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Le Figaro: diferenças entre revisões

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==História==
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Ana kolesnikovas e tia pipoca apareceram nele por criar o futurismo...
*1826 : criação em 15 de janeiro de um jornal satírico (quatro páginas, em [[Paris]], pelo cancioneiro Maurice Alhoy e o escritor e homem político ''Étienne Arago''. Tinha somente quatro páginas e sua publicação foi interrompida várias vezes.
*1826 : criação em 15 de janeiro de um jornal satírico (quatro páginas, em [[Paris]], pelo cancioneiro Maurice Alhoy e o escritor e homem político ''Étienne Arago''. Tinha somente quatro páginas e sua publicação foi interrompida várias vezes.
*Janeiro de 1832: ''Le Figaro'' foi comprado pelo governo a fim de se opor a uma frente satírica dirigida por ''La Caricature''. ''Le Figaro'' perdeu sua inventividade satírica nesta ocasião.
*Janeiro de 1832: ''Le Figaro'' foi comprado pelo governo a fim de se opor a uma frente satírica dirigida por ''La Caricature''. ''Le Figaro'' perdeu sua inventividade satírica nesta ocasião.

Revisão das 12h12min de 3 de abril de 2013

Le Figaro
Periodicidade cotidiano
Formato Standard
Sede Paris, França
Fundação 15 de janeiro de 1826
Diretor Francis Morel
Editor Étienne Mougeotte
 Nota: Se procura outros significados, veja Figaro.
Caderno de "literatura" do Le Figaro

Le Figaro, fundado em 1826, ainda sob Charles X, é um influente e importante jornal francês, o mais antigo ainda hoje publicado. Recebeu o nome do personagem de Beaumarchais. Sua sede se encontra no 14, boulevard Haussmann, no 9e arrondissement (bairro) de Paris. É um jornal nacional que faz parte do grupo Socpresse, o primeiro da França no setor de imprensa, grupo inteiramente controlado pelo seu presidente, Serge Dassault, grande industrial francês e senador-prefeito de Corbeil-Essones.

História

Ana kolesnikovas e tia pipoca apareceram nele por criar o futurismo...

  • 1826 : criação em 15 de janeiro de um jornal satírico (quatro páginas, em Paris, pelo cancioneiro Maurice Alhoy e o escritor e homem político Étienne Arago. Tinha somente quatro páginas e sua publicação foi interrompida várias vezes.
  • Janeiro de 1832: Le Figaro foi comprado pelo governo a fim de se opor a uma frente satírica dirigida por La Caricature. Le Figaro perdeu sua inventividade satírica nesta ocasião.
  • Fins de 1833 : o jornal deixou de ser publicado.
  • Abril de 1854 : a empresa foi adquirida por Hippolyte de Villemessant (morto em 1879), que transformou o Figaro em diário, doze anos mais tarde. O jornal reapareceu sobretudo como parisiense e literário. Hippolyte de Villemessant trouxe redatores talentosos e fez muitas inovações: criou rubricas permanentes, entre as quais uma rubrica necrológica, um correio dos leitores e uma rubrica intitulada « Échos », cheia de trocadilhos, anedotas, indiscreções e boatos. O jornal alcançou muito sucesso, dando aos leitores a impressão de pertencer a um público de confidentes privilegiados.
  • 1856 : o sucesso do Figaro foi tão grande que Hippolyte de Villemessant decidiu dobrar a frequência de sua publicação.O jornal começou a ser publicado na quarta-feira e no domingo.
  • 1863 : aparecimento de um jornal concorrente, Le Petit Journal. Hippolyte de Villemessant reagiu criando um novo jornal, L'Événement. Le Petit Journal foi obrigado a fechar as portas pouco tempo depois, após a publicação de um artigo sobre o direito dos pobres que teria desagradado ao governo de Napoleão III.
  • 16 de novembro de 1866 : Le Figaro tornou-se um jornal cotidiano, mas evitando abordar assuntos polêmicos para não ser censurado. A tiragem do jornal chegou a atingir 56 000 exemplares, dos quais 15 000 para assinantes ;
  • 1867 : publicação do Figaro Littéraire et Politique, onde Henri Rochefort mostra todo o seu talento satírico. A publicação de semelhante jornal explica-se pela liberalização do Império. Entretanto, Henri Rochefort escapou por um triz à censura. Hippolyte de Villemessant cria então um novo jornal para o satirista: La Lanterne.
  • 1871 : Le Figaro denuncia a Commune de Paris, é censurado pelo novo governo insurrecional, mas volta a ser publicado após o fracasso da insurreição popular. Le Figaro conquista então um público de aristocratas e burgueses.
  • 1875 : Hippolyte de Villemessant, muito idoso, confia a direção do jornal a Francis Magnard.
  • 1879 : Hippolyte de Villemessant morre em Monte Carlo, em 17 de abril. Numerosas pessoas vão ao seu funeral. Escritores como Alphonse Daudet ou Gustave Flaubert prestam-lhe homenagem diante da perda então ressentida pelo mundo literário e político.
  • 1897 : Quando surgiu o caso de Alfred Dreyfus , Le Figaro publicou as primeiras reações de Émile Zola em três artigos, antes da publicação pelo escritor do célébre J'accuse (Eu acuso) nas colunas do jornal L'Aurore.
  • 1904 : publicação de O caso das fichas, fichamento pelo exército de pessoas por razões religiosas e políticas.
  • 20 de fevereiro de 1909 : Publicação do Manifesto futurista escrito par Filippo Tommaso Marinetti.
  • 1914, 16 de março  : Gaston Calmette, diretor do jornal, é assassinado por Henriette Caillaux, esposa do ministro das Finanças, acusado pelo jornal numa campanha de imprensa.
  • 1922 : O perfumista François Coty adquire Le Figaro, muda o seu nome para Figaro e o abandona em 1928 pelo L'Ami du peuple. François Coty é ligado à extrema direita, notadamente ao partido fascista Solidarité Française. Entre as duas guerras, o jornal adota um espírito mundano, especialmente em suas crônicas.
  • 1929 : Figaro volta a ser Le Figaro. Aparecem as primeiras palavras cruzadas.
  • 1934 : Lucien Romier torna-se diretor do jornal, e Pierre Brisson seu diretor literário. Eles formam uma brilhante equipe de redatores, entre os quais François Mauriac, Georges Duhamel, Jean Giraudoux, Tristan Bernard e André Maurois. As primeiras fotografias começam a aparecer nos jornais.
  • 1939 : Le Figaro faz grandes reportagens sobre a Guerra da Etiópia, a guerra sino-japonesa ou a Guerra de Espanha. O Jornal é vítima da censura, mas continua sendo publicado na cidade de Tours.
  • 1940 : Durante a Segunda Guerra Mundial, Le Figaro muda-se para Bordeaux, em seguida para Clermont-Ferrand e por fim para Lyon, antes de ser novamente censurado, após um editorial de Pierre Brisson. Ele foi publicado em Lyon até 1942, uma cidade que se situava na zona francesa livre, isto é, não ocupada pelos alemães.
  • 11 de novembreo de 1942 : Pierre Brisson decide de sabotar o jornal, publicando um editorial. A publicação do jornal é proibida, salvo para os assinantes. Ele escreveu no editorial : « As ordens imperativas que acabamos de receber impedem-nos de prosseguir nossa tarefa sem ofender nossos sentimentos mais íntimos e sem trair a confiança do público. Trata-se de mentir ou de se demitir. Fizemos a escolha. Agradeço aos leitores pela afeição, compreensão e estima que mostraram a este jornal, feito por homens de coração numa situação difícil. Asseguro-lhes que muito cedo reencontrarão Le Figaro, fiel aos seus deveres e de acordo com o seu juramento. »
  • 25 de agosto de 1944 : Le Figaro volta a ser publicado em Paris e traz um editorial de François Mauriac sobre Charles de Gaulle, tornando-se o jornal do MRP (Movimento Republicano Popular) frente aos comunistas e socialistas.
  • 1945 : a tiragem do jornal atinge 213 000 exemplares, mas os leitores mostram-se insatisfeitos.
  • 1946 : publicação do Littéraire, um hebdomadário gratuito e publicado fora do jornal. Ele conta com Pierre Brisson, Paul Claudel, Léon-Paul Fargue, Colette, Julien Green, etc.
  • 1947 : o Littéraire torna-se le Figaro Littéraire.
  • 1950 : a esposa de François Coty cede a metade das ações que tinha no jornal a um grupo formado por Jean Prouvost. Este decide que não mais haverá um acionário majoritário.
  • 1958 : com o advento da Quinta República, a hostilidade de Pierre Brisson contra o RPF cessa e ele apoia De Gaulle.
  • 1964 : Pierre Brisson morre e a esposa de François Coty vende todas as suas ações.
  • 1970 : Jean Prouvost recupera o resto das ações de Coty, tornando-se assim o acionário majoritário do jornal.
  • 1975 : Le Figaro é comprado por Robert Hersant, diretor de um grupo de revistas e jornais regionais.
  • O suplemento do fim de semana Le Figaro Magazine, lançado em 1978, é violentamente atacado pela esquerda. Le Canard enchaîné chama-o de Le gai FroMage nazi, anagrama muito político se referindo à presença no jornal de escritores próximos da extrema direita intelectual. Embora a sua influência fosse perceptível no Figaro Magazine, não se pode reduzir o jornal exclusivamente ao estatuto de porta-voz da Nova Direita[1].
  • 1980 : Le Figaro fusiona com o jornal socialista L'Aurore , conhecido por haver publicado o J'accuse de Émile Zola.
  • Em 10 de maio de 1981, Le Figaro torna-se, pela primeira vez em muitos anos, um jornal de oposição. Louis Pauwels publica ‘’A Liberdade guia meus passos’’, uma compilação de seus artigos escritos na época.
  • Robert Hersant compra em inícios dos anos de 1980 os restos do grupo Boussac, essencialmente o L'Aurore. Este jornal, oriundo da Resistência, havia sido criado por Robert Lazurick, em homenagem ao famoso jornal de Georges Clemenceau que publicara, em 13 de janeiro de 1898, o J'accuse de Émile Zola. O nome deste influente jornal dos anos 1950-1970 permanece ainda associado ao do Figaro. Em 1985, L'Aurore é completamente integrado ao grupo Le Figaro. Este título permanece até hoje na edição dos sábados: "Le Figaro - L'Aurore".
  • junho de 1999, o grupo de investimentos americano Grupo Carlyle vence de pouco o grupo francês Dassault e investe um bilhão de euros no Le Figaro, apropriando-se 40% do acionariado do cotidiano (os 60% restantes sendo detidos pela Socpresse).[2][3]
  • 29 de novembro de 1999 : mudanças no jornal, Entre outros acontecimentos importantes, o desaparecimento do dezenho de Jacques Faizant da primeira página. Jean de Belot subsitue Franz-Olivier Giesbert como Diretor da redação.
  • Junho de 2004 : o grupo Dassault (GIMD) é autorizado a adquirir o contrôle da Socpresse, proprietária do Figaro.
  • Outubro de 2004 : Serge Dassault muda a direção do jornal, que passa a ser dirigido por Nicolas Beytout e Francis Morel. Os sindicatos mostram-se muito inquietos pela independência do jornal.
  • 19-21 de agosto de 2005 : o jornal muda do 37, rue du Louvre para o 14, boulevard Haussmann.
  • 3 de outubro de 2005 : Le Figaro muda de forma pela primeira vez em trinta anos : o jornal é publicado com título em azul e com dois novos cadernos, um de economia e outro sobre lazeres, intitulado Et vous. A nova apresentação é vista pela direção como capaz de permitir a venda de mais espaços publicitários.
  • Fevereiro de 2006 : Le Figaro evolui também na Internet, transformando o site www.lefigaro.fr
  • Novembro 2007 : Étienne Mougeotte é nomeado diretor das redações do grupo Figaro. Ele é secundado por Jean-Michel Salvator na direção do jornal.
  • Fevereiro 2008 : um plano para economizar 12 millhões de euros é anunciado. O jornal deve suprimir entre 10 e 13 % de seus empregados. O déficit do jornal atinge oficialmente 10,5 millhões de euros em 2007.
  • Junho 2008 : o site lefigaro.fr ultrapassa o do lemonde.fr pela primeira vez, tornando-se o primeiro site de informações gerais, segundo Nielsen Médiametrie.[4]
  • 2 de Outubro 2008 : o grupo compra La Chaîne Météo e a sociedade Météo Consult[5].

Linha editorial

Le Figaro é um jornal de direita ou de centro-direita, se levado em conta o espectro político francês habitualmente utilizado. Esta linha editorial se encontra de maneira precisa no slogan do jornal durante uma campanha publicitária em 2005 : ‘’ em matéria de economia, somos pela liberdade das trocas comerciais. E também em matéria de ideia’’. Assim, Serge Dassault, o presidente da sociedade do Figaro SA, disse na rádio France Inter em 10 de dezembro de 2004, e no jornal Le Monde datado de 12 de dezembro do mesmo ano, que os jornais devem publicar ‘’ideias sãs’’ porque ‘’estamos pouco a pouco morrendo por causa das ideias de esquerda’’. Contudo, Serge Dassault não controla a linha editorial do jornal.

Personalidades

Diretores

De 1879 a 1914

Francis Magnard

Fernand de Rodays

Jules Cornély

Gaston Calmette, assassinado por Henriette Caillaux em 1914

Diretores depois de 1930

Alfred Capus

Robert de Flers

André Chaumeix

Lucien Romier

François Coty

Pierre Brisson (de 1934 a 1964)

Jean Prouvost

Robert Hersant

Yves de Chaisemartin

Diretor atual :Serge Dassault

Escritores

Escreveram no Figaro :

Théophile Gautier

Charles Nodier

Guy de Maupassant

George Sand, que começou sua carreira de escritora a escrever no jornal

Octave Mirbeau, que escreveu notadamente seu famoso apelo à greve dos eleitores e lançou um poeta então desconhecido, Maurice Maeterlinck ;

Émile Zola, que abordou inicalmente no Le Figaro o ‘’Caso de Alfred Dreyfus’’ ;

Marcel Proust, que retomou certos artigos no seu À la recherche du temps perdu (Em busca do tempo perdido);

André Gide ;

Eric Zemmour [1] ;

François Mauriac que publicou um bloco-notas durante anos, opôndo-se am particular à tortura na Argérlia  ;

Raymond Aron ;

Omar Sharif, cronista de bridge ;

Jean d'Ormesson [2](como diretor) ;

Paul-Marie de la Gorce [3] ;

Hélène Carrère d'Encausse [4], da Academia Francesa de Letras.

Alexandre Adler [5] é membro do comité de redação do jornal desde 2002 ;

Mesmo Jean-Paul Sartre que, politicamente não gostava do jornal, publicou uma reportagem sobre os Estados Unidos no momento da Liberação.

Le Figaro é chamado muitas vezes o jornal dos acadêmicos, por causa do grande número de ‘’imortais’’ que nele escreveram. .

Redação

Edições

  • Afora a edição cotidiana do Le Figaro,podemos citar os cadernos e suplementos seguintes : Le Figaro Économie , Figaro Réussir, Figaroscope, Le Figaro Magazine, Madame Figaro, TV Magazine, Mademoiselle Figaro e Le Figaro Patrimoine.O ritmo de publicação desses cadernos e suplementos é variavel.
  • Notemos a edição em linha do Le Figaro.fr International [6]

Tiragem

Número de exemplares pagos em França

Fonte : OJD [7], 2004.

Difusão cotidiana

1999 : 366 690 exemplares

2000 : 360 909 exemplares

2001 : 366 529 exemplares

2002 :359 108 exemplares

2003 :352 706 exemplares

2004 : 341 083 exemplares

2005 :337118: exemplares

Fonte : Presse en France [8]

Le Figaro Economie [9] é, neste domínio, a edição mais lida na França.

A tiragem gratuita (universidades, gabinetes médicos , companhias aéreas, emprezas, etc.) ultrapassa 70000 exemplares, ou seja mais do que a tiragem paga de l'Humanité [10], por exemplo.

Divisa incluida na primeira página

« Sem a liberdade de censurar, não há elogio satisfatório», Beaumarchais, O casamento de Figaro.

Figaro é um personagem de Beaumarchais, herói de Barbeiro de Sevilha, de Casamento de Figaro e de a Mãe culpada.

Um fígaro é um barbeiro.

Le Figaro comporta outras referências ao personagem de que tira seu nome, como « Figaro-aqui, Figaro-ali », O Barbeiro de Sevilha.

Em determinada época, esta divisa foi substituída por uma outra citação de Beaumarchais, contendo a expressão P’tit quinquin.Mas a divisa inicial foi restaurada tempos depois, voltando à primeira página.

Notas e referências

  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em francês cujo título é « Le Figaro».

1) François Quinton, ‘’Le Figaro Magazine entre droite e Nouvelle Droite’’ (outubro 1978-julho 1979), memória dirigida por Gilles Richard, Rennes, IEP, 2005, 135p.

2)L'Expansion, 7 de agosto de 1999, Quel est ce mystérieux investisseur qui s'invite au « Figaro » ? [11] Quel est ce mystérieux investisseur qui s'invite au « Figaro » ? (Quem é a misteriosa pessoa que quer investir no ‘’Figaro’’ ?]

3)L'Expansion, 27 de março de 2002, Le fonds Carlyle se retire du capital du Figaro [12] (O fundo Carlyle sai do capital do Figaro).

4)Le Figaro.fr premier site d’information géhéraliste [13]

5)Jeanmarcmorandini.com [14]

Fontes

  • ‘’Le Figaro. Deux siècles d’histoire (Le Figaro. Dois séculos de história), por Claire Blandin, Armand Colin, 2007.
  • Le roman du Figaro’’(O romance do Figaro ): 1826-2006, par Bertrand de Saint Vincent avec Jean-Charles Chapuzet, Plon-Le Figaro, novembre 2006, ISBN 978-2259205832 (o texto deste livro foi publicado no ’’Figaro de 24 de agosto de 2006).
  • Figaro-ci, Figaro-là  : L’histoire du Figaro de Hippolyte de Villemessant à Serge Dassault (A História do Figaro de Hippolyte de Villemessant a Serge Dassault),revista Médias, n°11, hiver 2006.
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em francês cujo título é «Le Figaro».

Referências

  1. Le Figaro Magazine entre droite et Nouvelle Droite» (outubro 1978-julho 1979), por François Quinton ; memória dirigida por Gilles Richard, Rennes, IEP, 2005, 135p
  2. L'Expansion, 7 de Agosto de 1999, Quel est ce mystérieux investisseur qui s'invite au « Figaro » ?
  3. L'Expansion, 27 de Março de 2002, Le fonds Carlyle se retire du capital du Figaro
  4. http://www.lefigaro.fr/medias/2008/07/16/04002-20080716ARTFIG00019-lefigarofr-premier-site-d-information-generaliste-.php
  5. Brève sur Jeanmarcmorandini.com

Ligações externas

  • Le Figaro.fr International [15]
  • Les journaux français [16]