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O '''Palácio do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul''', ou simplesmente '''Palácio do Ministério Público''', também conhecido por '''Forte Apache''', é um prédio histórico de [[Porto Alegre]], a capital do [[Rio Grande do Sul]]. Localizado na [[Praça da Matriz]], faz parte de um complexo de edificações de grande significado arquitetônico e histórico. Devido aos seus múltiplos usos e desenho ao longo do tempo, este prédio recebeu muitos nomes, como prédio da |
O '''Palácio do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul''', ou simplesmente '''Palácio do Ministério Público''', também conhecido por '''Forte Apache''', é um prédio histórico de [[Porto Alegre]], a capital do [[Rio Grande do Sul]]. Localizado na [[Praça da Matriz]], faz parte de um complexo de edificações de grande significado arquitetônico e histórico. Devido aos seus múltiplos usos e desenho ao longo do tempo, este prédio recebeu muitos nomes, como prédio da Assembleia Provincial, Palácio Provisório, prédio das Repartições Públicas e Edifício das Obras Públicas.<ref name=":0">{{citar web|url=http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/vivaocentro/default.php?p_secao=58|titulo=Palácio do Ministério Público|acessodata=15-05-2023}}</ref> |
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O local inicialmente foi ocupado por um edifício planejado para receber a Assembleia Provincial. As obras tiveram início em 1857, a mando do comendador [[Patrício José Correia da Câmara (visconde)|Patrício Correia da Câmara]], primeiro [[Visconde de Pelotas]] e vice-presidente da [[Província de São Pedro do Rio Grande do Sul]], em exercício da presidência. O projeto, do engenheiro Francisco Nunes de Miranda, incluía um subsolo, dois pavimentos e dois torreões, e foi posteriormente modificado pelo engenheiro Antônio Mascarenhas Telles de Freitas. As obras estiveram a cargo do engenheiro Domingos Francisco dos Santos. O projeto incluía soluções estruturais modernas para a época, como a laje de cobertura com sistema de perfis em aço duplo "T" combinado com tijolos por compressão, formando pequenos arcos.<ref name=":1">{{citar web|url=https://www.mprs.mp.br/memorial/paginas/historia-do-palacio/|titulo=HISTÓRIA DO PALÁCIO|acessodata=15-05-2023|website=MPRS}}</ref><ref name=":0" /> |
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Em fevereiro de 1896, a diretoria de Obras Públicas mudou-se e o edifício foi remodelado outra vez, recebendo, no primeiro pavimento, a Secretaria do Interior, e no pavimento superior, a residência oficial da Presidência do Estado, então ocupada por [[Júlio Prates de Castilhos|Júlio de Castilhos]]. Como neste mesmo ano o antigo [[Palácio de Barro|Palácio do Governo]] fora demolido e lançara-se a pedra fundamental do futuro [[Palácio Piratini]], que seria a sede do governo estadual até hoje, o antigo Palácio da Assembleia passou a ser conhecido como Palácio Provisório. Em 1899, o palácio foi novamente ampliado, recebendo um piso adicional, fechando-se o vão entre as duas torres das quinas fronteiriças (que lhe valeram o apelido de Forte Apache), e instalando-se uma nova torre, agora única, sobre o canto norte, sobranceiro à esquina, sendo esta a configuração que perdura até hoje.<ref name=":1" /><ref name=":0" /> |
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Em 1921 a sede do governo mudou-se definitivamente para o Palácio Piratini, deixando o prédio para uso da Diretoria de Higiene e Saúde da Secretaria de Saúde, que permaneceu ali até 1963. Nesta época sua demolição chegou a ser decidida, mas foi entregue para o [[Poder Judiciário]], que instalou nele diversos órgãos. Tombado como patrimônio histórico estadual pelo [[IPHAE]] em [[1982]], foi devolvido ao [[Poder Executivo]] do Estado, que transferiu o direito de uso para o [[Ministério Público do Brasil|Ministério Público]] |
Em 1921 a sede do governo mudou-se definitivamente para o Palácio Piratini, deixando o prédio para uso da Diretoria de Higiene e Saúde da Secretaria de Saúde, que permaneceu ali até 1963. Nesta época sua demolição chegou a ser decidida, mas foi entregue para o [[Poder Judiciário]], que instalou nele diversos órgãos. Tombado como patrimônio histórico estadual pelo [[IPHAE]] em [[1982]], foi devolvido ao [[Poder Executivo]] do Estado, que transferiu o direito de uso para o [[Ministério Público do Brasil|Ministério Público]], responsável por restaurá-lo entre 2000 e 2002. Em sua reinauguração, foi rebatizado para Palácio do Ministério Público.<ref>{{citar web|url=http://www.iphae.rs.gov.br/Main.php?do=BensTombadosDetalhesAc&item=15729|titulo=ANTIGO PALÁCIO DO GOVERNO (FORTE APACHE)|acessodata=15-05-2023|website=IPHAE}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.mprs.mp.br/noticias/2390/|titulo=MINISTÉRIO PÚBLICO LANÇA PROJETO DE RESTAURAÇÃO DO FORTE APACHE|data=13-12-2000|acessodata=15-05-2023|website=MPRS}}</ref> |
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Nas obras de restauração o prédio foi adaptado para receber as instalações do [[Memorial do Ministério Público]] e o gabinete do Procurador Geral de Justiça.<ref name=":2">{{citar web|url=https://www.mprs.mp.br/hotsite/memorial/|titulo=Memorial do Ministério Público do Rio Grande do Sul|acessodata=15-05-2023|website=MPRS}}</ref> |
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Parte da história da instituição é preservada no Banco de História Oral, que iniciou suas atividades em [[30 de agosto]] de 2000, e conta atualmente (2007) com cerca de 100 depoimentos. A rede de depoentes inclui membros da instituição, gaúchos e de outros estados, [[magistrado]]s, servidores, esposas de procuradores e promotores, [[político]]s, etc. Alguns depoimentos já se encontram publicados, na íntegra, nos volumes 1, 2 e 3 da série ''Histórias de Vida do Ministério Público''. Outra parte da sua história está preservada como um acervo documental, fotográfico e [[multimídia]].<ref name=":2" /> |
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==Ver também== |
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* Lista de museus do Brasil |
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* [[História de Porto Alegre]] |
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* [[História do Rio Grande do Sul]] |
* [[História do Rio Grande do Sul]] |
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==Ligações externas== |
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* [https://www.mprs.mp.br/hotsite/memorial/ Sítio oficial do Ministério Público, com mais informações sobre o prédio e a instituição] |
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* [http://www.mp.rs.gov.br/memorial/pgn/id345.htm Animação mostrando a evolução do prédio ao longo do tempo] |
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{{Museus de Porto Alegre}} |
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Revisão das 11h28min de 16 de maio de 2023
Palácio do Ministério Público | |
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Tipo | museu, palácio, património histórico |
Geografia | |
Coordenadas | |
Localização | Porto Alegre - Brasil |
Patrimônio | bem tombado pelo IPHAE |
O Palácio do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, ou simplesmente Palácio do Ministério Público, também conhecido por Forte Apache, é um prédio histórico de Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul. Localizado na Praça da Matriz, faz parte de um complexo de edificações de grande significado arquitetônico e histórico. Devido aos seus múltiplos usos e desenho ao longo do tempo, este prédio recebeu muitos nomes, como prédio da Assembleia Provincial, Palácio Provisório, prédio das Repartições Públicas e Edifício das Obras Públicas.[1]
História
O local inicialmente foi ocupado por um edifício planejado para receber a Assembleia Provincial. As obras tiveram início em 1857, a mando do comendador Patrício Correia da Câmara, primeiro Visconde de Pelotas e vice-presidente da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, em exercício da presidência. O projeto, do engenheiro Francisco Nunes de Miranda, incluía um subsolo, dois pavimentos e dois torreões, e foi posteriormente modificado pelo engenheiro Antônio Mascarenhas Telles de Freitas. As obras estiveram a cargo do engenheiro Domingos Francisco dos Santos. O projeto incluía soluções estruturais modernas para a época, como a laje de cobertura com sistema de perfis em aço duplo "T" combinado com tijolos por compressão, formando pequenos arcos.[2][1]
Entretanto, concluído em 1871, a assembleia não chegou a se instalar ali, sendo o prédio ocupado pela diretoria geral de Negócios da Fazenda Provincial, o Comando das Armas da Província de São Pedro, a Repartição dos Telégrafos e a diretoria de Obras Públicas. No dia 1 de julho de 1892, Affonso Hebert, diretor das Obras Públicas, Terras e Colonização, instalou no torreão norte o primeiro Observatório Meteorológico do estado. A ala sul foi construída em 1894, para acomodar a expansão dos órgãos governamentais que abrigava.[2][1]
Em fevereiro de 1896, a diretoria de Obras Públicas mudou-se e o edifício foi remodelado outra vez, recebendo, no primeiro pavimento, a Secretaria do Interior, e no pavimento superior, a residência oficial da Presidência do Estado, então ocupada por Júlio de Castilhos. Como neste mesmo ano o antigo Palácio do Governo fora demolido e lançara-se a pedra fundamental do futuro Palácio Piratini, que seria a sede do governo estadual até hoje, o antigo Palácio da Assembleia passou a ser conhecido como Palácio Provisório. Em 1899, o palácio foi novamente ampliado, recebendo um piso adicional, fechando-se o vão entre as duas torres das quinas fronteiriças (que lhe valeram o apelido de Forte Apache), e instalando-se uma nova torre, agora única, sobre o canto norte, sobranceiro à esquina, sendo esta a configuração que perdura até hoje.[2][1]
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/0f/Minist%C3%A9rio_P%C3%BAblico.jpg/250px-Minist%C3%A9rio_P%C3%BAblico.jpg)
Em 1921 a sede do governo mudou-se definitivamente para o Palácio Piratini, deixando o prédio para uso da Diretoria de Higiene e Saúde da Secretaria de Saúde, que permaneceu ali até 1963. Nesta época sua demolição chegou a ser decidida, mas foi entregue para o Poder Judiciário, que instalou nele diversos órgãos. Tombado como patrimônio histórico estadual pelo IPHAE em 1982, foi devolvido ao Poder Executivo do Estado, que transferiu o direito de uso para o Ministério Público, responsável por restaurá-lo entre 2000 e 2002. Em sua reinauguração, foi rebatizado para Palácio do Ministério Público.[3][4]
O Memorial do Ministério Público
Nas obras de restauração o prédio foi adaptado para receber as instalações do Memorial do Ministério Público e o gabinete do Procurador Geral de Justiça.[5]
O memorial promove seminários tematizando a trajetória e as perspectivas do Ministério Público no Rio Grande do Sul e no Brasil, e também desenvolve projetos junto à comunidade, reforçando e esclarecendo os mecanismos disponíveis para o exercício da cidadania.[5]
Parte da história da instituição é preservada no Banco de História Oral, que iniciou suas atividades em 30 de agosto de 2000, e conta atualmente (2007) com cerca de 100 depoimentos. A rede de depoentes inclui membros da instituição, gaúchos e de outros estados, magistrados, servidores, esposas de procuradores e promotores, políticos, etc. Alguns depoimentos já se encontram publicados, na íntegra, nos volumes 1, 2 e 3 da série Histórias de Vida do Ministério Público. Outra parte da sua história está preservada como um acervo documental, fotográfico e multimídia.[5]
Ver também
- História de Porto Alegre
- História do Rio Grande do Sul
- Arquitetura de Porto Alegre
- Lista de bens tombados pelo IPHAE
Referências
- ↑ a b c d «Palácio do Ministério Público». Consultado em 15 de maio de 2023
- ↑ a b c «HISTÓRIA DO PALÁCIO». MPRS. Consultado em 15 de maio de 2023
- ↑ «ANTIGO PALÁCIO DO GOVERNO (FORTE APACHE)». IPHAE. Consultado em 15 de maio de 2023
- ↑ «MINISTÉRIO PÚBLICO LANÇA PROJETO DE RESTAURAÇÃO DO FORTE APACHE». MPRS. 13 de dezembro de 2000. Consultado em 15 de maio de 2023
- ↑ a b c «Memorial do Ministério Público do Rio Grande do Sul». MPRS. Consultado em 15 de maio de 2023
Ligações externas
- Prédios de Porto Alegre
- Centros culturais do Rio Grande do Sul
- Museus de Porto Alegre
- Palácios de Porto Alegre
- Museus de história do Brasil
- Patrimônio histórico do Rio Grande do Sul
- Patrimônio histórico de Porto Alegre
- Instituições governamentais estaduais do Rio Grande do Sul
- Centro Histórico de Porto Alegre
- Arquitetura eclética no Brasil