Eugene Kaspersky: diferenças entre revisões

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'''Eugene Valentinovich Kaspersky''' ({{lang-ru|'''Евгений Валентинович Касперский'''}}; [[Novorossiysk]], [[União Soviética]], {{dtlink|4|10|1965}}), mais conhecido como '''Eugene Kaspersky''', é um especialista russo em [[Segurança de computadores|cibersegurança]] e CEO da [[Kaspersky Lab]], uma empresa de segurança de TI com 4.000 funcionários. Ele foi cofundador da Kaspersky Lab em 1997 e ajudou a identificar casos de [[ciberguerra]] patrocinada pelo governo como chefe de pesquisa. Ele tem defendido um tratado internacional que proíbe a guerra cibernética.
'''Evgeni Valentinovich Kasperski''' ({{lang-ru|'''Евгений Валентинович Касперский'''}}; [[Novorossiysk]], [[União Soviética]], {{dtlink|4|10|1965}}), mais conhecido como '''Eugene Kaspersky''', é um especialista russo em [[Segurança de computadores|cibersegurança]] e CEO da [[Kaspersky Lab]], uma empresa de segurança de TI com 4.000 funcionários. Ele foi cofundador da Kaspersky Lab em 1997 e ajudou a identificar casos de [[ciberguerra]] patrocinada pelo governo como chefe de pesquisa. Ele tem defendido um tratado internacional que proíbe a guerra cibernética.


Kaspersky se formou na ''The Technical Faculty of the KGB Higher School'' em 1987 com um diploma em engenharia matemática e tecnologia da computação.<ref>{{Citar periódico |titulo=Eugene Kaspersky interview: 'We don't have enough people to protect the world from cyber criminals' |url=https://www.telegraph.co.uk/technology/2020/09/14/eugene-kaspersky-interview-dont-have-enough-people-protect-world/ |jornal=The Telegraph |data=2020-09-14 |issn=0307-1235 |acessodata=2020-12-13 |lingua=en-GB |primeiro=Robin |ultimo=Pagnamenta}}</ref> Seu interesse em segurança de TI começou quando seu computador de trabalho foi infectado com o vírus Cascade em 1989 e ele desenvolveu um programa para removê-lo. O Kaspersky ajudou a desenvolver a Kaspersky Lab por meio de pesquisas de segurança e vendas. Ele se tornou o CEO em 2007 e permanece no cargo atualmente.<ref>{{Citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://www.kaspersky.com.br/about/team/eugene-kaspersky |titulo=Eugene Kaspersky |data= |acessodata=2020-12-13 |website=Kaspersky |publicado=}}</ref>
Kasperski se formou na ''The Technical Faculty of the KGB Higher School'' em 1987 com um diploma em engenharia matemática e tecnologia da computação.<ref>{{Citar periódico |titulo=Eugene Kaspersky interview: 'We don't have enough people to protect the world from cyber criminals' |url=https://www.telegraph.co.uk/technology/2020/09/14/eugene-kaspersky-interview-dont-have-enough-people-protect-world/ |jornal=The Telegraph |data=2020-09-14 |issn=0307-1235 |acessodata=2020-12-13 |lingua=en-GB |primeiro=Robin |ultimo=Pagnamenta}}</ref> Seu interesse em segurança de TI começou quando seu computador de trabalho foi infectado com o vírus Cascade em 1989 e ele desenvolveu um programa para removê-lo. O Kasperski ajudou a desenvolver a Kaspersky Lab por meio de pesquisas de segurança e vendas. Ele se tornou o CEO em 2007 e permanece no cargo atualmente.<ref>{{Citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://www.kaspersky.com.br/about/team/eugene-kaspersky |titulo=Eugene Kaspersky |data= |acessodata=2020-12-13 |website=Kaspersky |publicado=}}</ref>


== Início da vida ==
== Início da vida ==
Kaspersky nasceu em 4 de outubro de 1965<ref name="twenty">{{Citar web |ultimo= |primeiro= |url=http://salempress.com/store/pdfs/bios_com_pgs.pdf |titulo=Salem Press Bios |data= |acessodata=2020-12-13 |publicado=Salem Press |urlmorta=yes |wayb=20150426074648}}</ref><ref name=":0">{{Citar web |url=https://www.infosecurity-magazine.com:443/interviews/interview-eugene-kaspersky/ |titulo=Interview: Eugene Kaspersky |data=2010-03-17 |acessodata=2020-12-13 |website=Infosecurity Magazine}}</ref> em [[Novorossisk|Novorossiysk]], União Soviética.<ref name=":4">{{Citar periódico |titulo=Computing a Winning Formula at the Pinnacle of Racing (Published 2014) |url=https://www.nytimes.com/2014/11/07/sports/autoracing/computing-a-winning-formula-at-the-pinnacle-of-racing.html |jornal=The New York Times |data=2014-11-06 |issn=0362-4331 |acessodata=2020-12-13 |lingua=en-US |primeiro=Brad |ultimo=Spurgeon}}</ref><ref name=":1">{{Citar periódico |titulo=A Russian Cybersleuth Battles the ‘Dark Ages’ of the Internet (Published 2016) |url=https://www.nytimes.com/2016/06/11/world/europe/kaspersky-lab-russia-cybercrime-internet.html |jornal=The New York Times |data=2016-06-10 |issn=0362-4331 |acessodata=2020-12-13 |lingua=en-US |primeiro=Neil |ultimo=MacFarquhar}}</ref> Ele cresceu perto de [[Moscou]],<ref name=":0" /> para onde se mudou aos nove anos.<ref name=":2">{{Citar web |url=https://www.theage.com.au/technology/meet-eugene-kaspersky-the-man-on-a-mission-to-wage-war-against--and-kill--the-computer-virus-20130527-2n611.html |titulo=Meet Eugene Kaspersky: the man on a mission to wage war against - and kill - the computer virus |data=2013-05-31 |acessodata=2020-12-13 |website=The Age |lingua=en}}</ref> Seu pai era engenheiro e sua mãe uma arquivista histórica.<ref name=":2" /><ref name=":1" /> Quando criança, ele desenvolveu um interesse precoce por matemática<ref name="six">{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=S6egBgAAQBAJ&pg=PA163 |título=Cyber Warfare: A Reference Handbook |último =Springer |primeiro =P.J. |series=Contemporary World Issues |local= |página= |páginas= |isbn=978-1-61069-444-5 |publicado=ABC-CLIO |ano=2015 |acessodata=2020-12-13 |página=163}}</ref><ref name="four">{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=tciqAAAAQBAJ&pg=PA93 |título=Lonely Ideas: Can Russia Compete? |último =Graham |primeiro =L. |local= |página= |páginas= |isbn=978-0-262-31739-9 |publicado=MIT Press |ano=2013 |acessodata=2020-12-13 |páginas=93–94}}</ref> e tecnologia.<ref name=":3">{{citar web |ultimo=Greenemeier |primeiro=Larry |url= |titulo=High Five |data=2006-03-06 |acessodata= |website=[[InformationWeek]] |publicado=}}</ref> Ele passava seu tempo livre lendo livros de matemática e ganhou o segundo lugar em uma competição de matemática<ref name=":0" /> aos 14 anos.<ref name=":1" /> Quando ele tinha quatorze anos, Kaspersky começou a frequentar o internato A. N. Kolmogorov, administrado pela [[Universidade Estatal de Moscovo|Universidade de Moscou]], é especializado em matemática.<ref name="six" /><ref name=":3" /><ref name="five">{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=swxgAwAAQBAJ&pg=PT110 |título=Global Entrepreneurship: Environment and Strategy |último =Kshetri |primeiro =N. |local= |página= |páginas= |isbn=978-1-317-74803-8 |publicado=Taylor & Francis |ano=2014 |acessodata=2020-12-13 |página=110}}</ref> Ele também era membro da divisão juvenil do [[Partido Comunista da União Soviética]].<ref name=":2" />{{efn|Oficialmente, a filiação entre os jovens estudantes russos era opcional, mas era "virtualmente obrigatória" e quase todos os jovens russos são membros de uma das divisões da juventude do Partido Comunista.<ref name="Shipler 2012 p. 387">{{citar livro|último =Shipler |primeiro =D.K. |título=The Rights of the People: How Our Search for Safety Invades Our Liberties |publicado=Vintage Books | series=Vintage Series |ano=2012 | isbn=978-1-4000-7928-5 | url=https://books.google.com/books?id=SLXGcEGYTdMC&pg=PA387 |acessodata=2020-12-13 |página=387}}</ref><ref name="Harms p. 56">{{citar livro|último =Harms |primeiro =J. |título=American Now Departed: How to Save a Life |ano=2012 |publicado=Lulu.com | isbn=978-1-300-48885-9 | url=https://books.google.com/books?id=SgMJBAAAQBAJ&pg=PT56 |acessodata=2020-12-13 |página=56}}</ref><ref name="Shishkov Conley 2012 p. 92">{{citar livro|último1 =Shishkov |primeiro1 =Y. |último2 =Conley |primeiro2 =A. |título=If Guitars Could Talk |publicado=Yuriy Shishkov |ano=2012 | isbn=978-0-615-58637-3 | url=https://books.google.com/books?id=c0MUaCS5ZfAC&pg=PT92 |acessodata=2020-12-13 |página=92}}</ref><ref name="Sakwa 2012 p. 142">{{citar livro|último =Sakwa |primeiro =R. |título=Soviet Politics: In Perspective |publicado=Taylor & Francis |ano=2012 | isbn=978-1-134-90996-4 | url=https://books.google.com/books?id=SQSiM2vPO54C&pg=PA142 |língua=mt |acessodata=2020-12-13 |página=142}}</ref>}}
Kasperski nasceu em 4 de outubro de 1965<ref name="twenty">{{Citar web |ultimo= |primeiro= |url=http://salempress.com/store/pdfs/bios_com_pgs.pdf |titulo=Salem Press Bios |data= |acessodata=2020-12-13 |publicado=Salem Press |urlmorta=yes |wayb=20150426074648}}</ref><ref name=":0">{{Citar web |url=https://www.infosecurity-magazine.com:443/interviews/interview-eugene-kaspersky/ |titulo=Interview: Eugene Kaspersky |data=2010-03-17 |acessodata=2020-12-13 |website=Infosecurity Magazine}}</ref> em [[Novorossisk|Novorossiysk]], União Soviética.<ref name=":4">{{Citar periódico |titulo=Computing a Winning Formula at the Pinnacle of Racing (Published 2014) |url=https://www.nytimes.com/2014/11/07/sports/autoracing/computing-a-winning-formula-at-the-pinnacle-of-racing.html |jornal=The New York Times |data=2014-11-06 |issn=0362-4331 |acessodata=2020-12-13 |lingua=en-US |primeiro=Brad |ultimo=Spurgeon}}</ref><ref name=":1">{{Citar periódico |titulo=A Russian Cybersleuth Battles the ‘Dark Ages’ of the Internet (Published 2016) |url=https://www.nytimes.com/2016/06/11/world/europe/kaspersky-lab-russia-cybercrime-internet.html |jornal=The New York Times |data=2016-06-10 |issn=0362-4331 |acessodata=2020-12-13 |lingua=en-US |primeiro=Neil |ultimo=MacFarquhar}}</ref> Ele cresceu perto de [[Moscou]],<ref name=":0" /> para onde se mudou aos nove anos.<ref name=":2">{{Citar web |url=https://www.theage.com.au/technology/meet-eugene-kaspersky-the-man-on-a-mission-to-wage-war-against--and-kill--the-computer-virus-20130527-2n611.html |titulo=Meet Eugene Kaspersky: the man on a mission to wage war against - and kill - the computer virus |data=2013-05-31 |acessodata=2020-12-13 |website=The Age |lingua=en}}</ref> Seu pai era engenheiro e sua mãe uma arquivista histórica.<ref name=":2" /><ref name=":1" /> Quando criança, ele desenvolveu um interesse precoce por matemática<ref name="six">{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=S6egBgAAQBAJ&pg=PA163 |título=Cyber Warfare: A Reference Handbook |último =Springer |primeiro =P.J. |series=Contemporary World Issues |local= |página= |páginas= |isbn=978-1-61069-444-5 |publicado=ABC-CLIO |ano=2015 |acessodata=2020-12-13 |página=163}}</ref><ref name="four">{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=tciqAAAAQBAJ&pg=PA93 |título=Lonely Ideas: Can Russia Compete? |último =Graham |primeiro =L. |local= |página= |páginas= |isbn=978-0-262-31739-9 |publicado=MIT Press |ano=2013 |acessodata=2020-12-13 |páginas=93–94}}</ref> e tecnologia.<ref name=":3">{{citar web |ultimo=Greenemeier |primeiro=Larry |url= |titulo=High Five |data=2006-03-06 |acessodata= |website=[[InformationWeek]] |publicado=}}</ref> Ele passava seu tempo livre lendo livros de matemática e ganhou o segundo lugar em uma competição de matemática<ref name=":0" /> aos 14 anos.<ref name=":1" /> Quando ele tinha quatorze anos, Kasperski começou a frequentar o internato A. N. Kolmogorov, administrado pela [[Universidade Estatal de Moscovo|Universidade de Moscou]], é especializado em matemática.<ref name="six" /><ref name=":3" /><ref name="five">{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=swxgAwAAQBAJ&pg=PT110 |título=Global Entrepreneurship: Environment and Strategy |último =Kshetri |primeiro =N. |local= |página= |páginas= |isbn=978-1-317-74803-8 |publicado=Taylor & Francis |ano=2014 |acessodata=2020-12-13 |página=110}}</ref> Ele também era membro da divisão juvenil do [[Partido Comunista da União Soviética]].<ref name=":2" />{{efn|Oficialmente, a filiação entre os jovens estudantes russos era opcional, mas era "virtualmente obrigatória" e quase todos os jovens russos são membros de uma das divisões da juventude do Partido Comunista.<ref name="Shipler 2012 p. 387">{{citar livro|último =Shipler |primeiro =D.K. |título=The Rights of the People: How Our Search for Safety Invades Our Liberties |publicado=Vintage Books | series=Vintage Series |ano=2012 | isbn=978-1-4000-7928-5 | url=https://books.google.com/books?id=SLXGcEGYTdMC&pg=PA387 |acessodata=2020-12-13 |página=387}}</ref><ref name="Harms p. 56">{{citar livro|último =Harms |primeiro =J. |título=American Now Departed: How to Save a Life |ano=2012 |publicado=Lulu.com | isbn=978-1-300-48885-9 | url=https://books.google.com/books?id=SgMJBAAAQBAJ&pg=PT56 |acessodata=2020-12-13 |página=56}}</ref><ref name="Shishkov Conley 2012 p. 92">{{citar livro|último1 =Shishkov |primeiro1 =Y. |último2 =Conley |primeiro2 =A. |título=If Guitars Could Talk |publicado=Yuriy Shishkov |ano=2012 | isbn=978-0-615-58637-3 | url=https://books.google.com/books?id=c0MUaCS5ZfAC&pg=PT92 |acessodata=2020-12-13 |página=92}}</ref><ref name="Sakwa 2012 p. 142">{{citar livro|último =Sakwa |primeiro =R. |título=Soviet Politics: In Perspective |publicado=Taylor & Francis |ano=2012 | isbn=978-1-134-90996-4 | url=https://books.google.com/books?id=SQSiM2vPO54C&pg=PA142 |língua=mt |acessodata=2020-12-13 |página=142}}</ref>}}


Aos 16 anos, Kaspersky entrou em um programa de cinco anos com a ''The Technical Faculty of the KGB Higher School'',<ref name=":5">{{Citar web |ultimo=Shachtman |primeiro=Noah |url=http://www.wired.com/2012/07/ff_kaspersky/all |titulo=Russia's Top Cyber Sleuth Foils US Spies, Helps Kremlin Pals |data=2011-04-19 |acessodata=2020-12-13 |website=Wired |publicado= |urlmorta=yes |wayb=20150301095243}}</ref> que preparou oficiais de inteligência para os militares russos e KGB.<ref name="six" /><ref name="four" /> Ele se formou em 1987<ref name=":5" /> em engenharia matemática e tecnologia da computação.<ref name=":4" /><ref name="four" /> Após se formar na faculdade, Kaspersky serviu ao serviço de inteligência militar soviético<ref name=":2" /> como engenheiro de ''software''.<ref name="twenty" /><ref name="five" /> Ele conheceu sua primeira esposa Natalya Kaspersky em Severskoye, um ''resort'' de férias da KGB, em 1987.<ref name="twenty" />
Aos 16 anos, Kasperski entrou em um programa de cinco anos com a ''The Technical Faculty of the KGB Higher School'',<ref name=":5">{{Citar web |ultimo=Shachtman |primeiro=Noah |url=http://www.wired.com/2012/07/ff_kaspersky/all |titulo=Russia's Top Cyber Sleuth Foils US Spies, Helps Kremlin Pals |data=2011-04-19 |acessodata=2020-12-13 |website=Wired |publicado= |urlmorta=yes |wayb=20150301095243}}</ref> que preparou oficiais de inteligência para os militares russos e KGB.<ref name="six" /><ref name="four" /> Ele se formou em 1987<ref name=":5" /> em engenharia matemática e tecnologia da computação.<ref name=":4" /><ref name="four" /> Após se formar na faculdade, Kasperski serviu ao serviço de inteligência militar soviético<ref name=":2" /> como engenheiro de ''software''.<ref name="twenty" /><ref name="five" /> Ele conheceu sua primeira esposa Natalya Kasperski em Severskoye, um ''resort'' de férias da KGB, em 1987.<ref name="twenty" />


== Kaspersky Lab ==
== Kaspersky Lab ==
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=== Origens ===
=== Origens ===
O interesse do Kaspersky pela segurança de TI começou em 1989, quando seu PC foi infectado pelo vírus ''Cascade'',<ref name=":21" /><ref name=":6">{{Citar periódico |titulo=Expert Issues a Cyberwar Warning (Published 2012) |url=https://www.nytimes.com/2012/06/04/technology/cyberweapon-warning-from-kaspersky-a-computer-security-expert.html |jornal=The New York Times |data=2012-06-03 |issn=0362-4331 |acessodata=2020-12-13 |lingua=en-US |primeiro=Andrew E. |ultimo=Kramer |primeiro2=Nicole |ultimo2=Perlroth}}</ref> enquanto trabalhava para o Ministério da Defesa.<ref name=":7">{{Citar web |url=http://www.theguardian.com/technology/2008/jan/31/eugene.kaspersky |titulo=The Russian defence against global cybercrime |data=2008-01-31 |acessodata=2020-12-13 |website=the Guardian |lingua=en}}</ref> Ele estudou como o vírus funcionava<ref name=":5" /> e desenvolveu um programa para removê-lo.<ref name=":21" /> Depois disso, ele continuamente encontrou novos vírus e desenvolveu ''software'' para removê-los, como um ''hobby''.<ref name=":5" /><ref name=":6" /> No início, o ''software'' antivírus do Kaspersky tinha apenas 40 definições de vírus e era distribuído principalmente para amigos.<ref name="twenty" />
O interesse do Kasperski pela segurança de TI começou em 1989, quando seu PC foi infectado pelo vírus ''Cascade'',<ref name=":21" /><ref name=":6">{{Citar periódico |titulo=Expert Issues a Cyberwar Warning (Published 2012) |url=https://www.nytimes.com/2012/06/04/technology/cyberweapon-warning-from-kaspersky-a-computer-security-expert.html |jornal=The New York Times |data=2012-06-03 |issn=0362-4331 |acessodata=2020-12-13 |lingua=en-US |primeiro=Andrew E. |ultimo=Kramer |primeiro2=Nicole |ultimo2=Perlroth}}</ref> enquanto trabalhava para o Ministério da Defesa.<ref name=":7">{{Citar web |url=http://www.theguardian.com/technology/2008/jan/31/eugene.kaspersky |titulo=The Russian defence against global cybercrime |data=2008-01-31 |acessodata=2020-12-13 |website=the Guardian |lingua=en}}</ref> Ele estudou como o vírus funcionava<ref name=":5" /> e desenvolveu um programa para removê-lo.<ref name=":21" /> Depois disso, ele continuamente encontrou novos vírus e desenvolveu ''software'' para removê-los, como um ''hobby''.<ref name=":5" /><ref name=":6" /> No início, o ''software'' antivírus do Kasperski tinha apenas 40 definições de vírus e era distribuído principalmente para amigos.<ref name="twenty" />


Em 1991, Kaspersky foi liberado antecipadamente do seu serviço militar<ref name=":2" /> e deixou o ministério da defesa para trabalhar no Centro de Tecnologia da Informação de uma empresa privada KAMI, a fim de trabalhar em seu produto antivírus em tempo integral.<ref name="twenty" /><ref name="five" /> Lá, ele e seus colegas melhoraram o ''software''<ref name="twenty" /> e o lançaram como um produto denominado ''Antiviral Toolkit Pro'' em 1992.<ref name="six" /><ref name="five" /> No início, o ''software'' era adquirido por cerca de dez clientes por mês. Ganhou cerca de 100 dólares por mês, principalmente de empresas na Ucrânia e na Rússia.<ref name=":21" /><ref name="four" /> A então futura esposa de Kaspersky, Natalya Kaspersky, tornou-se sua colega de trabalho na KAMI.<ref name="five" />
Em 1991, Kasperski foi liberado antecipadamente do seu serviço militar<ref name=":2" /> e deixou o ministério da defesa para trabalhar no Centro de Tecnologia da Informação de uma empresa privada KAMI, a fim de trabalhar em seu produto antivírus em tempo integral.<ref name="twenty" /><ref name="five" /> Lá, ele e seus colegas melhoraram o ''software''<ref name="twenty" /> e o lançaram como um produto denominado ''Antiviral Toolkit Pro'' em 1992.<ref name="six" /><ref name="five" /> No início, o ''software'' era adquirido por cerca de dez clientes por mês. Ganhou cerca de 100 dólares por mês, principalmente de empresas na Ucrânia e na Rússia.<ref name=":21" /><ref name="four" /> A então futura esposa de Kaspersky, Natalya Kasperski, tornou-se sua colega de trabalho na KAMI.<ref name="five" />


Em 1994, a [[Universidade de Hamburgo]], na Alemanha, deu ao ''software'' do Kaspersky o primeiro lugar em uma análise competitiva de ''software'' antivírus.<ref name="six" /><ref name="four" /><ref name="five" /> Isso levou a mais negócios para o Kaspersky de empresas europeias e americanas.<ref name="four" /><ref>{{Citar web |ultimo=Bachman |primeiro=Jessica |url=https://www.rbth.com/articles/2010/04/29/the_virus_warrior_a_start_up_tale.html |titulo=The virus warrior: a start-up tale |data=2010-04-29 |acessodata=2020-12-13 |website=Russia Beyond The Headlines |publicado= |lingua=en-US}}</ref> A Kaspersky Lab foi fundada três anos depois por Kaspersky, sua esposa e amiga de Kaspersky.<ref name=":2" />{{efn|As fontes conflitam e/ou são ambíguas quanto ao número exato de engenheiros além de Kaspersky e a sua esposa que fundaram a empresa.<ref name="twenty"/><ref name="PCL. 2015">{{citar web|último =Sambandaraksa|primeiro =Don |publicado=Post Publishing |título=Kaspersky wants digital passports | website=Bangkok Post |data=3 de setembro de 2015 | url=http://www.bangkokpost.com/tech/world-updates/198706/kaspersky-wants-digital-passports |acessodata=2020-12-13}}</ref><ref name="Swartz 2008">{{citar web|último =Swartz |primeiro =Jon |título=Russian Kaspersky Lab offers antivirus protection in U.S. | website=ABC News |data=25 de novembro de 2008 | url=https://abcnews.go.com/Business/story?id=6329227&page=1 |acessodata=2020-12-13}}</ref>|nome=|grupo=}} Natalya, que empurrou Eugene para iniciar a empresa, era o CEO, enquanto Eugene era o chefe de pesquisa.<ref name="twenty" /> No ano seguinte, o [[Win32/CIH|vírus ''CIH'']] (também conhecido como vírus ''Chernobyl'') criou uma benção para os produtos antivírus da Kaspersky, que a Kaspersky disse ser o único ''software'' na época que poderia limpar o vírus.<ref name="twenty" /> Conforme a ''[[Wired]]'', "seu ''software'' era avançado para a época". Por exemplo, foi o primeiro ''software'' a monitorar vírus em uma quarentena isolada.<ref name=":5" />
Em 1994, a [[Universidade de Hamburgo]], na Alemanha, deu ao ''software'' do Kasperski o primeiro lugar em uma análise competitiva de ''software'' antivírus.<ref name="six" /><ref name="four" /><ref name="five" /> Isso levou a mais negócios para o Kasperski de empresas europeias e americanas.<ref name="four" /><ref>{{Citar web |ultimo=Bachman |primeiro=Jessica |url=https://www.rbth.com/articles/2010/04/29/the_virus_warrior_a_start_up_tale.html |titulo=The virus warrior: a start-up tale |data=2010-04-29 |acessodata=2020-12-13 |website=Russia Beyond The Headlines |publicado= |lingua=en-US}}</ref> A Kaspersky Lab foi fundada três anos depois por Kaspersky, sua esposa e amiga de Kaspersky.<ref name=":2" />{{efn|As fontes conflitam e/ou são ambíguas quanto ao número exato de engenheiros além de Kaspersky e a sua esposa que fundaram a empresa.<ref name="twenty"/><ref name="PCL. 2015">{{citar web|último =Sambandaraksa|primeiro =Don |publicado=Post Publishing |título=Kaspersky wants digital passports | website=Bangkok Post |data=3 de setembro de 2015 | url=http://www.bangkokpost.com/tech/world-updates/198706/kaspersky-wants-digital-passports |acessodata=2020-12-13}}</ref><ref name="Swartz 2008">{{citar web|último =Swartz |primeiro =Jon |título=Russian Kaspersky Lab offers antivirus protection in U.S. | website=ABC News |data=25 de novembro de 2008 | url=https://abcnews.go.com/Business/story?id=6329227&page=1 |acessodata=2020-12-13}}</ref>|nome=|grupo=}} Natalya, que empurrou Eugene para iniciar a empresa, era o CEO, enquanto Eugene era o chefe de pesquisa.<ref name="twenty" /> No ano seguinte, o [[Win32/CIH|vírus ''CIH'']] (também conhecido como vírus ''Chernobyl'') criou uma benção para os produtos antivírus da Kaspersky, que a Kaspersky disse ser o único ''software'' na época que poderia limpar o vírus.<ref name="twenty" /> Conforme a ''[[Wired]]'', "seu ''software'' era avançado para a época". Por exemplo, foi o primeiro ''software'' a monitorar vírus em uma quarentena isolada.<ref name=":5" />


A empresa do Kaspersky cresceu rapidamente no final dos anos 1990. De 1998 a 2000, a sua receita anual cresceu 280% e em 2000 quase 60% das receitas eram internacionais.<ref name=":8">{{Citar web |ultimo=Weissman |primeiro=Cale Guthrie |url=https://www.businessinsider.com/eugene-kaspersky-profile-2015-7 |titulo=A look inside the insanely successful life of Russian mathematician and shrewd businessman Eugene Kaspersky |data=2015-07-16 |acessodata=2020-12-13 |website=Business Insider}}</ref> Em 2000, tinha uma equipe de 65 pessoas, começando com 13 em 1997.<ref name="twenty" /> O produto antivírus foi renomeado para ''Kaspersky Antivirus'' em 2000, depois que uma empresa americana começou a usar o nome original do produto, que não era registrado.<ref name=":7" /><ref name=":8" />
A empresa do Kasperski cresceu rapidamente no final dos anos 1990. De 1998 a 2000, a sua receita anual cresceu 280% e em 2000 quase 60% das receitas eram internacionais.<ref name=":8">{{Citar web |ultimo=Weissman |primeiro=Cale Guthrie |url=https://www.businessinsider.com/eugene-kaspersky-profile-2015-7 |titulo=A look inside the insanely successful life of Russian mathematician and shrewd businessman Eugene Kaspersky |data=2015-07-16 |acessodata=2020-12-13 |website=Business Insider}}</ref> Em 2000, tinha uma equipe de 65 pessoas, começando com 13 em 1997.<ref name="twenty" /> O produto antivírus foi renomeado para ''Kaspersky Antivirus'' em 2000, depois que uma empresa americana começou a usar o nome original do produto, que não era registrado.<ref name=":7" /><ref name=":8" />


=== Descobertas de ameaças ===
=== Descobertas de ameaças ===
Como chefe de pesquisa,<ref name="six" /> Kaspersky escreveu artigos sobre vírus e foi a conferências para promover o ''software''.<ref name=":11">{{Citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://www.ft.com/intl/cms/s/0/3db0fb72-06f0-11e2-92b5-00144feabdc0.html#axzz3t6mslhSv |titulo=A tech tycoon who values privacy: Entrepreneurship |data= |acessodata=2020-12-14 |website=Financial Times |publicado= |subscricao=yes}}</ref> Ele foi frequentemente citado na imprensa de tecnologia como um especialista em antivírus.<ref name="twenty" /> Ele ajudou a estabelecer a ''Global Research and Expert Analysis Team'' (GRaAT) da empresa, que ajuda empresas e governos a investigar ameaças à segurança de TI.<ref name=":5" /> Inicialmente, ele disse a sua equipe para não discutir o terrorismo cibernético publicamente, para evitar dar ideias aos governos sobre como sabotar os seus oponentes políticos. Depois que o filme americano ''[[Live Free or Die Hard]]'' (também conhecido como ''Die Hard 4.0'') (2007) foi lançado, Kaspersky disse que a ideia agora era pública.<ref>{{Citar web |ultimo=Gibbs |primeiro=Samuel |url=http://www.theguardian.com/technology/2014/may/01/eugene-kaspersky-major-cyberterrorist-attack-uk |titulo=Eugene Kaspersky: major cyberterrorist attack is only matter of time |data=2014-05-01 |acessodata=2020-12-14 |website=the Guardian |publicado= |lingua=en}}</ref> Ele contratou o pesquisador que identificou o ''worm'' [[Stuxnet]], que se acredita ser a primeira instância de arma cibernética patrocinada pelo estado.<ref name=":5" /><ref name=":9">{{Citar web |ultimo=Wittmeyer |primeiro=Alicia P. Q. |url=https://foreignpolicy.com/2012/11/26/the-fp-top-100-global-thinkers-2/ |titulo=The FP Top 100 Global Thinkers |acessodata=2020-12-14 |website=Foreign Policy |lingua=en-US}}</ref> Posteriormente, a empresa expôs o vírus Flame a pedido da [[União Internacional de Telecomunicações]]. Acredita-se que o vírus tenha sido usado para ciberespionagem em países do Oriente Médio.<ref name=":5" /><ref name=":6" /><ref name=":9" />
Como chefe de pesquisa,<ref name="six" /> Kasperski escreveu artigos sobre vírus e foi a conferências para promover o ''software''.<ref name=":11">{{Citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://www.ft.com/intl/cms/s/0/3db0fb72-06f0-11e2-92b5-00144feabdc0.html#axzz3t6mslhSv |titulo=A tech tycoon who values privacy: Entrepreneurship |data= |acessodata=2020-12-14 |website=Financial Times |publicado= |subscricao=yes}}</ref> Ele foi frequentemente citado na imprensa de tecnologia como um especialista em antivírus.<ref name="twenty" /> Ele ajudou a estabelecer a ''Global Research and Expert Analysis Team'' (GRaAT) da empresa, que ajuda empresas e governos a investigar ameaças à segurança de TI.<ref name=":5" /> Inicialmente, ele disse a sua equipe para não discutir o terrorismo cibernético publicamente, para evitar dar ideias aos governos sobre como sabotar os seus oponentes políticos. Depois que o filme americano ''[[Live Free or Die Hard]]'' (também conhecido como ''Die Hard 4.0'') (2007) foi lançado, Kasperski disse que a ideia agora era pública.<ref>{{Citar web |ultimo=Gibbs |primeiro=Samuel |url=http://www.theguardian.com/technology/2014/may/01/eugene-kaspersky-major-cyberterrorist-attack-uk |titulo=Eugene Kaspersky: major cyberterrorist attack is only matter of time |data=2014-05-01 |acessodata=2020-12-14 |website=the Guardian |publicado= |lingua=en}}</ref> Ele contratou o pesquisador que identificou o ''worm'' [[Stuxnet]], que se acredita ser a primeira instância de arma cibernética patrocinada pelo estado.<ref name=":5" /><ref name=":9">{{Citar web |ultimo=Wittmeyer |primeiro=Alicia P. Q. |url=https://foreignpolicy.com/2012/11/26/the-fp-top-100-global-thinkers-2/ |titulo=The FP Top 100 Global Thinkers |acessodata=2020-12-14 |website=Foreign Policy |lingua=en-US}}</ref> Posteriormente, a empresa expôs o vírus Flame a pedido da [[União Internacional de Telecomunicações]]. Acredita-se que o vírus tenha sido usado para ciberespionagem em países do Oriente Médio.<ref name=":5" /><ref name=":6" /><ref name=":9" />


A Kaspersky Lab desenvolveu uma reputação por descobrir ameaças de segurança cibernética.<ref name=":13">{{Citar web |url=https://www.france24.com/en/20151006-eugene-kaspersky-trust-russia-cyber-security-king-spy-espionage-kgb-allegations-banya-monac |titulo=Would you trust Eugene Kaspersky, Russia’s ‘Cyber Security King’? |data=2015-10-06 |acessodata=2020-12-14 |website=France 24 |lingua=en}}</ref><ref name=":10">{{Citar periódico |titulo=The Kaspersky equation |url=https://www.economist.com/business/2015/02/19/the-kaspersky-equation |jornal=The Economist |data=2015-02-19 |issn=0013-0613 |acessodata=2020-12-14}}</ref> Em 2015, o Kaspersky e a Kaspersky Lab descobriram um grupo de ''hackers'' conhecido como Carbanak que roubava dinheiro de bancos. Eles também expuseram o ''Equation Group'', que desenvolveu ''spyware'' avançado para monitorar o uso do computador e que se acreditava ser afiliado à [[Agência de Segurança Nacional]] dos EUA.<ref name=":10" /> Conforme o ''The Economist'', foram essas descobertas, a "habilidade de vendas implacável" do Kaspersky e o produto antivírus da empresa que tornaram a Kaspersky Lab incomum como uma empresa russa reconhecida internacionalmente.<ref name="twenty" /><ref name=":10" />
A Kaspersky Lab desenvolveu uma reputação por descobrir ameaças de segurança cibernética.<ref name=":13">{{Citar web |url=https://www.france24.com/en/20151006-eugene-kaspersky-trust-russia-cyber-security-king-spy-espionage-kgb-allegations-banya-monac |titulo=Would you trust Eugene Kaspersky, Russia’s ‘Cyber Security King’? |data=2015-10-06 |acessodata=2020-12-14 |website=France 24 |lingua=en}}</ref><ref name=":10">{{Citar periódico |titulo=The Kaspersky equation |url=https://www.economist.com/business/2015/02/19/the-kaspersky-equation |jornal=The Economist |data=2015-02-19 |issn=0013-0613 |acessodata=2020-12-14}}</ref> Em 2015, o Kasperski e a Kaspersky Lab descobriram um grupo de ''hackers'' conhecido como Carbanak que roubava dinheiro de bancos. Eles também expuseram o ''Equation Group'', que desenvolveu ''spyware'' avançado para monitorar o uso do computador e que se acreditava ser afiliado à [[Agência de Segurança Nacional]] dos EUA.<ref name=":10" /> Conforme o ''The Economist'', foram essas descobertas, a "habilidade de vendas implacável" do Kasperski e o produto antivírus da empresa que tornaram a Kaspersky Lab incomum como uma empresa russa reconhecida internacionalmente.<ref name="twenty" /><ref name=":10" />


=== CEO ===
=== CEO ===
Kaspersky tornou-se CEO da Kaspersky Lab em 2007.<ref name="six" /> No início de 2009, ''CRN'' disse que a sua personalidade contribuiu para o crescimento da empresa de "relativa obscuridade para agora estar atrás dos seus rivais maiores e mais conhecidos". Na época, a Kaspersky Lab era a quarta maior empresa de segurança de ''endpoint''. Ela introduziu novos produtos para o mercado corporativo e expandiu os seus programas de canal.<ref name=":22">{{Citar web |ultimo=Hoffman |primeiro=Stefanie |url=https://www.crn.com/news/security/214502144/hes-got-kasperskonality.htm |titulo=He's Got Kasperskonality |data=2009-02-20 |acessodata=2021-01-26 |website=CRN}}</ref>
Kasperski tornou-se CEO da Kaspersky Lab em 2007.<ref name="six" /> No início de 2009, ''CRN'' disse que a sua personalidade contribuiu para o crescimento da empresa de "relativa obscuridade para agora estar atrás dos seus rivais maiores e mais conhecidos". Na época, a Kaspersky Lab era a quarta maior empresa de segurança de ''endpoint''. Ela introduziu novos produtos para o mercado corporativo e expandiu os seus programas de canal.<ref name=":22">{{Citar web |ultimo=Hoffman |primeiro=Stefanie |url=https://www.crn.com/news/security/214502144/hes-got-kasperskonality.htm |titulo=He's Got Kasperskonality |data=2009-02-20 |acessodata=2021-01-26 |website=CRN}}</ref>


Em 2011, o Kaspersky decidiu não abrir o capital da empresa, dizendo que isso tornaria o processo de tomada de decisão lento e impediria investimentos de [[Pesquisa e desenvolvimento|P&D]] de longo prazo. Isso levou a uma série de saídas de alto nível da empresa, incluindo a sua ex-esposa e cofundador.<ref name=":11" /><ref name=":10" /><ref name=":12">{{citar web |ultimo=Finkle |primeiro=Jim |url=https://www.reuters.com/article/2014/05/02/us-kaspersky-management-idUSBREA410RS20140502 |titulo=Kaspersky Lab executives depart amid business strategy dispute |data=2014-03-02 |acessodata=2021-01-26 |website=Reuters |publicado=}}</ref> Outra série de desligamentos ocorreu em 2014 devido a divergências sobre como administrar a empresa.<ref name=":12" />
Em 2011, o Kasperski decidiu não abrir o capital da empresa, dizendo que isso tornaria o processo de tomada de decisão lento e impediria investimentos de [[Pesquisa e desenvolvimento|P&D]] de longo prazo. Isso levou a uma série de saídas de alto nível da empresa, incluindo a sua ex-esposa e cofundador.<ref name=":11" /><ref name=":10" /><ref name=":12">{{citar web |ultimo=Finkle |primeiro=Jim |url=https://www.reuters.com/article/2014/05/02/us-kaspersky-management-idUSBREA410RS20140502 |titulo=Kaspersky Lab executives depart amid business strategy dispute |data=2014-03-02 |acessodata=2021-01-26 |website=Reuters |publicado=}}</ref> Outra série de desligamentos ocorreu em 2014 devido a divergências sobre como administrar a empresa.<ref name=":12" />


A Kaspersky Lab se defendeu contra reivindicações de patentes supostamente frívolas de forma mais agressiva do que a maioria das empresas de TI. Em 2012, foi a única das 35 empresas indicadas em uma ação do [[Troll de patente|''troll'' de patentes]] de Proteção e Autenticação de Informações (IPAC) a levar o caso ao tribunal, em vez de pagar uma taxa. O caso foi decidido em favor do Kaspersky.<ref>{{Citar web|url=http://ipfrontline.com/2012/08/kaspersky-lab-the-only-one-of-35-companies-to-defeat-ipat-patent-troll/ |título=Kaspersky Lab the only one of 35 companies to defeat IPAT patent troll |data=7 de agosto de 2012 |website=ipfrontline.com |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160330181123/http://ipfrontline.com/2012/08/kaspersky-lab-the-only-one-of-35-companies-to-defeat-ipat-patent-troll/ |arquivodata=30 de março de 2016 |urlmorta= sim|acessodata=23 de maio de 2016}}</ref> Também em 2012, outra empresa, a ''Lodsys'' processou a Kaspersky e 54 outras empresas por violação de patente, e esse caso também resultou na desistência do requerente contra o Kaspersky.<ref>{{Citar web |ultimo=Ribeiro |primeiro=John |url=https://www.pcworld.com/article/2051940/patent-firm-lodsys-backs-out-of-dispute-with-kaspersky-lab.html |titulo=Patent troll Lodsys backs down from Kaspersky dispute |data=2013-10-03 |acessodata=2021-07-17 |website=PCWorld |lingua=en}}</ref> De acordo com um artigo da ''TechWorld'', a aversão da empresa em resolver essas reivindicações é mais provável porque Eugene "simplesmente odeia" ''troll''s de patentes. Em seu ''blog'', ele os chamou de "parasitas" e "extorsionários de TI".<ref>{{Citar web |ultimo=E. Dunn |primeiro=John |url=http://www.techworld.com/blog/war-on-error/eugene-kaspersky-patent-troll-killer-3537966/ |titulo=Eugene Kaspersky, patent troll killer |data=2013-10-08 |acessodata=2021-07-17 |website=Techworld |publicado=War on Error |urlmorta=yes |wayb=20160701222804}}</ref>
A Kaspersky Lab se defendeu contra reivindicações de patentes supostamente frívolas de forma mais agressiva do que a maioria das empresas de TI. Em 2012, foi a única das 35 empresas indicadas em uma ação do [[Troll de patente|''troll'' de patentes]] de Proteção e Autenticação de Informações (IPAC) a levar o caso ao tribunal, em vez de pagar uma taxa. O caso foi decidido em favor do Kasperski.<ref>{{Citar web|url=http://ipfrontline.com/2012/08/kaspersky-lab-the-only-one-of-35-companies-to-defeat-ipat-patent-troll/ |título=Kaspersky Lab the only one of 35 companies to defeat IPAT patent troll |data=7 de agosto de 2012 |website=ipfrontline.com |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160330181123/http://ipfrontline.com/2012/08/kaspersky-lab-the-only-one-of-35-companies-to-defeat-ipat-patent-troll/ |arquivodata=30 de março de 2016 |urlmorta= sim|acessodata=23 de maio de 2016}}</ref> Também em 2012, outra empresa, a ''Lodsys'' processou a Kaspersky e 54 outras empresas por violação de patente, e esse caso também resultou na desistência do requerente contra o Kasperski.<ref>{{Citar web |ultimo=Ribeiro |primeiro=John |url=https://www.pcworld.com/article/2051940/patent-firm-lodsys-backs-out-of-dispute-with-kaspersky-lab.html |titulo=Patent troll Lodsys backs down from Kaspersky dispute |data=2013-10-03 |acessodata=2021-07-17 |website=PCWorld |lingua=en}}</ref> De acordo com um artigo da ''TechWorld'', a aversão da empresa em resolver essas reivindicações é mais provável porque Eugene "simplesmente odeia" ''troll''s de patentes. Em seu ''blog'', ele os chamou de "parasitas" e "extorsionários de TI".<ref>{{Citar web |ultimo=E. Dunn |primeiro=John |url=http://www.techworld.com/blog/war-on-error/eugene-kaspersky-patent-troll-killer-3537966/ |titulo=Eugene Kaspersky, patent troll killer |data=2013-10-08 |acessodata=2021-07-17 |website=Techworld |publicado=War on Error |urlmorta=yes |wayb=20160701222804}}</ref>


O próprio Kaspersky é coautor de várias [[patente]]s, incluindo uma para um sistema de segurança baseado em restrições e atributos para controlar a interação de componentes de ''software''.<ref>{{Citar web |url=https://patents.justia.com/inventor/eugene-v-kaspersky |titulo=Eugene V. Kaspersky Inventions, Patents and Patent Applications - Justia Patents Search |acessodata=2021-07-17 |website=patents.justia.com}}</ref>
O próprio Kasperski é coautor de várias [[patente]]s, incluindo uma para um sistema de segurança baseado em restrições e atributos para controlar a interação de componentes de ''software''.<ref>{{Citar web |url=https://patents.justia.com/inventor/eugene-v-kaspersky |titulo=Eugene V. Kaspersky Inventions, Patents and Patent Applications - Justia Patents Search |acessodata=2021-07-17 |website=patents.justia.com}}</ref>


Em 2015, a Kaspersky Lab empregava mais de 2.800 pessoas.<ref name=":21" /> Em 2012, o Kaspersky estava trabalhando no desenvolvimento de ''software'' para proteger a infraestrutura crítica, como usinas de energia, da [[Ciberguerra|guerra cibernética]].<ref name=":11" />
Em 2015, a Kaspersky Lab empregava mais de 2.800 pessoas.<ref name=":21" /> Em 2012, o Kasperski estava trabalhando no desenvolvimento de ''software'' para proteger a infraestrutura crítica, como usinas de energia, da [[Ciberguerra|guerra cibernética]].<ref name=":11" />


== Visualizações ==
== Visualizações ==
Kaspersky é influente entre políticos e especialistas em segurança.<ref name=":11" /> Ele alertou sobre a possibilidade de uma guerra cibernética que tenha como alvo a infraestrutura crítica. Ele fala em conferências defendendo um tratado internacional de guerra cibernética,<ref name="six" /><ref name=":11" /> que proibiria ataques cibernéticos patrocinados pelo governo.<ref name=":6" />
Kasperski é influente entre políticos e especialistas em segurança.<ref name=":11" /> Ele alertou sobre a possibilidade de uma guerra cibernética que tenha como alvo a infraestrutura crítica. Ele fala em conferências defendendo um tratado internacional de guerra cibernética,<ref name="six" /><ref name=":11" /> que proibiria ataques cibernéticos patrocinados pelo governo.<ref name=":6" />


Após o ataque ao Stuxnet, o Kaspersky propôs que a ''Internet'' precisava de mais regulamentação e policiamento. Uma ideia era ter algumas partes da ''Internet'' anônimas, enquanto áreas mais seguras requerem a identificação do usuário. Ele argumentou que o anonimato beneficia principalmente os cibercriminosos e ''hacker''s.<ref name=":23">{{citar web |ultimo=Sambandaraksa |primeiro=Don |url=http://www.bangkokpost.com/tech/world-updates/198706/kaspersky-wants-digital-passports |titulo=Kaspersky wants digital passports |data=2015-09-03 |acessodata=2021-07-17 |website=Bangkok Post |publicado=Post Publishing}}</ref> Por exemplo, o acesso a uma rede de usina nuclear pode exigir uma identidade verificada por meio de um passaporte digital.<ref name=":5" /><ref name=":9" />
Após o ataque ao Stuxnet, o Kasperski propôs que a ''Internet'' precisava de mais regulamentação e policiamento. Uma ideia era ter algumas partes da ''Internet'' anônimas, enquanto áreas mais seguras requerem a identificação do usuário. Ele argumentou que o anonimato beneficia principalmente os cibercriminosos e ''hacker''s.<ref name=":23">{{citar web |ultimo=Sambandaraksa |primeiro=Don |url=http://www.bangkokpost.com/tech/world-updates/198706/kaspersky-wants-digital-passports |titulo=Kaspersky wants digital passports |data=2015-09-03 |acessodata=2021-07-17 |website=Bangkok Post |publicado=Post Publishing}}</ref> Por exemplo, o acesso a uma rede de usina nuclear pode exigir uma identidade verificada por meio de um passaporte digital.<ref name=":5" /><ref name=":9" />


O Kaspersky disse que o anonimato na ''Internet'' pode ser protegido por meio de um ''proxy'', por meio do qual um órgão internacional responsável mantém um registro de quais identidades ''online'' correspondem a quais identidades do mundo real. Por exemplo, a identidade de uma pessoa seria revelada em casos de atividade maliciosa.<ref name=":2" /> Alguns especialistas em segurança acreditam que um banco de dados centralizado das identidades do mundo real dos usuários da ''Internet'' seria "um desastre de privacidade e um alvo altamente atraente para ladrões".<ref name=":2" /> ''[[The Age]]'' disse que "parece um pouco próximo demais para um cenário do ''Big Brother''"<ref name=":2" /> e a ''Wired'' disse que as opiniões de Kaspersky estavam altamente alinhadas com a agenda do governo russo.<ref name=":5" /><ref name=":1" />
O Kasperski disse que o anonimato na ''Internet'' pode ser protegido por meio de um ''proxy'', por meio do qual um órgão internacional responsável mantém um registro de quais identidades ''online'' correspondem a quais identidades do mundo real. Por exemplo, a identidade de uma pessoa seria revelada em casos de atividade maliciosa.<ref name=":2" /> Alguns especialistas em segurança acreditam que um banco de dados centralizado das identidades do mundo real dos usuários da ''Internet'' seria "um desastre de privacidade e um alvo altamente atraente para ladrões".<ref name=":2" /> ''[[The Age]]'' disse que "parece um pouco próximo demais para um cenário do ''Big Brother''"<ref name=":2" /> e a ''Wired'' disse que as opiniões de Kasperski estavam altamente alinhadas com a agenda do governo russo.<ref name=":5" /><ref name=":1" />


Muitas organizações têm considerado reduzir a privacidade para melhorar a segurança como resultado dos argumentos de Kaspersky.<ref name=":5" /> Em uma entrevista mais recente ao ''[[Slashdot]]'', Kaspersky disse que a ''Internet'' deveria ser dividida em três zonas: uma zona vermelha para votação, banco ''online'' e outras "transações críticas" que exigiriam um ID da ''Internet''; uma zona cinza que pode exigir apenas verificação de idade para acessar o site, mas não de identidade; e uma zona verde para ''blog''s, notícias e "tudo relacionado à sua liberdade de expressão". Ele propõe "proxies especiais" para sites da zona vermelha que permitem a divulgação da identidade do usuário apenas no caso de suspeita de fraude.<ref>{{Citar web |ultimo=Maverick |primeiro=Magic |url=https://interviews.slashdot.org/story/12/12/13/182206/interviews-eugene-kaspersky-answers-your-questions?utm_source=slashdot&utm_medium=twitter |titulo=Interviews: Eugene Kaspersky Answers Your Questions |data=2012-12-13 |acessodata=2021-08-11 |website=Slashdot |lingua=en}}</ref>
Muitas organizações têm considerado reduzir a privacidade para melhorar a segurança como resultado dos argumentos de Kaspersky.<ref name=":5" /> Em uma entrevista mais recente ao ''[[Slashdot]]'', Kasperski disse que a ''Internet'' deveria ser dividida em três zonas: uma zona vermelha para votação, banco ''online'' e outras "transações críticas" que exigiriam um ID da ''Internet''; uma zona cinza que pode exigir apenas verificação de idade para acessar o site, mas não de identidade; e uma zona verde para ''blog''s, notícias e "tudo relacionado à sua liberdade de expressão". Ele propõe "proxies especiais" para sites da zona vermelha que permitem a divulgação da identidade do usuário apenas no caso de suspeita de fraude.<ref>{{Citar web |ultimo=Maverick |primeiro=Magic |url=https://interviews.slashdot.org/story/12/12/13/182206/interviews-eugene-kaspersky-answers-your-questions?utm_source=slashdot&utm_medium=twitter |titulo=Interviews: Eugene Kaspersky Answers Your Questions |data=2012-12-13 |acessodata=2021-08-11 |website=Slashdot |lingua=en}}</ref>


== Controvérsias ==
== Controvérsias ==
=== Supostas afiliações com a inteligência russa ===
=== Supostas afiliações com a inteligência russa ===
O trabalho anterior de Kaspersky para os militares russos e a sua educação em uma faculdade técnica patrocinada pela KGB gerou polêmica sobre se ele usa a sua posição para promover os interesses do governo russo e os esforços de inteligência.<ref name=":9" /><ref>{{Citar livro|url=https://books.google.co.uk/books?id=1l2YAwAAQBAJ&pg=PT293&redir_esc=y|título=Countdown to Zero Day: Stuxnet and the Launch of the World's First Digital Weapon|ultimo=Zetter|primeiro=Kim|data=2014-11-11|editora=Crown/Archetype|página=293|lingua=en|isbn=978-0-7704-3618-6}}</ref> De acordo com o Kaspersky, as alegações de conexões duvidosas com agências russas começaram depois que ele conseguiu os seus primeiros clientes na América.<ref name=":11" /> Ele passa grande parte da sua vida profissional tentando fazer com que governos e organizações confiem nele e em seu ''software'', apesar das alegações.<ref name=":13" />
O trabalho anterior de Kasperski para os militares russos e a sua educação em uma faculdade técnica patrocinada pela KGB gerou polêmica sobre se ele usa a sua posição para promover os interesses do governo russo e os esforços de inteligência.<ref name=":9" /><ref>{{Citar livro|url=https://books.google.co.uk/books?id=1l2YAwAAQBAJ&pg=PT293&redir_esc=y|título=Countdown to Zero Day: Stuxnet and the Launch of the World's First Digital Weapon|ultimo=Zetter|primeiro=Kim|data=2014-11-11|editora=Crown/Archetype|página=293|lingua=en|isbn=978-0-7704-3618-6}}</ref> De acordo com o Kasperski, as alegações de conexões duvidosas com agências russas começaram depois que ele conseguiu os seus primeiros clientes na América.<ref name=":11" /> Ele passa grande parte da sua vida profissional tentando fazer com que governos e organizações confiem nele e em seu ''software'', apesar das alegações.<ref name=":13" />


A ''Wired'' disse que os críticos do Kaspersky o acusam de usar a empresa para espionar usuários para a inteligência russa. As empresas de telecomunicações russas, por exemplo, são obrigadas pela lei federal russa a cooperar com as operações militares e de espionagem do governo, se solicitadas. Kaspersky disse que a sua empresa nunca foi solicitada a adulterar o seu ''software'' de espionagem<ref name=":5" /> e chamou as acusações de "paranoia da guerra fria".<ref name=":14">{{Citar periódico |url=https://online.wsj.com/article/SB10001424127887324432404579053091175949708.html |titulo=Data-Security Expert Kaspersky: There Is No More Privacy |data=2013-09-03 |acessodata=2021-08-11 |jornal=Wall Street Journal |ultimo=Sonne |primeiro=Paul |lingua=en-US |issn=0099-9660}}</ref> e o seu relacionamento com o [[Serviço Federal de Segurança|FSB]] russo, o sucessor do KGB, é limitado.<ref name=":5" /> De acordo com o ''Gartner'', "Não há evidências de que eles tenham alguma porta dos fundos em seu ''software'' ou qualquer ligação com a máfia ou estado russo... mas ainda há uma preocupação de que você não pode operar na Rússia sem ser controlado pelo partido no poder".<ref name=":6" /> A ''Computing'' zombou de algumas das acusações mais extremas de espionagem, mas disse que seria improvável que uma empresa russa crescesse até o tamanho da Kaspersky Lab sem relacionamentos dentro do governo russo.<ref>{{Citar web |ultimo=Burton |primeiro=Graeme |url=https://www.computing.co.uk/feature/2400777/is-eugene-kaspersky-in-bed-or-the-sauna-with-the-russian-government-derr-of-course-he-is |titulo=H4cked off: Is Eugene Kaspersky 'in bed' (or the sauna) with the Russian government? Derr, of course he is |data=2015-03-20 |acessodata=2021-08-11 |website=Computing |lingua=en-uk}}</ref> Jornalistas da NPR também disseram que era improvável que a Kaspersky estava usando seu ''software'' para espionagem, porque seria arriscado para os negócios da empresa, mas disse que a Kaspersky mostrou um desinteresse incomum no cibercrime baseado na Rússia.<ref name=":15">{{citar web |ultimo=Matlack |primeiro=Carol |url=https://www.bloomberg.com/news/articles/2015-03-19/cybersecurity-kaspersky-has-close-ties-to-russian-spies |titulo=The Company Securing Your Internet Has Close Ties to Russian Spies |data=2015-03-19 |acessodata=2021-08-11 |website=Bloomberg}}</ref>
A ''Wired'' disse que os críticos do Kasperski o acusam de usar a empresa para espionar usuários para a inteligência russa. As empresas de telecomunicações russas, por exemplo, são obrigadas pela lei federal russa a cooperar com as operações militares e de espionagem do governo, se solicitadas. Kasperski disse que a sua empresa nunca foi solicitada a adulterar o seu ''software'' de espionagem<ref name=":5" /> e chamou as acusações de "paranoia da guerra fria".<ref name=":14">{{Citar periódico |url=https://online.wsj.com/article/SB10001424127887324432404579053091175949708.html |titulo=Data-Security Expert Kaspersky: There Is No More Privacy |data=2013-09-03 |acessodata=2021-08-11 |jornal=Wall Street Journal |ultimo=Sonne |primeiro=Paul |lingua=en-US |issn=0099-9660}}</ref> e o seu relacionamento com o [[Serviço Federal de Segurança|FSB]] russo, o sucessor do KGB, é limitado.<ref name=":5" /> De acordo com o ''Gartner'', "Não há evidências de que eles tenham alguma porta dos fundos em seu ''software'' ou qualquer ligação com a máfia ou estado russo... mas ainda há uma preocupação de que você não pode operar na Rússia sem ser controlado pelo partido no poder".<ref name=":6" /> A ''Computing'' zombou de algumas das acusações mais extremas de espionagem, mas disse que seria improvável que uma empresa russa crescesse até o tamanho da Kaspersky Lab sem relacionamentos dentro do governo russo.<ref>{{Citar web |ultimo=Burton |primeiro=Graeme |url=https://www.computing.co.uk/feature/2400777/is-eugene-kaspersky-in-bed-or-the-sauna-with-the-russian-government-derr-of-course-he-is |titulo=H4cked off: Is Eugene Kaspersky 'in bed' (or the sauna) with the Russian government? Derr, of course he is |data=2015-03-20 |acessodata=2021-08-11 |website=Computing |lingua=en-uk}}</ref> Jornalistas da NPR também disseram que era improvável que a Kaspersky estava usando seu ''software'' para espionagem, porque seria arriscado para os negócios da empresa, mas disse que a Kaspersky mostrou um desinteresse incomum no cibercrime baseado na Rússia.<ref name=":15">{{citar web |ultimo=Matlack |primeiro=Carol |url=https://www.bloomberg.com/news/articles/2015-03-19/cybersecurity-kaspersky-has-close-ties-to-russian-spies |titulo=The Company Securing Your Internet Has Close Ties to Russian Spies |data=2015-03-19 |acessodata=2021-08-11 |website=Bloomberg}}</ref>


Em agosto de 2015, a ''Bloomberg'' relatou que a Kaspersky Lab mudou de rumo em 2012. De acordo com a publicação, "gerentes de alto nível saíram ou foram demitidos, os seus empregos muitas vezes preenchidos por pessoas com laços mais estreitos com os militares ou serviços de inteligência da Rússia. Algumas dessas pessoas ajudar ativamente as investigações criminais pelo FSB usando dados de alguns dos 400 milhões de clientes".<ref name=":15" /> ''Bloomberg'' e ''The New York Times'' também disseram que Kaspersky foi menos agressivo na identificação de ciberataques originados da Rússia do que de outros países, alegações que Kaspersky refuta.<ref>{{Citar web |ultimo=Gothard |primeiro=Peter |url=https://www.computing.co.uk/news/2400725/eugene-kaspersky-intensifies-us-vs-russia-flame-war-accusing-bloomberg-of-creating-conspiracy-theories-about-his-company |titulo=Eugene Kaspersky intensifies US vs Russia flame war, accusing Bloomberg of creating 'conspiracy theories' about his company |data=2015-03-20 |acessodata=2021-08-11 |website=Computing |lingua=en-uk}}</ref><ref name=":6" /> Por exemplo, ele supostamente ignorou ou minimizou uma série de ataques de negação de serviço em dezembro de 2011 que foram feitos para interromper a discussão ''online'' que criticava os políticos russos.<ref name=":5" /><ref name=":1" /> O Kaspersky também supostamente ignorou um ''spyware'' baseado na Rússia chamado ''Sofacy'', que se acredita ter sido usado pela Rússia contra a OTAN e a Europa Oriental.<ref name=":15" /> Por outro lado, o Kaspersky também publicou informações sobre os ataques cibernéticos do ''Crouching Yeti'' na Rússia dois dias antes de ''Bloomberg'' acusá-lo de ignorar os ataques cibernéticos na Rússia.<ref name=":16">{{Citar web |ultimo=Mlot |primeiro=Stephanie |url=https://www.pcmag.com/news/kaspersky-bloomberg-spar-over-kgb-allegations |titulo=Kaspersky, Bloomberg Spar Over KGB Allegations |data=2015-03-23 |acessodata=2021-08-11 |website=PC Magazine |lingua=en}}</ref> Na época, a empresa havia publicado onze relatórios sobre programas russos maliciosos.<ref name=":17">{{Citar web |ultimo=Flintoff |primeiro=Corey |url=https://www.npr.org/sections/alltechconsidered/2015/08/10/431247980/kaspersky-lab-a-cybersecurity-leader-with-ties-to-russian-govt |titulo=Kaspersky Lab: Based In Russia, Doing Cybersecurity In The West |data=2015-08-10 |acessodata=2021-08-11 |website=NPR.org |lingua=en}}</ref><ref name=":18">{{Citar web |ultimo=IV |primeiro=Jack Smith |url=https://observer.com/2015/03/bloomberg-vs-kaspersky-cybersecurity-tycoon-laughs-at-kgb-accusations/ |titulo=Bloomberg Vs. Kaspersky: Cybersecurity Tycoon Laughs At KGB Accusations |data=2015-03-20 |acessodata=2021-08-11 |website=Observer |lingua=en-US}}</ref> O concorrente ''FireEye'' disse que é estranho, mesmo nos EUA, investigar crimes cibernéticos perpetrados pelo próprio governo.<ref name=":16" />
Em agosto de 2015, a ''Bloomberg'' relatou que a Kaspersky Lab mudou de rumo em 2012. De acordo com a publicação, "gerentes de alto nível saíram ou foram demitidos, os seus empregos muitas vezes preenchidos por pessoas com laços mais estreitos com os militares ou serviços de inteligência da Rússia. Algumas dessas pessoas ajudar ativamente as investigações criminais pelo FSB usando dados de alguns dos 400 milhões de clientes".<ref name=":15" /> ''Bloomberg'' e ''The New York Times'' também disseram que Kasperski foi menos agressivo na identificação de ciberataques originados da Rússia do que de outros países, alegações que Kasperski refuta.<ref>{{Citar web |ultimo=Gothard |primeiro=Peter |url=https://www.computing.co.uk/news/2400725/eugene-kaspersky-intensifies-us-vs-russia-flame-war-accusing-bloomberg-of-creating-conspiracy-theories-about-his-company |titulo=Eugene Kaspersky intensifies US vs Russia flame war, accusing Bloomberg of creating 'conspiracy theories' about his company |data=2015-03-20 |acessodata=2021-08-11 |website=Computing |lingua=en-uk}}</ref><ref name=":6" /> Por exemplo, ele supostamente ignorou ou minimizou uma série de ataques de negação de serviço em dezembro de 2011 que foram feitos para interromper a discussão ''online'' que criticava os políticos russos.<ref name=":5" /><ref name=":1" /> O Kasperski também supostamente ignorou um ''spyware'' baseado na Rússia chamado ''Sofacy'', que se acredita ter sido usado pela Rússia contra a OTAN e a Europa Oriental.<ref name=":15" /> Por outro lado, o Kasperski também publicou informações sobre os ataques cibernéticos do ''Crouching Yeti'' na Rússia dois dias antes de ''Bloomberg'' acusá-lo de ignorar os ataques cibernéticos na Rússia.<ref name=":16">{{Citar web |ultimo=Mlot |primeiro=Stephanie |url=https://www.pcmag.com/news/kaspersky-bloomberg-spar-over-kgb-allegations |titulo=Kaspersky, Bloomberg Spar Over KGB Allegations |data=2015-03-23 |acessodata=2021-08-11 |website=PC Magazine |lingua=en}}</ref> Na época, a empresa havia publicado onze relatórios sobre programas russos maliciosos.<ref name=":17">{{Citar web |ultimo=Flintoff |primeiro=Corey |url=https://www.npr.org/sections/alltechconsidered/2015/08/10/431247980/kaspersky-lab-a-cybersecurity-leader-with-ties-to-russian-govt |titulo=Kaspersky Lab: Based In Russia, Doing Cybersecurity In The West |data=2015-08-10 |acessodata=2021-08-11 |website=NPR.org |lingua=en}}</ref><ref name=":18">{{Citar web |ultimo=IV |primeiro=Jack Smith |url=https://observer.com/2015/03/bloomberg-vs-kaspersky-cybersecurity-tycoon-laughs-at-kgb-accusations/ |titulo=Bloomberg Vs. Kaspersky: Cybersecurity Tycoon Laughs At KGB Accusations |data=2015-03-20 |acessodata=2021-08-11 |website=Observer |lingua=en-US}}</ref> O concorrente ''FireEye'' disse que é estranho, mesmo nos EUA, investigar crimes cibernéticos perpetrados pelo próprio governo.<ref name=":16" />


Um artigo de março de 2015 na Bloomberg disse que um número crescente de funcionários executivos da Kaspersky Lab trabalhou anteriormente para militares russos e agências de inteligência.<ref>{{Citar web |ultimo=Love |primeiro=Dylan |url=https://www.dailydot.com/debug/eugene-kaspersky-interview/ |titulo='Our business is saving the world from computer villains': An interview with Eugene Kaspersky |data=2015-05-20 |acessodata=2021-08-11 |website=The Daily Dot |lingua=en-US}}</ref> De acordo com o ''News & Observer'', o Kaspersky "publicou uma resposta gigantesca, derrubando as acusações da Bloomberg e acusando-os de jogar fatos pela janela em prol de uma narrativa antirrussa suculenta".<ref name=":18" /> O concorrente ''FireEye'' disse que muitas empresas de TI dos EUA também têm executivos que anteriormente trabalharam para agências militares e de inteligência do governo.<ref name=":16" /> A ''NPR'' relatou que o Kaspersky tem feito cada vez mais negócios com agências russas de segurança cibernética para capturar cibercriminosos.<ref name=":17" /> O Kaspersky confirmou que as agências russas estão entre os seus clientes governamentais.<ref name=":10" /><ref name=":14" />
Um artigo de março de 2015 na Bloomberg disse que um número crescente de funcionários executivos da Kaspersky Lab trabalhou anteriormente para militares russos e agências de inteligência.<ref>{{Citar web |ultimo=Love |primeiro=Dylan |url=https://www.dailydot.com/debug/eugene-kaspersky-interview/ |titulo='Our business is saving the world from computer villains': An interview with Eugene Kaspersky |data=2015-05-20 |acessodata=2021-08-11 |website=The Daily Dot |lingua=en-US}}</ref> De acordo com o ''News & Observer'', o Kasperski "publicou uma resposta gigantesca, derrubando as acusações da Bloomberg e acusando-os de jogar fatos pela janela em prol de uma narrativa antirrussa suculenta".<ref name=":18" /> O concorrente ''FireEye'' disse que muitas empresas de TI dos EUA também têm executivos que anteriormente trabalharam para agências militares e de inteligência do governo.<ref name=":16" /> A ''NPR'' relatou que o Kasperski tem feito cada vez mais negócios com agências russas de segurança cibernética para capturar cibercriminosos.<ref name=":17" /> O Kasperski confirmou que as agências russas estão entre os seus clientes governamentais.<ref name=":10" /><ref name=":14" />


Em maio de 2017, as alegações voltaram à tona quando o diretor da [[Agência de Segurança Nacional|Agência de Segurança Nacional dos EUA]] (NSA), [[Mike D. Rogers|Mike Rogers]], disse a um comitê de inteligência do Senado dos EUA que a NSA estava revisando o uso do ''software'' Kaspersky pelo governo dos EUA por temer que permitiria aos serviços de inteligência russos realizar operações de espionagem ou lançar ataques cibernéticos contra a infraestrutura digital americana.<ref>{{Citar web |url=https://www.thenationalnews.com/business/kaspersky-lab-founder-denies-security-products-being-used-by-russia-for-spying-1.57410 |titulo=Kaspersky Lab founder denies security products being used by Russia for spying |acessodata=2021-08-11 |website=The National}}</ref> A ''[[American Broadcasting Company|ABC]]'' relatou que o [[Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos|Departamento de Segurança Interna]] emitiu um relatório secreto em fevereiro sobre possíveis conexões entre a Kaspersky Lab e a inteligência russa, e que o [[Federal Bureau of Investigation|''FBI'']] estava investigando o assunto.<ref name=":19">{{Citar periódico |url=https://www.reuters.com/article/us-usa-kaspersky-idUSKBN1872M6 |titulo=U.S. intelligence chiefs say reviewing use of Kaspersky software |data=2017-05-11 |acessodata=2021-08-11 |jornal=Reuters |ultimo=Finkle |primeiro=Dustin Volz, Jim |lingua=en}}</ref> De acordo com o diretor da ''Defense Intelligence Agency'' (DIA), Vincent Stewart, sua agência está "rastreando Kaspersky e o seu ''software''".<ref name=":19" /> Em um comunicado à imprensa, Eugene Kaspersky negou que o seu ''software'' seja ou possa ser usado para tais fins, afirmando que "Como uma empresa privada, a Kaspersky Lab não tem laços com nenhum governo, e a empresa nunca ajudou, nem ajudará, nenhum governo do mundo com os seus esforços de espionagem cibernética".<ref>{{Citar web |ultimo=Burton |primeiro=Graeme |url=http://web.archive.org/web/20180624151824/https://www.v3.co.uk/v3-uk/news/3009836/eugene-kaspersky-were-not-russian-secret-service-spies |titulo=Eugene Kaspersky: We're not Russian secret-service spies |data=2017-05-10 |acessodata=2021-08-11 |website=V3 |urlmorta=yes |wayb=20180624151824}}</ref> Ele também afirmou que os Estados Unidos não querem usar o ''software'' da sua empresa por razões políticas,<ref name=":19" /> e chamou as alegações de "teorias de conspiração infundadas".<ref>{{Citar web |url=https://www.cyberscoop.com/u-s-intel-officials-slam-kaspersky-while-ceo-calls-fears-of-russian-influence-unfounded-conspiracy-theories/ |titulo=U.S. intel officials slam Kaspersky while CEO calls fears of Russian influence 'unfounded conspiracy theories' |data=2017-05-11 |acessodata=2021-08-11 |website=CyberScoop |lingua=en}}</ref>
Em maio de 2017, as alegações voltaram à tona quando o diretor da [[Agência de Segurança Nacional|Agência de Segurança Nacional dos EUA]] (NSA), [[Mike D. Rogers|Mike Rogers]], disse a um comitê de inteligência do Senado dos EUA que a NSA estava revisando o uso do ''software'' Kaspersky pelo governo dos EUA por temer que permitiria aos serviços de inteligência russos realizar operações de espionagem ou lançar ataques cibernéticos contra a infraestrutura digital americana.<ref>{{Citar web |url=https://www.thenationalnews.com/business/kaspersky-lab-founder-denies-security-products-being-used-by-russia-for-spying-1.57410 |titulo=Kaspersky Lab founder denies security products being used by Russia for spying |acessodata=2021-08-11 |website=The National}}</ref> A ''[[American Broadcasting Company|ABC]]'' relatou que o [[Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos|Departamento de Segurança Interna]] emitiu um relatório secreto em fevereiro sobre possíveis conexões entre a Kaspersky Lab e a inteligência russa, e que o [[Federal Bureau of Investigation|''FBI'']] estava investigando o assunto.<ref name=":19">{{Citar periódico |url=https://www.reuters.com/article/us-usa-kaspersky-idUSKBN1872M6 |titulo=U.S. intelligence chiefs say reviewing use of Kaspersky software |data=2017-05-11 |acessodata=2021-08-11 |jornal=Reuters |ultimo=Finkle |primeiro=Dustin Volz, Jim |lingua=en}}</ref> De acordo com o diretor da ''Defense Intelligence Agency'' (DIA), Vincent Stewart, sua agência está "rastreando Kasperski e o seu ''software''".<ref name=":19" /> Em um comunicado à imprensa, Evgeni Kasperski negou que o seu ''software'' seja ou possa ser usado para tais fins, afirmando que "Como uma empresa privada, a Kaspersky Lab não tem laços com nenhum governo, e a empresa nunca ajudou, nem ajudará, nenhum governo do mundo com os seus esforços de espionagem cibernética".<ref>{{Citar web |ultimo=Burton |primeiro=Graeme |url=http://web.archive.org/web/20180624151824/https://www.v3.co.uk/v3-uk/news/3009836/eugene-kaspersky-were-not-russian-secret-service-spies |titulo=Eugene Kaspersky: We're not Russian secret-service spies |data=2017-05-10 |acessodata=2021-08-11 |website=V3 |urlmorta=yes |wayb=20180624151824}}</ref> Ele também afirmou que os Estados Unidos não querem usar o ''software'' da sua empresa por razões políticas,<ref name=":19" /> e chamou as alegações de "teorias de conspiração infundadas".<ref>{{Citar web |url=https://www.cyberscoop.com/u-s-intel-officials-slam-kaspersky-while-ceo-calls-fears-of-russian-influence-unfounded-conspiracy-theories/ |titulo=U.S. intel officials slam Kaspersky while CEO calls fears of Russian influence 'unfounded conspiracy theories' |data=2017-05-11 |acessodata=2021-08-11 |website=CyberScoop |lingua=en}}</ref>


Kaspersky é um dos muitos "oligarcas" russos mencionados na Lei de Combate aos Adversários da América por meio de Sanções, CAATSA, sancionada pelo presidente [[Donald Trump]] em 2017.<ref>{{citar web |url=https://assets.bwbx.io/documents/users/iqjWHBFdfxIU/rJRW6xrdtLJE/v0 |titulo=Report to Congress Pursuant to Section 241 of the Countering America's Adversaries Through Sanctions Act of 2017 Regarding Senior Foreign Political Figures and Oligarchs in the Russian Federation and Russian Parastatal Entities |data=2018-01-29 |acessodata=2021-08-11 |website=bwbx.io |formato=PDF}}</ref>
Kasperski é um dos muitos "oligarcas" russos mencionados na Lei de Combate aos Adversários da América por meio de Sanções, CAATSA, sancionada pelo presidente [[Donald Trump]] em 2017.<ref>{{citar web |url=https://assets.bwbx.io/documents/users/iqjWHBFdfxIU/rJRW6xrdtLJE/v0 |titulo=Report to Congress Pursuant to Section 241 of the Countering America's Adversaries Through Sanctions Act of 2017 Regarding Senior Foreign Political Figures and Oligarchs in the Russian Federation and Russian Parastatal Entities |data=2018-01-29 |acessodata=2021-08-11 |website=bwbx.io |formato=PDF}}</ref>


=== Alegada falsificação de antivírus ===
=== Alegada falsificação de antivírus ===
Em agosto de 2015, dois ex-funcionários da Kaspersky alegaram que a empresa introduziu arquivos modificados no banco de dados de antivírus da comunidade do [[VirusTotal]] para enganar os programas de seus rivais, levando-os a falsos positivos.<ref>{{Citar web |ultimo=Jackson |primeiro=Joab |url=https://www.computerworld.com/article/2971186/kaspersky-denies-faking-antivirus-info-to-thwart-rivals.html |titulo=Kaspersky denies faking antivirus info to thwart rivals |data=2015-08-14 |acessodata=2021-08-11 |website=Computerworld |lingua=en}}</ref> O resultado dos falsos positivos era que arquivos importantes não infectados seriam desabilitados ou excluídos. As alegações também afirmam que o próprio Kaspersky ordenou algumas das ações, visando especificamente concorrentes, incluindo empresas chinesas que ele sentiu que estavam copiando seu ''software''.<ref>{{Citar web |ultimo=Gallagher |primeiro=Sean |url=https://arstechnica.com/information-technology/2015/08/report-claims-kaspersky-faked-malware-to-trip-up-competitors-products/ |titulo=Report claims Kaspersky faked malware to trip up competitors’ products |data=2015-08-14 |acessodata=2021-08-11 |website=Ars Technica |lingua=en-us}}</ref> E-mails datados de 2009, dois anos após o Kaspersky se tornar CEO, teriam vazado para a [[Reuters]], um dos quais teria o Kaspersky ameaçando ir atrás dos concorrentes "apagando-os no banheiro", usando uma frase popularizada por Vladimir Putin.<ref name=":20">{{Citar periódico |url=https://www.reuters.com/article/us-kaspersky-rivals-idUSKCN0QJ1CR20150814 |titulo=Exclusive: Russian antivirus firm faked malware to harm rivals - Ex-employees |data=2015-08-14 |acessodata=2021-08-11 |jornal=Reuters |ultimo=Menn |primeiro=Joseph |lingua=en}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://www.reuters.com/article/us-kaspersky-rivals-idUSKCN0QX2GO20150828 |titulo=Exclusive: Russia's Kaspersky threatened to 'rub out' rival, email shows |data=2015-08-28 |acessodata=2021-08-11 |jornal=Reuters |ultimo=Menn |primeiro=Joseph |lingua=en}}</ref> A empresa negou as acusações.<ref name=":20" />
Em agosto de 2015, dois ex-funcionários da Kaspersky alegaram que a empresa introduziu arquivos modificados no banco de dados de antivírus da comunidade do [[VirusTotal]] para enganar os programas de seus rivais, levando-os a falsos positivos.<ref>{{Citar web |ultimo=Jackson |primeiro=Joab |url=https://www.computerworld.com/article/2971186/kaspersky-denies-faking-antivirus-info-to-thwart-rivals.html |titulo=Kaspersky denies faking antivirus info to thwart rivals |data=2015-08-14 |acessodata=2021-08-11 |website=Computerworld |lingua=en}}</ref> O resultado dos falsos positivos era que arquivos importantes não infectados seriam desabilitados ou excluídos. As alegações também afirmam que o próprio Kasperski ordenou algumas das ações, visando especificamente concorrentes, incluindo empresas chinesas que ele sentiu que estavam copiando seu ''software''.<ref>{{Citar web |ultimo=Gallagher |primeiro=Sean |url=https://arstechnica.com/information-technology/2015/08/report-claims-kaspersky-faked-malware-to-trip-up-competitors-products/ |titulo=Report claims Kaspersky faked malware to trip up competitors’ products |data=2015-08-14 |acessodata=2021-08-11 |website=Ars Technica |lingua=en-us}}</ref> E-mails datados de 2009, dois anos após o Kasperski se tornar CEO, teriam vazado para a [[Reuters]], um dos quais teria o Kasperski ameaçando ir atrás dos concorrentes "apagando-os no banheiro", usando uma frase popularizada por Vladimir Putin.<ref name=":20">{{Citar periódico |url=https://www.reuters.com/article/us-kaspersky-rivals-idUSKCN0QJ1CR20150814 |titulo=Exclusive: Russian antivirus firm faked malware to harm rivals - Ex-employees |data=2015-08-14 |acessodata=2021-08-11 |jornal=Reuters |ultimo=Menn |primeiro=Joseph |lingua=en}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://www.reuters.com/article/us-kaspersky-rivals-idUSKCN0QX2GO20150828 |titulo=Exclusive: Russia's Kaspersky threatened to 'rub out' rival, email shows |data=2015-08-28 |acessodata=2021-08-11 |jornal=Reuters |ultimo=Menn |primeiro=Joseph |lingua=en}}</ref> A empresa negou as acusações.<ref name=":20" />


== Ranking da ''Forbes'' ==
== Ranking da ''Forbes'' ==
O Kaspersky foi classificado em #1.567 na "Lista dos Bilionários de 2017" da ''[[Forbes]]'', com um patrimônio líquido de 1,3 bilhão de dólares americanos (em março de 2017).<ref name=":21">{{Citar web |url=https://www.forbes.com/profile/eugene-kaspersky/ |titulo=Eugene Kaspersky |acessodata=2021-08-11 |website=Forbes |lingua=en}}</ref> Ele fez parte da lista pela primeira vez em 2015, quando o seu patrimônio líquido atingiu 1 bilhão de dólares americanos.<ref name=":21" />
O Kasperski foi classificado em #1.567 na "Lista dos Bilionários de 2017" da ''[[Forbes]]'', com um patrimônio líquido de 1,3 bilhão de dólares americanos (em março de 2017).<ref name=":21">{{Citar web |url=https://www.forbes.com/profile/eugene-kaspersky/ |titulo=Eugene Kaspersky |acessodata=2021-08-11 |website=Forbes |lingua=en}}</ref> Ele fez parte da lista pela primeira vez em 2015, quando o seu patrimônio líquido atingiu 1 bilhão de dólares americanos.<ref name=":21" />


== Vida pessoal ==
== Vida pessoal ==
Kaspersky mora em Moscou, Rússia, com sua esposa e quatro filhos.<ref name=":21" /><ref name="Sunday2015">{{Citar web |ultimo=Scott |primeiro=Danny |url=http://www.thesundaytimes.co.uk/sto/Magazine/article1590460.ece |titulo=A Life in the Day of Eugene Kaspersky, Russian cybersecurity multimillionaire |data=2015-08-16 |acessodata=2021-08-11 |website=The Sunday Times |urlmorta=yes |wayb=20160411065558}}</ref> Ele e a sua primeira esposa se divorciaram em 1998.<ref name=":5" /> Em 21 de abril de 2011, seu filho, Ivan, então com 20 anos, foi sequestrado por um resgate de 4,4 milhões.{{Efn|As fontes conflitam sobre quanto resgate foi pedido.<ref name=":2" />}} Kaspersky trabalhou com um amigo no FSB e na polícia russa para rastrear a ligação do resgatador. Eles montaram uma armadilha para os resgatadores, onde resgataram o seu filho e prenderam muitos dos sequestradores.<ref name=":2" /><ref name="four" /><ref name=":6" /><ref>{{Citar periódico |url=https://www.bbc.com/news/world-europe-13159668 |titulo=Russian software tycoon Kaspersky's son 'missing' |data=2012-03-06 |acessodata=2021-08-11 |jornal=BBC News |lingua=en-GB}}</ref> O incidente teve influência no senso de segurança pessoal do Kaspersky. Ele agora viaja com um guarda-costas e equipe de segurança.<ref name=":11" />
Kasperski mora em Moscou, Rússia, com sua esposa e quatro filhos.<ref name=":21" /><ref name="Sunday2015">{{Citar web |ultimo=Scott |primeiro=Danny |url=http://www.thesundaytimes.co.uk/sto/Magazine/article1590460.ece |titulo=A Life in the Day of Eugene Kaspersky, Russian cybersecurity multimillionaire |data=2015-08-16 |acessodata=2021-08-11 |website=The Sunday Times |urlmorta=yes |wayb=20160411065558}}</ref> Ele e a sua primeira esposa se divorciaram em 1998.<ref name=":5" /> Em 21 de abril de 2011, seu filho, Ivan, então com 20 anos, foi sequestrado por um resgate de 4,4 milhões.{{Efn|As fontes conflitam sobre quanto resgate foi pedido.<ref name=":2" />}} Kasperski trabalhou com um amigo no FSB e na polícia russa para rastrear a ligação do resgatador. Eles montaram uma armadilha para os resgatadores, onde resgataram o seu filho e prenderam muitos dos sequestradores.<ref name=":2" /><ref name="four" /><ref name=":6" /><ref>{{Citar periódico |url=https://www.bbc.com/news/world-europe-13159668 |titulo=Russian software tycoon Kaspersky's son 'missing' |data=2012-03-06 |acessodata=2021-08-11 |jornal=BBC News |lingua=en-GB}}</ref> O incidente teve influência no senso de segurança pessoal do Kasperski. Ele agora viaja com um guarda-costas e equipe de segurança.<ref name=":11" />


Kaspersky é uma das pessoas mais ricas da Rússia.<ref name=":5" /> Seu patrimônio líquido é de cerca de 1 bilhão de dólares americanos.<ref name="six" /> De acordo com a ''Wired'', ele "cultivou a imagem de um homem selvagem com dinheiro para queimar".<ref name=":5" /> Ele tem interesse em corridas e dirige os seus carros esportivos em pistas de corrida como ''hobby''.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.nytimes.com/2014/11/07/sports/autoracing/computing-a-winning-formula-at-the-pinnacle-of-racing.html |titulo=Computing a Winning Formula at the Pinnacle of Racing |data=2014-11-06 |acessodata=2021-08-11 |jornal=The New York Times |ultimo=Spurgeon |primeiro=Brad |lingua=en-US |issn=0362-4331}}</ref> Ele patrocina vários "projetos científicos ou peculiares",<ref name=":1" /> como a equipe de corrida de Fórmula 1 da Ferrari<ref name=":5" /><ref>{{Citar web |ultimo=Nast |primeiro=Condé |url=https://www.vanityfair.com/news/2011/03/stuxnet-201104 |titulo=A Declaration of Cyber-War |data=2011-03-02 |acessodata=2021-08-11 |website=Vanity Fair |lingua=en-US}}</ref> ou escavações arqueológicas em [[Acrotíri (Santorini)|Acrotíri (cidade pré-histórica)]].<ref>{{Citar web |url=https://www.naftemporiki.gr/story/1404908/latest-finds-from-kaspersky-funded-excavations-at-santorinis-akrotiri-settlement-displayed |titulo=Latest finds from Kaspersky-funded excavations at Santorini's Akrotiri settlement displayed |data=2018-10-22 |acessodata=2021-08-11 |website=Naftemporiki.gr |lingua=el}}</ref> Kaspersky possui um [[BMW M3]].<ref name=":8" /> Kaspersky se descreve como um "viciado em adrenalina". Ele fez caminhadas em vulcões na Rússia e reservou uma viagem ao espaço no [[Virgin Galactic]].<ref name=":11" /> Ele viaja com frequência<ref name=":11" /><ref name=":1" /> e escreve sobre as suas experiências em seu blog pessoal.<ref name=":8" /> Ele também gosta de fotografia como ''hobby''.<ref name=":1" />
Kasperski é uma das pessoas mais ricas da Rússia.<ref name=":5" /> Seu patrimônio líquido é de cerca de 1 bilhão de dólares americanos.<ref name="six" /> De acordo com a ''Wired'', ele "cultivou a imagem de um homem selvagem com dinheiro para queimar".<ref name=":5" /> Ele tem interesse em corridas e dirige os seus carros esportivos em pistas de corrida como ''hobby''.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.nytimes.com/2014/11/07/sports/autoracing/computing-a-winning-formula-at-the-pinnacle-of-racing.html |titulo=Computing a Winning Formula at the Pinnacle of Racing |data=2014-11-06 |acessodata=2021-08-11 |jornal=The New York Times |ultimo=Spurgeon |primeiro=Brad |lingua=en-US |issn=0362-4331}}</ref> Ele patrocina vários "projetos científicos ou peculiares",<ref name=":1" /> como a equipe de corrida de Fórmula 1 da Ferrari<ref name=":5" /><ref>{{Citar web |ultimo=Nast |primeiro=Condé |url=https://www.vanityfair.com/news/2011/03/stuxnet-201104 |titulo=A Declaration of Cyber-War |data=2011-03-02 |acessodata=2021-08-11 |website=Vanity Fair |lingua=en-US}}</ref> ou escavações arqueológicas em [[Acrotíri (Santorini)|Acrotíri (cidade pré-histórica)]].<ref>{{Citar web |url=https://www.naftemporiki.gr/story/1404908/latest-finds-from-kaspersky-funded-excavations-at-santorinis-akrotiri-settlement-displayed |titulo=Latest finds from Kaspersky-funded excavations at Santorini's Akrotiri settlement displayed |data=2018-10-22 |acessodata=2021-08-11 |website=Naftemporiki.gr |lingua=el}}</ref> Kasperski possui um [[BMW M3]].<ref name=":8" /> Kasperski se descreve como um "viciado em adrenalina". Ele fez caminhadas em vulcões na Rússia e reservou uma viagem ao espaço no [[Virgin Galactic]].<ref name=":11" /> Ele viaja com frequência<ref name=":11" /><ref name=":1" /> e escreve sobre as suas experiências em seu blog pessoal.<ref name=":8" /> Ele também gosta de fotografia como ''hobby''.<ref name=":1" />


Kaspersky é conhecido por evitar trajes formais, normalmente vestindo ''jean''s e uma camisa.<ref name=":22" /> Ele apoia projetos e competições universitárias na área de segurança de TI.<ref name=":23" />{{Notas}}
Kasperski é conhecido por evitar trajes formais, normalmente vestindo ''jean''s e uma camisa.<ref name=":22" /> Ele apoia projetos e competições universitárias na área de segurança de TI.<ref name=":23" />{{Notas}}
{{Referências}}
{{Referências}}



Revisão das 16h42min de 19 de agosto de 2021

Evgeni Kasperski
Евгений Касперский
Eugene Kaspersky
Outros nomes Eugene Kaspersky
Conhecido(a) por Fundar a Kaspersky Lab
Nascimento 4 de outubro de 1965 (58 anos)
Novorossiysk, Krasnodar Krai,
União Soviética
Nacionalidade russo
Cônjuge Natalya Kasperski (c. 1986–98)
Filho(a)(s) 4[1]
Alma mater The Technical Faculty of the KGB Higher School
Ocupação Presidente e CEO da Kaspersky Lab
Prêmios State Prize of the Russian Federation

Evgeni Valentinovich Kasperski (em russo: Евгений Валентинович Касперский; Novorossiysk, União Soviética, 4 de outubro de 1965), mais conhecido como Eugene Kaspersky, é um especialista russo em cibersegurança e CEO da Kaspersky Lab, uma empresa de segurança de TI com 4.000 funcionários. Ele foi cofundador da Kaspersky Lab em 1997 e ajudou a identificar casos de ciberguerra patrocinada pelo governo como chefe de pesquisa. Ele tem defendido um tratado internacional que proíbe a guerra cibernética.

Kasperski se formou na The Technical Faculty of the KGB Higher School em 1987 com um diploma em engenharia matemática e tecnologia da computação.[2] Seu interesse em segurança de TI começou quando seu computador de trabalho foi infectado com o vírus Cascade em 1989 e ele desenvolveu um programa para removê-lo. O Kasperski ajudou a desenvolver a Kaspersky Lab por meio de pesquisas de segurança e vendas. Ele se tornou o CEO em 2007 e permanece no cargo atualmente.[3]

Início da vida

Kasperski nasceu em 4 de outubro de 1965[4][5] em Novorossiysk, União Soviética.[6][7] Ele cresceu perto de Moscou,[5] para onde se mudou aos nove anos.[8] Seu pai era engenheiro e sua mãe uma arquivista histórica.[8][7] Quando criança, ele desenvolveu um interesse precoce por matemática[9][10] e tecnologia.[11] Ele passava seu tempo livre lendo livros de matemática e ganhou o segundo lugar em uma competição de matemática[5] aos 14 anos.[7] Quando ele tinha quatorze anos, Kasperski começou a frequentar o internato A. N. Kolmogorov, administrado pela Universidade de Moscou, é especializado em matemática.[9][11][12] Ele também era membro da divisão juvenil do Partido Comunista da União Soviética.[8][a]

Aos 16 anos, Kasperski entrou em um programa de cinco anos com a The Technical Faculty of the KGB Higher School,[17] que preparou oficiais de inteligência para os militares russos e KGB.[9][10] Ele se formou em 1987[17] em engenharia matemática e tecnologia da computação.[6][10] Após se formar na faculdade, Kasperski serviu ao serviço de inteligência militar soviético[8] como engenheiro de software.[4][12] Ele conheceu sua primeira esposa Natalya Kasperski em Severskoye, um resort de férias da KGB, em 1987.[4]

Kaspersky Lab

Ver artigo principal: Kaspersky Lab

Origens

O interesse do Kasperski pela segurança de TI começou em 1989, quando seu PC foi infectado pelo vírus Cascade,[18][19] enquanto trabalhava para o Ministério da Defesa.[20] Ele estudou como o vírus funcionava[17] e desenvolveu um programa para removê-lo.[18] Depois disso, ele continuamente encontrou novos vírus e desenvolveu software para removê-los, como um hobby.[17][19] No início, o software antivírus do Kasperski tinha apenas 40 definições de vírus e era distribuído principalmente para amigos.[4]

Em 1991, Kasperski foi liberado antecipadamente do seu serviço militar[8] e deixou o ministério da defesa para trabalhar no Centro de Tecnologia da Informação de uma empresa privada KAMI, a fim de trabalhar em seu produto antivírus em tempo integral.[4][12] Lá, ele e seus colegas melhoraram o software[4] e o lançaram como um produto denominado Antiviral Toolkit Pro em 1992.[9][12] No início, o software era adquirido por cerca de dez clientes por mês. Ganhou cerca de 100 dólares por mês, principalmente de empresas na Ucrânia e na Rússia.[18][10] A então futura esposa de Kaspersky, Natalya Kasperski, tornou-se sua colega de trabalho na KAMI.[12]

Em 1994, a Universidade de Hamburgo, na Alemanha, deu ao software do Kasperski o primeiro lugar em uma análise competitiva de software antivírus.[9][10][12] Isso levou a mais negócios para o Kasperski de empresas europeias e americanas.[10][21] A Kaspersky Lab foi fundada três anos depois por Kaspersky, sua esposa e amiga de Kaspersky.[8][b] Natalya, que empurrou Eugene para iniciar a empresa, era o CEO, enquanto Eugene era o chefe de pesquisa.[4] No ano seguinte, o vírus CIH (também conhecido como vírus Chernobyl) criou uma benção para os produtos antivírus da Kaspersky, que a Kaspersky disse ser o único software na época que poderia limpar o vírus.[4] Conforme a Wired, "seu software era avançado para a época". Por exemplo, foi o primeiro software a monitorar vírus em uma quarentena isolada.[17]

A empresa do Kasperski cresceu rapidamente no final dos anos 1990. De 1998 a 2000, a sua receita anual cresceu 280% e em 2000 quase 60% das receitas eram internacionais.[24] Em 2000, tinha uma equipe de 65 pessoas, começando com 13 em 1997.[4] O produto antivírus foi renomeado para Kaspersky Antivirus em 2000, depois que uma empresa americana começou a usar o nome original do produto, que não era registrado.[20][24]

Descobertas de ameaças

Como chefe de pesquisa,[9] Kasperski escreveu artigos sobre vírus e foi a conferências para promover o software.[25] Ele foi frequentemente citado na imprensa de tecnologia como um especialista em antivírus.[4] Ele ajudou a estabelecer a Global Research and Expert Analysis Team (GRaAT) da empresa, que ajuda empresas e governos a investigar ameaças à segurança de TI.[17] Inicialmente, ele disse a sua equipe para não discutir o terrorismo cibernético publicamente, para evitar dar ideias aos governos sobre como sabotar os seus oponentes políticos. Depois que o filme americano Live Free or Die Hard (também conhecido como Die Hard 4.0) (2007) foi lançado, Kasperski disse que a ideia agora era pública.[26] Ele contratou o pesquisador que identificou o worm Stuxnet, que se acredita ser a primeira instância de arma cibernética patrocinada pelo estado.[17][27] Posteriormente, a empresa expôs o vírus Flame a pedido da União Internacional de Telecomunicações. Acredita-se que o vírus tenha sido usado para ciberespionagem em países do Oriente Médio.[17][19][27]

A Kaspersky Lab desenvolveu uma reputação por descobrir ameaças de segurança cibernética.[28][29] Em 2015, o Kasperski e a Kaspersky Lab descobriram um grupo de hackers conhecido como Carbanak que roubava dinheiro de bancos. Eles também expuseram o Equation Group, que desenvolveu spyware avançado para monitorar o uso do computador e que se acreditava ser afiliado à Agência de Segurança Nacional dos EUA.[29] Conforme o The Economist, foram essas descobertas, a "habilidade de vendas implacável" do Kasperski e o produto antivírus da empresa que tornaram a Kaspersky Lab incomum como uma empresa russa reconhecida internacionalmente.[4][29]

CEO

Kasperski tornou-se CEO da Kaspersky Lab em 2007.[9] No início de 2009, CRN disse que a sua personalidade contribuiu para o crescimento da empresa de "relativa obscuridade para agora estar atrás dos seus rivais maiores e mais conhecidos". Na época, a Kaspersky Lab era a quarta maior empresa de segurança de endpoint. Ela introduziu novos produtos para o mercado corporativo e expandiu os seus programas de canal.[30]

Em 2011, o Kasperski decidiu não abrir o capital da empresa, dizendo que isso tornaria o processo de tomada de decisão lento e impediria investimentos de P&D de longo prazo. Isso levou a uma série de saídas de alto nível da empresa, incluindo a sua ex-esposa e cofundador.[25][29][31] Outra série de desligamentos ocorreu em 2014 devido a divergências sobre como administrar a empresa.[31]

A Kaspersky Lab se defendeu contra reivindicações de patentes supostamente frívolas de forma mais agressiva do que a maioria das empresas de TI. Em 2012, foi a única das 35 empresas indicadas em uma ação do troll de patentes de Proteção e Autenticação de Informações (IPAC) a levar o caso ao tribunal, em vez de pagar uma taxa. O caso foi decidido em favor do Kasperski.[32] Também em 2012, outra empresa, a Lodsys processou a Kaspersky e 54 outras empresas por violação de patente, e esse caso também resultou na desistência do requerente contra o Kasperski.[33] De acordo com um artigo da TechWorld, a aversão da empresa em resolver essas reivindicações é mais provável porque Eugene "simplesmente odeia" trolls de patentes. Em seu blog, ele os chamou de "parasitas" e "extorsionários de TI".[34]

O próprio Kasperski é coautor de várias patentes, incluindo uma para um sistema de segurança baseado em restrições e atributos para controlar a interação de componentes de software.[35]

Em 2015, a Kaspersky Lab empregava mais de 2.800 pessoas.[18] Em 2012, o Kasperski estava trabalhando no desenvolvimento de software para proteger a infraestrutura crítica, como usinas de energia, da guerra cibernética.[25]

Visualizações

Kasperski é influente entre políticos e especialistas em segurança.[25] Ele alertou sobre a possibilidade de uma guerra cibernética que tenha como alvo a infraestrutura crítica. Ele fala em conferências defendendo um tratado internacional de guerra cibernética,[9][25] que proibiria ataques cibernéticos patrocinados pelo governo.[19]

Após o ataque ao Stuxnet, o Kasperski propôs que a Internet precisava de mais regulamentação e policiamento. Uma ideia era ter algumas partes da Internet anônimas, enquanto áreas mais seguras requerem a identificação do usuário. Ele argumentou que o anonimato beneficia principalmente os cibercriminosos e hackers.[36] Por exemplo, o acesso a uma rede de usina nuclear pode exigir uma identidade verificada por meio de um passaporte digital.[17][27]

O Kasperski disse que o anonimato na Internet pode ser protegido por meio de um proxy, por meio do qual um órgão internacional responsável mantém um registro de quais identidades online correspondem a quais identidades do mundo real. Por exemplo, a identidade de uma pessoa seria revelada em casos de atividade maliciosa.[8] Alguns especialistas em segurança acreditam que um banco de dados centralizado das identidades do mundo real dos usuários da Internet seria "um desastre de privacidade e um alvo altamente atraente para ladrões".[8] The Age disse que "parece um pouco próximo demais para um cenário do Big Brother"[8] e a Wired disse que as opiniões de Kasperski estavam altamente alinhadas com a agenda do governo russo.[17][7]

Muitas organizações têm considerado reduzir a privacidade para melhorar a segurança como resultado dos argumentos de Kaspersky.[17] Em uma entrevista mais recente ao Slashdot, Kasperski disse que a Internet deveria ser dividida em três zonas: uma zona vermelha para votação, banco online e outras "transações críticas" que exigiriam um ID da Internet; uma zona cinza que pode exigir apenas verificação de idade para acessar o site, mas não de identidade; e uma zona verde para blogs, notícias e "tudo relacionado à sua liberdade de expressão". Ele propõe "proxies especiais" para sites da zona vermelha que permitem a divulgação da identidade do usuário apenas no caso de suspeita de fraude.[37]

Controvérsias

Supostas afiliações com a inteligência russa

O trabalho anterior de Kasperski para os militares russos e a sua educação em uma faculdade técnica patrocinada pela KGB gerou polêmica sobre se ele usa a sua posição para promover os interesses do governo russo e os esforços de inteligência.[27][38] De acordo com o Kasperski, as alegações de conexões duvidosas com agências russas começaram depois que ele conseguiu os seus primeiros clientes na América.[25] Ele passa grande parte da sua vida profissional tentando fazer com que governos e organizações confiem nele e em seu software, apesar das alegações.[28]

A Wired disse que os críticos do Kasperski o acusam de usar a empresa para espionar usuários para a inteligência russa. As empresas de telecomunicações russas, por exemplo, são obrigadas pela lei federal russa a cooperar com as operações militares e de espionagem do governo, se solicitadas. Kasperski disse que a sua empresa nunca foi solicitada a adulterar o seu software de espionagem[17] e chamou as acusações de "paranoia da guerra fria".[39] e o seu relacionamento com o FSB russo, o sucessor do KGB, é limitado.[17] De acordo com o Gartner, "Não há evidências de que eles tenham alguma porta dos fundos em seu software ou qualquer ligação com a máfia ou estado russo... mas ainda há uma preocupação de que você não pode operar na Rússia sem ser controlado pelo partido no poder".[19] A Computing zombou de algumas das acusações mais extremas de espionagem, mas disse que seria improvável que uma empresa russa crescesse até o tamanho da Kaspersky Lab sem relacionamentos dentro do governo russo.[40] Jornalistas da NPR também disseram que era improvável que a Kaspersky estava usando seu software para espionagem, porque seria arriscado para os negócios da empresa, mas disse que a Kaspersky mostrou um desinteresse incomum no cibercrime baseado na Rússia.[41]

Em agosto de 2015, a Bloomberg relatou que a Kaspersky Lab mudou de rumo em 2012. De acordo com a publicação, "gerentes de alto nível saíram ou foram demitidos, os seus empregos muitas vezes preenchidos por pessoas com laços mais estreitos com os militares ou serviços de inteligência da Rússia. Algumas dessas pessoas ajudar ativamente as investigações criminais pelo FSB usando dados de alguns dos 400 milhões de clientes".[41] Bloomberg e The New York Times também disseram que Kasperski foi menos agressivo na identificação de ciberataques originados da Rússia do que de outros países, alegações que Kasperski refuta.[42][19] Por exemplo, ele supostamente ignorou ou minimizou uma série de ataques de negação de serviço em dezembro de 2011 que foram feitos para interromper a discussão online que criticava os políticos russos.[17][7] O Kasperski também supostamente ignorou um spyware baseado na Rússia chamado Sofacy, que se acredita ter sido usado pela Rússia contra a OTAN e a Europa Oriental.[41] Por outro lado, o Kasperski também publicou informações sobre os ataques cibernéticos do Crouching Yeti na Rússia dois dias antes de Bloomberg acusá-lo de ignorar os ataques cibernéticos na Rússia.[43] Na época, a empresa havia publicado onze relatórios sobre programas russos maliciosos.[44][45] O concorrente FireEye disse que é estranho, mesmo nos EUA, investigar crimes cibernéticos perpetrados pelo próprio governo.[43]

Um artigo de março de 2015 na Bloomberg disse que um número crescente de funcionários executivos da Kaspersky Lab trabalhou anteriormente para militares russos e agências de inteligência.[46] De acordo com o News & Observer, o Kasperski "publicou uma resposta gigantesca, derrubando as acusações da Bloomberg e acusando-os de jogar fatos pela janela em prol de uma narrativa antirrussa suculenta".[45] O concorrente FireEye disse que muitas empresas de TI dos EUA também têm executivos que anteriormente trabalharam para agências militares e de inteligência do governo.[43] A NPR relatou que o Kasperski tem feito cada vez mais negócios com agências russas de segurança cibernética para capturar cibercriminosos.[44] O Kasperski confirmou que as agências russas estão entre os seus clientes governamentais.[29][39]

Em maio de 2017, as alegações voltaram à tona quando o diretor da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA), Mike Rogers, disse a um comitê de inteligência do Senado dos EUA que a NSA estava revisando o uso do software Kaspersky pelo governo dos EUA por temer que permitiria aos serviços de inteligência russos realizar operações de espionagem ou lançar ataques cibernéticos contra a infraestrutura digital americana.[47] A ABC relatou que o Departamento de Segurança Interna emitiu um relatório secreto em fevereiro sobre possíveis conexões entre a Kaspersky Lab e a inteligência russa, e que o FBI estava investigando o assunto.[48] De acordo com o diretor da Defense Intelligence Agency (DIA), Vincent Stewart, sua agência está "rastreando Kasperski e o seu software".[48] Em um comunicado à imprensa, Evgeni Kasperski negou que o seu software seja ou possa ser usado para tais fins, afirmando que "Como uma empresa privada, a Kaspersky Lab não tem laços com nenhum governo, e a empresa nunca ajudou, nem ajudará, nenhum governo do mundo com os seus esforços de espionagem cibernética".[49] Ele também afirmou que os Estados Unidos não querem usar o software da sua empresa por razões políticas,[48] e chamou as alegações de "teorias de conspiração infundadas".[50]

Kasperski é um dos muitos "oligarcas" russos mencionados na Lei de Combate aos Adversários da América por meio de Sanções, CAATSA, sancionada pelo presidente Donald Trump em 2017.[51]

Alegada falsificação de antivírus

Em agosto de 2015, dois ex-funcionários da Kaspersky alegaram que a empresa introduziu arquivos modificados no banco de dados de antivírus da comunidade do VirusTotal para enganar os programas de seus rivais, levando-os a falsos positivos.[52] O resultado dos falsos positivos era que arquivos importantes não infectados seriam desabilitados ou excluídos. As alegações também afirmam que o próprio Kasperski ordenou algumas das ações, visando especificamente concorrentes, incluindo empresas chinesas que ele sentiu que estavam copiando seu software.[53] E-mails datados de 2009, dois anos após o Kasperski se tornar CEO, teriam vazado para a Reuters, um dos quais teria o Kasperski ameaçando ir atrás dos concorrentes "apagando-os no banheiro", usando uma frase popularizada por Vladimir Putin.[54][55] A empresa negou as acusações.[54]

Ranking da Forbes

O Kasperski foi classificado em #1.567 na "Lista dos Bilionários de 2017" da Forbes, com um patrimônio líquido de 1,3 bilhão de dólares americanos (em março de 2017).[18] Ele fez parte da lista pela primeira vez em 2015, quando o seu patrimônio líquido atingiu 1 bilhão de dólares americanos.[18]

Vida pessoal

Kasperski mora em Moscou, Rússia, com sua esposa e quatro filhos.[18][1] Ele e a sua primeira esposa se divorciaram em 1998.[17] Em 21 de abril de 2011, seu filho, Ivan, então com 20 anos, foi sequestrado por um resgate de 4,4 milhões.[c] Kasperski trabalhou com um amigo no FSB e na polícia russa para rastrear a ligação do resgatador. Eles montaram uma armadilha para os resgatadores, onde resgataram o seu filho e prenderam muitos dos sequestradores.[8][10][19][56] O incidente teve influência no senso de segurança pessoal do Kasperski. Ele agora viaja com um guarda-costas e equipe de segurança.[25]

Kasperski é uma das pessoas mais ricas da Rússia.[17] Seu patrimônio líquido é de cerca de 1 bilhão de dólares americanos.[9] De acordo com a Wired, ele "cultivou a imagem de um homem selvagem com dinheiro para queimar".[17] Ele tem interesse em corridas e dirige os seus carros esportivos em pistas de corrida como hobby.[57] Ele patrocina vários "projetos científicos ou peculiares",[7] como a equipe de corrida de Fórmula 1 da Ferrari[17][58] ou escavações arqueológicas em Acrotíri (cidade pré-histórica).[59] Kasperski possui um BMW M3.[24] Kasperski se descreve como um "viciado em adrenalina". Ele fez caminhadas em vulcões na Rússia e reservou uma viagem ao espaço no Virgin Galactic.[25] Ele viaja com frequência[25][7] e escreve sobre as suas experiências em seu blog pessoal.[24] Ele também gosta de fotografia como hobby.[7]

Kasperski é conhecido por evitar trajes formais, normalmente vestindo jeans e uma camisa.[30] Ele apoia projetos e competições universitárias na área de segurança de TI.[36]

Notas

  1. Oficialmente, a filiação entre os jovens estudantes russos era opcional, mas era "virtualmente obrigatória" e quase todos os jovens russos são membros de uma das divisões da juventude do Partido Comunista.[13][14][15][16]
  2. As fontes conflitam e/ou são ambíguas quanto ao número exato de engenheiros além de Kaspersky e a sua esposa que fundaram a empresa.[4][22][23]
  3. As fontes conflitam sobre quanto resgate foi pedido.[8]

Referências

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Ligações externas

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