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== A fronteira na história dos EUA == |
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[[Ficheiro:American progress.JPG|thumb|300px|''American Progress'' (1872), de John Gant. Note-se como animais e nativos fogem perante o avanço dos pioneiros, do caminho-de-ferro, dos agricultores, etc., sendo estes acompanhados de uma semideusa que cobre o território com linhas telegráficas.]] |
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{{quote|''A fronteira é aquele lugar onde a civilização pode avançar à custa do selvagem. É uma delgada linha geográfica onde o velho e o novo, o conhecido e o desconhecido se encontram e se colocam limites.''<ref name=cfrontier>Compton´s Interactive Encyclopedia (1996), Frontier.</ref>}} |
{{quote|''A fronteira é aquele lugar onde a civilização pode avançar à custa do selvagem. É uma delgada linha geográfica onde o velho e o novo, o conhecido e o desconhecido se encontram e se colocam limites.''<ref name=cfrontier>Compton´s Interactive Encyclopedia (1996), Frontier.</ref>}} |
Revisão das 19h08min de 17 de junho de 2013
Velho oeste, Oeste selvagem ou faroeste (em inglês: old west, wild west ou far west), são os termos com que se denomina popularmente o período e episódios históricos que tiveram lugar no século XIX (principalmente entre os anos de 1860 a 1890) durante a expansão da fronteira dos Estados Unidos para a costa do Oceano Pacífico. Embora a colonização do território tenha começado no século XVI com a chegada dos europeus, o objetivo de alcançar a costa oeste deveu-se principalmente à iniciativa governamental do presidente Thomas Jefferson, depois da Compra da Luisiana em 1803. A expansão da fronteira foi considerada como uma oportunidade de riqueza e progresso.
Esta incessante e prolongada migração de pessoas para o oeste deslocou culturas ancestrais e oprimiu minorias étnicas de ameríndios. Em contraste, o período suscitou importantes avanços na indústria, comunicações e agricultura, à custa em vários casos de uma intensa exploração dos recursos humanos e naturais.
Estes eventos históricos, origem de um mito nacional nos Estados Unidos, têm sido recriados por diversas manifestações de arte. No cinema, o género designa-se western e narra historias de cowboys, pioneiros, ameríndios, garimpeiros, empresários, etc. Histórias de pessoas de variadas condições que empreenderam a aventura do oeste com a esperança de alcançar o êxito pessoal mas que acabaram muitas vezes confrontados com a justiça ou com a fatalidade do destino. Os estudos atuais consideram que por trás desta mistificação esconde-se uma realidade complexa e que há a tendência de reconsiderar o papel de todos os atores que participaram naquela conjuntura social, econômica e cultural que foi a fronteira dos EUA no século XIX.
A fronteira na história dos EUA
THE BEATLES, THE BEATLES, THE BEATLES, faz alusão ao avanço para o oeste e à procura de oportunidades dentro de um território desconhecido. Nas palavras de um autor moderno:
A fronteira é aquele lugar onde a civilização pode avançar à custa do selvagem. É uma delgada linha geográfica onde o velho e o novo, o conhecido e o desconhecido se encontram e se colocam limites.[1]
Em princípios do século XIX, o Oeste era considerado um território selvagem e inóspito, com escassas possibilidades de ser habitado.[2] Para esta opinião não influía o facto de que os povos ameríndios estavam há vários milénios a viver lá. O avanço do Leste civilizado sobre o Oeste selvagem foi o encontro e choque entre dois mundos mutuamente exclusivos. A apropriação de territórios e o deslocamento dos nativos justificou-se com a doutrina do "destino manifesto", uma ideologia que afirmava que todos estes acontecimentos eram parte de um plano divino previsto para a América do Norte e para o mundo.[3] Em 1825, um político de Missouri chamado Thomas Hart Benton defendeu a colonização alegando que o seu propósito era levar a todos os povos «grandes e maravilhosos benefícios através da ciência, dos princípios liberais de governo e da verdadeira religião».[3] Em 1893, uma vez passado o período de expansão, Frederick Jackson Turner apresentou a sua tese «Significado da fronteira na história dos Estados Unidos», mais conhecida como Tese da Fronteira (Frontier Thesis) ou Tese de Turner (Turner Thesis). Nela destacou a mestiçagem de raças,[1] o logro da solidariedade entre as distintas regiões, a acção do governo ao impulsionar as comunicações e a criação de uma personalidade nacional. O mais importante, no entanto, foi:
…a promoção da democracia aqui e na Europa (…) o individualismo desde o começo tem promovido a democracia (…) significa o triunfo da fronteira.[1]
Com o tempo, a fronteira converteu-se num mito nos Estados Unidos.[4]Tudo o que aconteceu no oeste — bom ou mau — serviu para forjar a personalidade do país através de valores como a procura de oportunidades, a aplicação de soluções práticas, a atitude enérgica perante as dificuldades, a capacidade de inovação e o esforço orientado para o progresso. Em definitivo:
…um escape e um lugar de esperança para aqueles dispostos e capazes de tomar o futuro nas suas próprias mãos.[1]
Ver também
- Batalha de Little Bighorn
- Big Nose George
- Buffalo Bill
- Cavalo Louco
- General Custer
- Genocídio dos indígenas dos Estados Unidos
- George Crook
- Jane Calamidade
- Pony Express
- Touro Sentado
- Tex Willer Blog - O Alfabeto do Velho Oeste
- Thomas Jefferson
- Wild Bill Hickok
Referências
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