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Forma do Universo: diferenças entre revisões

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== Geometria local (curvatura espacial) ==
== Geometria local (curvatura espacial) ==


A '''geometria local''' é a que corresponde à curvatura que descreve qualquer ponto arbitrário no universo observável (feita uma média sobre uma escala suficientemente grande). Muitas observações astronômicas, tais como as de uma [[supernova]] e as da [[radiação de fundo de microondas]], mostram um universo observável bastante homogêneo e isotrópico, e se deduz que sua expansão está em aceleração (isto leva a uma representação do espaço-tempo reduzida à três dimensões não ao formato de cone, mas de um "trompete" <ref>[http://www.newscientist.com/article/dn4879-big-bang-glow-hints-at-funnelshaped-universe.html Big Bang glow hints at funnel-shaped Universe - '''www.newscientist.com'''] {{en}}</ref>). Na [[Relatividade Geral]], é modelada pela [[Métrica de Friedman-Lemaître-Robertson-Walker]]. Este modelo, que pode ser representado pelas [[Equações de Friedmann]], proporciona uma curvatura (comumente chamada ''geometria'') do universo baseado na matemática da dinâmica dos fluidos<ref>A. J. Fennelly; [http://www.springerlink.com/content/n42874677047h10h/ The weight, shape, and speed of the universe; General Relativity and Gravitation; Volume 15, Number 5 / May, 1983; DOI 10.1007/BF00759940 '''www.springerlink.com'''] {{en}}</ref>, por exemplo modelando a matéria dentro do universo como um [[fluido perfeito]].<ref>A. Banerjee; ''et al.''; [http://www.springerlink.com/content/x5361l805p371557/ Inhomogeneous perfect fluid cosmologies in (4+1) dimensions; Astrophysics and Space Science; Volume 239, Number 1 / May, 1996; DOI 10.1007/BF00653774 - '''www.springerlink.com'''] {{en}}</ref><ref>Alberto A. Garcia and Steve Carlip; [http://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleURL&_udi=B6TVN-4MJSF4R-5&_user=10&_rdoc=1&_fmt=&_orig=search&_sort=d&view=c&_acct=C000050221&_version=1&_urlVersion=0&_userid=10&md5=f0d9dc2305b982db3943485d2f0407e9 n-dimensional generalizations of the Friedmann–Robertson–Walker cosmology; Physics Letters B Volume 645, Issues 2-3, 8 February 2007, Pages 101-107 - '''www.sciencedirect.com'''] {{en}}</ref> Ainda que as estrelas e grandes estruturas possam ser chamadas como um "quase modelo FLRW", quer dizer que supõe homogeneidade e isotropia e que se assume que o componente espacial da métrica pode ser dependente do tempo, estritamente um modelo FLRW é usado para aproximar a geometria local do universo observável.
A '''geometria local''' é a que corresponde à curvatura que descreve qualquer ponto arbitrário no universo observável (feita uma média sobre uma escala suficientemente grande). Muitas observações astronômicas, tais como as de uma [[supernova]] e as da [[radiação de fundo de microondas]], mostram um universo observável bastante homogêneo e isotrópico, e se deduz que sua expansão está em aceleração (isto leva a uma representação do espaço-tempo reduzida à três dimensões não ao formato de cone, mas de um "trompete" <ref>[http://www.newscientist.com/article/dn4879-big-bang-glow-hints-at-funnelshaped-universe.html Big Bang glow hints at funnel-shaped Universe - '''www.newscientist.com'''] {{en}}</ref>). Na [[Relatividade Geral]], é modelada pela [[Métrica de Friedman-Lemaître-Robertson-Walker]]. Este modelo, que pode ser representado pelas [[Equações de Friedmann]], proporciona uma curvatura (comumente chamada ''geometria'') do universo baseado na matemática da dinâmica dos fluidos<ref>A. J. Fennelly; [http://www.springerlink.com/content/n42874677047h10h/ The weight, shape, and speed of the universe; General Relativity and Gravitation; Volume 15, Number 5 / May, 1983; DOI 10.1007/BF00759940 '''www.springerlink.com'''] {{en}}</ref>, por exemplo modelando a matéria dentro do universo como um [[fluido perfeito]].<ref>A. Banerjee; ''et al.''; [http://www.springerlink.com/content/x5361l805p371557/ Inhomogeneous perfect fluid cosmologies in (4+1) dimensions; Astrophysics and Space Science; Volume 239, Number 1 / May, 1996; DOI 10.1007/BF00653774 - '''www.springerlink.com'''] {{en}}</ref><ref>Alberto A. Garcia and Steve Carlip; [http://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleURL&_udi=B6TVN-4MJSF4R-5&_user=10&_rdoc=1&_fmt=&_orig=search&_sort=d&view=c&_acct=C000050221&_version=1&_urlVersion=0&_userid=10&md5=f0d9dc2305b982db3943485d2f0407e9 n-dimensional generalizations of the Friedmann–Robertson–Walker cosmology; Physics Letters B Volume 645, Issues 2-3, 8 February 2007, Pages 101-107 - '''www.sciencedirect.com'''] {{en}}</ref> Ainda que as estrelas e grandes estruturas possam ser chamadas como um "quase modelo FLRW", quer dizer que supõe homogeneidade e isotropia e que se assume que o componente espacial da métrica pode ser dependente do tempo, estritamente um modelo FLRW é usado para aproximar a geometria local do universo observável. O benfica é o maior.


Outro caminho para estabecer a geometria local propõe que, se todas as formas de [[energia escura]] são ignoradas, então a curvatura do universo pode ser determinada medindo a densidade média da matéria que está dentro dele, assumindo que toda a matéria está distribuida uniformemente (melhor que as distorsões são causadas por objetos 'densos' como galáxias). Esta suposição é justificada pelas observações que, quando o universo é "debilmente" heterogêneo, está sobre a média homogêneo e [[isotropia|isotrópico]]. O universo homogêneo e isotrópico dá lugar a uma interpretação da geometria espacial com uma curvatura constante. Um aspecto da geometria local, surgida da aplicação da Relatividade Geral e o modelo de FLRW, é que o parâmetro de densidade, Omega (Ω), está relacionado com a curvatura de espaço. Omega é a densidade média do universo dividida pela densidade da energia crítica, quer dizer a requerida para que o universo seja plano (sem curvatura). A curvatura do espaço é uma descrição matemática que se baseia se a hipótese do [[teorema de Pitágoras|teorema Pitagórico]] é realmente válida para ser aplicada em coordenadas espaciais no mundo físico. Nesta suposição, o teorema proporciona uma fórmula alternativa para expressar relações locais entre distâncias.
Outro caminho para estabecer a geometria local propõe que, se todas as formas de [[energia escura]] são ignoradas, então a curvatura do universo pode ser determinada medindo a densidade média da matéria que está dentro dele, assumindo que toda a matéria está distribuida uniformemente (melhor que as distorsões são causadas por objetos 'densos' como galáxias). Esta suposição é justificada pelas observações que, quando o universo é "debilmente" heterogêneo, está sobre a média homogêneo e [[isotropia|isotrópico]]. O universo homogêneo e isotrópico dá lugar a uma interpretação da geometria espacial com uma curvatura constante. Um aspecto da geometria local, surgida da aplicação da Relatividade Geral e o modelo de FLRW, é que o parâmetro de densidade, Omega (Ω), está relacionado com a curvatura de espaço. Omega é a densidade média do universo dividida pela densidade da energia crítica, quer dizer a requerida para que o universo seja plano (sem curvatura). A curvatura do espaço é uma descrição matemática que se baseia se a hipótese do [[teorema de Pitágoras|teorema Pitagórico]] é realmente válida para ser aplicada em coordenadas espaciais no mundo físico. Nesta suposição, o teorema proporciona uma fórmula alternativa para expressar relações locais entre distâncias.

Revisão das 12h48min de 15 de abril de 2013

A forma do universo é um nome informal de um tema de investigação dentro da cosmologia. Os cosmólogos e os astrônomos descrevem a geometria do universo que inclui a geometria local, ou seja, a forma do universo observável e a geometria global, que trata de descrever o espaço-tempo completo. Está indiretamente dividido em curvatura e topologia, inclusive ainda que estritamente falando, pertença a ambos.

Introdução

As considerações sobre a forma do universo podem ser divididas em duas partes; a geometria local trata especialmente a curvatura do universo observável, enquanto que a geometria global trata particularmente a topologia do universo como tal - a que pode ou não estar ao alcance de nossas habilidades para medir.

A extrapolação da geometria local do espaço à geometria do Universo inteiro não é se não uma estância ontológica de interpretação a respeito de como coexistem o espaço e o tempo. O pensamento atual diz que o espaço e o tempo tem que ser considerados como dois aspectos de um único 'espaço-tempo'. Entretanto ainda segue tendo sentido falar-se sobre conceitos tridimensionais referentes ao Universo, como o volume de Hubble.

Em geral, as distintas hipóteses trabalham sobre a idéia de um universo onde a média de massa está uniformemente distribuída. As medidas astronômicas e cosmológicas mostram que, a grandes distâncias, o universo é homogêneo e isotrópico, o que quer dizer que se comporta com as características próprias dos corpos cujas propriedades físicas não dependem da direção, o que leva os cosmólogos a tratar o universo de maneira similar a um fluido ou gás. O universo está em expansão e aceleração.

Ao nível do universo observável, é a teoria da relatividade que gera as geometrias que se descrevem, baseadas na distância no espaço-tempo. A geometria local também pode ser descrita pela geometria tridimensional tradicional (euclidiana). De fato, a geometria local, junto com a observação direta e outras medidas astronômicas, é utilizada para reduzir as possibilidades da geometria global em uma topologia tridimensional. No estudo da geometria global, para propor a forma do universo se dispõe da teoria da relatividade e das demais restrições impostas pela geometria do universo observável.

Algunas teorias propõe o universo como tendo uma forma plana, o que quer dizer que, partindo desde um ponto exato, se pode percorrer o universo linearmente e infinitamente. Pelo contrário, outras teorias afirmam que o universo é circular ou esférico, com uma forma análoga a de um balão o de uma bolha. Isto quer dizer que, percorrendo o universo linearmente em qualquer direção, sempre passaremos pelo mesmo lugar novamente. O universo neste caso seria finito.

Alguns estudos, da NASA e outros, mostram que, seguindo com a teoria da relatividade e o tempo, de alguma forma as imagens percebidas se distorcem apenas localmente seguindo uma curva. Isto indicaria que o universo em sua maior extensão observável e medível é plano,[1][2] com somente 2% de margem de erro estimado nas medições.[3]

Geometria local (curvatura espacial)

A geometria local é a que corresponde à curvatura que descreve qualquer ponto arbitrário no universo observável (feita uma média sobre uma escala suficientemente grande). Muitas observações astronômicas, tais como as de uma supernova e as da radiação de fundo de microondas, mostram um universo observável bastante homogêneo e isotrópico, e se deduz que sua expansão está em aceleração (isto leva a uma representação do espaço-tempo reduzida à três dimensões não ao formato de cone, mas de um "trompete" [4]). Na Relatividade Geral, é modelada pela Métrica de Friedman-Lemaître-Robertson-Walker. Este modelo, que pode ser representado pelas Equações de Friedmann, proporciona uma curvatura (comumente chamada geometria) do universo baseado na matemática da dinâmica dos fluidos[5], por exemplo modelando a matéria dentro do universo como um fluido perfeito.[6][7] Ainda que as estrelas e grandes estruturas possam ser chamadas como um "quase modelo FLRW", quer dizer que supõe homogeneidade e isotropia e que se assume que o componente espacial da métrica pode ser dependente do tempo, estritamente um modelo FLRW é usado para aproximar a geometria local do universo observável. O benfica é o maior.

Outro caminho para estabecer a geometria local propõe que, se todas as formas de energia escura são ignoradas, então a curvatura do universo pode ser determinada medindo a densidade média da matéria que está dentro dele, assumindo que toda a matéria está distribuida uniformemente (melhor que as distorsões são causadas por objetos 'densos' como galáxias). Esta suposição é justificada pelas observações que, quando o universo é "debilmente" heterogêneo, está sobre a média homogêneo e isotrópico. O universo homogêneo e isotrópico dá lugar a uma interpretação da geometria espacial com uma curvatura constante. Um aspecto da geometria local, surgida da aplicação da Relatividade Geral e o modelo de FLRW, é que o parâmetro de densidade, Omega (Ω?), está relacionado com a curvatura de espaço. Omega é a densidade média do universo dividida pela densidade da energia crítica, quer dizer a requerida para que o universo seja plano (sem curvatura). A curvatura do espaço é uma descrição matemática que se baseia se a hipótese do teorema Pitagórico é realmente válida para ser aplicada em coordenadas espaciais no mundo físico. Nesta suposição, o teorema proporciona uma fórmula alternativa para expressar relações locais entre distâncias.

Se a curvatura é zero, então Ω = 1, e o Teorema de Pitágoras é correto em ser aplicado ao mundo físico. Se pelo contrário Ω > 1, haverá uma curvatura positiva, e se Ω < 1, haverá uma curvatura negativa; em qualquer destos dois casos o teorema de Pitágoras seria incorreto em ser aplicado a realidade (mas as discrepâncias só se podem detectar nos triângulos cujas longitudes de seus lados são de uma escala cosmológica, preservando uma geometria clássica para as pequenas distâncias e situações não relativísticas). Se medem-se as circunferências dos círculos de diâmetros regularmente maiores e se dividem o antigo pelo posterior, as três geometrias nos dão o valor π para os diâmetros suficientemente pequenos, mas o raio não deixa de ser π ?para diâmetros maiores, a não ser que ?π = 1. Para Ω > 1 (a esfera, ver diagrama) o raio é menor que π: de fato, um grande círculo em uma esfera tem uma circunferência somente duas vezes seu diâmetro. Para Ω < 1 , a relação de transformação nos dá maior que π.

As medidas astronômicas da densidade da matéria-energia dos intervalos do universo e do espaço-tempo que usam eventos de supernovas obrigam a curvatura espacial a ser muito próxima de zero, ainda que não obriguem sua certeza[8] e tais medidas apresentam profundas implicações para toda a cosmologia.[9][10] Isto significa que as geometrias locais são geradas pela teoria da relatividade baseada em intervalos de espaço-tempo, e podem se aproximar da Geometria Euclidiana.

Geometrias locais

Existem três categorias para as possíveis geometrias espaciais de curvatura constante, dependendo do sinal da curvatura. Se a curvatura é exatamente zero, então a geometria local é plana; se é positiva, então a geometria é esférica, e se é negativa então a geometria local é hiperbólica.

A geometria local do universo se determina aproximadamente Ômega é menor que, igual a ou maior que 1. De cima para baixo: um universo esférico ("riemanniano" ou de curvatura positiva), um universo hiperbólico ("lobachevskiano" ou de curvatura negativa) , e um universo plano ou de curvatura 0.

A geometria do universo é usualmente representada no sistema de distância apropriada, segundo a qual a expansão do universo pode ser ignorada.
As coordenadas da distância apropriada formam um só marco de referência segundo o qual o universo possui uma geometría estática de três dimensôes espaciais.

Assumindo-se que o universo é homogêneo e isotrópico, a curvatura do universo observável, ou da geometria local, está descrita em uma das três geometrias "primitivas":

Inclusive, se o universo não é exatamente plano, a curvatura espacial está o bastante próxima de zero para por o raio aproximadamente no horizonte do universo observável, ou mais além.

Na geometria clássica euclidiana, o quinto postulado leva a estas conclusões: por um ponto só pode passar uma reta paralela (de fato a definição típica de paralela é a de uma reta que nunca se encontra com outra). Disto também se conclui que a soma dos ângulos internos dos triângulos é sempre = 180°


Referências

Ver também

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