Estrada de Ferro Oeste de Minas (ferrovia turística)
Estrada de Ferro Oeste de Minas | |||||||
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Locomotiva da EFOM na Estação de São João del-Rei | |||||||
Informações principais | |||||||
EF | Ferrovia Centro-Atlântica | ||||||
Sigla ou acrônimo | EFOM | ||||||
Tempo de operação | 1984– | ||||||
Frota | 4 locomotivas 12 carros vagões | ||||||
Ferrovia(s) antecessora(s) Ferrovia(s) sucessora(s)
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Especificações da ferrovia | |||||||
Extensão | 12 km - São João del-Rei a Tiradentes | ||||||
Bitola | 762mm | ||||||
Estrada de Ferro Oeste de Minas é uma ferrovia com 12 km de extensão e bitola de 762mm entre São João del-Rei e Tiradentes, Minas Gerais. A ferrovia é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional desde 1989.
História
[editar | editar código-fonte]A estrada original foi construída em 1881, pela Estrada de Ferro Oeste de Minas, para ajudar na colonização do Oeste de Minas Gerais. A linha em bitola de 762 mm ligava Antônio Carlos a Barra do Paraopeba, no município de Morada Nova de Minas. A Ferrovia Centro Atlântica opera o trecho Aureliano Mourão-Divinópolis, ampliada para bitola métrica em 1960. O resto da linha foi abandonado e desmontado entre 1983 e 1984 durante a administração da RFFSA.
A linha de São João del-Rei para Tiradentes, no entanto, foi preservada e de forma contínua, ainda está em uso, desde 1881,embora seja agora apenas uma linha turística avulsa, classificada como patrimônio histórico ao transporte de passageiros, e é um dos poucos lugares no Brasil, que viu o uso contínuo de locomotivas a vapor. Em 1984, a Linha da Barra do Paraopeba como era chamada, foi erradicada e a EFOM como uma rede ferroviária complexa, deixou de existir.
A linha foi inaugurada com a presença do Imperador Dom Pedro II, em 28 de agosto de 1881. Era a ponta da linha que então ligava Sítio (hoje Antônio Carlos), na Estrada de Ferro Dom Pedro II (posteriormente Central do Brasil), a São João del-Rei.
O nome EFOM foi retomado no fim da década de 1970 para fins turísticos na via remanescente de bitola de 762mm entre Antônio Carlos e Aureliano Mourão (cerca de 200 km). O único trecho, dessa ferrovia, existente em bitola de 762mm, compreende a linha entre São João del-Rei e Tiradentes, passando pela estação de Chagas Dória e pela parada da Casa de Pedra. Entre 1983 e 84, o restante da linha foi erradicado, sendo este trecho preservado como resultado da pressão da sociedade civil que tinha entre as entidades a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF). Desde então os 12 quilômetros de via férrea que separam as duas cidades históricas mineiras funcionam em caráter turístico.
Operação
[editar | editar código-fonte]Atualmente a Ferrovia Centro-Atlântica opera a linha, onde circulam quatro locomotivas a vapor com fins turísticos-culturais, sendo elas: EFOM nº 22, EFOM nº 41, EFOM nº 42 e EFOM nº 68. A EFOM nº 58 aguarda início do processo de restauração. As locomotivas EFOM nº 21 e EFOM nº 60 encontram-se expostas na gare da estação de São João del-Rei, a locomotiva EFOM nº 20 encontra-se em Belo Horizonte, a EFOM nº 19 está exposta no Shopping Estação em Curitiba-PR e a EFOM nº 66 ao lado da Estação da cidade de Antônio Carlos-MG juntamente com um carro de passageiros. A Associação São-Joanense de Preservação e Estudos Ferroviários, o Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei e a Sociedade de Amigos da Biblioteca Baptista Caetano de Almeida encaminharam ao IPHAN um abaixo assinado exigindo o retorno da locomotiva nº 20 e do carro A-1 à cidade.[1]
Museu
[editar | editar código-fonte]Junto à estação encontra-se o Museu Ferroviário, inaugurado em 1981, ano do centenário da Estrada de Ferro Oeste de Minas. O museu reúne equipamentos, peças, painéis didáticos e fotografias que contam a história da ferrovia no Brasil e na região. Além disso, estão expostas a EFOM nº 1 ("São João del Rey"), primeira locomotiva da ferrovia e um vagão de luxo utilizado para uso da administração, construído nas oficinas da EFOM em 1912. No anexo da rotunda estão expostas sete locomotivas a vapor Baldwin de bitola de 762 mm, sendo elas: EFOM nº 37, EFOM nº 38, EFOM nº 40, EFOM nº 43, EFOM nº 55, EFOM nº 62 e EFOM nº 69; três de bitola de 1,00 m, oriundas da Rede Mineira de Viação; uma locomotiva elétrica de bitola de 1,00 m; além de carros e vagões de carga. Em São João del-Rei, anexo à estação também existe uma grande rotunda e oficinas de manutenção. Pela riqueza de materiais, o Complexo Ferroviário da Estrada de Ferro Oeste de Minas é um dos maiores do Brasil.
Inventário de Locomotivas a Vapor em bitola de 0,76m remanescentes da EFOM
[editar | editar código-fonte]- LOCOMOTIVA Nº 01 - SÃO JOÃO DEL REI-MG;
- LOCOMOTIVA Nº 19 - CURITIBA-PR;
- LOCOMOTIVA Nº 20 - BELO HORIZONTE-MG;
- LOCOMOTIVA Nº 21 - SÃO JOÃO DEL REI-MG;
- LOCOMOTIVA Nº 22 - SÃO JOÃO DEL REI-MG;
- LOCOMOTIVA Nº 37 - SÃO JOÃO DEL REI-MG;
- LOCOMOTIVA Nº 38 - SÃO JOÃO DEL REI-MG;
- LOCOMOTIVA Nº 40 - SÃO JOÃO DEL REI-MG;
- LOCOMOTIVA Nº 41 - SÃO JOÃO DEL REI-MG;
- LOCOMOTIVA Nº 42 - SÃO JOÃO DEL REI-MG;
- LOCOMOTIVA Nº 43 - SÃO JOÃO DEL REI-MG;
- LOCOMOTIVA Nº 55 - SÃO JOÃO DEL REI-MG;
- LOCOMOTIVA Nº 58 - SÃO JOÃO DEL REI-MG;
- LOCOMOTIVA Nº 60 - SÃO JOÃO DEL REI-MG;
- LOCOMOTIVA Nº 62 - SÃO JOÃO DEL REI-MG;
- LOCOMOTIVA Nº 66 - ANTÔNIO CARLOS-MG;
- LOCOMOTIVA Nº 68 - SÃO JOÃO DEL REI-MG;
- LOCOMOTIVA Nº 69 - SÃO JOÃO DEL REI-MG.
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Estrada de Ferro Oeste de Minas
- Linha da Barra do Paraopeba
- Estação de São João del-Rei
- Ferrovia Centro-Atlântica
- Associação Brasileira de Preservação Ferroviária