Saltar para o conteúdo

José Genoino: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Foram revertidas as edições de 189.102.31.253 para a última revisão de Rodrigolopes, de 17h38min de 16 de janeiro de 2014 (UTC)
Linha 15: Linha 15:
'''José Genoino Guimarães Neto''' ([[Quixeramobim]], [[Ceará]], [[3 de maio]] de [[1946]]) é ex-guerrilheiro e [[Política|político]] [[brasil]]eiro, ex-presidente do [[Partido dos Trabalhadores]]. Deputado federal pelo estado de [[São Paulo]], passou a ser titular da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara) em 7 de março de 2013.<ref>[http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/ccjc/conheca/membros Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania - CCJC]</ref> <ref>[http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2013/03/07/condenados-genoino-e-cunha-integram-comissao-de-justica-da-camara.htm Condenados, Genoino e Cunha integram comissão de Justiça da Câmara] </ref>
'''José Genoino Guimarães Neto''' ([[Quixeramobim]], [[Ceará]], [[3 de maio]] de [[1946]]) é ex-guerrilheiro e [[Política|político]] [[brasil]]eiro, ex-presidente do [[Partido dos Trabalhadores]]. Deputado federal pelo estado de [[São Paulo]], passou a ser titular da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara) em 7 de março de 2013.<ref>[http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/ccjc/conheca/membros Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania - CCJC]</ref> <ref>[http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2013/03/07/condenados-genoino-e-cunha-integram-comissao-de-justica-da-camara.htm Condenados, Genoino e Cunha integram comissão de Justiça da Câmara] </ref>


Em 2005, viu-se envolvido no [[Escândalo do Mensalão]], sendo condenado e preso em 2013, quando renunciou ao seu mandato parlamentar.


== Vida pessoal e política ==
== Vida pessoal e política ==

Revisão das 20h55min de 13 de fevereiro de 2014

José Genoino
José Genoino
José Genoino em 2011
Deputado federal de São Paulo, Brasil
Dados pessoais
Nascimento 3 de maio de 1946 (78 anos)
Quixeramobim, Ceará, Brasil
Casamentos Rioco Kayano
Partido Partido dos Trabalhadores (PT)

José Genoino Guimarães Neto (Quixeramobim, Ceará, 3 de maio de 1946) é ex-guerrilheiro e político brasileiro, ex-presidente do Partido dos Trabalhadores. Deputado federal pelo estado de São Paulo, passou a ser titular da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara) em 7 de março de 2013.[1] [2]


Vida pessoal e política

Nasceu na comunidade de Várzea Redonda, pertencente ao município de Quixeramobim. Passa a infância em Encantado, vilarejo de cerca de 1000 habitantes, entre os estudos primários no grupo escolar e o trabalho na roça, para ajudar os pais.

Aos 13 anos muda-se para Senador Pompeu, cidade de 10 mil habitantes, onde vive na casa paroquial a convite do padre local, que o apóia nos estudos. Foi líder estudantil, integrando a União Nacional dos Estudantes (UNE).[3] Muda-se para Fortaleza em 1964 e dois anos mais tarde, chega a trabalhar dois anos como operador de computador na IBM. Em 1968, aos 22 anos, ingressa no Partido Comunista do Brasil (PC do B), Partido que fazia oposição ao governo militar do país.

Com a decretação do AI-5, em dezembro de 1968, muda-se para São Paulo e passa a viver na clandestinidade. Em 1968 se filiou ao PC do B, partido que defendia a luta armada contra o governo militar. Em 1970 vai para Goiás com o objetivo de lutar na Guerrilha do Araguaia, uma das principais ações desenvolvidas pelo partido na época, a fim de transformar o Brasil em um país comunista. Foi capturado pelos militares em 1972 e passou os próximos cinco anos na prisão. Foi solto em 1977 e passou a lecionar história. Foi anistiado em 1979 e participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT),[4] partido pelo qual foi eleito deputado federal por São Paulo entre 1982 e 2002. Em 2002 se candidatou para ao governo de São Paulo, mas foi derrotado. No mesmo ano foi eleito presidente nacional do partido, substituindo José Dirceu. Genoino foi indicado para assumir o Ministério da Defesa no início do Governo Lula, mas seu nome foi rejeitado pelos militares. Em 2006, depois do escândalo do mensalão, foi novamente eleito deputado federal por São Paulo.

Atualmente, José Genoino é casado com Rioco Kayano, uma nipo-brasileira que conheceu nas reuniões do PC do B em 1969 e começou a namorar quando ambos estiveram presos juntos em 1973.[5] É pai de três filhos: Miruna, Ronan e Mariana.

Genoino também é irmão de José Nobre Guimarães, o deputado cearense mais votado em 2006, mas que ganhou notoriedade nacional quando um de seus assessores, José Adalberto Vieira da Silva, foi preso em 2005 ao tentar embarcar em um voo de São Paulo para Fortaleza com 200 mil reais em uma mala e 100 mil dólares em espécie escondidos na cueca.[6] Genoino também é acusado de ter colaborado com o Exército após ter sido preso em 7 de abril de 1972, durante a Ditadura Militar.[7][8]

Condenação por corrupção ativa

José Genoino
Data de nascimento 3 de maio de 1946 (78 anos)
Nacionalidade(s) Brasil brasileiro
Crime(s) corrupção ativa e formação de quadrilha[9]
Pena 6 anos e 11 meses de reclusão e multa de 468 mil reais[9]

Renunciou à presidência do PT em julho de 2005, por envolvimento em denúncias de corrupção relacionadas ao escândalo do mensalão.[10] Em 30 de março de 2006, foi denunciado pelo Procurador Geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF) como um dos líderes do grupo responsável pelo mensalão.[11] Em agosto de 2007, o STF aceitou a denúncia de Genoino e outros 11 réus pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha.[12] O deputado, que passou a contar com foro privilegiado em razão da sua eleição como deputado em 2006, começou a ser julgado por formação de quadrilha e corrupção ativa no STF em agosto de 2012.[13]

Foi condenado pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha pelo Supremo Tribunal Federal em 9 de outubro de 2012.[9] Mesmo tendo sido condenado, assumiu em 2 de janeiro de 2013 como deputado federal.

Em 15 de novembro de 2013, após condenado pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro, se entregou à Polícia Federal em São Paulo, sendo preso em regime semiaberto.[14]

Em 3 de dezembro de 2013, para fugir a uma possível cassação, renunciou ao cargo de Deputado Federal. Após a mesa diretora da Câmara dos Deputados abrir votação para a cassação do mandato com 4 votos a favor e 2 contra, o vice-presidente da casa mostrou a carta de renúncia, que foi lida no plenário da Câmara e, no dia seguinte, publicada no Diário Oficial.[15]

Em 6 de janeiro de 2014, Genoino foi intimado pela Vara de Execuções Penais de Brasília a pagar, em dez dias úteis, multa de R$ 468 mil.[16]

Entre o sonho e o poder

No ano de 2006 foi publicado um trabalho de entrevistas dadas por José Genoino à Denise Paraná, autora do livro Lula, o filho do Brasil. Entre o Sonho e o Poder é a resultante de várias conversas e depoimentos de José Genoino à jornalista Denise Paraná. Apesar disso, não se trata de uma obra de jornalismo investigativo, e sim um conjunto de entrevistas exclusivas ofertadas pelo deputado à jornalista.

Condecoração

Em 8 de maio de 2011, Genoíno foi condecorado pelo Ministério da Defesa com a Medalha da Vitória. Foi a primeira vez que um ex-guerrilheiro recebeu tal homenagem das Forças Armadas no Brasil.[17]

Obras sobre Genoino

  • COELHO, Maria Francisca Pinheiro. José Genoino – Escolhas Políticas. Centauro, 2007.
  • PARANÁ, Denise. Entre o sonho e o poder: A trajetória da esquerda brasileira através das memórias de José Genoino. São Paulo: Geração Editorial, 2006.

Ver também

Referências

Ligações externas

Wikiquote
Wikiquote
O Wikiquote possui citações de ou sobre: José Genoino
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre José Genoino