Ilha da Queimada Grande: diferenças entre revisões
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A ilha também é conhecida como '''Ilha das Cobras''', não sendo aconselhado o desembarque devido ao elevado número de cobras da espécie Jararaca-ilhoa (''[[Bothrops insularis]]'') o desenvolvimento dessa espécie devido o isolamento geográfico submetido após a última glaciação ao final do Pleistoceno. Isolada numa ilha rochosa com a cadeia-alimentar<ref>[http://www.jureia.com.br/mostramateria.asp?idmateria=155 Cadeia Alimentar]</ref> baseada em aves, a jararaca passou a subir em árvores, o que não é natural para as espécies do continente. Seu veneno tornou-se mais potente para garantir a morte imediata da presa que, se demorasse para morrer, poderia acabar no mar. |
A ilha também é conhecida como '''Ilha das Cobras''', não sendo aconselhado o desembarque devido ao elevado número de cobras da espécie Jararaca-ilhoa (''[[Bothrops insularis]]'') o desenvolvimento dessa espécie devido o isolamento geográfico submetido após a última glaciação ao final do Pleistoceno. Isolada numa ilha rochosa com a cadeia-alimentar<ref>[http://www.jureia.com.br/mostramateria.asp?idmateria=155 Cadeia Alimentar]</ref> baseada em aves, a jararaca passou a subir em árvores, o que não é natural para as espécies do continente. Entretanto, estudos relacionando filogenia e hábitos alimentares demonstram que a Jararaca-ilhoa possui uma mudança em sua dieta, com os indivíduos jovens alimentando-se de anfíbios e lagartos e os adultos apenas de aves migratórias. Seu veneno tornou-se mais potente para garantir a morte imediata da presa que, se demorasse para morrer, poderia acabar no mar. |
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Estudos relacionando filogenia e hábitos alimentares demonstram que a Jararaca-ilhoa possui uma mudança em sua dieta, com os indivíduos jovens alimentando-se de anfíbios e lagartos e os adultos apenas de aves migratórias. |
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É considerada, no meio científico, como o maior serpentário natural do mundo,<ref>[http://portaltvtribuna.grupoatribuna.com.br/noticias.asp?idnoticia=54&idDepartamento=6&idCategoria= TV Tribuna.com]</ref> e existem cerca de 5 cobras por metro quadrado na ilha.<ref>[http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI172150-17770,00-LUGARES+QUE+VOCE+NAO+DEVE+VISITAR.html Galileu:10 lugares que você não deve visitar]</ref> Em [[5 de novembro]] de [[1985]] foi tombada como [[Área de Relevante Interesse Ecológico]] (ARIE) pelo Decreto Federal [http://www2.ibama.gov.br/unidades/relev/docleg/125/dec91887.htm n° 91.887]. |
É considerada, no meio científico, como o maior serpentário natural do mundo,<ref>[http://portaltvtribuna.grupoatribuna.com.br/noticias.asp?idnoticia=54&idDepartamento=6&idCategoria= TV Tribuna.com]</ref> e existem cerca de 5 cobras por metro quadrado na ilha.<ref>[http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI172150-17770,00-LUGARES+QUE+VOCE+NAO+DEVE+VISITAR.html Galileu:10 lugares que você não deve visitar]</ref> Em [[5 de novembro]] de [[1985]] foi tombada como [[Área de Relevante Interesse Ecológico]] (ARIE) pelo Decreto Federal [http://www2.ibama.gov.br/unidades/relev/docleg/125/dec91887.htm n° 91.887]. |
Revisão das 01h56min de 7 de março de 2012
Ilha da Queimada Grande é uma ilha localizada a cerca de 35 quilômetros do litoral do estado de São Paulo. É desabitada e seu acesso é restrito a cientistas do Instituto Butantan e a analistas ambientais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, órgão federal que administra as unidades de conservação do Brasil. Desde 31 de janeiro de 1984 a ilha é uma Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE), criada pelo Decreto nº 89.336.
Há o interesse, por parte de cientistas, ONGs, mergulhadores e outros, de transformar a ARIE da Ilha da Queimada Grande em um Parque Nacional Marinho. A intenção é aumentar a proteção da parte marinha, numa faixa de 2 milhas náuticas no entorno da ilha, onde existem corais e espécies vulneráveis da fauna marinha, como tartarugas e peixes como a Caranha da ilha, que não faz parte do decreto de criação da ARIE. Há o registro da reprodução da Caranha no entorno da ilha, em 2003, por pesquisadores da Conservation International.
Em 2010, o site Listverse, especializado em listas diversas de melhores e piores sobre todos os assuntos, elegeu a ilha como o pior lugar do mundo para se visitar, à frente da zona contaminada de Chernobyl e dos vulcões de lama do Azerbaijão.[1]
Localização
Latitude: 24°29' S; Longitude: 46°40' W.
Condições insulares
A ilha está a 18 milhas náuticas (aproximadamente 30 km) da costa de Itanhaém.
Possui difíceis condições de desembarque e difíceis condições para fundeio de embarcações.
O desembarque não é aconselhado e até mesmo foi proibido pela Marinha do Brasil devido a grande quantidade de cobras, especialmente a Jararaca-ilhoa, espécie endêmica da ilha[2] e, segundo alguns cientistas, a cobra venenosa com a peçonha mais potente do mundo. Outro motivo para a inibição do desembarque é a preservação da Fauna e Flora da ilha.
Não possui praias, somente costões rochosos. Um farol automático está instalado na ilha, mantido e conservado pela Marinha. A ilha tem uma altitude máxima de 200m e a profundidade ao redor fica em torno dos 45m.
Pesca amadora
É comum a prática de pesca amadora de arremesso e de mergulho, apesar de restrita pelo IBAMA.
As águas da ilha contam com variadas espécies de peixes como:
Ao sul, no Parcel de Fora, em profundidades variando de três a trinta metros, existem espécies de maior porte.
Serpentário natural: Área de Relevante Interesse Ecológico
A ilha também é conhecida como Ilha das Cobras, não sendo aconselhado o desembarque devido ao elevado número de cobras da espécie Jararaca-ilhoa (Bothrops insularis) o desenvolvimento dessa espécie devido o isolamento geográfico submetido após a última glaciação ao final do Pleistoceno. Isolada numa ilha rochosa com a cadeia-alimentar[3] baseada em aves, a jararaca passou a subir em árvores, o que não é natural para as espécies do continente. Entretanto, estudos relacionando filogenia e hábitos alimentares demonstram que a Jararaca-ilhoa possui uma mudança em sua dieta, com os indivíduos jovens alimentando-se de anfíbios e lagartos e os adultos apenas de aves migratórias. Seu veneno tornou-se mais potente para garantir a morte imediata da presa que, se demorasse para morrer, poderia acabar no mar.
É considerada, no meio científico, como o maior serpentário natural do mundo,[4] e existem cerca de 5 cobras por metro quadrado na ilha.[5] Em 5 de novembro de 1985 foi tombada como Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) pelo Decreto Federal n° 91.887.
Naufrágios
Nas águas da face Oeste da ilha existem dois navios naufragados, próximo ao Saco das Bananas:
- O navio mercante Rio Negro, do Lloyd Brasileiro, naufragado a 17 de julho de 1893. Construído em 1872, era um navio a vapor de pequeno porte, com cerca de 450 toneladas. Naufragou por colisão com a ilha, devido ao mau tempo, encontrando-se atualmente a uma profundidade de 12 a 18 metros.
- O Navio mercante Tocantins, também do Lloyd Brasileiro, naufragado a 30 de agosto de 1933. Era de construção inglesa.
Até hoje pode-se ver o que sobrou dos navios, já que as águas no entorno da ilha são bastantes claras, possibilitando uma visibilidade de 30 a 40 metros de profundidade.
Referências
- ↑ «Top 10 Places You Don't Want To Visit» (em inglês). Listverse. Consultado em 12 de dezembro de 2011
- ↑ Ciência Hoje
- ↑ Cadeia Alimentar
- ↑ TV Tribuna.com
- ↑ Galileu:10 lugares que você não deve visitar