Calendário gregoriano: diferenças entre revisões
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* Foram omitidos dez dias do calendário juliano, deixando de existir os dias de 5 a 14 de outubro de 1582. A bula ditava que o dia imediato à quinta-feira, 4 de outubro, fosse sexta-feira, 15 de outubro.<ref>{{citar web|URL=http://www.calendariodoano.com.br/calendario-gregoriano/|título=Calendário Gregoriano|autor=|data=|publicado=Calendário do Ano|acessodata=26 de dezembro de 2016}}</ref> |
* Foram omitidos dez dias do calendário juliano, deixando de existir os dias de 5 a 14 de outubro de 1582. A bula ditava que o dia imediato à quinta-feira, 4 de outubro, fosse sexta-feira, 15 de outubro.<ref>{{citar web|URL=http://www.calendariodoano.com.br/calendario-gregoriano/|título=Calendário Gregoriano|autor=|data=|publicado=Calendário do Ano|acessodata=26 de dezembro de 2016}}</ref> |
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* Os [[ano secular|anos seculares]] só são considerados [[bissexto]]s se forem divisíveis por 400. Desta forma a diferença (atraso) de três dias em cada quatrocentos anos observada no [[calendário juliano]] desaparecem <ref name="Topografia" />. |
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* Corrigiu-se a medição do [[ano solar]], o ano gregoriano dura em média 365 [[dia]]s, 5 [[hora]]s, 49 [[minuto]]s e 12 [[segundo]]s, ou seja, 27 segundos a mais do que o [[ano trópico]] <ref name="Topografia" />. |
* Corrigiu-se a medição do [[ano solar]], o ano gregoriano dura em média 365 [[dia]]s, 5 [[hora]]s, 49 [[minuto]]s e 12 [[segundo]]s, ou seja, 27 segundos a mais do que o [[ano trópico]] <ref name="Topografia" />. |
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O calendário gregoriano apresenta alguns defeitos, tanto sob o ponto de vista [[astronomia|astronômico]], como no seu aspecto prático. Por exemplo, o número de dias de cada mês é irregular (28 a 31 dias); além disso a [[semana]], adotada quase universalmente como unidade laboral de tempo, não se encontra integrada nos meses e muitas vezes fica repartida por dois meses diferentes, prejudicando a distribuição racional do trabalho e dos salários <ref name=Topografia/>. |
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Outro problema é a mobilidade da data da [[Páscoa]], que oscila entre [[22 de março]] e [[25 de abril]], perturbando a duração dos trimestres escolares e de numerosas outras atividades econômicas e sociais <ref name=Topografia/>. |
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A [[mudança para o calendário gregoriano]] deu-se ao longo de mais de três séculos. Primeiramente foi adotado por [[Portugal]], [[Espanha]], [[Itália]] e [[Polônia]]; e de modo sucessivo, pela maioria dos países católicos europeus. Os países onde predominava o [[luteranismo]] e o [[anglicanismo]] tardariam a adotá-lo, caso da [[Alemanha]] (Baviera, Prússia e demais províncias) ([[1700]]) e [[Reino da Grã-Bretanha|Grã-Bretanha]] (Inglaterra e País de Gales) ([[1752]]). A adoção deste calendário pela [[Suécia]] foi tão problemática que até gerou o dia [[30 de fevereiro]]. A [[China]] aprovou-o em [[1912]], a [[Bulgária]] em [[1916]], a [[Rússia]] em [[1918]], a [[Roménia]] em [[1919]], a [[Grécia]] em [[1923]] e a [[Turquia]] em [[1926]] <ref>Edição especial do [[Correio da Manhã]] - "Os Papas - De São Pedro a João Paulo II" - Fascículo X, "Gregório XIII, o Papa que acertou o calendário", página 219, ano 2005.</ref>. |
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Revisão das 02h15min de 24 de março de 2017
O calendário gregoriano é um calendário de origem europeia, utilizado oficialmente pela maioria dos países. Foi promulgado pelo Papa Gregório XIII [1] (1502–1585) a 24 de Fevereiro do ano 1582 pela bula Inter gravissimas em substituição do calendário juliano implantado pelo líder romano Júlio César (100–44 a.C.) em 46 a.C..[carece de fontes]
Como convenção e por praticidade, o calendário gregoriano é adotado para demarcar o ano civil no mundo inteiro, facilitando o relacionamento entre as nações. Essa unificação decorre do fato de a Europa ter, historicamente, exportado seus padrões para o resto do globo [2].
História
O Papa Gregório XIII reuniu um grupo de especialistas para corrigir o calendário juliano. O objetivo da mudança era fazer regressar o equinócio da primavera para o dia 21 de março e desfazer o erro de 10 dias existente na época. A Comissão preparou um documento, o Compendium, em 1577, enviado no ano seguinte aos Príncipes e matemáticos para darem o seu parecer.
Após cinco anos de estudos, foi promulgada a bula papal Inter Gravissimas [3].
Neste grupo de estudiosos participaram Christopher Clavius[4] (1538-1612) jesuíta alemão, sábio e matemático, Ignazio Danti [5] (1536-1586) dominicano, matemático, astrónomo e cartógrafo italiano e Luigi Giglio [6] (1510-1576) médico, filósofo, astrónomo e cronologista italiano.
A bula pontifícia também determinava regras para impressão dos calendários, com o objetivo de que eles fossem mantidos íntegros e livres de falhas ou erros. Era proibido a todas as gráficas com ou sem intermediários publicar ou imprimir, sem a autorização expressa da Santa Igreja Romana, o calendário ou o martirológio[7] em conjunto ou separadamente, ou ainda de tirar proveito de qualquer forma a partir dele, sob pena de perda de contratos e de uma multa de 100 ducados de ouro a ser paga à Sé Apostólica. A não observância ainda punia o infrator a pena de excomunhão latae sententiae e a outras tristezas [8].
Oficialmente o primeiro dia deste novo calendário foi 15 de Outubro de 1582.
As mudanças
- Foram omitidos dez dias do calendário juliano, deixando de existir os dias de 5 a 14 de outubro de 1582. A bula ditava que o dia imediato à quinta-feira, 4 de outubro, fosse sexta-feira, 15 de outubro.[9]
- Os anos seculares só são considerados bissextos se forem divisíveis por 400. Desta forma a diferença (atraso) de três dias em cada quatrocentos anos observada no calendário juliano desaparecem [3].
- Corrigiu-se a medição do ano solar, o ano gregoriano dura em média 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 12 segundos, ou seja, 27 segundos a mais do que o ano trópico [3].
Críticas
O calendário gregoriano apresenta alguns defeitos, tanto sob o ponto de vista astronômico, como no seu aspecto prático. Por exemplo, o número de dias de cada mês é irregular (28 a 31 dias); além disso a semana, adotada quase universalmente como unidade laboral de tempo, não se encontra integrada nos meses e muitas vezes fica repartida por dois meses diferentes, prejudicando a distribuição racional do trabalho e dos salários [3].
Outro problema é a mobilidade da data da Páscoa, que oscila entre 22 de março e 25 de abril, perturbando a duração dos trimestres escolares e de numerosas outras atividades econômicas e sociais [3].
Aceitação
A mudança para o calendário gregoriano deu-se ao longo de mais de três séculos. Primeiramente foi adotado por Portugal, Espanha, Itália e Polônia; e de modo sucessivo, pela maioria dos países católicos europeus. Os países onde predominava o luteranismo e o anglicanismo tardariam a adotá-lo, caso da Alemanha (Baviera, Prússia e demais províncias) (1700) e Grã-Bretanha (Inglaterra e País de Gales) (1752). A adoção deste calendário pela Suécia foi tão problemática que até gerou o dia 30 de fevereiro. A China aprovou-o em 1912, a Bulgária em 1916, a Rússia em 1918, a Roménia em 1919, a Grécia em 1923 e a Turquia em 1926 [10].
Alguns povos conservam outros calendários para uso religioso inclusive com cronologia diferente da adotada pela Igreja Católica Romana. Conforme proposta feita por Dionísius Exiguus[11] (470 - 544) monge romeno o marco inicial da cronologia cristã tem como data o ano do nascimento de Cristo [12].
Segundo o calendário gregoriano, hoje é 9 de maio de 2024. Para esta mesma data outros calendários apontam anos diferentes, como: Ab urbe condita 2777; Calendário Babilônico 6774; Calendário bahá'í 180–181; Calendário budista 2568; Calendário hebreu 5784–5785; Calendário hindu Vikram Samvat 2080–2081; Calendário hindu Shaka Samvat 1946–1947; Calendário hindu Kali Yuga 5125–5126; Calendário Holoceno 12024; Calendário iraniano 1402–1403; Calendário Islâmico 1445–1446 entre outros.
Dias, semanas e meses
Nº | Mês | Dias |
---|---|---|
1 | Janeiro | 31 |
2 | Fevereiro | 28 ou 29 |
3 | Março | 31 |
4 | Abril | 30 |
5 | Maio | 31 |
6 | Junho | 30 |
7 | Julho | 31 |
8 | Agosto | 31 |
9 | Setembro | 30 |
10 | Outubro | 31 |
11 | Novembro | 30 |
12 | Dezembro | 31 |
Nº | Latim | |
---|---|---|
1 | domingo | Dies Dominica aut Solis dies (Dia do
Senhor ou Dia do Sol) |
2 | segunda-feira | Lunae dies (Dia da Lua) |
3 | terça-feira | Martis dies (Dia de Marte) |
4 | quarta-feira | Mercurii dies (Dia de
Mercúrio) |
5 | quinta-feira | Jovis dies (Dia de Júpiter) |
6 | sexta-feira | Veneris dies (Dia de Vénus) |
7 | sábado | Saturni dies (Dia de Saturno) |
Dia: é a unidade fundamental de tempo adotada pelo calendário gregoriano. Um dia é equivalente a 86.400 segundos de Tempo Atômico Internacional (TAI) [14].
Semana: é um período de 7 dias [15].
Atualmente muitos utilizam a segunda-feira como primeiro dia da semana, por ser considerado o primeiro dia útil.
- Janeiro: Jano, deus romano das portas, passagens, inícios e fins.
- Fevereiro: Fébruo, deus etrusco da morte; Februarius (mensis), "Mês da purificação" em latim, parece ser uma palavra de origem sabina e o último mês do calendário romano anterior a 45 a. C.. Relacionado com a palavra "febre".
- Março: Marte, deus romano da guerra.
- Abril: É o quarto mês do calendário gregoriano e tem 30 dias. O seu nome deriva do latim April, que significa abrir, numa referência à germinação das culturas. Outra hipótese sugere que Abril seja derivado de Apro, o nome etrusco de Vénus, deusa do amor e da paixão. Além de ser o único mês que termina com "L" ao invés de "O"
- Maio: Maia Maiestas, deusa romana.
- Junho: Juno, deusa romana, esposa do deus Júpiter.
- Julho: Júlio César, general romano. O mês era anteriormente chamado Quíncio, o quinto mês do calendário de Rómulo.
- Agosto: Augusto, primeiro imperador romano. O mês era anteriormente chamado Sêxtil, o sexto mês do calendário de Rómulo.
- Setembro: septem, "sete" em latim; o sétimo mês do calendário de Rómulo.
- Outubro: octo, "oito" em latim; o oitavo mês do calendário de Rómulo.
- Novembro: novem, "nove" em latim; o nono mês do calendário de Rómulo.
- Dezembro: decem, "dez" em latim; o décimo mês do calendário de Rómulo.
ISO 8601
A norma ISO 8601 emitida pela Organização Internacional para Padronização (International Organization for Standardization, ISO) é utilizada para representar data e hora. Especificamente esta norma define: “Elementos de dados e formatos de intercâmbio para representação e manipulação de datas e horas” [17].
Ver também
Referências
- ↑ Agostino Borromeo. «Gregorio XIII» (em italiano). Enciclopedia dei Papi (2000). Consultado em 13 de fevereiro de 2012
- ↑ Antonio Carlos Olivieri. «Calendário juliano, calendário gregoriano e ano bissexto». UOL. Consultado em 11 de fevereiro de 2012
- ↑ a b c d e Manuel Nunes Marque. «Calendário Gregoriano» (PDF). Museu de Topografia Prof. laureani Ibrahim Chaffe, Departamento de Geodésia – UFRGS. Consultado em 10 de fevereiro de 2012
- ↑ The Catholic Encyclopedia. «Christopher Clavius» (em inglês). Consultado em 11 de fevereiro de 2012
- ↑ «Catholic Encyclopedia (1913)/Aloisius Lilius». Wikisource. Consultado em 25 de fevereiro de 2016
- ↑ «Catholic Encyclopedia (1913)/Aloisius Lilius». Wikisource. Consultado em 11 de fevereiro de 2012
- ↑ Èulogos. «Conferenza Stampa Di Presentazione Del Nuovo Martirologio Romano» (em italiano). I Edizione IntraText CT. Consultado em 13 de fevereiro de 2012
- ↑ Papa Gregório XIII (1581/1582). «Inter Gravissimas» (em latim). Consultado em 11 de fevereiro de 2012 Verifique data em:
|data=
(ajuda) - ↑ «Calendário Gregoriano». Calendário do Ano. Consultado em 26 de dezembro de 2016
- ↑ Edição especial do Correio da Manhã - "Os Papas - De São Pedro a João Paulo II" - Fascículo X, "Gregório XIII, o Papa que acertou o calendário", página 219, ano 2005.
- ↑ The Catholic Encyclopedia. «Dionysius Exiguus» (em inglês). Consultado em 11 de fevereiro de 2012
- ↑ Ricardo Moretz Sohn (fevereiro de 2000). «Tempo, o que serás tu?». Consultado em 13 de fevereiro de 2013
- ↑ Marina Motomura. «Por que os dias da semana têm "feira" no nome?». Mundo Estranho, Abril Cultural. Consultado em 11 de fevereiro de 2012
- ↑ BIPM. «International Atomic Time (TAI)» (em inglês). Annual Report on Time Activities. Consultado em 13 de fevereiro de 2012
- ↑ Antonio Luiz M. C. Costa. «A origem dos sete dias». Terra Magazine. Consultado em 13 de fevereiro de 2012
- ↑ Mundo Estranho. «Qual é a origem dos nomes dos meses?». Abril Cultural. Consultado em 11 de fevereiro de 2012
- ↑ International Organization for Standardization. «Numeric representation of dates and time» (em inglês). Consultado em 11 de setembro de 2012
Bibliografia
- Moyer, G. (1982 November). «Luigi Lilio and the Gregorian reform of the calendar». Sky and Telescope. 64 (11): 418–9. Bibcode:1982S&T....64..418M Verifique data em:
|data=
(ajuda). - Bond, J.J. (1966). Handy Book of Rules and Tables for Verifying Dates within the Christian Era. [S.l.]: Russell & Russell, a Division of Atheneum House Inc.
Ligações externas
- «Calendários, Renato Las Casas, Observatório da UFMG.» 🔗
- «Como se contam os anos, Fabiano Maisonnave, UOL.» 🔗
- «Calendários de todo o mundo, em todas as épocas.»
- «Calendrier julien de 2012 / référence synoptique julien-grégorien.» (em francês)