Política externa do governo Jair Bolsonaro: diferenças entre revisões
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A política externa do governo Jair Bolsonaro refere-se a maneira como é conduzida a política externa brasileira desde o início do governo Jair Bolsonaro em 1.º de janeiro de 2019 até a atualidade. Esta é centrada em um maior alinhamento com os Estados Unidos e com países governados por líderes de direita e um distanciamento de países governados por líderes de esquerda,[1] além de promover a abertura do Brasil ao comércio internacional e o liberalismo econômico no Mercado Comum do Sul com o objetivo de assinar tratados de livre-comércio por meio deste.[2][3] Sob muitos aspectos, a política externa do governo Bolsonaro é vista como uma ruptura em relação aos governos anteriores.[4][5]
Desde o início de seu governo, Bolsonaro vêm mostrando um forte alinhamento com o presidente americano, Donald Trump, e com líderes de direita em diversas regiões do mundo, por exemplo, Benjamin Netanyahu, Sebastián Piñera, Viktor Orbán e outros.[6][7][8] Ao mesmo tempo, seu governo tem se afastado de países como Cuba e Venezuela, que em governos anteriores foram importantes aliados do Brasil.[9][10]
Antecedentes
Plano de governo
O plano de governo do então candidato a presidência Jair Bolsonaro, denominado "O Caminho da Prosperidade", diz que sob seu governo "deixaremos de louvar ditaduras assassinas e desprezar ou mesmo atacar democracias importantes como EUA, Israel e Itália", continua dizendo que "além de aprofundar nossa integração com todos os irmãos latino-americanos que estejam livres de ditaduras, precisamos redirecionar nosso eixo de parcerias" e termina falando que o país dará ênfase nas relações e acordos bilaterais.[11]
Nomeação
Tendo sido Bolsonaro eleito na eleição presidencial de 2018, ele começou a avaliar quem poderia ser seu Ministro de Relações Exteriores, a imprensa especulou diversos nomes de possíveis ministros, entre eles o do então Secretário-Geral do Itamaraty, Marcos Bezerra Abbott Galvão, o do embaixador do Brasil na Coreia do Sul, Luis Fernando Serra, e o do ex-Diretor do Departamento dos Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos, Ernesto Araújo.[12] Bolsonaro decidiu-se pelo último, tendo anunciado Ernesto Araújo no dia 14 de novembro de 2018 como seu indicado para o Ministério de Relações Exteriores, em uma rede social, o então presidente eleito disse que Araújo tinha 29 anos de experiência no Itamaraty e era um "brilhante intelectual".[13]
Referências
- ↑ «Seis meses de governo: a política externa "sem conotação ideológica".». Legis-Ativo. Consultado em 29 de setembro de 2019
- ↑ «Bolsonaro defende maior abertura comercial do Brasil em Fórum - Negócios». Diário do Nordeste. Consultado em 29 de setembro de 2019
- ↑ «Mercosul fechará mais dois acordos de livre comércio este ano, afirma chanceler de Bolsonaro». O Globo. 2 de julho de 2019. Consultado em 29 de setembro de 2019
- ↑ «Política externa na América Latina e as rupturas com velhos modelos». LABS Português. 14 de fevereiro de 2019. Consultado em 29 de setembro de 2019
- ↑ LeiaJá. «Bolsonaro rompe tradição diplomática na ONU». www.leiaja.com. Consultado em 29 de setembro de 2019
- ↑ «Bolsonaro e Trump: discursos em sintonia». G1. Consultado em 29 de setembro de 2019
- ↑ «Bolsonaro estrecha relaciones con húngaro Orbán - Brasil». ANSA.it (em espanhol). 19 de abril de 2019. Consultado em 29 de setembro de 2019
- ↑ Pública, Agência (23 de janeiro de 2019). «Por que Bolsonaro se aproxima de Israel?». CartaCapital. Consultado em 29 de setembro de 2019
- ↑ Fresse, Da France (2 de março de 2012). «Chávez recebe visita de Fidel e telefonema de Dilma». Mundo. Consultado em 30 de setembro de 2019
- ↑ Ohana, Victor (24 de setembro de 2019). «Cuba e Venezuela rechaçam declarações de Bolsonaro na ONU». CartaCapital. Consultado em 30 de setembro de 2019
- ↑ «Saiba mais sobre as propostas de Jair Bolsonaro e Fernando Haddad para a política externa». G1. Consultado em 30 de setembro de 2019
- ↑ «Itamaraty de Bolsonaro: quem são os nomes cotados para chefiar o MRE». noticias.uol.com.br. Consultado em 30 de setembro de 2019
- ↑ «Bolsonaro anuncia diplomata Ernesto Araújo como ministro das Relações Exteriores». G1. Consultado em 30 de setembro de 2019