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Estrada de Ferro Oeste de Minas (ferrovia turística)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Estrada de Ferro Oeste de Minas
Info/Ferrovia
Predefinição:Info/Ferrovia
Locomotiva da EFOM na Estação de São João del-Rei
Informações principais
EF Ferrovia Centro-Atlântica
Sigla ou acrônimo EFOM
Tempo de operação 1984
Frota 4 locomotivas
12 carros vagões
Ferrovia(s) antecessora(s)
Ferrovia(s) sucessora(s)

RFFSA/SR-2
-
Especificações da ferrovia
Extensão 12 km - São João del-Rei a Tiradentes
Bitola 762mm

Estrada de Ferro Oeste de Minas é uma ferrovia com 12 km de extensão e bitola de 762mm entre São João del-Rei e Tiradentes, Minas Gerais. A ferrovia é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional desde 1989.

História

A estrada original foi construída em 1881, pela Estrada de Ferro Oeste de Minas, para ajudar na colonização do Oeste de Minas Gerais. A linha em bitola de 762mm ligava Antônio Carlos a Barra do Paraopeba, Minas Gerais. A Ferrovia Centro Atlântica opera o trecho Aureliano Mourão-Divinópolis, ampliada pra bitola métrica em 1960. O resto da linha foi abandonada e retirada em 1983.

A linha de São João del-Rei para Tiradentes, no entanto, foi executado de forma contínua desde 1881, embora seja agora uma linha turística e patrimônio histórico transportando passageiros, e é um dos poucos lugares no Brasil, que viu o uso contínuo de locomotivas a vapor. Em 1983, a Linha da Barra do Paraopeba, como era chamada, foi abandonada e a EFOM foi formada.

EFOM nº 20 em Belo Horizonte (em breve de volta à São João del-Rei).

A linha foi inaugurada com a presença do Imperador Dom Pedro II, em 28 de agosto de 1881. Era a ponta da linha que então ligava Sítio (hoje Antônio Carlos), na Estrada de Ferro Dom Pedro II (posteriormente Central do Brasil), a São João del-Rei.

O nome EFOM foi retomado no fim da década de 1970 para fins turísticos nas vias de bitola de 762mm. O mais famoso hoje dos trechos dessa ferrovia é o remanescente, em bitola de 762mm, ligação entre São João del-Rei e Tiradentes, passando pela estação de Chagas Dória e pela parada da Casa de Pedra. No início dos anos 80, o restante da linha foi erradicado, sendo este trecho preservado como resultado da pressão da sociedade civil que tinha entre as entidades a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF). Desde então os 12 quilômetros de via férrea que separam as duas cidades históricas mineiras funcionam em caráter turístico.

EFOM nº 68 na rotunda de Tiradentes.
A popular "Maria-Fumaça". EFOM nº 42 na Estação de Tiradentes.

Operação

Atualmente a Ferrovia Centro-Atlântica opera a linha, onde circulam quatro locomotivas a vapor com fins turísticos-culturais, sendo elas: EFOM nº 22, EFOM nº 41, EFOM nº 42 e EFOM nº 68. A EFOM nº 58 aguarda início do processo de restauração. As locomotivas EFOM nº 21 e EFOM nº 60 encontram-se expostas na gare da estação de São João del-Rei e a locomotiva EFOM nº 20 encontra-se em Belo Horizonte. A Associação São-Joanense de Preservação e Estudos Ferroviários, o Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei e a Sociedade de Amigos da Biblioteca Baptista Caetano de Almeida encaminharam ao IPHAN um abaixo assinado exigindo o retorno desta locomotiva e do carro A-1 à cidade.[1]

Museu

Junto à estação encontra-se o Museu Ferroviário, inaugurado em 1981, ano do centenário da Estrada de Ferro Oeste de Minas. O museu reúne equipamentos, peças, painéis didáticos e fotografias que contam a história da ferrovia no Brasil e na região. Além disso, estão expostas a EFOM nº 1, primeira locomotiva da ferrovia e um vagão de luxo utilizado para uso da administração, construído nas oficinas da EFOM em 1912. No Anexo da rotunda estão expostas uma coleção de sete locomotivas a vapor Baldwin de bitola de 762mm, sendo elas:EFOM nº 37, EFOM nº 38, EFOM nº 40, EFOM nº 43, EFOM nº 55, EFOM nº 62 e EFOM nº 69; três de bitola de 1,00 m, oriundas da Rede Mineira de Viação; uma locomotiva elétrica de bitola de 1,00 m; além de carros e vagões de carga.

Em São João del-Rei, anexo à estação também existe uma grande rotunda e oficinas de manutenção.

Pela riqueza de materiais, o Complexo Ferroviário da Estrada de Ferro Oeste de Minas é um dos maiores do Brasil.

Ver também

Referências

Ligações externas