FN49
| SAFN 1949 | |
|---|---|
 Um FN49 em 8mm Mauser | |
| Tipo | Fuzil de batalha semiautomático |
| Local de origem |  Bélgica
|
| História operacional | |
| Em serviço | 1948 — 1982 |
| Utilizadores | Ver Usuários |
| Guerras | Ver Guerras |
| Histórico de produção | |
| Criador | Dieudonné Saive |
| Data de criação | 1947 |
| Fabricante | FN Herstal |
| Período de produção |
1948 — 1961 |
| Quantidade produzida |
176.000 |
| Variantes | Ver Variantes |
| Especificações | |
| Peso | 4,31 kg (9,50 lb) |
| Comprimento | 1 116 mm (43,9 in) |
| Comprimento do cano |
590 mm (23,2 in) |
| Cartucho | |
| Calibre | 7,62 mm a 7,92 mm dependendo do cartucho |
| Ação | Ação de gases de recuo direto total curto com ferrolho basculante |
| Sistema de suprimento | carregador interno para 10 munições (20 na variante argentina)[1] |
| Mira | De ferro, rampa na traseira poste fixo na dianteira (mira telescópica no modelo para atirador de elite) |
O fuzil militar FN49 (ou SAFN 1949 de "Semi-Automatique Fabrique Nationale"[1]), muitas vezes referido como FN-49, SAFN ou AFN (versão de fuzil automático) é um fuzil semiautomático projetado pelo projetista belga de armas portáteis Dieudonné Saive em 1947. Foi adotado pelas forças armadas da Argentina, Bélgica, Congo Belga, Brasil, Colômbia, Egito, Indonésia, Luxemburgo e Venezuela.
Embora bem considerado por sua alta qualidade de construção e confiabilidade em comparação com os fuzis da época, sua comercialização foi limitada, pois não foi desenvolvido a tempo para uso na Segunda Guerra Mundial. Um número desconhecido de fuzis FN49 foi produzido como fuzis automáticos de tiro seletivo, mas o pequeno carregador de 10 tiros limitava a utilidade do recurso totalmente automático. O FN49 se viu em competição direta com vários fuzis mais modernos, como o Heckler & Koch G3 e o próprio FN FAL da Fabrique Nationale de Herstal, resultando em vendas limitadas.
Apresentação[editar | editar código-fonte]
Projetado por Dieudonné Saive na Grã-Bretanha durante a Segunda Guerra Mundial e fabricado pela FN Herstal, foi adotado em 1949. Construído em madeira e aço usinado, funciona por meio da ação de gases, tiro semi-automático e trancamento de culatra por ferrolho basculante.[1]
O carregador da arma continha a serem alimentados de cima, individualmente ou por meio de clips de 5 cartuchos. A adição de um bocal permite o disparo de granadas defensivas anti-pessoal com uma espoleta ou o disparo de uma granada de carga anti-carro HEAT de carga oca. Para lançar a granada, deve-se girar a tampa do cilindro de gás para fechar o mecanismo de recuperação de gás e usar uma munição especial com uma alta carga de pólvora .30-06 balista. Várias munições .30-06 : BDR (comum em carregadores de clip) Trac (traçante) Aperf (perfurante) Inc (incendiária) festim (festim) balista (tiro de granada) sec plast (munição de segurança com cabeça de plástico eficaz a 100m).
Variantes[editar | editar código-fonte]
A arma foi fabricada em vários calibres,[1] mas a empresa belga também criou:
- O AFN 1949 capaz de disparar em rajadas *
- O SAFN de atirador de elite equipado com uma mira telescópica fabricada na Bélgica.
O AFN e o SAFN ainda estavam em uso com a força aérea belga em 1986 (3 Wing Tac, centro de treinamento Koksijde, centro de treinamento St. Trond, as outras bases aéreas operacionais estavam equipadas com FAL e/ou FNC) e a marinha (Zeemacht - Force Navale, ZM-FN) até 1992-93 e foi substituído pelo FAL.
Os arsenais argentinos o recalibraram em 1974 para o 7,62×51mm NATO,[1] adicionando o carregador do BM-59 .
Produção e distribuição[editar | editar código-fonte]
Mais de 176.000 fuzis SAFN e AFN foram produzidos entre 1948 e 1961.[1] Além dos 50.000 fuzis entregues à Bélgica, 125.000 armas foram entregues aos seguintes países: Argentina, Brasil, Colômbia, RDC, Egito, Indonésia, Luxemburgo e Venezuela. Eles foram usados durante a Guerra da Coreia, La Violencia, a Crise de Suez, a Crise do Congo e a Guerra Civil Dominicana.
Dados numéricos[editar | editar código-fonte]
- Munição: 7x57mm, 7,65mm Mauser, 7,92x57mm, 0,30-06 US
- Comprimento: 1,116m
- Cano: 590mm
- Peso vazio: 4,31kg
- Carregador: 10 tiros
- Fabricado: 1949 a 1970
Guerras[editar | editar código-fonte]
- Guerra da Coreia[2][3]
- Rebelião do Darul Islâmico[4]
- Crise de Suez[2][5]
- Rebelião Permesta[4]
- Revolução da PRRI[4]
- Crise do Congo[2]
- Guerra Civil Dominicana
- Guerra das Malvinas
Usuários[editar | editar código-fonte]
Fuzis FN49 cruzados no Museu do Corpo de Fuzileiros Navais, no Rio de Janeiro. 
Argentina[6]
Bélgica[6]
Brasil[6]
Colômbia[6]
República Democrática do Congo[6]
Egito[6]
Indonésia[6]
Luxembourg[6]
Venezuela[6]
Zaire
.jpg)
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ a b c d e f Anthony Vanderlinden (21 de janeiro de 2021). «FN-49: The Last Old-School Battle Rifle». American Rifleman. Consultado em 13 de outubro de 2021
- ↑ a b c «Le fusil semi-automatique belge S.A.F.N. 49». Action Armes & Tir (em francês) (161): 32–35. Dezembro de 1993
- ↑ Cashner, Bob (2013). The FN FAL Battle Rifle. Oxford, UK: Osprey Publishing. p. 10. ISBN 978-1-78096-903-9
- ↑ a b c Haryadi, Yosafat Robert (2019). Sejarah Kavaleri Korps Marinir (em indonésio). Surabaya: Penerbit Karunia. pp. 234, 248, 261. ISBN 978-979-9039-97-2
- ↑ Reynold, Dan. «The Rifles of Egypt 1922 - 1958». carbinesforcollectors.com
- ↑ a b c d e f g h i Johnson, Wayne (2004). "The FN-49, The last elegant old-world military rifle", Wet Dog Publications, ISBN 0-9707997-2-1: p. 46-49.
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Johnson, Wayne (2019). Fn-49: Last Elegant Old-World Military Rifle (em inglês) 2.ª, expandida e ilustrada ed. [S.l.]: Wet Dog Publications (publicado em 15 de julho de 2019). 460 páginas. ISBN 978-0-99813-971-5. Consultado em 13 de outubro de 2021
- Francotte, Auguste (1989). FN 100 Years: The Story of a Great Liege Company 1889-1989 (em inglês). [S.l.]: Didier-Hatier. 198 páginas. ISBN 978-2-87088-657-1. Consultado em 13 de outubro de 2021
