Transnordestina Logística S.A.
Transnordestina Logística | |
---|---|
Razão social | Transnordestina Logística S/A |
Empresa de capital fechado | |
Atividade | Transporte ferroviário, Logística |
Fundação | 1998 (23 anos) (como CFN) 2008 (13 anos) (como TLSA) |
Sede | ![]() |
Área(s) servida(s) | Nordeste do Brasil |
Locais | Pernambuco, Ceará, Piauí |
Produtos | Transporte e movimentação de carga |
Acionistas | CSN (controlador) VALEC BNDESPar BNDES FINAME |
Antecessora(s) | Companhia Ferroviária do Nordeste |
Website oficial | www |

A Transnordestina Logística S/A (TLSA) é uma empresa privada do Grupo CSN, responsável pela construção e operação da Ferrovia Nova Transnordestina (EF-232 e EF-116), projetada para ligar o Porto de Pecém, no Ceará e o Porto de Suape, em Pernambuco, ao cerrado do Piauí, no município de Eliseu Martins, com extensão total de 1 753 quilômetros[1].
História[editar | editar código-fonte]
A Transnordestina Logística S.A. é uma empresa privada controlada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), um dos principais grupos privados nacionais. Até o ano de 2008, era denominada Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN), responsável pela operação da concessão adquirida da Rede Ferroviária Federal em 1997, composta das seguintes superintendências regionais: SR-1 (Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte), SR-11 (Ceará) e SR-12 (Piauí e Maranhão). Possuía uma malha ferroviária de 4 238 quilômetros, que se estendiam pelos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, até o município de Propriá, em Sergipe.
Operava as linhas da Malha Nordeste da RFFSA, construídas todas em bitola métrica, pelas antigas Rede Ferroviária do Nordeste, Ferrovia São Luís-Teresina, Ferrovia Teresina-Fortaleza e Rede de Viação Cearense[2].
Em 2013,a ANTT autorizou a cisão da concessão para exploração e desenvolvimento do serviço público de transporte ferroviário de carga da Malha Nordeste, e a Cisão Parcial da TLSA. A Cisão nomeia a segregação de ativos e passivos da Malha I e a Malha II.[3]
A Ferrovia Transnordestina Logística (FTL) incorporou os ativos e passivos da Malha I (bitola métrica); e a TLSA fica com a Malha II (bitola larga e mista em construção como Ferrovia Nova Transnordestina).
A Malha II da TLSA é composta pelos trechos Missão Velha-Salgueiro, Salgueiro-Trindade, Trindade-Eliseu Martins, Salgueiro-Porto de Suape e Missão Velha-Porto de Pecém, passando pelos estados do Piauí, Ceará e Pernambuco. Este trecho compreende a construção da Ferrovia Nova Transnordestina, com extensão total de linhas de 1 753 quilômetros[4].
Cronologia[editar | editar código-fonte]
- 1992
- A RFFSA é incluída no Programa Nacional de Desestatização.
- 1997
- Leilão da Malha Ferroviária Nordeste pertencente à Rede Ferroviária Federal SA, concessão é obtida por 30 anos.
- 1998
- Surge a Companhia Ferroviária do Nordeste - CFN, início do transporte de cargas.
- 2008
- Alteração na razão social da Companhia Ferroviária do Nordeste - CFN, passando a se chamar Transnordestina Logística S/A - TLSA.
- 2011
- A VALEC torna-se acionista da TLSA.
- 2012
- Iniciado o processo de Cisão parcial da TLSA, visando segregar a concessão da antiga malha ferroviária da RFFSA da concessão Nova Transnordestina que está em construção. Criação da Ferrovia Transnordestina Logística em 29 de outubro de 2012[5] e aprovada em 22 de fevereiro de 2013, a partir da Resolução nº 4042[6] da ANTT.
- 2013
- Início das operações da Ferrovia Transnordestina Logística (FTL), logo após a aprovação da Cisão pelos acionistas da TLSA.
- 2017
- Por orientação do Tribunal de Contas da União as obras não devem mais serem realizados repasses de dinheiro público, por descompasse entre dos cronogramas de obras e os valores financeiros liberados[7].
Com dez anos de obras foram executados 600 quilômetros de trilhos de uma extensão total prevista de 1 753 quilômetros[8].
Composição acionária[editar | editar código-fonte]
A composição acionária (em setembro de 2018) da TLSA é compartilhada entre a CSN e empresas públicas federais[9] conforme o quadro a seguir.
Empresa | Percentual |
---|---|
Companhia Siderúrgica Nacional | 46,30 |
VALEC | 39,10 |
BNDES | 5,38 |
BNDESPar | 4,25 |
FINAME | 3,21 |
Fundo de Investimento do Nordeste | 1,76 |
Frota[editar | editar código-fonte]
A frota de locomotivas da Transnordestina Logística S/A (TLSA) ao fim de 2015 era composta por locomotivas EMD dos modelos G12 e SD40-2, possuindo um total de 14 locomotivas[10], destas quatro classificadas como inativas.
Fabricante | Modelo | Potência | Ativas | Total | Nota |
---|---|---|---|---|---|
EMD | G12 | 1425 HP | 5 | 5 | |
EMD | SD40-2 | 3000 HP | 5 | 9 | BNSF n.º 7251, 7256, 7268, 7291, 8100 e 8115 RFFSA/MRS n.º 5212, 5237 e 5241. |
Foram importadas em 2011 seis locomotivas[11] usadas do EUA ex-BNSF Railway. Era previsto inicialmente a importação de um total de 11 locomotivas do modelo EMD SD40-2, entretanto somente foram entregues seis unidades.
Em 2013 foi realizada a mutação patrimonial de 03 (três) locomotivas EMD SD40-2 da concessionaria MRS Logística para a Ferrovia Transnordestina Logística, o processo foi finalizado com o Aditivo publicado em 13 de janeiro de 2015,[12] entretanto essas locomotivas estavam operando na Transnordestina Logística S/A (TLSA)[10] em 2015, nas obras de construção da ferrovia.
Equipamentos de manutenção de via[editar | editar código-fonte]
Equipamento[10] | Fabricante | Ano | Origem | Quantidade |
---|---|---|---|---|
Reguladora de lastro Knox KBR 925 | Kershaw | 2007 | 1 | |
Reguladora de lastro PBR 400 | Plasser & Theurer | 2010 | 2 | |
Socadora de linha 08-16 SPLIT HEAD | Plasser & Theurer | 2010 | 3 | |
Pórtico hidráulico PTH 500 | Geismar | 2010 | 4 | |
Auto de linha de manutenção AL | Via Permanente | 2015 | 1 | |
Auto de linha de inspeção VLT 1722 | Empretec | 2006 | 1 | |
Caminhão rodoferroviário 1519 | Empretec | 2013 | 1 | |
Máquina de soldar elétrica Holland H650 | Holland | 2010 | 1 | |
TOTAL | 14 |
Referências
- ↑ «Transnordestina Logística aprova cisão parcial da companhia». ANTT. 27 de dezembro de 2017. Consultado em 7 de janeiro de 2017
- ↑ Setti, João Bosco, (2008). Ferrovias no Brasil. um século e meio de evolução. Rio de Janeiro: Memória do Trem. ISBN 978-85-86094-09-5
- ↑ «Transnordestina Logística aprova cisão parcial da companhia». Valor Econômico. Consultado em 12 de novembro de 2015
- ↑ «TLSA». TLSA. 4 de Novembro de 2016. Consultado em 12 de janeiro de 2017
- ↑ ANTT (31 de janeiro de 2014). «FTL - Ferrovia Transnordestina Logística - Demonstrações Financeiras». Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes. Consultado em 7 de janeiro de 2017[ligação inativa]
- ↑ «Resolução nº 4042, de 22 de fevereiro de 2013 - Autoriza a operação de cisão da Concessão para exploração e desenvolvimento do serviço público de transporte ferroviário de carga na Malha Nordeste.». ANTT. 22 de fevereiro de 2013. Consultado em 7 de Janeiro de 2017. Arquivado do original em 9 de janeiro de 2017
- ↑ «TCU suspende repasses de recursos para obras da ferrovia Transnordestina». Laís Lis. 25 de janeiro de 2017. Consultado em 19 de fevereiro de 2017
- ↑ Wagner Sarmento (18 de Fevereiro de 2017). «Paradas, obras da ferrovia Transnordestina são retrato do descaso». Consultado em 19 de fevereiro de 2017
- ↑ «Audiência pública realizada em 16/03/2016, com a participação da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. para tratar das obras da ferrovia Nova Transnordestina.». Camara Federal -CONSULTOR: ROSE MIRIAN HOFMANN. 3 de maio de 2006. Consultado em 9 de Janeiro de 2017
- ↑ a b c RF. «3.289 locomotivas em operação». Dezembro/Janeiro 2015. Consultado em 1 de janeiro de 2016
- ↑ «Locomotivas desembarcam no Ceará». WebTranspo. 27 de setembro de 2011. Consultado em 12 de Janeiro de 2017
- ↑ «Termo Aditivo nº 003 ao Contrato de Arrendamento nº 071/97». ANTT. 2015. Consultado em 8 de janeiro de 2017[ligação inativa]