Masahiro Matsuoka Rei Kikukawa Don Frye Maki Mizuno Kazuki Kitamura Kane Kosugi Kumi Mizuno Kenji Sahara Masami Nagasawa Chihiro Otsuka Shigeru Izumiya Masakatsu Funaki Masatō Ibu Jun Kunimura Akira Takarada
Gojira Fainaru Wōzu (em japonês: ゴジラ FINAL WARS,[1] em inglês: Godzilla: Final Wars,[2] em português: Godzilla: Batalha Final[3]) é um filme de kaiju de 2004 dirigido por Ryuhei Kitamura, escrito por Isao Kiriyama e Wataru Mimura e produzido pela Shogo Tomiyama.[2] Sua produção foi realizada cooperativamente entre o Japão (Toho), Austrália (CP International),[4]Estados Unidos (Napalm Films) e China (Zazou Productions).[5] É o 29º filme da franquia Godzilla,[6] o 6º e último filme da Era Millenium[7] e o 28º filme do Godzilla produzido pela Toho.[8] O filme é estrelado por Masahiro Matsuoka, Rei Kikukawa, Don Frye, Maki Mizuno, Kazuki Kitamura, Kane Kosugi, Kumi Mizuno, Kenji Sahara, Masami Nagasawa, Chihiro Otsuka, Shigeru Izumiya, Masakatsu Funaki, Masato Ibu, Jun Kunimura, e Akira Takarada.[2] O filme coincidiu com o aniversário de 50 anos da franquia, por isso ele estrela diversos atores e Kaijus dos filmes antigos.[7] . Antes da estreia, Godzilla ganhou uma estrela na Calçada da Fama em Hollywood.[9] A estreia foi em 29 de novembro de 2004 em Los Angeles, Califórnia,[10] e saiu nos cinemas japoneses em 4 de dezembro de 2004.[11]
No roteiro, a terra é invadida por uma raça alienígena conhecida como xiliens. A Força de Defesa da Terra luta contra os invasores e eventualmente rescussitam sua única chance de salvar o planeta: Godzilla.
O submarino Gotengo lança uma rajada de mísseis em uma batalha contra Godzilla e ambos ficam presos em uma caverna de gelo na Antártica. Nos anos seguintes, desastres naturais fazem com que monstros gigantes e mutantes apareçam. Esses mutantes são recrutados pela Força de Defesa da Terra para lutar contra os monstros. A versão atualizada do Gotengo, comandado pelo capitão Douglas Gordon, entra em combate com Manda no Canal da Mancha e a mata na costa da Normandia, mas o Gotengo é danificado e o capitão suspenso da Força de Defesa da Terra.
O cientista da ONU Dr. Miyuki Otonashi, acompanhado do soldado mutante Shinichi Ozaki, é enviado para estudar um monstro mumificado. Eles são teletransportados para a Ilha Infant onde encontram os Shobijin, as fadas de Mothra, que os levam até o Gigan mumificado, um ciborguealienígena enviado para destruir a terra que foi derrotado por Mothra. Elas os avisam que uma batalha entre o bem e o mal está para começar e Ozaki precisa escolher um lado. De repente, monstros gigantes atacam várias das principais cidades do mundo: Rodan ataca Nova Iorque, Angurius ataca Xangai, Zilla ataca Sydney, King Caesar ataca Okinawa, Kamacuras ataca Paris, Kumonga ataca Phoenix, Ebirah ataca Tokai e Hedorah ataca um local não identificado. A Força de Defesa da Terra entra em combate com os monstros, mas todos eles desaparecem ao mesmo tempo que a nave-mãe de uma raça alienígena aparece nos céus de Tóquio. Os xiliens, nome dos alienígenas, avisam que o planeta Gorath está prestes a colidir com a Terra. Um tratado de paz é assinado entre os terráqueos e os xiliens. Enquanto isso, Minilla, filho de Godzila, é encontrado em uma floresta por Kenta Taguchi e seu avô, Samon Taguchi.
Desconfiados dos xiliens, Ozaki, Miyuki e sua irmã, Anna, descobrem que o Gorath que eles viram é um holograma e que os alienígenas substituiram vários membros da Força de Defesa da Terra por duplicatas. Quando espostos, o controlador xilien, que se denominou como X em um programa de rádio, mata seu superior para assumir o comando dos mutantes, exceto Ozaki, usando uma propriedade de seu DNA chamada base-M. X também toma controle dos monstros usando a mesma técnica e acorda Gigan para destruir a Força de Defesa da Terra. Gigan os persegue mas o grupo consegue escapar. Gordon os convence a viajarem até a Antártica para libertar Godzilla, que é imune ao controle mental de X devido a falta de base-M em seu DNA, e ele destroi Gigan facilmente. O Gotengo guia Godzilla até os outros monstros, e ele mata Kumonga, Kamacuras, Rodan, King Caesar, Anguirus, Ebirah e Hedorah e vai para Tóquio enfrentar os xiliens. A Força de Defesa da Terra invade a nave-mãe, mas são capturados e levados até X, que invoca Gorath na Terra. Godzilla explode Gorath antes que ele se impacte com a Terra, mas dele saem Monstro X e outros dois monstros.
Um Gigan atualizado vem em auxílio do Monstro X, mas é interceptado por Mothra, que é gravemente ferida após destruir o ciborgue. Na nave-mãe, X revela que ele e Ozaki são seres superiores conhecidos como keizers, que nascem ao acaso quando o DNA humano e a base-M se misturam. Então, X passa a controlar Ozaki e o faz atacar seus aliados. Eles começam a lutar, mas X perde o controle de Ozaki por causa da bênção dos Shobijin. X é então ferido mortalmente, mas aciona a autodestruição da nave, mas a Força de Defesa da Terra entra no Gotengo bem a tempo. Godzilla e Monstro X continuam a lutar, mas X transferiu sua energia keizer para o Monstro X antes de morrer, permitindo-o que se transformasse em sua forma final, o Keizer Ghidorah. Godzilla quase morre, mas Ozaki consegue transferir parte de sua energia keizer, fazendo-o se recuperar e sair vitorioso. Então, Godzilla destroi o Gotengo, mas Minilla o convence a não matar os membros da força. A Força de Defesa da Terra vê Godzilla e Minilla voltar ao oceano.[12]
Ryuhei Kitamura aceitou a oferta de dirigir o filme por estar insatisfeito com os filmes do Godzilla, dizendo: "Eu amava os filmes do Godzilla dos anos 70, mas não tanto os anos 80 e 90. Os filmes do Godzilla dos anos 70 não eram apenas sobre montros, eles sempre tinham mensagens e temas que refletiam o tempo e o local onde foram criados, e eles se misturavam tão bem com a parte de entretenimento. Eles perderam a mão nos anos 80."[13]
Kitamura define a trilha sonora como uma coletânea das "melhores músicas,"[14] dizendo que "nós pegamos vários e vários elementos do passado e os combinamos de formas diferentes. É o que eu amo em Godzilla e o que eu não gosto nos filmes recentes."[15]
Como nos filmes antecessores, Godzilla: Guerra Final faz um uso extensivo de efeitos práticos ao invés de computação gráfica. Os efeitos especiais foram dirigidos e supervisionados por Eiichi Asada, que também dirigiu os efeitos especiais de Godzilla: Tokyo S.O.S.. Ao comentar sobre os efeitos especiais, Kitamura disse durante a estreia mundial em Hollywood, "Vamos usar os efeitos práticos. É isso o que estivemos fazendo nos últimos 50 anos. E é isso o que Hollywood não faz. Então, na primeira reunião eu disse para todo mundo usar efeitos práticos, vamos fazer tudo ao vivo ao invés de computação gráfica. Então é como um Godzilla de computação gráfica de Hollywood contra os nossos monstros atores que nós criamos."[16]
A filmagem ocorreu em Nova Iorque, Estados Unidos, e Sydney, Austrália.[17] Cenas também foram filmadas em diversos lugares do Japão, incuindo Fukushima, Kobe e o estúdio Toho em Tóquio.[18]
A trilha sonora foi composta por Keith Emerson, Nobuhiko Morino e Daisuke Yano. Emerson foi convidado para participar por Kitamura, que assistia seus concertos. A maior preocupação de Emerson era a falta de tempo pois ele iria para um tour. Ele teve duas semanas para escrever as músicas, e acabou escrevendo mais do que as que foram usadas no filme.[18] O filme contou com a música We're All to Blame do Sum 41 durante a batalha de Godzilla e Zilla. A banda foi nomeada na primeira fileira durante os créditos.[19]
Godzilla: Guerra Final foi distribuido para o cinema pela Toho em 29 de novembro de 2004. Foi lançado para o cinema nos Estados Unidos em 4 de novembro de 2004 e lançado em vídeo em 13 de dezembro de 2005.[17]
O filme recebeu avaliações positivas principalmente no Japão, e avaliações variadas pelo resto do globo. O Agregador de Críticas e o Rotten Tomatoes deram uma nota de 50% ao filme, baseado em 12 críticas.[20]
Steve Biodrowski do Cinefantastique chamou o filme de "fantástico" e de "uma onda de empolgação explosiva."[21] Jim Agnew do Film Threat deu ao filme quatro estrelas e meia de cinco, dizendo: "O filme Godzilla: Guerra Final são boas novas paras os fãs de kaiju, é uma explosão empolgante de monstros gigantes."[22] Drew McWeeny do Ain't It Cool News disse que "Godzilla: Guerra Final merece um espaço no meu coração. É legal. Cada cena é um legal puro e lunático."[23] Sean Axmaker do Static Multimedia disse: "dirigido por um verdadeiro fã do retrô, é sobriamente, sabidamente, amavelmente, brega."[24] Craig Blamer do ChicoNews & Review o chamou de uma "celebração vertiginosa e rápida do monstrão."[25]
Controversialmente, David Nusair do Reel Film deu uma estrela e meia de cinco, dizendo que "admito que as batalhas são bastante divertidas," mas sentiu que o diretor Ryuhei Kitamura "com certeza é a escolha errada para o filme."[26] David Cornelius do eFilmCritic deu duas estrelas de cinco, o chamando de "o filme do Godzilla mais fraco e maçante que eu já vi em muito, muito tempo."[27] Ty Burr do Boston Globe deu uma estrela e meia de cinco, dizendo que o filme foca muito na ação e pouco na história, e o chamando de "35 minutos mais longo do que o necessário."[28]
Entre os sites sobre kaiju, J.L. Carrozza do Toho Kingdom diz que amou Final Wars, e que "não é uma obra de arte, mas é insanamente divertido e sendo bem franco é difícil de não gostar."[29] Mike Bogue do American Kaiju diz que "o filme tem falhas, mas é divertido mesmo assim," e que "há muitas batalhas como as de Matrix," mas que o filme "faz excelente uso dos monstros" e "Kitamura faz as coisas se moverem bem rápido."[30]Japan Hero criticou a "falta de desenvolvimento dos personagens," mas concluiu que Final Wars é "um filme muito divertido," e que "Kitamura fez um ótimo trabalho ao criar um filme interessante e com excelentes visuais como sendo o último filme do Godzilla."[31]
Stomp Tokyo disse que "as cenas dos monstros são geralmente bem-feitas," mas criticou a incoerência do filme, dizendo: "É uma pena que Kitamura não escolheu um tom para o filme, ao invés de mudar bruscamente de cena a cena."[32] Lenny Taguchi do Monster Zero criticou a trilha sonora de Keith Emerson, mas no geral fez uma resenha positiva, chamando o filme de "divertido e bom," que "tenta várias coisas diferentes e normalmente é bem-sucedido."[33]
O diretor Kitamura comentou na estreia mundial que concordou em dirigir o filme por querer atualizar a franquia ao mesmo tempo que queria resgatar o espírito dos primeiros filmes do Período Showa. Ele queria incorporar a mesma velocidade e força vistos em filmes como Godzilla vs. Mechagodzilla, que ele acredita ser um dos filmes mais esquecidos da franquia. "Os filmes do Godzilla perderam a essência. Eu acho que os filmes do Godzilla dos anos 70 tinham mais força e velocidade. Ele era muito rápido e muito forte. Então, no meu Godzilla, sabe, é menos diálogo e mais ação. É bem mais legal do que ver um monte de gente discutindo o que fazer sobre o Godzilla. Como um fã de Godzilla, eu gostaria de vê-lo socando e chutando, metendo porrada em todos aqueles outros monstros, ao invés de ver alguém falando de novo, sabe, discutindo a operação. É isso o que eu quero fazer, eu quero reviver esse sentimento, mas eu preciso atualizar a franquia. Esse filme é a atualização da versão daqueles filmes malucos de monstros dos anos 60 aos 70. Espero que os americanos não modifiquem tanto assim a versão japonesa."[15]