Triquetrum (astronomia): diferenças entre revisões

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O '''triquetrum''' (derivado do latim tri- ("três") e quetrum ("quinas")) foi o nome medieval para um antigo instrumento [[Astronomia|astronômico]] primeiramente descrito por [[Ptolemeu]] no ''[[Almagesto]]'' (V. 12). Também conhecido como ''Réguas Paraláticas'', foi usado para determinar a [[altura (astronomia)|altura]] de [[Corpo celeste|corpos celestes]]. Ptolemeu o chama de "''instrumento paralático''" e parece tê-lo usado para determinar a [[sistema horizontal de coordenadas|distância do zênite]] e a [[paralaxe]] da [[Lua]].<ref name="kelley1">Kelley, D., Milone, E., (2005), ''Exploring Ancient Skies: An Encyclopedic Survey of Archaeoastronomy'', pages 77-79. Birkhäuser.</ref><ref name="gassendi1">Gassendi, P., Thill, O., (2002) ''The Life of Copernicus (1473-1543)'', pages 118-120. Xulon Press.</ref>


Ele realizou a mesma função que o [[quadrante]] e foi inventado para sobrepujar a dificuldade de graduar arcos e círculos. Consistia de uma posição vertical com uma escala graduada e duas alavancas giradas articuladas no topo e na base, a alavanca superior carregando as alças. As duas foram unidas para que suas extremidades pudessem deslizar. Assim que uma pessoa observava ao longo da alavanca superior, a mais baixa mudava seu ângulo. Ao ler a posição da vara inferior, em combinação com o comprimento vertical, a distância do zênite (ou, alternativamente, a altura) de um corpo celeste poderia ser calculada.<ref name="kelley1"/><ref>Krebs, R., (2004), ''Groundbreaking Scientific Experiments, Inventions, and Discoveries of the Middle Ages and the Renaissance'', page 225. Greenwood Publishing Group.</ref>
O '''triquetrum''' (derivado do latim tri- ("três") e quetrum ("quinas")) foi o nome medieval para um antigo instrumento [[astronômico]] primeiramente descrito por [[Ptolemeu]] no ''[[Almagesto]]'' (V. 12). Também conhecido como ''Réguas Paraláticas'', foi usado para determinar altitudes de corpos celestes. Ptolemeu o chama de "''instrumento paralático''" e parece tê-lo usado para determinar a [[sistema horizontal de coordenadas|distância do zênite]] e a [[paralaxe]] da [[Lua]].<ref name="kelley1">Kelley, D., Milone, E., (2005), ''Exploring Ancient Skies: An Encyclopedic Survey of Archaeoastronomy'', pages 77-79. Birkhäuser.</ref><ref name="gassendi1">Gassendi, P., Thill, O., (2002) ''The Life of Copernicus (1473-1543)'', pages 118-120. Xulon Press.</ref>


O triquetrum foi um dos instrumentos astronômicos mais populares até a invenção do telescópio, ele poderia medir ângulos com uma precisão melhor do que o [[astrolábio]].<ref name="gassendi1"/> [[Nicolau Copérnico|Copérnico]] descreve seu uso no quarto livro do ''[[De revolutionibus orbium coelestium]]'' sob o título "''Instrumenti parallactici constructio''."<ref name="gassendi1"/> O instrumento também foi usado por [[Tycho Brahe]].<ref>Christianson, J., (2000), ''On Tycho's Island: Tycho Brahe and His Assistants, 1570-1601'', pages 73-75. Cambridge University Press.</ref>
Ele realizou a mesma função que o [[Quadrante (instrumento)|quadrante]] e foi inventado para sobrepujar a dificuldade de graduar arcos e círculos. Consistia de uma posição vertical com uma escala graduada e duas alavancas giradas articuladas no topo e na base, a alavanca superior carregando as alças. As duas foram unidas para que suas extremidades pudessem deslizar. Assim que uma pessoa observava ao longo da alavanca superior, a mais baixa mudava seu ângulo. Ao ler a posição da vara inferior, em combinação com o comprimento vertical, a [[sistema horizontal de coordenadas|distância do zênite]] (ou, alternativamente, a [[altitude]]) de um [[corpo celeste]] poderia ser calculada.<ref name="kelley1"/><ref>Krebs, R., (2004), ''Groundbreaking Scientific Experiments, Inventions, and Discoveries of the Middle Ages and the Renaissance'', page 225. Greenwood Publishing Group.</ref>


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O triquetrum foi um dos instrumentos astronômicos mais populares até a invenção do telescópio, ele poderia medir ângulos com uma precisão melhor do que o [[astrolábio]].<ref name="gassendi1"/> [[Copérnico]] descreve seu uso no quarto livro do ''[[De revolutionibus orbium coelestium]]'' sob o título "''Instrumenti parallactici constructio''."<ref name="gassendi1"/> O instrumento também foi usado por [[Tycho Brahe]].<ref>Christianson, J., (2000), ''On Tycho's Island: Tycho Brahe and His Assistants, 1570-1601'', pages 73-75. Cambridge University Press.</ref>

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Revisão das 21h18min de 15 de agosto de 2012

O triquetrum de Copérnico

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O triquetrum (derivado do latim tri- ("três") e quetrum ("quinas")) foi o nome medieval para um antigo instrumento astronômico primeiramente descrito por Ptolemeu no Almagesto (V. 12). Também conhecido como Réguas Paraláticas, foi usado para determinar a altura de corpos celestes. Ptolemeu o chama de "instrumento paralático" e parece tê-lo usado para determinar a distância do zênite e a paralaxe da Lua.[1][2]

Ele realizou a mesma função que o quadrante e foi inventado para sobrepujar a dificuldade de graduar arcos e círculos. Consistia de uma posição vertical com uma escala graduada e duas alavancas giradas articuladas no topo e na base, a alavanca superior carregando as alças. As duas foram unidas para que suas extremidades pudessem deslizar. Assim que uma pessoa observava ao longo da alavanca superior, a mais baixa mudava seu ângulo. Ao ler a posição da vara inferior, em combinação com o comprimento vertical, a distância do zênite (ou, alternativamente, a altura) de um corpo celeste poderia ser calculada.[1][3]

O triquetrum foi um dos instrumentos astronômicos mais populares até a invenção do telescópio, ele poderia medir ângulos com uma precisão melhor do que o astrolábio.[2] Copérnico descreve seu uso no quarto livro do De revolutionibus orbium coelestium sob o título "Instrumenti parallactici constructio."[2] O instrumento também foi usado por Tycho Brahe.[4]

Referências

  1. a b Kelley, D., Milone, E., (2005), Exploring Ancient Skies: An Encyclopedic Survey of Archaeoastronomy, pages 77-79. Birkhäuser.
  2. a b c Gassendi, P., Thill, O., (2002) The Life of Copernicus (1473-1543), pages 118-120. Xulon Press.
  3. Krebs, R., (2004), Groundbreaking Scientific Experiments, Inventions, and Discoveries of the Middle Ages and the Renaissance, page 225. Greenwood Publishing Group.
  4. Christianson, J., (2000), On Tycho's Island: Tycho Brahe and His Assistants, 1570-1601, pages 73-75. Cambridge University Press.
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