalmente a licenciatura em [[engenharia civil]], em [[1968]]. Recebe na ocasião o Prémio da Fundação Eng.º António de Almeida<ref>[http://www.rtp.pt/gdesport/?article=596&visual=3&topic=1 Os Grandes Portugueses]</ref> e é convidado para assistente no [[Instituto Superior Técnico]], onde lecionou até [[1973]]. Ao mesmo tempo colaborou com o [[Laboratório Nacional de Engenharia Civil]], ente [[1969]] e [[1975]], que lhe editou o livro ''Análise Matricial de Estruturas'', em [[1972]].


Apoiante do [[MPLA]], regressa a [[Angola]], onde se torna docente na Faculdade de Engenharia de [[Luanda]]. Porém, um assalto à sua casa, ocorrido em [[outubro]] de [[1975]], fá-lo regressar de imediato. Passa então a lecionar na [[Universidade Nova de Lisboa]], exercendo ainda as funções de director do Departamento de Estudos e Projectos da [[Teixeira Duarte]] ([[1976]]-[[1980]]), de director técnico da Triede ([[1980]]-[[1986]]) e de director da Segadães Tavares & Associados, a partir de [[1986]].
Apoiante do [[MPLA]], regressa a [[Angola]], onde se torna docente na Faculdade de Engenharia de [[Luanda]]. Porém, um assalto à sua casa, ocorrido em [[outubro]] de [[1975]], fá-lo regressar de imediato. Mais tarde vem a lecionar na [[Universidade Nova de Lisboa]], exercendo ainda as funções de director do Departamento de Estudos e Projectos da [[Teixeira Duarte]] ([[1976]]-[[1980]]), de director técnico da Triede ([[1980]]-[[1986]]) e de director da Segadães Tavares & Associados, a partir de [[1986]].


Destacam-se entre os seus projetos, a emblemática pala do [[Pavilhão de Portugal]], o [[Centro Cultural de Belém]], o [[Centro Vasco da Gama]], o [[Le Méridien|Hotel Le Méridien]] de [[Lisboa]], a [[Faculdade de Medicina Veterinária]], a sede do [[Montepio Geral]], a reconstrução da zona ardida do [[Chiado]], o reforço do túnel do [[Rossio]], em [[Lisboa]], e o edifício do [[Banco de Portugal]] em [[Évora]]. Em [[Luanda]] assinou o [[Instituto Karl Marx]] (atual Instituto Médio de Economia) e o Estádio da Cidadela. Segadães Tavares, que advoga uma engenharia funcional, considera incontornável a sua simbiose com a arquitetura.
Destacam-se entre os seus projetos o premiado "Projecto da Ampliação da Pista do Aeroporto da Madeira, a emblemática pala do [[Pavilhão de Portugal]], o [[Centro Cultural de Belém]], o [[Centro Vasco da Gama]], o [[Le Méridien|Hotel Le Méridien]] de [[Lisboa]], a sede do [[Montepio Geral]], a reconstrução da zona ardida do [[Chiado]], o reforço do túnel do [[Rossio]], em [[Lisboa]], e o edifício do [[Banco de Portugal]] em [[Évora]]. Em [[Luanda]] assinou o [[Instituto Karl Marx]] (atual Instituto Médio de Economia), o Estádio da Cidadela e a sede do BES Angola. Segadães Tavares, que advoga uma engenharia funcional, considera incontornável a sua simbiose com a arquitetura.


Em [[1998]] [[Jorge Sampaio]] condecorou-o com a a Medalha de Grande Oficial da [[Ordem do Mérito]]. Em [[2004]] foi o primeiro português a vencer o [[prémio OStrA]]<ref>[http://matematica2.no.sapo.pt/segadaes/nobeleng.htm Artigo sobre o prémio OStrA] na revista [[Pública]] nº 431 de 29-08-2004.</ref>, o ''[[nobel]]'' da [[engenharia]], pela ampliação do [[Aeroporto da Madeira]].
Em [[2000]] [[Jorge Sampaio]] condecorou-o com a Medalha de Grande Oficial da [[Ordem do Mérito]] e em [[2006]] condecorou-o com a Medalha de Grande Oficial da [[Ordem do Infante D. Henrique]]. Em [[2004]] foi o primeiro português a vencer o [[prémio OStrA]]<ref>[http://matematica2.no.sapo.pt/segadaes/nobeleng.htm Artigo sobre o prémio OStrA] na revista [[Pública]] nº 431 de 29-08-2004.</ref>, o ''[[nobel]]'' da [[engenharia]], pela ampliação do [[Aeroporto da Madeira]]. Em Abril de 2012 a Universidade Nova de Lisboa concede-lhe o "Doutoramento Honoris Causa".


{{referências}}
{{referências}}

Revisão das 15h22min de 7 de outubro de 2016

António Segadães Tavares
Nome completo António Madeira Segadães Tavares
Nascimento 1944 (80 anos)
Vila Teixeira de Sousa, Angola colonial
Nacionalidade português
Ocupação engenheiro civil

António Madeira Segadães Tavares (Vila Teixeira de Sousa, 1944) é um engenheiro civil de nacionalidade angolana e portuguesa.

Figura incontornável da engenharia em Portugal, terminou o ensino liceal em Nova Lisboa e matriculou-se em engenharia electrotécnica, no Instituto Superior Técnico, em 1961. A sua chegada à metrópole faz com que não fique indiferente ao movimento associativo contra a ditadura, envolvendo-se nas greves de 1962, quando foi decretado o luto académico. Um ano depois muda de curso e de cidade, primeiro para Coimbra, depois para o Porto, onde conclui finalmente a licenciatura em engenharia civil, em 1968. Recebe na ocasião o Prémio da Fundação Eng.º António de Almeida[1] e é convidado para assistente no Instituto Superior Técnico, onde lecionou até 1973. Ao mesmo tempo colaborou com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil, ente 1969 e 1975, que lhe editou o livro Análise Matricial de Estruturas, em 1972.

Apoiante do MPLA, regressa a Angola, onde se torna docente na Faculdade de Engenharia de Luanda. Porém, um assalto à sua casa, ocorrido em outubro de 1975, fá-lo regressar de imediato. Mais tarde vem a lecionar na Universidade Nova de Lisboa, exercendo ainda as funções de director do Departamento de Estudos e Projectos da Teixeira Duarte (1976-1980), de director técnico da Triede (1980-1986) e de director da Segadães Tavares & Associados, a partir de 1986.

Destacam-se entre os seus projetos o premiado "Projecto da Ampliação da Pista do Aeroporto da Madeira, a emblemática pala do Pavilhão de Portugal, o Centro Cultural de Belém, o Centro Vasco da Gama, o Hotel Le Méridien de Lisboa, a sede do Montepio Geral, a reconstrução da zona ardida do Chiado, o reforço do túnel do Rossio, em Lisboa, e o edifício do Banco de Portugal em Évora. Em Luanda assinou o Instituto Karl Marx (atual Instituto Médio de Economia), o Estádio da Cidadela e a sede do BES Angola. Segadães Tavares, que advoga uma engenharia funcional, considera incontornável a sua simbiose com a arquitetura.

Em 2000 Jorge Sampaio condecorou-o com a Medalha de Grande Oficial da Ordem do Mérito e em 2006 condecorou-o com a Medalha de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique. Em 2004 foi o primeiro português a vencer o prémio OStrA[2], o nobel da engenharia, pela ampliação do Aeroporto da Madeira. Em Abril de 2012 a Universidade Nova de Lisboa concede-lhe o "Doutoramento Honoris Causa".

Referências

Ligações externas

Ícone de esboço Este artigo sobre engenharia (genérico) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.