Falcão Trigoso

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Falcão Trigoso
Nome completo João Maria de Jesus Falcão Trigoso
Nascimento 4 de março de 1879
Lisboa
Morte 23 de dezembro de 1956 (77 anos)
Nacionalidade português
Prémios 1.º Prémio Silva Porto
Medalha de ouro da Exposição do Panamá-Pacífico
Prémio Anunciação
Área pintura
Formação Escola de Belas Artes de Lisboa
Movimento(s) Ar-livrismo

João Maria de Jesus Falcão Trigoso (Lisboa, 4 de março de 1879 — 23 de dezembro de 1956), também conhecido por Falcão Trigoso, foi um pintor português.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Primeiros anos e formação[editar | editar código-fonte]

Nasceu na cidade de Lisboa, em 4 de Março de 1879, sendo filho de Leonardo de Mello Falcão Trigoso e Maria Carlota de Lemos Seixas Castelo Branco.[1] Desde a sua infância que se revelou o talento para a pintura; aos sete anos de idade, recebeu do seu avô, o poeta João de Lemos, a sua primeira paleta, da qual se serviria para iniciar todos os seus trabalhos, em homenagem ao seu avô.[1]

Cumpriu os estudos liceais nos Liceus do Largo do Intendente, do Carmo, e Eugénio Santos, tendo-se matriculado, em 1901, no curso de pintura da Escola de Belas Artes de Lisboa.[1] Foi discípulo de Simões de Almeida, Veloso Salgado, e Carlos Reis.[1]

Carreira profissional e artística[editar | editar código-fonte]

Após concluir o curso de pintura, inicia a sua vida profissional na posição de director da Escola Técnica Vitorino Damásio, em Lagos.[1] Exerceu, posteriormente, como director nas Escolas Fonseca Benevides e de Arte Aplicada António Arroio, em Lisboa.[1]

Dedicou-se a pintar as paisagens do Algarve, região que ele baptizou como Costa de Oiro, retratando principalmente as zonas costeiras e as amendoeiras em flor.[1]

Adepto do naturalismo, foi membro do Grupo Silva Porto, chefiado por Carlos Reis.[1]

Realizou várias exposições individuais, e apresentou as suas obras em diversas exposições da Sociedade Nacional de Belas Artes, onde foi galardoado, em 1948, uma medalha de honra.[1] Recebeu, igualmente, o 1.º Prémio Silva Porto, em 1954, uma medalha de ouro na Exposição do Panamá-Pacífico, em São Francisco, nos Estados Unidos da América,[1] e, em 1900, o Prémio Anunciação[2]

As suas obras encontram-se expostas no Museu Nacional de Arte Contemporânea, em Lisboa, Museu Grão Vasco, em Viseu, Casa-Museu Egas Moniz, em Avanca, Museu Malhoa, nas Caldas da Rainha, Museu Soares dos Reis, no Porto, e em várias colecções particulares.

Casamento e morte[editar | editar código-fonte]

Em 1908, casou, em Lagos, com Maria da Piedade Mascarenhas Corte-Real.[1]

Faleceu em 23 de dezembro de 1956, com 78 anos de idade.[1]

Homenagens[editar | editar código-fonte]

O seu nome foi colocado em três ruas, uma nas Avenidas Novas em Lisboa, outra na Freguesia de Santa Maria, em Lagos,[3] e outra em Cascais.[4]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l Ferro, p. 433, 434
  2. «Documentos relativos à concessão de prémio / Representação digital». Arquivo Nacional / Torre do Tombo. 1879–1964. Consultado em 18 de Julho de 2012. Arquivado do original em 23 de fevereiro de 2014 
  3. «Código Postal de Rua Pintor Falcão Trigoso, Lagos, Portugal». Ciberforma Informática. 2007. Consultado em 11 de Abril de 2011 
  4. «Rua Falcão Trigoso». Portugalio. 2011. Consultado em 11 de Abril de 2011 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • FERRO, Silvestre Marchão (2007). Vultos na Toponímia de Lagos 2.ª ed. Lagos: Câmara Municipal de Lagos. 358 páginas. ISBN 972-8773-00-5 
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