Georges Clemenceau

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Georges Clemenceau
Georges Clemenceau
Primeiro-ministro da França
Período 16 de novembro d 1917 – 20 de janeiro de 1920
Presidente Raymond Poincaré
Antecessor(a) Paul Painlevé
Sucessor(a) Alexandre Millerand
Período 25 de outubro de 1906 – 24 de julho de 1909
Presidente Armand Fallières
Antecessor(a) Ferdinand Sarrien
Sucessor(a) Aristide Briand
Ministro da Guerra
Período 16 de novembro de 1917 – 20 de janeiro de 1920
Presidente Raymond Poincaré
Antecessor(a) Paul Painlevé
Sucessor(a) André Joseph Lefèvre
Ministro do Interior
Período 14 de março de 1906 – 24 de julho de 1909
Presidente Armand Fallières
Antecessor(a) Fernand Dubief
Sucessor(a) Aristide Briand
Dados pessoais
Nascimento 28 de setembro de 1841
Mouilleron-en-Pareds, França
Morte 24 de novembro de 1929 (88 anos)
Paris, França
Alma mater Universidade de Nantes
Esposa Mary Plummer (c. 1869; div. 1891)
Filhos 1 (Michel)
Partido Republicanos Radicais (1871–1901)
Radicais-Socialistas (1901–1920)
Profissão Jornalista, Médico

Georges Benjamin Clemenceau (Mouilleron-en-Pareds, 28 de setembro de 1841Paris, 24 de novembro de 1929) foi um estadista, jornalista e médico francês.

Carreira[editar | editar código-fonte]

Formado em medicina, ciência que cedo trocou pelas actividades políticas. Com 30 anos em 1871 Clemenceau integrava a Assembleia Nacional, na qual se manifestou veementemente contra o tratado de paz com o recém-unificado Império Alemão.

O seu posicionamento político tornava-se por vezes um pouco incómodo para alguns dos seus pares, pois defendia os ideais republicanos e anticlericais de extrema esquerda. A este político irreverente devem-se a queda de seis governos e a demissão do presidente da república, o que lhe conferiu o título de "o tigre".

Georges Clemenceau foi o fundador do jornal La Justice, um periódico de tendência radical, que aumentou consideravelmente a sua influência política. Em 1897 foi o responsável pela publicação de L'Aurore, onde o escritor francês Émile Zola lançou "J'accuse" a propósito do "Caso Dreyfus".

Entre 1902 e 1920 Clemenceau foi eleito senador. Ocupou o cargo de primeiro-ministro da França nos períodos 1906-1909 e 1917-1920. Neste último, chefiou o país durante a Primeira Guerra Mundial e foi um dos principais autores da conferência de paz de Paris, que resultou no tratado de Versalhes, onde tinha dois grandes objectivos: A recuperação de Alsácia e Lorena e a independência da Renânia.

Apenas o primeiro objectivo foi concluído, mas a Renânia desmilitarizada.[1]

Carreira política[editar | editar código-fonte]

Citações[editar | editar código-fonte]

  • "Fazer a Guerra é de longe mais fácil do que fazer a Paz"
  • " A Guerra é uma série de desastres que resultam num vencedor"
  • "Manejar o silêncio é mais difícil do que manejar as palavras."
  • "Assim como há uma sociedade civil fundada sobre a liberdade, há uma sociedade militar fundada sobre a obediência, o juiz da liberdade não pode ser o da obediência."
  • "Um homem que não seja um socialista aos 20 anos não tem coração. Um homem que ainda seja um socialista aos 40 não tem cabeça."
  • "A guerra! É uma coisa demasiada grave para ser confiada aos militares."
  • "Se até Deus se contentou com os dez mandamentos, qual é a razão de você insistir em catorze, meu caro Wilson?"

Primeiro ministério de Clemenceau, 25 de outubro de 1906 - 24 de julho de 1909[editar | editar código-fonte]

  • Georges Clemenceau - Presidente do Conselho e Ministro do Interior
  • Stéphen Pichon - Ministro das Relações Exteriores
  • Georges Picquart - Ministro da Guerra
  • Joseph Caillaux - Ministro das Finanças
  • René Viviani – Ministro do Trabalho e Previdência Social
  • Edmond Guyot-Dessaigne - Ministro da Justiça
  • Gaston Thomson - Ministro da Marinha
  • Aristide Briand - Ministro da Instrução Pública, Belas Artes e Culto
  • José Ruau – Ministro da Agricultura
  • Raphaël Milliès-Lacroix – Ministro das Colônias
  • Louis Barthou - Ministro de Obras Públicas, Correios e Telégrafos
  • Gaston Doumergue - Ministro do Comércio e Indústria

Mudanças

  • 4 de janeiro de 1908 - Aristide Briand sucede a Guyot-Dessaigne como Ministro da Justiça. Gaston Doumergue sucede Briand como Ministro da Instrução Pública e Belas Artes. Briand permanece Ministro de Adoração. Jean Cruppi sucede Doumergue como Ministro do Comércio e Indústria.
  • 22 de outubro de 1908 - Alfred Picard sucede Thomson como Ministro da Marinha.

Segundo ministério de Clemenceau, 16 de novembro de 1917 - 20 de janeiro de 1920[editar | editar código-fonte]

  • Georges Clemenceau - Presidente do Conselho e Ministro da Guerra
  • Stéphen Pichon - Ministro das Relações Exteriores
  • Louis Loucheur - Ministro de Armamentos e Fabricação de Guerra
  • Jules Pams - Ministro do Interior
  • Louis Lucien Klotz - Ministro das Finanças
  • Pierre Colliard – Ministro do Trabalho e Previdência Social
  • Louis Nail - Ministro da Justiça
  • Georges Leygues – Ministro da Marinha
  • Louis Lafferre - Ministro da Instrução Pública e Belas Artes
  • Victor Boret – Ministro da Agricultura e Abastecimento
  • Henry Simon - Ministro das Colônias
  • Albert Claveille - Ministro das Obras Públicas e Transportes
  • Étienne Clémentel - Ministro do Comércio, Indústria, Transportes Marítimos, Marinha Mercante, Correios e Telégrafos
  • Charles Jonnart - Ministro das Regiões Libertadas e Bloqueio

Mudanças

  • 23 de novembro de 1917 - Albert Lebrun sucede Jonnart como Ministro das Regiões Libertadas e Bloqueio
  • 26 de novembro de 1918 - Louis Loucheur torna-se Ministro da Reconstituição Industrial, seu cargo de Ministro de Armamentos e Fabricação de Guerra é abolido
  • 24 de dezembro de 1918 - O cargo de Ministro do Bloqueio é abolido, Lebrun permanece Ministro das Regiões Libertadas
  • 5 de maio de 1919 - Albert Claveille sucede Clémentel como Ministro da Marinha Mercante, ele permanece Ministro das Obras Públicas e Transportes, enquanto Clémentel permanece Ministro do Comércio, Indústria, Correios e Telégrafos
  • 20 de julho de 1919 - Joseph Noulens sucede Boret como Ministro da Agricultura e Abastecimento
  • 6 de novembro de 1919 - André Tardieu sucede Lebrun como Ministro das Regiões Libertadas
  • 27 de novembro de 1919 - Léon Bérard sucede Lafferre como Ministro da Instrução Pública e Belas Artes, Louis Dubois sucede Clémentel como Ministro do Comércio, Indústria, Correios e Telégrafos
  • 2 de dezembro de 1919 - Paul Jourdain sucede Colliard como Ministro do Trabalho e Previdência Social

Ver também[editar | editar código-fonte]

Wikiquote
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Referências

  1. Sheffield, Gary (2018). Uma breve história da Primeira Guerra Mundial. Lisboa: Editorial presença. 189 páginas 

Precedido por
Ferdinand Sarrien
Primeiro-ministro da França
19061909
Sucedido por
Aristide Briand
Precedido por
Paul Painlevé
Primeiro-ministro da França
19171920
Sucedido por
Alexandre Millerand
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