Saltar para o conteúdo

Guy Hocquenghem

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Guy Hocquenghem
Guy Hocquenghem en 1983.
NascimentoGuy Daniel Jean François Hocquenghem
10 de dezembro de 1946
Boulogne-Billancourt (França)
Morte28 de agosto de 1988 (41 anos)
19.º arrondissement de Paris (França)
SepultamentoCrematório-columbário de Père-Lachaise
CidadaniaFrança
Progenitores
  • Alexis Hocquenghem
Alma mater
Ocupaçãoescritor, professor, filósofo, ativista LGBTQIAPN+, jornalista, autor, romancista
Empregador(a)Libération, Universidade Paris 8 Vincennes Saint-Denis
Orientador(a)(es/s)René Schérer
Causa da mortemorte por SIDA

Guy Hocquenghem (pronúncia em francês: ​[gi okɛ̃ɡɛm], 10 de dezembro de 194628 de agosto de 1988) foi um filósofo, ensaísta, romancista e militante homossexual francês.

Biografia

[editar | editar código]

Guy Hocquenghem foi aluno[1] do tradicional Lycée Lakanal, em Sceaux. Na época, sua família morava em Châtenay-Malabry. Sua mãe era professora no Liceu Marie-Curie de Sceaux. Seu pai era matemático. Durante seus anos de liceu, foi aluno de filosofia de René Schérer, com quem manteve sua primeira relação sentimental, em 1959.[2]

Hocquenghem ingressa na École normale supérieure em 1965, participa da ocupação da Sorbonne em maio de 1968. Ingressa no Partido Comunista Francês, do qual mais tarde seria expulso por ser homossexual. Também participa do jornal estudantil Action e, nos anos 1970, de diversos movimentos gays, no Front homosexuel d'action révolutionnaire (FHAR). Hocquenhem foi o primeiro homem gay a ser admitido na FHAR, movimento fundado em 1971 por dissidentes lésbicas do Mouvement Homophile de France.[3] Estabelece amizade com muitos estudantes estrangeiros, sobretudo tunisianos, que participaram do movimento de emancipação dos homossexuais.

Em 10 de janeiro de 1972, publica uma longa carta no Nouvel Observateur, na qual declara publicamente ser homossexual. Assim, depois de Paul Verlaine (La Cravache parisienne, Journal Littéraire, Artistique et Financier, 29 de setembro de 1888) foi o segundo homossexual a usar a imprensa para anunciar sua orientação sexual. Sua mãe lhe responde em uma carta aberta na mesma revista, em 17 de janeiro. No mesmo ano publica Le désir homosexuel, livro-manifesto da revolução homossexual. Em 1973, contribui para a edição sob a direção de Félix Guattari, de um número da revista Recherches intitulado Trois milliards de pervers: grande encyclopédie des homosexualités.[4]

Em 1979 colabora com o jornal Libération e, entre 1979 e 1986, é responsável pelo curso de filosofia na Université de Vincennes-Paris VIII, ao lado de René Schérer.[5]

Escreveu e produziu o documentário Race d'Ep! Un siècle d'image de l'homosexualité[6] sobre a história da imagem da homossexualidade no século XX. O filme foi lançado em 1979.

Hocquenghem morreu aos quarenta e um anos, em consequência de complicações advindas da AIDS. Suas cinzas são conservadas no Cemitério do Père-Lachaise.

Embora Hocquenghem tenha tido um impacto significativo sobre o pensamento da extrema-esquerda em França, a sua reputação não ultrapassou as fronteiras do seu país. Apenas o primeiro dos seus ensaios teóricos, Le désir homosexuel, e o seu primeiro romance, L'amour en relief, foram traduzidos para inglês e, embora Race d'Ep! tenha sido publicado nos Estados Unidos com o título The Homosexual Century, tanto os livros como o autor permaneceram virtualmente desconhecidos fora da França.[7]

O ensaio de 1972 de Guy Hocquenghem, Le désir homosexuel, terá sido provavelmente a primeira obra de Teoria Queer. Aprofundando o trabalho teórico de Gilles Deleuze e Félix Guattari, Hocquenghem criticou os modelos generalizados na época, do desejo e psicologia sexual de Lacan e Freud. O autor também discutiu a relação entre o capitalismo e a sexualidade, as dinâmicas do desejo e os impactos políticos das identidades de grupo gay.

O prefácio de 1978 de Jeffrey Weeks à primeira edição em língua inglesa do ensaio Le désir homosexuel enquadra muito bem o ensaio de Hocquenhem nas várias teorias de subjectividade e desejo, sobretudo de origem francesa, que influenciaram o pensamento do autor.

Movimento homossexual

[editar | editar código]

Em 1971, tornou-se um dos dirigentes da Frente Homossexual de Ação Revolucionária (FHAR), movimento radical que denuncia não só a dominação sofrida pelas minorias sexuais na sociedade, mas também e sobretudo a homofobia da esquerda radical, e afirma o lugar das lutas homossexuais dentro das lutas revolucionárias. Em vários relatos (notadamente L'Amphithéâtre des morte, uma obra autobiográfica inacabada publicada postumamente em 1994), Hocquenghem insiste nos insultos e bullying que sofreu na extrema esquerda, por causa de sua homossexualidade.

Em 10 de janeiro de 1972, ele publicou um autorretrato no Le Nouvel Observateur no qual anunciava que era homossexual. Ele é assim, depois de Paul Verlaine em La Cravache parisienne: journal littéraire, artistique et financier de 29 de setembro de 1888, o segundo homossexual francês a se manifestar na imprensa e a exibir publicamente sua orientação sexual. Sua mãe respondeu por carta que pode ser lida na edição de 17 de janeiro da mesma revista. No mesmo ano publicou Le Désir homosexuel, livro-manifesto da “revolução” homossexual e considerado hoje como um dos textos fundadores da teoria queer. Em 1973, Hocquenghem coordenou, sob a direção de Félix Guattari, um número da revista Recherches intitulado “Trois milliards de pervers: grande encyclopédie des homosexualités”,[8] o que rendeu a Guattari uma condenação judicial.

Nas eleições legislativas de 1978, Hocquenghem foi deputado de Alain Secouet, pedreiro de trinta anos, ativista e candidato sob a bandeira da Différence homosexuelle.[9][10] Eles dizem “Não temos um programa, apenas pedimos a eliminação das leis discriminatórias - o que vamos conseguir. O interesse para nós é mostrar o rosto descoberto."[9]

Hocquenghem é o autor de numerosas intervenções sobre a homossexualidade, em particular sobre a transformação, o reconhecimento social e a "normalização" da homossexualidade, normalização da qual está preocupado. Em 1979, junto com o cineasta Lionel Soukaz, escreveu uma história sobre a homossexualidade, intitulada Race d'Ep!, um filme que já foi traduzido em livro.[11] Embora essa história da homossexualidade seja subjetiva, é um dos primeiros filmes e os primeiros livros a aparecer na França a oferecer uma história do comportamento homossexual. Hocquenghem e Soukaz voltam em particular à deportação homossexual durante a Segunda Guerra Mundial, que é então negada e que os militantes querem que seja reconhecida.

Controvérsias sobre a placa comemorativa em 2020

[editar | editar código]

A decisão do Conselho de Paris de 12 de dezembro de 2019 de afixar uma placa em homenagem a Hocquenghem na 45 rue de Plaisance, no edifício do 14º arrondissement onde morou entre 1973 e 1977, gerou polêmica no verão de 2020, a seguir as denúncias de pedocriminalidade movidas contra o escritor Gabriel Matzneff.[12][13] Evoca-se então a amizade entre Guy Hocquenghem e Gabriel Matzneff, bem como a assinatura conjunta de petições criticando os métodos de repressão das relações sexuais entre adultos e menores. Além disso, esta decisão escandaliza, por causa do apoio de Christophe Girard, deputado responsável pela cultura na cidade de Paris, alvo de ambientalistas eleitos e ativistas feministas que denunciam seus vínculos com Gabriel Matzneff.

A retirada desta placa aparece nos lemas da manifestação organizada em 23 de julho de 2020 no adro do Hôtel de Ville em Paris para pedir a renúncia de Christophe Girard (isso acontecerá no mesmo dia).[14] A placa foi finalmente retirada em 2 de setembro de 2020 pela prefeitura, após uma ação de protesto do coletivo feminista Les Grenades.[15]

Após esta ação, Frédéric Martel afirma sobre a cultura francesa que “a prefeitura de Paris nunca deveria ter prestado homenagem” a Guy Hocquenghem, a quem descreve como “defensor ideológico da pedofilia”.[16] Ao contrário, em blog da revista Mediapart, o pesquisador e historiador Antoine Idier, autor de uma biografia de Hocquenghem, volta a essa polêmica. O pesquisador denuncia campanha motivada por "citações truncadas" e "textos cortados", e deplora a ausência de "fatos, alegações precisas, investigação".[17] Entrevistado pela revista Têtu, o filósofo Paul B. Preciado considera “este episódio um grande mal-entendido da nossa história política” e qualifica de “ridícula” a ação “de feministas de direita que retiraram a sua placa comemorativa”.[18]

Em fevereiro de 2021, entrevistado pela revista Lundimatin, René Schérer, que foi seu companheiro e com quem Guy Hocquenghem co-escreveu Co-ire sobre as representações da infância, afirma que a remoção desta placa é “odiosa”. Schérer insiste no facto de Hocquenghem "ter o mérito de ter trazido para a praça pública" "um importante fenómeno social", nomeadamente "o reconhecimento da homossexualidade". René Schérer especifica ainda que Hocquenghem “não tinha absolutamente nenhuma atração, e especialmente sexual, em relação às crianças”.[19]

  • Le Désir homosexuel (1972) — Ensaio pioneiro que articula desejo, política e crítica à psicanálise, dialogando com Deleuze & Guattari e com a militância do FHAR; tornou-se referência internacional nos estudos queer. Tradução inglesa ampliou o impacto do livro no debate teórico. [20]
  • L’Après-Mai des faunes (1974) — Coletânea de textos de 1968–1973 (prefácio de Gilles Deleuze) que lê os efeitos de Maio de 68 sobre sexualidade, cultura e esquerda francesa. Propõe uma política do desejo e critica normalizações pós-68. [21][22]
  • Fin de section (1975) — Livro de contos que desloca temas do desejo e da política para a ficção experimental do pós-68. [23]
  • Co-ire. Album systématique de l’enfance (com René Schérer, 1976) — Intervenção teórico-política (nº especial de Recherches) que problematiza infância, minoridade e desejo, mapeando regimes de poder e disciplinamento. [24][25]
  • La Dérive homosexuelle (1977) — Reúne artigos que historicizam dispositivos médico-jurídicos sobre a homossexualidade e discutem “drague” como ética/estética do desejo contra normas de respeitabilidade. [26][27]
  • Comment nous appelez-vous déjà ? Ces hommes que l’on dit homosexuels (com Jean-Louis Bory, 1977) — Diálogos que abordam léxico, estigma, mídia e política sexual na França dos anos 1970. [28]
  • La Beauté du métis. Réflexions d’un francophobe (1979) — Ensaio crítico sobre identidade nacional, colonialidade e “mestiçagem” como chave estética e política contra o nacional-ismo cultural francês. [29][30]
  • Race d’Ep ! Un siècle d’images de l’homosexualité (1979) — Ensaio ilustrado (com introdução de René Schérer e colaboração iconográfica de Lionel Soukaz) que recompõe, por imagens, uma história crítica da homossexualidade entre fins do séc. XIX e os anos 1970; gerou o filme homônimo de Soukaz/Hocquenghem. [31]
  • Le Gay voyage. Guide et regards homosexuels sur les grandes métropoles (1980) — Guia de viagens que mistura observação urbana, sociabilidade gay e crítica cultural, compondo cartografia das metrópoles pela ótica do desejo. [32][33]
  • L’Amour en relief (1982) — Romance sobre identidade, corpo e alteridade (protagonista cego), em que prazer e diferença são motores contra normatividades sociais; trad. ingl. Love in Relief (1985). [34]
  • Les Petits garçons (1983) — Romance que tensiona inocência/violência e problematiza adultocentrismo, poder e desejo em torno da infância. [35]
  • La Colère de l’Agneau (1985) — Romance histórico e visionário em torno da figura de João (o “discípulo amado”), cruzando mística, política e corpo numa escrita apocalíptica. [36]
  • L’Âme atomique. Pour une esthétique d’ère nucléaire (com René Schérer, 1986) — Proposta filosófica que, diante do horizonte nuclear, ensaia uma estética do presente (dandismo/epicurismo/gnose) contra moralismos e catastrofismos. [37][38]
  • Lettre ouverte à ceux qui sont passés du col Mao au Rotary (1986) — Panfleto ácido contra a “conversão” de ex-maio-68 à ordem liberal; reeditado com prefácio de Serge Halimi. [39]
  • Vienne. Un guide intime (1986) — Guia ensaístico da Viena moderna, em chave histórico-cultural, com ênfase em arquitetura, salões e cenas urbanas. [40]
  • Ève (1987) — Romance que cruza genealogia familiar, viagem e a experiência do adoecimento por AIDS, oscilando entre terceira pessoa e testemunho em primeira pessoa. [41][42]
  • Les Voyages et aventures extraordinaires du frère Angelo (1988) — Romance histórico ambientado entre Florença, Roma e o “Novo Mundo”, que indaga misticismo, desejo e poder na tradição franciscana. [43]
  • L’Amphithéâtre des morts. Mémoires anticipées (póstumo, 1994) — Diário/memórias escrito em 1988 e publicado após sua morte: instantâneos de vida (infância, 1968, comunas) que insinuam a experiência da AIDS sem nomeá-la. [44]

Sobre Hocquenghem

[editar | editar código]

Referências

  1. Foto escolar, aos doze ou treze anos. Hocquenghem está no centro da foto na 3ª fila.
  2. Julian Bourg, French pedophiliac discours of the 1970s, in Between Marx and Coca-Cola: youth cultures in changing European societies, 1960-1980, Berghahn Books, 2005, pages 208-209
  3. O filme Ma saison super 8 de Alessandro Avellis (França, 2005) foi dedicado a ele. O mesmo autor realizou em 2006 o documentário La Révolution du désir, que traça um retrato de Guy Hocquenghem, mostrando seu papel no interior do FHAR e a influência que o movimento exerceu sobre seu próprio percurso.
  4. «Trois milliards de pervers». Consultado em 25 de setembro de 2007. Arquivado do original em 8 de junho de 2007 
  5. Vídeo: Guy HOCQUENGHEM, journaliste militant à Libération. Apostrophes, 20 de abril de 1979.
  6. Race d'Ep! Un siècle d'image de l'homosexualité
  7. "Utopia Aborted: May '68 in the Philosophy of Guy Hocquenghem, por Ron Haas. Rice University.
  8. «Revue Recherches, Trois milliards de pervers Grande Encyclopédie des Homosexualités». www.editions-recherches.com. Consultado em 20 de março de 2021 
  9. a b «DEUX CANDIDATS HOMOSEXUELS À PARIS À visage découvert». Le Monde.fr (em francês). 13 de março de 1978. Consultado em 20 de março de 2021 
  10. Devarrieux, Claire. «La guerre des gays: Hocquenghem et les lendemains de 68». Libération (em francês). Consultado em 20 de março de 2021 
  11. Hocquenghem, Guy (2018). Race d'Ep!: un siècle d'images de l'homosexualité. Lionel Soukaz, René Schérer. Bordeaux: [s.n.] OCLC 1131688394 
  12. «2019 DAC 540 Apposition d'une plaque commémorative en hommage à Guy Hocquenghem 45, rue de Plaisance à Paris 14e» 
  13. «Ville de Paris, Bulletin officiel de la Ville de Paris. Débats. 10, 11, 12 et 13 décembre 2019» (PDF). Paris. pp. 370–372 
  14. Bredoux, Lénaïg. «A Paris, l'affaire Girard révèle les fractures au cœur des gauches». Mediapart (em francês). Consultado em 20 de março de 2021 
  15. «Paris enlève la plaque polémique d'hommage à Guy Hocquenghem, ami de Gabriel Matzneff». leparisien.fr (em francês). 3 de setembro de 2020. Consultado em 20 de março de 2021 
  16. «Pourquoi la mairie de Paris n'aurait jamais dû rendre hommage au militant homosexuel Guy Hocquenghem». France Culture (em francês). 8 de setembro de 2020. Consultado em 20 de março de 2021 
  17. «La décision de la Mairie de Paris de supprimer la plaque pour Guy Hoquenghem fait débat». KOMITID (em francês). 8 de setembro de 2020. Consultado em 20 de março de 2021 
  18. «Paul B. Preciado: « J'invite les gays à brancher la machine révolutionnaire »». TÊTU (em francês). 10 de outubro de 2020. Consultado em 20 de março de 2021 
  19. «Entretien avec René Schérer - « L'enfance réelle n'est pas du côté de l'enfance fabriquée par les familles ou par les écoles. »». lundimatin. Consultado em 20 de março de 2021 
  20. Guy Hocquenghem (1993). Homosexual Desire (em inglês). Durham: Duke University Press. ISBN 978-0-8223-1280-2. Consultado em 29 de agosto de 2025 
  21. Guy Hocquenghem (1974). «L'après-mai des faunes : volutions». Gallica/BnF. Consultado em 29 de agosto de 2025 
  22. «L'Après-mai des faunes». WorldCat. Consultado em 29 de agosto de 2025 
  23. Albin Michel, ed. (1975). «Fin de section». Google Books. Consultado em 29 de agosto de 2025 
  24. «Co-ire. Album systématique de l'enfance». Éditions Recherches. Consultado em 29 de agosto de 2025 
  25. «Note sur Co-ire». ORBi ULiège. Consultado em 29 de agosto de 2025 
  26. «La dérive homosexuelle». BnF – notice consultável no Gallica. 1977. Consultado em 29 de agosto de 2025 
  27. «Mémoire (1952–1982): discurso militante homossexual» (PDF). Revue Masques (PDF). Consultado em 29 de agosto de 2025 
  28. «Comment nous appelez-vous déjà ?». Google Books. 1977. Consultado em 29 de agosto de 2025 
  29. «La Beauté du métis». WorldCat. Consultado em 29 de agosto de 2025 
  30. «Resenha: La Beauté du métis». La Cause Littéraire. Consultado em 29 de agosto de 2025 
  31. «Race d'Ep ! (edição 2018)». Éditions La Tempête. Consultado em 29 de agosto de 2025 
  32. «Le Gay voyage». WorldCat. Consultado em 29 de agosto de 2025 
  33. «O "Gay Travel" de Hocquenghem». Transatlantica. 2023. Consultado em 29 de agosto de 2025 
  34. «L'Amour en relief». Albin Michel. Consultado em 29 de agosto de 2025 
  35. «Les Petits garçons». WorldCat. 1983. Consultado em 29 de agosto de 2025 
  36. «La Colère de l'Agneau». Fnac (ficha bibliográfica). Consultado em 29 de agosto de 2025 
  37. «L'Âme atomique». Eyrolles. Consultado em 29 de agosto de 2025 
  38. «L'Âme atomique (registro)». SUDOC. Consultado em 29 de agosto de 2025 
  39. «Lettre ouverte…». Éditions Agone. Consultado em 29 de agosto de 2025 
  40. «Referência a Vienne, un guide intime» (PDF). KU Leuven (PDF). 1988. Consultado em 29 de agosto de 2025 
  41. «Ève : roman». WorldCat. 1987. Consultado em 29 de agosto de 2025 
  42. Ron Haas (2004). «Utopia Aborted: May '68 in the Philosophy of Guy Hocquenghem». WSFH Proceedings. Consultado em 29 de agosto de 2025 
  43. «Les Voyages et aventures extraordinaires du frère Angelo». Albin Michel. 1988. Consultado em 29 de agosto de 2025 
  44. «L'Amphithéâtre des morts. Mémoires anticipées». Gallimard. 1994. Consultado em 29 de agosto de 2025 

Ligações externas

[editar | editar código]