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Hipátia

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Hipátia de Alexandria
Hipátia de Alexandria - Gravura de Elbert Hubbard, 1908
Nascimento
Morte
Alexandria, Egito
OcupaçãoFilósofa e Professora
Escola/tradiçãoNeoplatonismo
Principais interessesMatemática, astronomia, filosofia, religião, poesia, retórica, oratória
Ideias notáveisLógica, Matemática

Hipátia ou Hipácia (em grego clássico: Ὑπατία; romaniz.: Hypatía; Alexandria, c. 351/370Alexandria, 8 de março de 415[1]) foi uma filósofa neoplatônica do Egito Romano. Foi a primeira mulher documentada como tendo sido matemática.[2][3][4] Como chefe da escola platônica em Alexandria, também lecionou filosofia e astronomia.[5][6][7][8]

Como neoplatonista, pertencia à tradição matemática da Academia de Atenas, representada por Eudoxo de Cnido,[9] e era da escola intelectual do pensador Plotino, que a incentivou a estudar Lógica e Matemática, no lugar de se dedicar à investigação empírica, e a estudar Direito, em vez de ciências da natureza.[2]

De acordo com a única fonte contemporânea, Hipátia foi assassinada por uma multidão de cristãos depois de ser acusada de exacerbar um conflito entre duas figuras proeminentes em Alexandria: o governador Orestes e o bispo de Alexandria, Cirilo de Alexandria.[10]

Kathleen Wider propõe que o assassinato de Hipátia marcou o fim da Antiguidade Clássica,[11] e Stephen Greenblatt observa que o assassinato "efetivamente marcou a queda da vida intelectual em Alexandria".[12] Por outro lado, Maria Dzielska e Christian Wildberg notam que a filosofia helenística continuou a florescer nos séculos V e VI, e, talvez, até a era de Justiniano.[13]

Biografia

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Hipátia era filha de Téon de Alexandria, um renomado filósofo, astrônomo, matemático, autor de diversas obras e professor em Alexandria. Criada em um ambiente de ideias e filosofia, tinha uma forte ligação com o pai, que lhe transmitiu, além de conhecimentos, a forte paixão pela busca de respostas para o desconhecido. Diz-se que ela, sob tutela e orientação paternas, submetia-se a uma rigorosa disciplina física, para atingir o ideal helênico de ter a mente sã em um corpo são.

Hipátia estudou na Academia de Alexandria, onde ela tinha muito conhecimento em matemática, astronomia, filosofia, religião, poesia e artes. A oratória e a retórica também não foram descuidadas.

"Hipátia antes de ser morta na igreja", por Charles William Mitchell, 1885

Alguns autores pensam que, quando adolescente, viajou para Atenas, para completar a educação na Academia Neoplatônica, onde não demorou a se destacar pelos esforços para unificar a matemática de Diofanto com o neoplatonismo de Amónio Sacas e Plotino, isto é, aplicando o raciocínio matemático ao conceito neoplatônico do Uno (mônada das mônadas).[14] Ao retornar, já havia um emprego esperando por ela em Alexandria: seria professora na Academia onde fizera a maior parte dos estudos, ocupando a cadeira que fora de Plotino. Aos 30 anos já era diretora da Academia, sendo muitas as obras que escreveu nesse período.

Ficou famosa por ser uma grande solucionadora de problemas. Matemáticos, confusos com algum problema em especial, escreviam-lhe pedindo uma solução. E ela raramente os desapontava. Obcecada pelo processo de demonstração lógica, quando lhe perguntavam por que jamais se casara, respondia que já era casada com a verdade.[a]

O seu fim trágico se desenhou a partir de 412, quando Cirilo foi nomeado Patriarca de Alexandria, título de dignidade eclesiástica, usado em Constantinopla, Jerusalém e Alexandria. Ele era um cristão fervoroso, que lutou toda a vida defendendo a ortodoxia da Igreja e combatendo as heresias, sobretudo o Nestorianismo, que negava a divindade de Jesus Cristo e a maternidade divina de Maria.

Métodos de ensino e contribuições matemáticas

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À frente da escola de Alexandria, Hipátia destacou-se como professora e diretora, desempenhando um papel central na transmissão da matemática, astronomia e filosofia neoplatônica no fim da Antiguidade. Sua fama como educadora ultrapassou o Egito, atraindo alunos de todo o mundo helenístico e romano.[15]

Carta à Hipátia, incluída na primeira edição impressa das obras de Sinésio (editada e impressa por Adrian Turnèbe em 1553).

Hipátia seguia o modelo dos círculos neoplatônicos, em que a matemática e a filosofia eram vistas como caminhos complementares para compreender a ordem cósmica e alcançar a purificação intelectual.[16]

As cartas de seu aluno Sinésio de Cirene são as principais fontes sobre esse ambiente intelectual. Nelas, Sinésio descreve Hipátia como “aquela que preside com honra os mistérios da filosofia”, demonstrando a reverência e o prestígio que ela detinha.[17] Esses registros também mencionam o uso de dispositivos mecânicos e astronômicos construídos sob sua orientação, indicando que Hipátia combinava a exposição teórica com a aplicação prática e demonstrações. Acredita-se que ela tenha utilizado instrumentos como o astrolábio e o hidrômetro em suas aulas, para ilustrar princípios de astronomia e física.[18]

Relatos antigos descrevem Hipátia como uma mulher que valorizava o raciocínio lógico e a busca da verdade, teria recusado convites para casamento dizendo que já era “casada com a verdade”, episódio frequentemente citado como símbolo de sua dedicação à vida intelectual.[19]

Suas contribuições para a ciência incluem o mapeamento dos corpos celestes, [20] já antes realizado pelos mesopotâmios e também no Egito sob Ptolomeu, além da suposta invenção do hidrômetro,[21] utilizado para determinar a densidade relativa (ou massa específica) de líquidos (no entanto, o hidrômetro foi inventado antes de Hipátia e já era conhecido em seu tempo).[22][23]

Seu aluno Sinésio, bispo de Cirene, escreveu-lhe uma carta descrevendo a construção de um astrolábio.[24] A existência do astrolábio antecede Sinésio em pelo menos um século,[25][26] e o pai de Hipátia ganhou fama por seu tratado sobre o assunto.[27] No entanto, Sinésio afirmou que se tratava de um modelo melhorado.[28]

Nenhum trabalho assinado por Hipátia sobreviveu integralmente, mas há amplas evidências textuais e historiográficas de sua participação na edição, revisão e comentário de obras fundamentais da matemática e da astronomia gregas. Essa prática era comum entre os estudiosos de Alexandria no final da Antiguidade, onde o ensino se baseava em transmitir textos clássicos acompanhados de correções e demonstrações. As contribuições de Hipátia situam-se nesse contexto de preservação e aprimoramento da tradição científica helenística.[29][30]

Comentário ao Almagesto, de Ptolomeu

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Acredita-se que Hipátia tenha elaborado, em conjunto com seu pai Teão de Alexandria, um comentário ou uma edição revisada do Almagesto, de Cláudio Ptolomeu, um dos mais importantes tratados de astronomia da Antiguidade.[31][32][33][nota 1]

O Almagesto apresenta um modelo matemático do cosmos baseado no sistema geocêntrico, com cálculos complexos para prever os movimentos do Sol, da Lua e dos planetas. As fontes indicam que Hipátia teria corrigido e aperfeiçoado métodos de cálculo das tabelas astronômicas, especialmente os algoritmos de divisão sexagesimal utilizados para prever o movimento dos astros e a variação dos epiciclos.[34]

Essas correções teriam origem em sua experiência como professora, buscando tornar os cálculos mais precisos e pedagógicos. É possível que tenha contribuído também com o comentário às Tabulae Manuales, manual derivado do Almagesto usado para ensino prático de astronomia. Alguns historiadores consideram que a edição de Hipátia e Téon foi uma das versões de referência na tradição bizantina e árabe, influenciando cópias posteriores do texto ptolemaico.[35]

Comentário à Aritmética, de Diofanto

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Outro trabalho atribuído a Hipátia é um comentário aos treze volumes da Aritmética, de Diofanto de Alexandria, obra que reúne uma série de problemas e soluções algébricas que hoje são consideradas um marco no desenvolvimento da álgebra.

A versão grega do tratado preserva apenas seis livros, mas traduções e compilações árabes contêm passagens adicionais, particularmente dos livros VII e VIII, que revelam diferenças de estilo e método. Parte da historiografia moderna identifica esses acréscimos como resultado de uma “edição escolar” realizada por Hipátia, contendo explicações suplementares, demonstrações alternativas e problemas adicionais voltados à prática didática.[36][37]

Esses materiais indicam uma preocupação com clareza conceitual e rigor lógico, aspectos frequentemente destacados em relatos sobre o ensino de Hipátia. Ao abordar temas como equações indeterminadas e proporções, ela teria enfatizado a correspondência entre o raciocínio matemático e os princípios filosóficos do neoplatonismo, reforçando a ideia de que a ordem matemática refletia a harmonia do cosmos.[38]

Comentário às Seções Cônicas, de Apolônio de Perga

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Fontes antigas mencionam também um comentário às Seções Cônicas, de Apolônio de Perga, um dos textos fundamentais da geometria grega, dedicado ao estudo das elipses, parábolas e hipérboles. Essa obra é hoje perdida, mas sua atribuição a Hipátia é citada por diversos autores bizantinos e árabes.[39]

As Seções Cônicas tinham aplicação direta tanto na geometria pura quanto na astronomia matemática, e é provável que o comentário de Hipátia visasse facilitar a compreensão e o ensino das construções geométricas que serviam de base aos modelos planetários ptolemaicos. Sua leitura integrava-se à tradição de comentários produzidos em Alexandria desde Euclides e Arquimedes, reafirmando o papel pedagógico de Hipátia como continuadora dessa linhagem.

Cânone Astronômico

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Alguns relatos medievais e referências cruzadas sugerem que Hipátia tenha escrito ou revisado um tratado intitulado Cânone Astronômico, possivelmente relacionado àsTabulae Manuales de Ptolomeu.[40][41]

Esse trabalho teria reunido dados de observação e fórmulas simplificadas para uso dos estudantes e astrônomos da escola alexandrina. Embora o texto não tenha sobrevivido, seu propósito seria o de tornar os métodos ptolemaicos mais acessíveis e aplicáveis, reforçando a dimensão didática e instrumental da obra de Hipátia.

Mudança do paradigma pagão para o cristão

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O reinado de Teodósio I (r. 379–395) marca o auge de um processo de transformação do cristianismo, que efetivamente se torna a religião oficial do Estado.[42] Em 391, atendendo pedido do então Patriarca de Alexandria, Teófilo, autorizou a destruição do Templo de Serápis (que não deve ser confundido com o Museu e a Biblioteca existentes em Alexandria, que não tinham nenhuma relação física com este templo), um vasto santuário pagão onde eram oferecidos sacrifícios de sangue, segundo os relatos dos historiadores contemporâneos Sozomeno e Tirânio Rufino.[43]

Embora a legislação em 393 procurasse coibir distúrbios, surtos de violência popular entre cristãos e pagãos tornaram-se cada vez mais frequentes em Alexandria, principalmente após a ascensão de Cirilo ao Patriarcado.

Contexto político e social de Alexandria

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A atuação de Hipátia ocorreu em um momento de intensas disputas políticas e religiosas em Alexandria, então uma das maiores cidades do Império Romano do Oriente. O início do século V foi marcado pela tensão entre diferentes comunidades — cristãos, judeus e pagãos —, que frequentemente se confrontavam nas ruas e também nas instâncias de poder. Nesse cenário, a filósofa ocupava posição de destaque como conselheira de figuras influentes, como o prefeito Orestes, com quem mantinha diálogo próximo.[44]

A ascensão do cristianismo como religião oficial do império contribuiu para o enfraquecimento das instituições tradicionais de ensino pagão. A presença de Hipátia, mulher e filósofa, à frente de um círculo intelectual prestigiado, era vista por alguns como símbolo de resistência cultural.[45]Seu assassinato em 415, perpetrado por uma multidão de partidários ligados ao patriarca Cirilo, refletiu não apenas rivalidades pessoais, mas também o clima de conflito entre esferas civil e eclesiástica na cidade, marcando um episódio emblemático da instabilidade política de sua época.

"Morte da filósofa Hipátia, em Alexandria" do Vies des savants illustres, depuis l'antiquité jusqu'au dix-neuvième siècle, 1866, porLouis Figuier

De acordo com o relato de Sócrates Escolástico,[46] numa tarde de março de 415, quando regressava do Museu, Hipátia foi atacada em plena rua por uma turba de cristãos enfurecidos. Ela foi arrastada pelas ruas da cidade até uma igreja, onde foi cruelmente torturada até a morte. Depois de morta, o corpo foi lançado a uma fogueira.[4]

Segundo o mesmo historiador, tudo isto aconteceu pouco tempo depois de Orestes, prefeito da cidade, ter ordenado a execução de um monge cristão chamado Amónio, ato que enfureceu o bispo Cirilo e seus correligionários.[47] Devido à influência política que Hipátia exercia sobre o prefeito, é bastante provável que os fiéis de Cirilo a tivessem escolhido como uma espécie de alvo de retaliação para vingar a morte do monge. Neste período em que a população de Alexandria era conhecida pelo seu caráter extremamente violento, Jorge de Laodiceia (m. 361) e Protério (m. 457), dois bispos cristãos, sofreram uma morte muito similar à de Hipátia: o primeiro foi atado a um camelo, esquartejado e os seus restos queimados; o segundo arrastado pelas ruas e atirado ao fogo.[48]

Dito isto, a eventual relação de Cirilo com o ocorrido continua a ser motivo de alguma controvérsia entre os historiadores. Embora Sócrates e Edward Gibbon afirmem que o episódio trouxe opróbrio para a Igreja de Alexandria, não mencionam qualquer envolvimento direto do patriarca.[49] O filósofo pagão Damáscio, por sua vez, atribui explicitamente o assassinato ao patriarca, que invejaria Hipátia.[50] Contudo, a Enciclopédia Católica lembra que Damáscio escreveu cerca de um século depois dos fatos e que os seus escritos manifestam um certo pendor anticristão.[51] As últimas pesquisas creem que o homicídio de Hipátia resultou do conflito de duas facções cristãs: uma mais moderada, ao lado de Orestes, e outra mais rígida, seguidora de Cirilo, responsável pelo ataque.[52]

Presença de outras mulheres na filosofia

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"Hipátia" em apresentação no Haymarket Theatre, Londres, em janeiro de 1893

Também na Escola Pitagórica “ora integrada na sua vida particular (de Pitágoras), como esposa, ora simplesmente na vida da Escola, a presença marcante de uma mulher, Teano, que ocupou certamente um lugar de destaque nos primórdios do pitagorismo. É também interessante destacar que Jâmblico, no seu catálogo de pitagóricos ilustres, elenca não uma, mas dezessete mulheres, e isso dentre as mais célebres que aderiram à sua doutrina”.[53]

Igualmente na escola cínica houve a figura de Hiparquia, esposa de Crates, citada por Diógenes Laércio em sua Vida dos Filósofos Ilustres.[54]

Recepção moderna e legado historiográfico

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A figura de Hipátia foi reinterpretada ao longo dos séculos de acordo com diferentes contextos culturais e ideológicos. Durante a Idade Média latina, seu nome sobreviveu de forma esparsa em compilações bizantinas, mas foi a partir do Iluminismo que ganhou maior visibilidade, frequentemente como símbolo da razão oprimida pelo fanatismo religioso.[55] No século XIX, escritores como Charles Kingsley reforçaram sua imagem de mártir da ciência, um enquadramento que perdura em parte da literatura popular.

Estudos historiográficos recentes buscam superar essas leituras idealizadas, enfatizando sua inserção no ambiente intelectual de Alexandria e destacando-a como parte de uma tradição de ensino neoplatônico que incluía filósofos e matemáticos de ambos os sexos.[56]Essa abordagem ressalta a relevância de sua prática pedagógica e produção intelectual, situando-a menos como exceção isolada e mais como expressão de uma rede de transmissão de saber no Mediterrâneo tardo-antigo.

Representações na Arte

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Impacto cultural contemporâneo

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Nos séculos XX e XXI, Hipátia consolidou-se como ícone cultural e inspiração para diferentes movimentos. Feministas destacam sua trajetória como exemplo de uma mulher que alcançou posição de liderança intelectual em uma sociedade dominada por homens.[57] No campo da divulgação científica, ela é frequentemente apresentada como precursora da luta pelo acesso das mulheres ao conhecimento, reforçando a importância de resgatar figuras históricas femininas da ciência.

A presença de Hipátia também se estende às artes e à cultura popular. Sua vida inspirou peças teatrais, romances e filmes, como ''Ágora'' (2009), dirigido por Alejandro Amenábar, que levou sua história ao grande público e reacendeu debates sobre ciência, religião e intolerância.[58]

Em contextos acadêmicos, ela é lembrada como parte do esforço de reconstruir a contribuição de mulheres na história da matemática e da filosofia, aparecendo em manuais, cursos e projetos educativos que buscam ampliar a diversidade de referências históricas na ciência.[59]

Ver também

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[a] ^ Segundo a enciclopédia bizantina "Suda", ela foi esposa de "Isidoro, o Filósofo" (aparentemente Isidoro de Alexandria);[60] porém, Isidoro só nasceu muito depois da morte de Hipátia e não se conhece nenhum outro filósofo com este nome que seja contemporâneo dela.[61] A "Suda" também afirmou que "ela permaneceu virgem" e que rejeitou o candidato mostrando lençóis manchados de sangue afirmando que eles demonstravam que não havia "nada de belo" no desejo carnal - um exemplo de fonte cristã fazendo uso de Hipátia como símbolo de virtude.[60][62][63]

Notas

  1. Até recentemente, os estudiosos pensavam que Hipátia apenas tinhas revisado o comentário de Téon no Almagesto. O ponto de vista foi baseado no título do comentário sobre o terceiro livro de Almagesto, que dizia o seguinte: "Comentário de Téon de Alexandria no Livro III do Almagesto de Ptolomeu, a edição revista por minha filha Hipátia, a filósofa". Cameron, que analisou os títulos de Téon para outros livros do Almagesto e para outros textos acadêmicos da antiguidade tardia, concluiu que Hipátia não corrigiu o comentário de seu pai, mas o texto do Almagesto. Assim, o texto existente do Almagesto poderia ter sido preparado, pelo menos em parte, por Hipátia

Referências

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  14. A teoria das mônadas sustenta que somos todos Um, porque todas as mônadas estão ligadas entre si, evoluindo e trabalhando constantemente para a expansão do Todo (Universo Infinito).
  15. Edward J. Watts. City and School in Late Antique Athens and Alexandria. University of California Press, 2008.
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  21. Ethlie Ann Vare and Greg Ptacek, Mothers of Invention Arquivado em 6 de setembro de 2010, no Wayback Machine. 1988, pp. 24–26.
  22. "Por uma questão de exaustividade, devemos mencionar o fato de que Sinésio em sua carta à Hipátia menciona um hidrômetro, que segundo alguns já era conhecido no século IV por Priciano, isto é, um século antes de Sinésio e Hipátia." R.J. Forbes (1 de dezembro de 1970). A Short History of the Art of Distillation: From the Beginnings Up to the Death of Cellier Blumenthal. [S.l.]: BRILL. p. 25. ISBN 978-90-04-00617-1 
  23. "Em 402, Hipátia recebe uma carta do enfermo Sinésio, dando uma breve descrição do que ele chama de hidroscópio. Este é um instrumento científico que então era de uso comum, embora Hipátia é creditada frequentemente como sua inventora."Mary Ellen Waithe (1987). Ancient Women Philosophers: 600 B.C. - 500 A.D. [S.l.]: Martinus Nijhoff. p. 192. ISBN 978-90-247-3348-4 
  24. "Em suas cartas, ele descreve um hidroscópio (na verdade um hidrômetro) que fez, bem como uma catapulta. Além disso, ele construiu o que os antigos chamavam de um astrolábio, um instrumento que demonstrou fenômenos celestes. Cícero descreve um inventado por Arquimedes e Hiparco fez outro, dois modelos do século I a.C. foram comemorados na Antologia grega."C. G. Thomas (1988). Paths from ancient Greece. [S.l.]: BRILL. ISBN 978-90-04-08846-7 
  25. "É geralmente aceito que os astrólogos gregos, tanto no século II ou I a.C., inventaram o astrolábio".Robert E. Krebs (2004). Groundbreaking scientific experiments, inventions, and discoveries of the Middle Ages and the Renaissance. [S.l.]: Greenwood Publishing Group. p. 196. ISBN 978-0-313-32433-8 
  26. "A invenção do astrolábio é geralmente atribuída a Hiparco do século II a.C. Mas não há nenhuma evidência para apoiar este ponto de vista. No entanto, é certo que o instrumento era bem conhecido pelos gregos antes do início da era cristã."Sriramula Rajeswara Sarma (30 de junho de 2008). The archaic and the exotic: studiese in the history of Indian astronomical instruments. [S.l.]: Manohar. ISBN 978-81-7304-571-4 
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Bibliografia

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Ligações externas

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