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'''Audiovisual''' é um termo genérico que pode se referir a formas de [[comunicação audiovisual|comunicação]] que combinam [[som]] e [[imagem]], bem como a cada [[produto audiovisual|produto]] gerado por estas formas de comunicação, ou ainda à [[tecnologia]] empregada para o registro, tratamento e exibição de som e imagem sincronizados, ou ainda à [[linguagem]] utilizada para gerar significados combinando imagens e sons.
#REDIRECT [[Comunicação audiovisual]]

==Origens do termo==

Segundo o [[Dicionário Houaiss]], audiovisual é "qualquer comunicação, mensagem, recurso, material etc. que se destina a ou visa estimular os sentidos da audição e da visão simultaneamente".<ref>Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Editora Objectiva, Rio de Janeiro, 2001, p. 343.</ref>

No Brasil, até os anos [[1980]], a palavra ''audiovisual'' designava um tipo específico de apresentação pública, hoje mais conhecida como [[diaporama]], e que combinava a projeção de uma sequência de [[diapositivo]]s (''slides'') com o som (constituído de narração, música, ruídos, etc.) gravado em [[fita magnética]] e exibido em sincronia.<ref>{{citar web | titulo="Como inserir música em um diaporama" | url=http://pt.kioskea.net/faq/20-como-inserir-musica-em-um-diaporama | acessodata=1 de março de 2010}}</ref>

A partir dos anos [[1970]], o mercado [[publicidade|publicitário]] passou a chamar de ''audiovisual'' um subgênero de vídeos de propaganda que não se destinavam à exibição em televisão nem tinham como objetivo vender um determinado produto, mas sim estabelecer uma imagem favorável para uma marca, empresa ou instituição — o que mais tarde veio a se chamar de [[vídeo institucional]].<ref>{{citar web | titulo=Nota sobre vídeos institucionais no sítio "Roteiros online" | url=http://www.roteirosonline.com.br/roteiroinstitucional.htm | acessodata=1 de março de 2010}}</ref>

==Uso contemporâneo do termo==

Mais recentemente, por influência da [[língua francesa]], ''audiovisual'' passou a caracterizar o conjunto de todas as tecnologias, formas de comunicação e produtos constituídos de sons e imagens com impressão de movimento — abrangendo, portanto, o [[cinema]] [[Anexo:Lista de gêneros cinematográficos|ficcional]] ou [[documentário|documental]], a [[televisão]] [[televisão aberta|aberta]] ou [[televisão por assinatura|fechada]] e todos os seus [[programa de televisão|gêneros]], o [[vídeo]] [[sinal analógico|analógico]] ou [[vídeo digital|digital]], de [[vídeo de alta definição|alta]] ou [[televisão de definição padrão|baixa definição]], a [[videoarte]] e o [[cinema experimental]], a [[animação]] tradicional ou [[animação digital|computadorizada]] e também formatos mais ou menos autônomos como o comercial de [[publicidade]], o [[videoclipe]], os programas de [[propaganda política (Brasil)|propaganda política]], o [[videogame]], o ''[[making of]]'', as transmissões ao vivo em [[circuito fechado de televisão|circuito fechado]], os vídeos feitos para exibição na [[internet]] ou em [[telefone celular|telefones móveis]], etc.

Desde o final do século XX, à medida que a [[convergência tecnológica]] veio progressivamente aproximando campos distintos da produção e realização de imagens em movimento (especialmente o cinema e a televisão, mas também as chamadas "novas mídias"), o termo audiovisual vem sendo cada vez mais utilizado como um conceito que busca abranger todos estes campos. Este movimento pode ser mais claramente notado nas áreas acadêmica, de festivais e de gestão cultural.

;Na academia

Nas universidades, boa parte dos cursos de formação em cinema transformaram-se, nos últimos anos, em cursos de audiovisual, como é o caso do ''Curso Superior do Audiovisual'' da [[Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo|USP]] em São Paulo (que era "de cinema e televisão" até 2000), do ''[[Curso de Realização Audiovisual]]'' da [[Unisinos]] no [[Rio Grande do Sul]] (criado em 2003) e do ''Curso de Comunicação Social Audiovisual'' da [[Universidade Federal do Espírito Santo|UFES]] em [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]] (2010). No Rio de Janeiro, o tradicional ''Curso de Cinema'' da [[UFF]] optou pela denominação híbrida de ''Curso de Cinema e Audiovisual''.

;Nos festivais

A maioria dos festivais consagrados à exibição de obras audioviduais continua adotando as denominações "de cinema" ou "de vídeo", eventualmente combinando as duas possibiidades. Mas são cada vez mais comuns eventos como o [[Cine PE - Festival do Audiovisual]] de [[Recife]] (criado em 1997) ou o [[Festival Audiovisual Black & White]] no [[Porto]] (2004), inclusive para sinalizar a aceitação de obras realizadas em qualquer tecnologia. Eventos com a denominação "festival do audiovisual" já ocorrem periodicamente em [[Florianópolis]] (desde 1997), [[Atibaia]] (desde 2006), [[Patos (Paraíba)]] (desde 2007), etc.

;Na gestão cultural

Em Portugal, o antigo ''Instituto Português do Cinema'', criado em 1971, passou por várias denominações intermediárias até vir a chamar-se ''[[ICA|Instituto do Cinema e Audiovisual]]'' em 2007. No Brasil, o recente (2004) projeto de transformação da ''[[Ancine|Agência Nacional de Cinema]]'' em ''Agência Nacional do Cinema e do Audiovisual'' <ref>{{citar web | titulo=Resumo do Projeto Ancinav, segundo o Jornal Brasileiro de Ciências da Comunicação, agosto de 2004 | url=http://www2.metodista.br/unesco/jbcc/jbcc_mensal/jbcc261/estado_acinav.htm | acessodata=1 de março de 2010}}</ref> esbarrou em uma série de oposições, especialmente das emissoras de televisão,<ref>{{citar web | titulo=Coletânea de artigos sobre a Ancinav, organizada pelo Observatório de Imprensa, setembro de 2004 | url=http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=295ASP008 | acessodata=1 de março de 2010}}</ref> e acabou não sendo apresentado ao Congresso.

{{Referências}}

[[Categoria:Comunicação]]
[[Categoria:Cinema| ]]
[[Categoria:Multimídia]]

[[fr:Audiovisuel]]

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Audiovisual é um termo genérico que pode se referir a formas de comunicação que combinam som e imagem, bem como a cada produto gerado por estas formas de comunicação, ou ainda à tecnologia empregada para o registro, tratamento e exibição de som e imagem sincronizados, ou ainda à linguagem utilizada para gerar significados combinando imagens e sons.

Origens do termo

Segundo o Dicionário Houaiss, audiovisual é "qualquer comunicação, mensagem, recurso, material etc. que se destina a ou visa estimular os sentidos da audição e da visão simultaneamente".[1]

No Brasil, até os anos 1980, a palavra audiovisual designava um tipo específico de apresentação pública, hoje mais conhecida como diaporama, e que combinava a projeção de uma sequência de diapositivos (slides) com o som (constituído de narração, música, ruídos, etc.) gravado em fita magnética e exibido em sincronia.[2]

A partir dos anos 1970, o mercado publicitário passou a chamar de audiovisual um subgênero de vídeos de propaganda que não se destinavam à exibição em televisão nem tinham como objetivo vender um determinado produto, mas sim estabelecer uma imagem favorável para uma marca, empresa ou instituição — o que mais tarde veio a se chamar de vídeo institucional.[3]

Uso contemporâneo do termo

Mais recentemente, por influência da língua francesa, audiovisual passou a caracterizar o conjunto de todas as tecnologias, formas de comunicação e produtos constituídos de sons e imagens com impressão de movimento — abrangendo, portanto, o cinema ficcional ou documental, a televisão aberta ou fechada e todos os seus gêneros, o vídeo analógico ou digital, de alta ou baixa definição, a videoarte e o cinema experimental, a animação tradicional ou computadorizada e também formatos mais ou menos autônomos como o comercial de publicidade, o videoclipe, os programas de propaganda política, o videogame, o making of, as transmissões ao vivo em circuito fechado, os vídeos feitos para exibição na internet ou em telefones móveis, etc.

Desde o final do século XX, à medida que a convergência tecnológica veio progressivamente aproximando campos distintos da produção e realização de imagens em movimento (especialmente o cinema e a televisão, mas também as chamadas "novas mídias"), o termo audiovisual vem sendo cada vez mais utilizado como um conceito que busca abranger todos estes campos. Este movimento pode ser mais claramente notado nas áreas acadêmica, de festivais e de gestão cultural.

Na academia

Nas universidades, boa parte dos cursos de formação em cinema transformaram-se, nos últimos anos, em cursos de audiovisual, como é o caso do Curso Superior do Audiovisual da USP em São Paulo (que era "de cinema e televisão" até 2000), do Curso de Realização Audiovisual da Unisinos no Rio Grande do Sul (criado em 2003) e do Curso de Comunicação Social Audiovisual da UFES em Vitória (2010). No Rio de Janeiro, o tradicional Curso de Cinema da UFF optou pela denominação híbrida de Curso de Cinema e Audiovisual.

Nos festivais

A maioria dos festivais consagrados à exibição de obras audioviduais continua adotando as denominações "de cinema" ou "de vídeo", eventualmente combinando as duas possibiidades. Mas são cada vez mais comuns eventos como o Cine PE - Festival do Audiovisual de Recife (criado em 1997) ou o Festival Audiovisual Black & White no Porto (2004), inclusive para sinalizar a aceitação de obras realizadas em qualquer tecnologia. Eventos com a denominação "festival do audiovisual" já ocorrem periodicamente em Florianópolis (desde 1997), Atibaia (desde 2006), Patos (Paraíba) (desde 2007), etc.

Na gestão cultural

Em Portugal, o antigo Instituto Português do Cinema, criado em 1971, passou por várias denominações intermediárias até vir a chamar-se Instituto do Cinema e Audiovisual em 2007. No Brasil, o recente (2004) projeto de transformação da Agência Nacional de Cinema em Agência Nacional do Cinema e do Audiovisual [4] esbarrou em uma série de oposições, especialmente das emissoras de televisão,[5] e acabou não sendo apresentado ao Congresso.

Referências

  1. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Editora Objectiva, Rio de Janeiro, 2001, p. 343.
  2. «"Como inserir música em um diaporama"». Consultado em 1 de março de 2010 
  3. «Nota sobre vídeos institucionais no sítio "Roteiros online"». Consultado em 1 de março de 2010 
  4. «Resumo do Projeto Ancinav, segundo o Jornal Brasileiro de Ciências da Comunicação, agosto de 2004». Consultado em 1 de março de 2010 
  5. «Coletânea de artigos sobre a Ancinav, organizada pelo Observatório de Imprensa, setembro de 2004». Consultado em 1 de março de 2010