Ferrovia Centro-Atlântica S.A.
Ferrovia Centro-Atlântica - FCA | |
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Razão social | Ferrovia Centro Atlântica S/A |
Empresa de capital aberto | |
Cotação | B3: VSPT3, VSPT4 |
Atividade | Logística |
Gênero | Sociedade anônima |
Fundação | 1996 (25 anos) |
Sede | ![]() |
Área(s) servida(s) | São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Bahia, Espírito Santo, Distrito Federal, Sergipe, Minas Gerais |
Locais | Brasil |
Proprietário(s) | VLI Multimodal S.A. |
Pessoas-chave | Ernesto Pousada (presidente atual) |
Empregados | 7.500[1] (2019) |
Produtos | Transporta variados segmentos como commodities agrícolas, insumos e fertilizantes, combustíveis, siderúrgico, automotivo e autopeças, químico, petroquímico e mineração |
Website oficial | www |
A Ferrovia Centro Atlântica S/A, mais conhecida como FCA, é uma concessionária de ferrovias que opera parte da malha privatizada da RFFSA, composta das seguintes superintendências regionais: SR-2 com sede em Belo Horizonte; SR-8 com sede em Campos dos Goytacazes; e SR7, com sede em Salvador. Através de negociação com a Ferroban, assumiu parte da Malha Paulista da antiga Fepasa. Foi criada no dia 1 de setembro de 1996 e atualmente pertence a VLI Multimodal S.A..
História[editar | editar código-fonte]
Oriunda da antiga Rede Ferroviária Federal RFFSA, a FCA foi criada a partir do Programa Nacional de Desestatização. Entre 2003 e 2011 a FCA faz parte do Grupo Vale e de 2011 em diante passou a fazer parte da VLI.
Cronologia[editar | editar código-fonte]
- 1992
- A RFFSA é incluída no Programa Nacional de Desestatização
- 1996
- Surge a FCA, com a operação do trecho correspondente à antiga Malha Centro-Leste Brasileira (7.080 km de trilhos em bitola métrica e mista[2]): SR2 (Belo Horizonte), SR7(Salvador) e SR8(Campos).
- 1998
- Em um acordo no processo de concessão da Malha Paulista (antiga Fepasa), vencido pela Ferroban, o trecho entre Campinas (SP) e Uberlândia (MG) que faz parte do Corredor de Exportação Araguari-Santos, passa para o controle da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA).
- 1999
- Alteração no grupo de controle da FCA. A Companhia Vale do Rio Doce (VALE) adquire um percentual do controle acionário da empresa. A Companhia Siderúrgica Nacional também é acionista[2].
- 2003
- VALE assume 99,99% do controle acionário da FCA.
- 2008
- Lançamento de sua nova logomarca.
- 2014
- Em abril 2014 a Vale concluiu a venda de 20% e 15,9% da VLI para, respectivamente, Mitsui e FI-FGTS.[3] Em agosto foi a vez da Brookfield Asset Management arrematar 26,5% da VLI, tirando a Vale do controle da mesma.[4] Deste ponto em diante a empresa passou a criar cultura própria e seu próprio sistema de governança.
Projetos[editar | editar código-fonte]
Projeto Noroeste de Minas Gerais[editar | editar código-fonte]
Em 2009, a FCA desenvolveu o projeto de criação de um corredor de exportação entre o Terminal de Pirapora (MG) e o Terminal de Produtos Diversos no Complexo Portuário de Tubarão, em Vitória (ES). O novo corredor permitiu maior competitividade e aumento da produção local de soja, milho, álcool e açúcar e do consumo de insumos como fertilizantes, defensivos e sementes, gerando mais renda e investimento para o Novo Corredor para exportação Centro-Leste[5].
Projeto Litorânea Sul[editar | editar código-fonte]
O outro grande projeto é o da construção da Variante Ferroviária Litorânea Sul (VFLS), que prevê uma nova ferrovia entre Cariacica e Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, com 165 quilômetros de extensão e com um ramal que dá acesso ao polo industrial e de serviços de Anchieta. O novo trecho vai substituir o trecho ferroviário acidentado entre as duas cidades pelo interior capixaba.
Em 2007, a FCA aplicou recursos no projeto básico de engenharia e deu início ao processo de licenciamento ambiental. Em novembro, oito audiências públicas foram organizadas para que se conseguisse a anuência das populações das 11 cidades que serão cortadas pelo novo trecho ferroviário. Foi a primeira etapa de licenciamento ambiental da obra.
Responsabilidade social[editar | editar código-fonte]
O Cidadania nos Trilhos é o mais importante projeto de relacionamento externo da Logística. Tem como objetivo compartilhar com as comunidades próximas à linha férrea os cuidados necessários para uma convivência segura com o trem.
Em cada município a busca unir esforços com igrejas, órgãos públicos, ONG´s, fundações, associações e entidades de classe, oferecendo parceria em iniciativas já existentes ou construindo propostas em conjunto.
Com as instituições de ensino da Rede Pública, o foco está na construção de projetos pedagógicos cujos temas estejam relacionados à convivência segura com a ferrovia. Para a elaboração dos projetos são distribuídos materiais didáticos. Desde seu início, o Cidadania nos Trilhos formou 443 educadores e envolveu diretamente mais de 43 mil alunos.
O Programa Cidadania nos Trilhos foi premiado pela Aberje, em 2006, como o principal programa de relacionamento com comunidades do Brasil.
Patrimônio cultural[editar | editar código-fonte]
Desde 2001, a FCA é a empresa responsável pela manutenção e operação da Estrada de Ferro Oeste de Minas. Este complexo ocupa uma área de 35.000 m2, sendo o maior centro de preservação da memória histórica ferroviária nacional e um dos mais importantes do mundo.
Além disso, em maio de 2006, foi inaugurado o Trem da Vale, cuja operação é de responsabilidade da Ferrovia Centro-Atlântica.
Referências
- ↑ Dados do site oficial da FCA
- ↑ a b RODRIGUES, Paulo Roberto Ambrosio - Introdução aos Sistemas de Transporte no Brasil e à Logística Internacional - Edições Aduaneiras Ltda - 2000 - São Paulo - Pg. 45 - ISBN 85-7129-239-6
- ↑ [1]
- ↑ [2]
- ↑ http://www.vli-logistica.com.br/conheca-a-vli/corredores-logisticos/corredor-centro-leste/