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[[Imagem:3 Muralhas da Fortaleza de Valença.JPG|thumb|250px|Baluartes duplos da [[Praça-forte de Valença]], [[Portugal]].]] |
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Era utilizado como plataforma de [[artilharia]], para cruzar fogos com os baluartes vizinhos, impedindo o assalto inimigo às [[cortina (arquitetura militar)|cortinas]] situadas entre eles. |
Era utilizado como plataforma de [[artilharia]], para cruzar fogos com os baluartes vizinhos, impedindo o assalto inimigo às [[cortina (arquitetura militar)|cortinas]] situadas entre eles. |
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Observe-se que [[Duarte de Armas]] em [[Portugal]] e outros autores do início do [[século XVI]] - período em que a nova terminologia ainda não era muito difundida - empregaram o termo "baluarte" para designar qualquer obra fortificada. |
Observe-se que [[Duarte de Armas]] em [[Portugal]] e outros autores do início do [[século XVI]] - período em que a nova terminologia ainda não era muito difundida - empregaram o termo "baluarte" para designar qualquer obra fortificada. |
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Um fato curioso, datada aproximadamente no ano de 1440 a.C. (''isto é, no mesmo periodo que foi escrito o [[livro de Salmos]]''), é que a Bíblia já usava esse termo '''Baluarte''', para designar essa obra defensiva em batalhas, como pode ser encontrada no [[livro de Salmos]] 18:2 : |
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''"O Senhor é o meu rochedo, o meu lugar forte, e o meu libertador; o meu Deus, a minha fortaleza, em quem me refugio. Ele é o meu escudo, a força da minha salvação, o meu '''baluarte'''".'' |
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== Características == |
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Revisão das 05h42min de 23 de março de 2013
Um baluarte (do provençal baloart, do neerlandês bolwerk) ou bastião (do francês bastion) - em arquitetura militar - é uma obra defensiva, situada nas esquinas e avançada em relação à estrutura principal de uma fortificação abaluartada.
História
O baluarte surgiu pela primeira vez na Itália, em fins do século XV, tendo alcançado a sua máxima expressão com o marquês de Vauban, na França, na segunda metade do século XVII.
Era utilizado como plataforma de artilharia, para cruzar fogos com os baluartes vizinhos, impedindo o assalto inimigo às cortinas situadas entre eles.
Observe-se que Duarte de Armas em Portugal e outros autores do início do século XVI - período em que a nova terminologia ainda não era muito difundida - empregaram o termo "baluarte" para designar qualquer obra fortificada.
Características
O baluarte tem, normalmente, um formato pentagonal, apresentando duas faces, dois flancos e uma gola (linha pela qual está ligado à estrutura principal). Normalmente, é sustentado por muralhas de alvenaria e preenchido com terra apiloada.
Em relação aos castelos medievais, constitui-se numa defesa mais baixa e mais larga, melhor adaptada ao emprego da artilharia, que se difundiu na Europa a partir do século XV.
Tipos de baluarte
- Baluarte em tenalha: aquele cujo ângulo flanqueado forma um reentrante;
- Baluarte truncado: aquele cujo ângulo flanqueado é substituído por um ou dois ângulos reentrantes;
- Baluarte de orelhões: aquele cujos ângulos retirados e convexos estão cobertos até ao centro por uma extremidade da face conhecida por "orelhão";
- Baluarte destacado: reduto isolado em forma de baluarte;
- Baluarte duplo: aquele que possui um baluarte menor no seu interior;
- Baluarte terraplanado: aquele que, além do terrapleno normal da praça, era ainda cheio no seu interior com outro terrapleno, ficando mais reforçado;
- Baluarte plano: aquele que tem meias golas em linha reta;
- Baluarte real: aquele que apresenta dimensões muito elevadas, com vários entrincheiramentos e com capacidade para albergar uma grande guarnição;
- Baluarte regular: aquele cujas linhas e ângulos correspondentes são iguais entre si;
- Baluarte simples: aquele cujo terrapleno acompanha as suas faces e flancos, deixando um espaço vazio no centro, que pode ser utilizado para se construir alguma edificação;
- Baluarte vazio: aquele sem qualquer terrapleno;
- Meio-baluarte: aquele que apenas tem uma face e um flanco.
- GRAVE, João. Castelos Portugueses - Enciclopédia pela Imagem. Porto: Lello & Irmão Editores, s.d..
- GIL, Júlio. Os Mais Belos Castelos de Portugal. Lisboa/São Paulo: Editorial Verbo, 1986.
- NUNES, António Lopes Pires. Dicionário de Arquitetura Militar. Casal de Cambra: Caleidoscópio, 2005. 264p. il. ISBN 972-8801-94-7