Repórteres sem Fronteiras: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Alch Bot (discussão | contribs)
m Robô: Alteração da categoria redireccionada Organizações internacionais não governamentais para [[:Categoria:Organizações não governamentais internacionais|Organizações não go...
Linha 18: Linha 18:
[[Ficheiro:Karlsmedaille für europäische Medien an Reporter ohne Grenzen, 2009.jpg|thumb|left|<small>Jean-François Julliard ''(no centro)'', recebe a medalha Charlemagne para as mídias europeias, em nome de RSF (2009).</small>]]
[[Ficheiro:Karlsmedaille für europäische Medien an Reporter ohne Grenzen, 2009.jpg|thumb|left|<small>Jean-François Julliard ''(no centro)'', recebe a medalha Charlemagne para as mídias europeias, em nome de RSF (2009).</small>]]


A entidade foi objeto de críticas, tendo sido acusada [[pró-americanismo]]. Também foi criticada por suas campanhas contra [[Cuba]] e a [[Venezuela]], por sua recusa em abordar as questões de liberdade de imprensa na França e por suas ações contra a realização dos Jogos Olímpicos de 2008 em Pequim. Além disso, é criticada por ser parcialmente financiada pela ''[[National Endowment for Democracy]]'' (NED),<ref>[http://www.lefigaro.fr/actualites/2008/04/21/01001-20080421ARTFIG00365-revelations-surlefinancement-de-reporters-sans-frontieres.php Révélations sur le financement de RSF], por Marie-Christine Tabet. ''[[Le Figaro]]'', 21 de abril de 2008.</ref> pela ''[[Open Society Institute]]'' de [[George Soros]], pelo ''Center for Free Cuba'', pela [[União Europeia]] e por grandes empresas transnacionais.
A entidade foi criticada por suas campanhas contra [[Cuba]] e a [[Venezuela]], por sua recusa em abordar as questões de liberdade de imprensa na França e por suas ações contra a realização dos Jogos Olímpicos de 2008 em Pequim. Além disso, é criticada por ser parcialmente financiada pela ''[[National Endowment for Democracy]]'' (NED),<ref>[http://www.lefigaro.fr/actualites/2008/04/21/01001-20080421ARTFIG00365-revelations-surlefinancement-de-reporters-sans-frontieres.php Révélations sur le financement de RSF], por Marie-Christine Tabet. ''[[Le Figaro]]'', 21 de abril de 2008.</ref> pela ''[[Open Society Institute]]'' de [[George Soros]], pelo ''Center for Free Cuba'', pela [[União Europeia]] e por grandes empresas transnacionais.


== Relatório anual ==
== Relatório anual ==

Revisão das 14h30min de 10 de junho de 2016

Logo em francês, inglês e espanhol.

Repórteres sem Fronteiras (RSF, em francês: Reporters sans frontières) é uma organização não-governamental internacional cujo objetivo declarado é defender a liberdade de imprensa no mundo. RSF foi criada na França por Robert Ménard, Rony Brauman e Jean-Claude Guillebaud, em 1985.[1] Sua sede fica no 2° arrondissement de Paris.[2] Em seus comunicados à imprensa e nas suas publicações, RSF declara:

"Repórteres sem Fronteiras defende os jornalistes aprisionados e a liberdade de imprensa no mundo, isto é o direito de informar e ser informado, de acordo com o artigo 19 da Declaração universal dos direitos do Homem."

Linhas de ação

Paris « Beijing 2008 »

As linhas de ação de RSF, explicitadas no site da entidade, são:

  • defender os jornalistas e colaboradores dos meios de comunicação aprisionados ou perseguidos por sua atividade profissional, e denunciar os maus-tratos e a tortura de que são vítimas em muitos países;
  • lutar para fazer recuar a censura e combater as leis que visam restringir a liberdade de imprensa;
  • conceder a cada ano quase trezentas bolsas de assistência, a fim de auxiliar jornalistas ou veículos de comunicação em dificuldade, bem como as famílias de repórteres presos.
  • agir para melhorar a segurança dos jornalistes, notadamente em zonas de conflito.[3]

RSF é membro e fundadora da organização International Freedom of Expression Exchange (IFEX), uma rede mundial de mais de 70 organizações não-governamentais de defesa da liberdade de expressão, que monitora violações à liberdade de imprensa e de expressão, movendo campanhas de defesa de jornalistas, escritores, usuários de Internet e outros que possam ser vítimas de perseguição pelo exercício do direito à expressão.

Em 2005, a organização foi agraciada com o Prêmio Sakharov para a liberdade de espírito, conferido pelo Parlamento Europeu. Para o período de outubro de 2008 a janeiro de 2012, seu secretário-geral é Jean-François Julliard,[4] [5] sucedendo a Robert Ménard, que dirigia a organização desde a sua fundação.

Jean-François Julliard (no centro), recebe a medalha Charlemagne para as mídias europeias, em nome de RSF (2009).

A entidade foi criticada por suas campanhas contra Cuba e a Venezuela, por sua recusa em abordar as questões de liberdade de imprensa na França e por suas ações contra a realização dos Jogos Olímpicos de 2008 em Pequim. Além disso, é criticada por ser parcialmente financiada pela National Endowment for Democracy (NED),[6] pela Open Society Institute de George Soros, pelo Center for Free Cuba, pela União Europeia e por grandes empresas transnacionais.

Relatório anual

Ver artigo principal: Índice de Liberdade de Imprensa

RSF publica a cada ano um relatório sobre o estado da liberdade de imprensa no mundo. Este documento, bastante mediatizado a cada aparição, baseia-se em diversos critérios para avaliar a liberdade de imprensa real em cada país, considerando desde ataques a jornalistas até a existência de leis que possam dificultar ou limitar essa liberdade.

Críticas

A imparcialidade de RSF tem sido questionada por partidos, sindicatos, veículos de imprensa e associações profissionais de jornalistas de diferentes países - e mais recentemente, também pela família do jornalista espanhol José Couso, morto no Iraque por "fogo amigo" das tropas do Estados Unidos.

Há questionamentos quanto às fontes de financiamento da organização e críticas às posições assumidas por seu secretário geral, Robert Menard, sobre a prática de tortura [7]. A análise das contas da RSF, feita por repórteres independentes, e a alegada vinculação de Robert Ménard, à CIA[8], bem como suas declarações de que o uso de tortura seria justificável, em alguns casos,[9] parecem contradizer os valores defendidos pela organização, suscitando reservas quanto à sua imparcialidade e seus reais propósitos .

Na matéria "O Caixa 2 das ONGs", a revista Carta Capital reporta o financiamento de Organizações Não-Governamentais como a RSF por poderosos "lobbies" norte-americanos. Elas estariam sendo financiadas para colaborar com campanhas dos EUA contra governos que lhe são contrários, como o de Hugo Chávez (Venezuela) e o de Fidel Castro (Cuba).

RSF tem sido acusada também de manter ligações com a oposição ao governo cubano baseada em Miami, e de mover campanha sistemática contra Cuba e contra a Venezuela, com objetivos mais político-ideológicos do que de defesa dos direitos humanos e da liberdade de imprensa.

Ligações externas

Sobre os problemas de neutralidade:

Vídeo 

Referências