Inezita Barroso: diferenças entre revisões
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Além da carreira artística, desde a [[década de 1980]], Inezita Barroso dedicou-se também a dar aulas de [[folclore]]. Lecionava nas faculdades [[Unifai]] e [[Unicapital]], onde recebeu o título de doutora ''[[Honoris Causa]]'' em [[Folclore Brasileiro]]. |
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As apresentações de Inezita Barroso nos países latino-americanos e africanos criaram uma aura de sucesso para a cantora, indicada para o Grammy sul-africano na categoria de artistas vocais populares internacionais e regionais. Os concertos de Inezita Barroso em tais países excederam a audiência de outros artistas nacionais e internacionais com maior exposição midiática, adeptos de música denominada "[[música pop|pop]]".{{carece de fontes|data=Novembro de 2012}} |
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Ao contrário do que o público costuma esperar da artista, Inezita Barroso trabalhou em interpretações de autores mais atuais da [[MPB]], de outras vertentes que não apenas a caipira/sertaneja. Gravações mostram a cantora interpretando obras de [[Ella Fitzgerald]] e outros nomes do [[jazz]] tradicional e [[blues]].{{carece de fontes|data=Novembro de 2012}} |
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Em [[2003]], foi condecorada pelo governador de São Paulo [[Geraldo Alckmin]] com a medalha de mérito "[[Ordem do Ipiranga]]", recebendo o título de comendadora da música folclórica brasileira.<ref>{{Citar periódico|data=2003-04-17|titulo=Cultura: Inezita Barroso recebe a medalha 'Ordem do ipiranga' {{!}} Governo do Estado de São Paulo|url=http://www.saopaulo.sp.gov.br/eventos/cultura-inezita-barroso-recebe-a-medalha-ordem-do-ipiranga/|jornal=Governo do Estado de São Paulo|lingua=pt-BR}}</ref> |
Em [[2003]], foi condecorada pelo governador de São Paulo [[Geraldo Alckmin]] com a medalha de mérito "[[Ordem do Ipiranga]]", recebendo o título de comendadora da música folclórica brasileira.<ref>{{Citar periódico|data=2003-04-17|titulo=Cultura: Inezita Barroso recebe a medalha 'Ordem do ipiranga' {{!}} Governo do Estado de São Paulo|url=http://www.saopaulo.sp.gov.br/eventos/cultura-inezita-barroso-recebe-a-medalha-ordem-do-ipiranga/|jornal=Governo do Estado de São Paulo|lingua=pt-BR}}</ref> |
Revisão das 02h12min de 23 de maio de 2021
Inezita Barroso OMC | |
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Inezita Barroso em 1956 | |
Informação geral | |
Nome completo | Ignez Madalena Aranha de Lima |
Nascimento | 4 de março de 1925 |
Local de nascimento | São Paulo, São Paulo |
País | Brasil |
Morte | 8 de março de 2015 (90 anos) |
Local de morte | São Paulo, São Paulo |
Nacionalidade | brasileira |
Gênero(s) | sertanejo |
Ocupação(ões) | cantora |
Cônjuge | Adolfo Cabral Barroso (1947-2006) |
Instrumento(s) | voz, viola, violão |
Período em atividade | 1951[nota 1] - 2015 |
Outras ocupações | atriz, bibliotecária, folclorista, professora, apresentadora |
Página oficial | www.inezitabarroso.com.br |
Inezita Barroso, nome artístico de Ignez Magdalena Aranha de Lima (São Paulo, 4 de março de 1925[3] — São Paulo, 8 de março de 2015),[4] foi uma cantora, atriz, instrumentista, bibliotecária,[3][5] folclorista, professora, apresentadora de rádio e televisão brasileira.
Ganhou o título de doutora honoris causa em folclore e arte digital pela Universidade de Lisboa e atuou também em espetáculos, álbuns, cinema, teatro e produzindo espetáculos musicais de renome nacional e internacional. Adotou o sobrenome Barroso ao se casar, em 1947, aos 22 anos, com o advogado cearense Adolfo Cabral Barroso, com quem teve uma filha, Marta.[6]
Biografia
Nascida numa família abastada,[7] apaixonada pela cultura e principalmente pela música brasileira, Inezita começou a cantar e tocar violão e viola desde pequena com sete anos de idade. Estudou piano no conservatório. Foi aluna da primeira turma da graduação em Biblioteconomia da Universidade de São Paulo (USP).[3] Graduou-se em 1947, antes de se tornar cantora profissional.[8]
Carreira artística
Em 1950, Inezita ingressou na Rádio Bandeirantes e apresentava-se em recitais no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), Cultura Artística e Colombo. No mesmo ano, gravou a célebre interpretação da música Moda da Pinga, de Ochelsis Laureano e Raul Torres.
Em 1954, gravou os sambas Ronda, de Paulo Vanzolini e Estatutos da Gafieira, de Billy Blanco. Foi premiada com o Troféu Roquette-Pinto de melhor cantora de música popular brasileira[9] e o prêmio Guarani, como melhor cantora em disco.
Na década de 1950 se dedicou também a carreira de atriz, atuando nos filmes Ângela (1950), O Craque (1953), Destino em Apuros (1953), É Proibido Beijar (1954) e Carnaval em Lá Maior (1955). Recebeu o prêmio Saci de melhor atriz por sua atuação em Mulher de Verdade (1953).[9]
Inezita ultrapassou a marca de cinquenta anos de carreira e de oitenta discos gravados, entre 78 rpm, vinil e CDs. Apresentou por 35 anos, de 1980 até a sua morte em 2015, o programa Viola, Minha Viola, dedicado à música caipira e transmitido pela TV Cultura, de São Paulo. Apresentou também, na emissora SBT, um programa musical que levava seu nome e era exibido aos domingos pela manhã.
Além da carreira artística, desde a década de 1980, Inezita Barroso dedicou-se também a dar aulas de folclore. Lecionava nas faculdades Unifai e Unicapital, onde recebeu o título de doutora Honoris Causa em Folclore Brasileiro.
Em 2003, foi condecorada pelo governador de São Paulo Geraldo Alckmin com a medalha de mérito "Ordem do Ipiranga", recebendo o título de comendadora da música folclórica brasileira.[10]
No programa Roda Viva, da TV Cultura, que contou com a presença da cantora como principal entrevistada, em 2004, Inezita Barroso afirmou ser favorável à propagação e troca eletrônica de canções. Afirmava que o uso de canções em formatos digitais em computadores e dispositivos portáteis podia facilitar o acesso dos jovens à cultura e fazia dura crítica à indústria fonográfica, afirmando que a pirataria sempre existiu.[11]
Em novembro de 2014, foi eleita para a Academia Paulista de Letras, ocupando o lugar da folclorista Ruth Guimarães, falecida em maio daquele ano.[12]
Com a aproximação do decanato do falecimento do pianista Pedrinho Mattar, seu amigo e colega de composições e interpretações, ocorrido em 2005, surgiu grande expectativa com relação à esperada publicação da obra final deste músico, intitulada O Portal. Grupos de entusiastas e admiradores de Mattar, que aguardam ansiosamente pela publicação da obra, afirmaram que haveria co-parceria de Inezita Barroso em um dos movimentos da referida composição. O afamado violoncelista húngaro, naturalizado português, Alfonso Orelli, apresentou trechos da suposta composição, aos quais teria tido acesso durante uma turnê na qual tocou ao lado de Mattar. Dentre tais trechos, Orelli identificou forte influência da música dita "caipira-sertaneja" na segunda parte do primeiro movimento. Tem-se atribuído a Inezita Barroso a influência musical sobre esta parte da composição.[carece de fontes]
Legado
Em 2017 foi tema da 36ª edição da série Ocupação, realizada pelo Itaú Cultural, em São Paulo. A exposição Ocupação Inezita Barroso permaneceu em cartaz de 27 de setembro à 05 de novembro.[13] Em fevereiro de 2019, foi lançado o documentário Inezita documentário contou o pioneirismo de Inezita na música sertaneja e teve depoimentos de José Hamilton Ribeiro, Irmãs Galvão, Eva Wilma, entre outros. O documentário foi exibido pela primeira vez em TV aberta no dia 04 de março de 2020,às 22h45.[14][15][16][17]
Morte
Em 19 de fevereiro de 2015 Inezita foi internada no Hospital Sírio Libanês em decorrência de uma insuficiência respiratória. Faleceu na noite de 8 de março, quatro dias após completar 90 anos. O velório foi realizado no Palácio 9 de Julho, em São Paulo. Seu corpo foi enterrado no Cemitério Gethsemani.[18][19]
Filmografia
Televisão
Ano | Título | Emissora |
---|---|---|
1954 | Afro | TV Tupi[20] |
1954-1962 | Vamos Falar de Brasil | Record TV[20] |
1969 | Música Brasileira | TV Cultura |
1987 | Inezita | SBT [21] |
1980-2014 | Viola, Minha Viola | TV Cultura |
Cinema
Ano | Título | Papel |
---|---|---|
1951 | Ângela | Vanjú[1] |
1953 | O Craque | [22] |
Destino em Apuros | [22] | |
1954 | É Proibido Beijar | Suzy[1] |
Mulher de Verdade | Amélia[23] | |
1955 | Carnaval em Lá Maior | Ela Mesma[23] |
1959 | O Preço da Vitória | [24] |
1970 | Isto é São Paulo | [24] |
1978 | Desejo Violento | [24] |
Discografia
|
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Prêmios
- Prêmio Governador do Estado de melhor atriz em 1955 por sua interpretação no filme Mulher de Verdade[23]
- Prêmio Saci de melhor atriz em 1955 também pelo filme Mulher de Verdade[2][23]
- Troféu APCA em 2010 com o Grande Prêmio da Crítica em MPB[26]
- Cidadã Bonifaciana 2010 de José Bonifácio[27]
Bibliografia
- Sobre Inezita Barroso
- PEREIRA, Arley. Inezita Barroso: A história de uma brasileira. São Paulo: Editora 34, 2013 (1ª edição) ISBN 978-85-7326-539-2[28]
Notas
Referências
- ↑ a b c «Veracruz». CinemaBrasileiro.NET. Consultado em 20 de novembro de 2012
- ↑ a b «Inezita Barroso». Dicionário Cravo Albin de Música Popular Brasileira. Consultado em 20 de novembro de 2012
- ↑ a b c «Inezita Barroso: cantora e apresentadora de TV» (PDF). Produção Cultural no Brasil. 2011. Consultado em 8 de março de 2015. Arquivado do original (PDF) em 13 de julho de 2014.
Nasci em 1925 e não havia por aqui...
- ↑ «Aos 90 anos, morre a dama da música caipira». O Estado de São Paulo
- ↑ «Lembranças da violeira». Diário do Nordeste. 9 de agosto de 2003. Consultado em 8 de março de 2015. Cópia arquivada em 8 de março de 2015
- ↑ «Revista da Cultura». Consultado em 9 de dezembro de 2012. Arquivado do original em 13 de abril de 2012
- ↑ Arley Pereira (31 de julho 1998). «Inezita Barroso». Sesc SP. Consultado em 20 de novembro de 2012
- ↑ Angela Faria. «Cantora paulista Inezita Barroso tem sua vida corajosa retratada por Arley Pereira». 7 de dezembro de 2013. Consultado em 10 de março de 2015
- ↑ a b «Inezita Barroso». Consultado em 8 de março de 2019
- ↑ «Cultura: Inezita Barroso recebe a medalha 'Ordem do ipiranga' | Governo do Estado de São Paulo». Governo do Estado de São Paulo. 17 de abril de 2003
- ↑ Livro narra a perseverança de Inezita Barroso no limbo da MPB. Jornal Opção, Edição 2055. Visitado em 09-08-2015|
- ↑ Felitti, Chico (2 de novembro de 2014). «Aos 89, Inezita Barroso é eleita para a Academia Paulista de Letras». Folha de S.Paulo. Consultado em 6 de novembro de 2014
- ↑ «Ocupação Inezita Barroso». Itaú Cultural. Consultado em 8 de março de 2019
- ↑ «Inezita, documentário sobre a dama da música de raiz, estreia em circuito nacional nesta quinta». TV Cultura. 28 de março de 2019. Consultado em 4 de março de 2020
- ↑ Lopes, Fernanda (28 de março de 2019). «Pulso firme, Inezita Barroso brigou muito na vida e trabalhou na TV até machucada». Notícias da TV. Consultado em 4 de março de 2020
- ↑ «Documentário mostra Inezita Barroso como uma feminista intrépida». Folha. 28 de março de 2019. Consultado em 4 de março de 2020
- ↑ Goés, Tony (4 de março de 2020). «Filme sobre a vida de Inezita Barroso chega à TV aberta». Folha. Consultado em 4 de março de 2020
- ↑ «Morre Inezita Barroso, aos 90 anos de idade, em São Paulo». CMais. 8 de março de 2015. Consultado em 9 de março de 2015. Arquivado do original em 11 de março de 2015
- ↑ UOL (8 de março de 2015). «Morre Inezita Barroso, aos 90 anos, em São Paulo». Uol Música. Consultado em 8 de março de 2015
- ↑ a b «Inezita Barroso, Dados Artísticos». Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Consultado em 4 de março de 2021
- ↑ «O Dia na História (22/03/1987): Inezita Barroso estreia seu programa sertanejo nas manhãs de domingo do SBT». Consultado em 4 de março de 2021
- ↑ a b «Multifilmes». CinemaBrasileiro.NET. Consultado em 20 de novembro de 2012
- ↑ a b c d «Maristela». CinemaBrasileiro.NET. Consultado em 20 de novembro de 2012
- ↑ a b c «Filmografia de Inezita Barroso». Recanto Caipira. Consultado em 20 de novembro de 2012[ligação inativa]
- ↑ «Inezita Barroso - Discografia». Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Consultado em 4 de março de 2021
- ↑ Camila Molina (31 de março de 2011). «APCA premia os melhores de 2010». Estadão. Consultado em 1 de novembro de 2012
- ↑ Ariana Pereira (1 de maio de 2010). «Inezita Barroso recebe homenagem e faz show». Diário Web. Consultado em 20 de novembro de 2012
- ↑ Editora 34: Biografias e memórias
Ligações externas
- Sítio oficial
- Inezita Barroso. no IMDb.
- «Inezita Barroso - A Rainha do Folclore Brasileiro». Recanto Caipira. Consultado em 20 de novembro de 2012. Arquivado do original em 26 de novembro de 2012
- Documentário da ECA
- Nascidos em 1925
- Mortos em 2015
- Apresentadores de televisão de São Paulo
- Atores de São Paulo
- Cantores de música sertaneja
- Cantores de São Paulo
- Alunos da Universidade de São Paulo
- Bibliotecários de São Paulo
- Folcloristas do Brasil
- Naturais da cidade de São Paulo
- Grandes Oficiais da Ordem do Ipiranga
- Membros da Academia Paulista de Letras
- Professores universitários do Brasil
- Agraciados com a Ordem do Mérito Cultural
- Mortes por insuficiência respiratória
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